Eles escolheram a Barbárie II.

O brasileiro como um todo prefere analisar os acontecimentos internos como algo que depende somente de nossa política interna e economia nacional, extrapolar eventos externos para a realidade nacional é algo que não passa na mente de muitos, porém se quisermos entender um pouco do clima artificial que está se criando em torno dos eventos com a Petrobrás, temos que pensar na ação do Império no mundo e em outros países.

O Brasil neste momento é um fiador para uma série de países da América Latina que procuram novas saídas, imaginar que a Revolução Bolivariana seguiria a seu rumo até aqui sem a influência do Brasil é certo grau de ingenuidade, por exemplo, quando há bastante tempo atrás procuraram fazer um desabastecimento de combustível na Venezuela quem enviou gasolina para a Venezuela. Se a Bolívia acha que seu sonho de independência depende da vontade de Evo Morales ela que retire o seu cavalinho da chuva, um governo de direita no Brasil trataria bem diferente as negociações do gás boliviano e os resultados seriam outros.

O Brasil serve neste momento tem uma diplomacia que impede o isolamento individual desses países e se não houvesse esta diplomacia um a um seria isolado, levado a situações de desabastecimento (como está ocorrendo na Venezuela) e posteriormente teriam seus governos derrubados.

Esta função do Brasil, que não apresentando nenhuma política antimercado, impede uma política aberta dos USA contra o governo brasileiro, pois as empresas multinacionais vão muito bem, obrigado.

Agora se tem que olharem quais são as reais políticas dos grandes países do norte e suas transnacionais. O mundo ocidental encontra-se num impasse de falta de capacidade de expansão de suas economias, pois países como China, Índia e outros menores começam a ocupar a pauta de exportações dos países do terceiro mundo, logo é necessário frear por completo esta necessidade de importação de todas as maneiras.

Os próprios países exportadores de petróleo que estavam invertendo a remessa de lucros para os países ocidentais já tiveram a sua resposta através de uma fantástica intervenção do ocidente criando dentro deles as forças ditas impropriamente “fundamentalistas religiosas” que servem de pano de fundo para transformar países que apesar de regimes ditatoriais aumentavam a cada dia o nível de vida de suas populações, Iraque, Líbia e Síria, que eram produtores e exportadores de petróleo, aumentavam o consumo interno através de políticas desenvolvimentistas, que por mais corruptas e errôneas que eram, estavam levando os seus países a níveis sociais de vida maiores.

Se alguém que entender um pouco desta política de sucateamento do nível de vida em países outrora prósperos leiam Eles escolheram a Barbárie.

Agora quais são os alvos dos países centrais, os Brics, é claro. A Rússia esta levando o seu quinhão de tentativa de desorganização de sua economia através da escalada de guerra que os membros na OTAN nas suas fronteiras e para o Brasil na impossibilidade de se gerar internamente uma “guerra santa” ou um “conflito com vizinhos” o melhor foi utilizar as forças internas mesmo para desarranjar a sua economia.

Porém estas forças internas no atual estágio de desenvolvimento econômico e social do país uma intervenção das forças armadas é altamente duvidoso para os países centrais. Note-se que as forças armadas brasileiras passam por um processo de rearmamento que pode criar na cabeça de militares no poder uma proposta mais nacionalista do que das próprias forças políticas civis atuais. As forças armadas passaram de um grande aliado a ações externas a um provável inimigo dessas ações. É interessante que quando alguns setores mais desavisados da direita brasileira começaram a levantar a consigna de volta dos militares ao poder, rapidamente foram calados pela maioria dos golpistas de plantão.

Logo, para se arranjar um grupo que fizesse o papel de agente desestabilizador do regime procurou-se mais a mídia, alguns agentes públicos (juízes, procuradores, policiais federais, tribunais superiores e deputados). Coloca-se na linha sucessória da presidência da República um deputado de passado meio comprometedor que deve ter uma série de acusações guardadas para serem utilizadas em momento oportuno.

Porém, parece-me que a proposta de um novo presidente não é o objetivo de toda esta conspiração, mas sim a existência de uma presidência frágil e com movimentos internos de insurreição que poderão ser tanto de direita como de esquerda, ou melhor, os dois ao mesmo tempo.

Toda esta imensa conspiração teria de novo o lema das insurreições e conflitos em outros países, a busca da BARBÁRIE.

Redação

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