Esconderijo cívico e álibi funcional: descoberto paradeiro de Barroso e de Janot, por Romulus

Esconderijo cívico e álibi funcional: descoberto paradeiro de Barroso e de Janot

Por Romulus

Como na série Harry Potter, em que sempre havia algum problema com o Prof. de “Defesa contra Magia Negra” (livre tradução de “Defence Against the Dark Arts”), creio que ao aprendiz de feiticeiro Janot tampouco foi oferecida essa disciplina.

Usou as suas mandingas de primeiro ano contra um pobre cervo (cerva na verdade…). Manco, sozinho e indefeso. Ungido com o banho de sangue do animal que abateu (sem suar), achou que, depois desse rito de passagem, já estava convertido em macho-alfa caçador.

(Sim… “caçar” é hobby para o aprendiz de feiticeiro!)

O (autoproclamado) “macho-alfa caçador” estufou o peito e foi para a fase 2 do seu safari: investiu dessa vez contra as “criaturas da noite”. Lobos, hienas, cobras e lagartos peçonhentos.

Pobre Janot…

Peguem leve: primeira e única charge.
Estilo Paintbrush do velho 386/VGA, não?

Como sempre repete o seu companheiro de esconderijo cívico e álibi funcional, o Min. Luis Roberto Barroso, citando Ortega y Gasset:

“Entre querer ser e pensar que já se é, vai a distância entre o sublime e o ridículo”.

Imagino que o papo no esconderijo cívico deve estar bem bacana… devem estar a trocar citações de bolso de colete – como essa aí de cima.

Citações… sempre fazem sucesso na parte do seu trabalho que realmente importa: colóquios e convescotes com gente distinta.

Remorso? Peso na consciência? Angústia pelo Brasil?

Por quê?

“Eles não podem fazer nada, uai!”

(Barroso explica essa impossibilidade muito melhor aqui)

E, ademais, como pontificou o Min. Barroso: “(a) Economia eles (os golpistas) trataram com a maior seriedade. Escolheram os melhores nomes que encontraram”.

(E onde Barroso declarou isso? Em outro colóquio, ora! Trato dessa fala em outro post, de título sugestivo: “Os Abutres, o golpe e o Min. Barroso”)

Ah, bom!

Suspiro aliviado, Ministro.

Bom descanso a ambos.

*   *   *

Eu juro que não tinha lido o que vai abaixo quando escrevi a parte aí de cima…

(horas de diferenças entre ambas as publicações inclusive)

Navego o GGN e de repente, não mais que de repente…

Sérgio Moro: a caixa de Pandora, mídia e caso Watergate da Lava Jato

[Título alternativo de minha preferência: “Novo colóquio, nova citação, velhos atores, velhos papeis”]

Jornal GGN – (Patricia Faerman) Antes de passar a fala ao juiz da Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, introduziu afirmando que se as instituições do poder estivessem funcionando adequadamente, o Brasil não precisaria de heróis.

*

Oh, contemple-se a verdade revelada!

Pergunta:

“Instituições que não funcionam” inclui também o seu STF, Ministro?

E lá tem herói?

E bandido, tem?

*

Não satisfeito com a revelação precedente, o Min. Barroso continuou:

“Só se precisa de ‘heróis’ quando as instituições não funcionam e, parafraseando [Bertolt] Brecht, ‘triste é o país que precisa de heróis’, nós precisamos mesmo é de instituições”, completou.

*

Obrigado pela revelação e pela nova citação, Ministro!

Essa última já foi para o caderninho…

Está do ladinho da de Ortega y Gasset.

Quanto à revelação… ainda a estou processando internamente. Confesso – envergonhado – que o significado mais profundo ainda me escapa.

Nova pergunta:

Quando será o próximo colóquio?

Dessa vez quero contribuir:

– Estou com uma citação ma-ta-do-ra da Clarice Lispector para passar!

Mando pelo inbox do Face?

*   *   *

P.S.: Brasília é ainda mais distante do Rio do que a Suíça, creio. Neste caso, aproveito a oportunidade para dar notícias da “sua” UERJ – e do Min. (negador) da Cultura, Marcelo Calero, também.

Fechou para balanço!

‘:-0

Não houve aulas em todo o primeiro semestre deste ano.

‘0_o’

Mas, olhando pelo lado positivo, o Maracanã – ali do ladinho – está uma beleza! Segunda reforma completa em 2 anos!

Primeiro a destruição e reconstrução para a Copa e depois a reforma completa para a Olimpíada.

A propósito… por falar em Olimpíada…

O Sr. viu a fala de Temer na cerimônia de abertura?

Caso a tenha perdido – é beeeeem curtinha! – está no post aí debaixo.

Aproveite e veja também a figuração de luxo da Secretária (negadora) de Direitos Humanos, Flávia Piovesan. Ela mesma: a sua colega de Praça dos Três Poderes, de magistério e de… constitucionalismo!

– Ora! Agora me ocorre: Temer também está no time de vocês, não?

Que time!

Pena não ser esporte olímpico, não é verdade?


Inovação na política:
O aplauso “de reprovação” ao (Grão) Mestre

*   *   *

Posts anteriores:

Entendendo a denúncia dos deputados brasileiros à Comissão de Direitos Humanos da OEA para anular o golpe de Temer e Cunha

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Fiasco do golpe nas Olimpíadas: sai G20, entra glorioso G12 na abertura!

Na belíssima abertura, sai o G20, grupo das maiores economias do mundo, e entra o G12, “glorioso” grupamento internacional de potências, chefiado pelas poderosas Ilhas Fiji! 

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Temer: sem nome, sem chamada, sem imagem no telão e vaiado mesmo assim

Veja vídeo da TV suíça que não apenas registrou a vaia, como explicou que: 1) era esperada; 2) o nome de Temer não fora anunciado em momento algum – primeira vez em 120 anos; 3) sua imagem não foi exibida no telão enquanto falava (de forma a evitar que fosse reconhecido no estádio); e que 4) não obstante, tão logo as pessoas reconheceram a voz do homem (“homem”?) sem nome, sem chamada e sem imagem – voz que soou por “apenas alguns segundos”, como nota o narrador – começaram a vaia-lo fortemente.

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Maya Vermelha, a Chihuahua socialista

(perfil da minha brava e fiel escudeirinha)

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(iii) E, claro, aqui no GGN: Blog de Romulus

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Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

Redação

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