A capacidade crítica está cedendo à pressão neoliberal.

Ao olhar artigos escritos no Diário do Centro do Mundo, do Brasil247 e finalmente aqui no GGN vejo que a capacidade crítica das pessoas está sendo perdida para a massificação da propaganda neoliberal no mundo e no Brasil. Ao de forma triunfante escreverem loas ao livro “Internet Heroes Brasil” de Pedro Zambarda a notícia passa batida como se fosse a Uberização da economia o destino inevitável do mundo.

Quantos artigos contra a terceirização e a precarização do trabalho foram escritos e comentados nestas três plataformas digitais ditas “PROGRESSISTAS  (???)”, porém quando aparece uma ode ao máximo maximorum da precarização do trabalho, da terceirização e de um capitalismo sem risco e sem capital, mas que fica com 25% da mais valia do trabalho de cada um dos “colaboradores” (uma forma de chamar os empregados sem precisar nenhuma responsabilidade sobre eles) os comentários sobre esta excrescência capitalista, o ápice da exploração, não há praticamente nenhum comentário, ao contrário os títulos revelam que a fantástica economia dos aplicativos está vendendo a barreira da crise. Como? Detalharemos.

Provavelmente não há comentários, pois, os comentaristas usuais gostam de sentar suas bundas nos taxis-digitais e viajarem tranquilamente contribuindo para a colocação de mais um prego na desgraça que se avizinha sobre o trabalho.

A Uberização da economia consiste simplesmente em transferir para o trabalhador todas as responsabilidades, e daqui há trinta ou quarenta anos quando uma geração destes chegarem ao fim de sua capacidade de trabalhar 12 a 14 horas por dia para simplesmente sustentar os acionistas milionários da Uber e congêneres estaremos num dilema, ou deixaremos as pessoas morrerem sem aposentadoria ou serviços médicos ou uma nova geração de pessoas mais conscientes dos que os comentaristas de nádegas gordas terão que sustentar todo este passivo trabalhista criado ao longo de uma geração.

Na Uberização da economia trabalha com o conceito que alguém entra com o trabalho, o equipamento, a responsabilidade de tudo que acontece com ele, enquanto isto, este capitalista que teve uma ideia há anos e conseguiram pela propaganda disponível nas boas revista, livros, programas de TV e finalmente nas reportagens dos Blogs “Progressistas” oligopólios de fato que tiram o suco do trabalhador levando para a empresa 25% dos rendimentos sem precisar nem de capital!

Este artigo pode parecer que tem um ranço Ludista, mas quando vemos que um agricultor da idade média no século XIV trabalhava no máximo 1440 horas por ano enquanto nos dias atuais em quase todo o mundo o trabalhador trabalha em média entre 1700 a 1900 horas por ano, podemos até pensar que os Ludistas tinham lá suas razões, pois entre na idade média seis horas e doze é a metade do trabalho.

Mas não se preocupem com os motoristas do Uber, pois segundo pesquisa desenvolvida pela Universidade de Oxford “How susceptible are jobs to Computerisation, de Frey & Osborne (2013)” de 702 profissões catalogadas 172 tem a probabilidade 90% de serem extintas pela robotização, e com os motoristas esta probabilidade em 2013 quando foi escrito o artigo era de 89% e nos dias atuais esta probabilidade deve estar crescendo, logo eles não chegarão a idade de aposentadoria, terão que achar outra coisa ao longo do tempo.

Redação

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