7 de 10 maioneses vendidas no Brasil têm aditivos prejudiciais à saúde

A PROTESTE Associação de Consumidores fez análise da rotulagem das dez principais maioneses a venda no mercado nacional e identificou que sete delas apresentam aditivos potencialmente prejudiciais à saúde.

Entre os ingredientes, está o aditivo Butil Hidroxianisol (BHA), usado como antioxidante que ainda tem sua segurança discutida. Duas marcas apresentam apenas o Butil Hidroxitolueno (BHT), outro aditivo que também é usado para prevenir a decomposição de óleo e gordura. Apenas a Heinz não apresenta esses ingredientes potencialmente prejudiciais à saúde.

Esses componentes podem aumentar o teor de lipídeos e de colesterol no sangue. Também atrapalham a absorção, pelo organismo, de nutrientes como as vitaminas A e D. O BHT pode desencadear reações alérgicas, como urticária e, por vezes, dermatite eczematosa e hiperatividade.

Campanha em andamento pela PROTESTE pede a proibição e controle do uso de aditivos potencialmente perigosos à saúde. Para aderir, bastar assinar o manifesto online que será encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A maionese Hellmann’s tradicional e a extra cremosa Nova York Gourmet; Liza; Arisco; Salada; Hemer e Saúde, na versão tradicional, têm os dois aditivos (BHA) e (BHT). A Qualitá e a Superbom Vegetale apresentam só o BHT.

Em análise anterior, em que se comparou a rotulagem de 12 alimentos industrializados comuns em cinco países (Bélgica, Brasil, Espanha, Itália e Portugal), a PROTESTE já havia constatado que a formulação em nosso país traz mais danos à saúde por conter mais gorduras, açúcar e aditivos desnecessários e de segurança questionável.

No mundo, apenas dez multinacionais controlam a produção e o comércio de alimentos. Talvez por isso, com base nas legislações locais e nos hábitos de consumo dos habitantes, esses fabricantes ajustam suas receitas em cada país. “No Brasil falta uma legislação forte, capaz de proibir o uso de aditivos, bem como o excesso de sal, açúcar e gordura na produção de alimentos”, destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE.

Redação

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