Helena Chagas não sobreviveria como vidente!

Ao ler uma tentativa de previsão do futuro feita pela jornalista Helena Chagas do grupo os Divergentes, vaticinei de imediato uma segunda previsão sobre o seu texto, que:

Helena Chagas não sobreviveria como vidente!

Para justificar o meu ponto de vista que coloquei nos comentários fiz um pequeno arrazoado sobre o infeliz vaticínio que o colocarei aqui.

Olhando o currículo da jornalista Helena Chagas vi que a mesma foi ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Federativa do Brasil de 2010 a 2014 durante o governo Dilma, isto mostra que realmente a sua capacidade de antecipação sobre fatos políticos é bem limitada.

Jornalistas que fazem a cobertura das intrigas palacianas são geralmente péssimos antecipadores de cenários, uma atividade que para o mundo empresarial global é de extrema importância e são executadas por expertos no ramo. Esta expertise geralmente é cara para se obter as informações, pois com elas permitem os que as compram de se manter meses ou até alguns anos a frente dos concorrentes.

A antecipação de cenários econômicos com os seus desdobramentos políticos é além de uma ciência complexa uma tarefa ingrata, pois se deixam escapar um fato todo, o movimento converge para outra direção. Por exemplo, li a algum tempo uma análise sobre comércio internacional, como os analistas não confiavam nos dados examinaram empresas que trabalham em seguro marítimo de cargas e pela evolução quase que como um sistema “just in time” tiveram um resultado que não precisaram um semestre ou um ano para saber o resultado. A previsão sobre o mercado internacional é ousada, porém mesmo assim eles arriscam.

Agora fazendo uma ligação com a notícia colocada pela jornalista, a maior parte das sua previsões estão amarradas ao desempenho da economia nos próximos meses, e quando falo próximos digo algo em torno de no máximo um trimestre. Nada ainda foi divulgado de conclusivo ou alguma notícia que agrupasse o conjunto do comércio varejista pelo menos em estados importantes.

Mas por que este dado é importante a curtíssimo prazo e pode definir politicamente o que virá a ocorrer?

Simplesmente se o desempenho for fraco, e as ofertas e liquidações antecipadas tiveram que ser lançadas fora de época, o comércio varejista retrairá ainda mais sua encomendas para a indústria criando um movimento de queda do PIB ainda mais forte.

Os jornalistas das cortes ficam mais preocupados com os humores de Temers, Aécios, Moros ou mesmo Lulas, o que o PSDB quer não precisa ser um gênio para saber, porém o que o PSDB vai conseguir não depende nem do congresso e das alianças que estão formadas.

As nossas Câmaras, a baixa, o senado e a baixíssima (a dos deputados) apesar de serem como disse baixa ou baixíssima elas são a caixa de ressonância dos fatos que ocorre no Brasil, ou seja, por mais estúpido que seja um deputado qualquer no momento em que ele foi para a Quiquirica do Ribombó ele falou com os comerciantes, com os fazendeiros e agricultores e teve que escutar, logo estas falas ficarão ressoando na sua cabeça. Este ruído pode até ser baixo, porém será constante e modificará individualmente o humor de cada congressista.

Por outro lado temos outro fator ainda mais imponderável e longe das intrigas palacianas, a realidade internacional, vamos supor, algo que ainda não foi provado, mas em breve será ou não, que Donald Trump tente levar adiante uma política de recuperação da infraestrutura norte-americana, abre-se aí dois caminhos, com e sem aumento do endividamento público, que poderá ou não aumentar as taxas de juros num valor pequeno porém significativo, 3% a 4% de juro real ao ano. Com este movimento simplesmente a cambaleante economia brasileira pode entrar num buraco ainda mais fundo, e bem mais fundo.

Citei dos exemplos desestabilizadores na nossa economia que mudam por completo toda a política nacional, as vontades dos Temers, dos Aécios, dos Moros ou mesmo dos Lulas terão que rapidamente se ajustar a nova realidade, e como, agora falando no singular, Temer e sua equipe “ekonomiqua” não tem a mínima capacidade de formular políticas fortes para eventos como os citados, o fundo do poço será aprofundado ainda mais para dar espaço a uma queda ainda maior de nossa economia.

Conforme a profundidade do fundo, todas as vontades e previsões sobre estas vontades irão ter que ser necessariamente seriamente modificadas, pois senão teremos mais uma escavação junto ao fundo para dar espaço ao colapso.

Redação

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