Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Então que não seja, por Rui Daher

Então que não seja, por Rui Daher

Ao escrever o texto de ontem não estava bêbado e nem tinha ido buscar minha mãe na zona, como sugerem, civilizadamente, alguns comentaristas, sempre Nicks e anônimos. Também não me considero leviano ou bunda-mole, e a ameaça de colocar no Face não me assusta. Eu mesmo o fiz.

Não responderei individualmente, contrariando meu costume. Apesar de me dar trabalho, que já o tenho muito em outra atividade, sempre me esforço para fazê-lo, como forma de respeito a quem me lê, comenta e à publicação em que colaboro. Imbecis não merecem respeito e resposta.

Três fatores me deram coragem de abordar e lançar a proposição:

1.     Coragem (e não medo, caro BB) de discutir uma opção até aqui intocada por esquerda e direita, como se os quarteis fossem habitados por fantasmas ou seres inanimados e, depois de mais de meio século em nada tivessem mudado. Creio que uma só vez, na época do impeachment, li Jânio de Freitas tocar no assunto. Minha intenção foi meramente provocativa;

2.     Também, tenho certeza, corroborada por fontes sérias, que não é completa a homogeneidade de pensamento nas casernas quanto à soberania e o patrimônio sendo estraçalhados;

3.     Finalmente, queria conhecer as opiniões de vocês, sem academicismos e ilusões ainda maiores do que as expostas no meu artigo, de como sairemos dessa na velocidade em que andam os tratores da canalhice.

Aos que estranharam eu ter citado o artigo de Luís Nassif, por óbvio, sei que ele não trilha esse caminho (nem pode, dada a exposição que tem e provável pensamento divergente), mas seu apelo aos brasileiros de boa vontade deu-me a senha para o texto.

Enfim, além das agressões (até poucas), um resumo do que me chega como solução nos comentários para lutarmos contra a pior crise institucional em um século, desculpem-me, é nada.

1.     Anular o golpe, o impeachment e trazer Dilma de volta;

2.     Aguardar até que povo esgoelado pela situação econômica parta para um levante popular;

3.     Trocar todos os ministros do STF e instalar um Judiciário honesto.

Sim, seria melhor, mas assim como me acusam de repetir 1964, lembro que estaríamos repetindo 1958, quando Garrincha, diante das instruções do técnico Vicente Feola, perguntou se ele já havia combinado tudo aquilo com os adversários russos.

A existência do micróbio Jair fez todos retomarem um imaginário militar de 53 anos atrás. É um grande equívoco comparar o golpe de 1964 com o atual. Em tudo mudamos nós e o planeta. Será que somente eles não? Alguém deve ou deveria estar estudando isso.

Nesse período, quantas mudanças políticas foram feitas com a participação de militares à esquerda. Deu no Chávez? Uai, vocês não vivem a defende-lo? Como está Portugal, desde 1974? Passou perrengues? Sim, como toda a Europa. Hoje em dia, desde grandes empresários a motoristas da UBER querem se mudar para lá, e o Poder foi sim devolvido à sociedade civil.

Certo Ruy, de cabeça melhor que a minha, apesar de não concordar com a “Junta”, estranha nela não haver representante dos trabalhadores. Claro, não devem participar. Eles serão o contraponto nas ruas às ações da “Junta” contra seus interesses. Nas manifestações últimas, quem se não CUT, MST, MTST, UNE, alguns sindicatos, foram realmente a vanguarda nas ruas? Os debatedores de Facebook?

Pensem: o patrimônio que já foi perdido e o próximo de perdermos não voltarão. Querem perder mais esperando uma revolta popular, a caravana de Lula, as soluções acima apontadas? Sugiram algo melhor.

     

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

24 Comentários

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  1. um adágio dos campos do sul

    Carissimo Ruy,

    Atitudes desesperadas e atitudes de coragem se misturam, às vezes, é dificil saber se agimos com coragem ou  por puro medo, quando este nos leva ao desespero.

    Entendo, mas não aceito sua argumentação. Com certeza, por medo.

    Cachorro picado de cobra tem medo de linguiça.

     

    1. tô no rol? sério?

      Rui,

      Em homengaem à reflexão li de novo os dois posts. Não mudou nada o que penso, isso é cutucar onça com vara curta.

      Mas me chamou atenção algo que, antes, me havia passado despercebido. Você menciona os imbecis que comentaram seu artigo. Pareceu-me um epíteto (gostou? epíteto…) aplicado de forma generalizada e acho que me inclui.

      Rui, ficou brabinho, foi? Escreve uma barbaride dessas e quer o quê? Para ir na sua onda vou, também,  usar uma metáfora futebolistica: joga mal e quer massagem???

      Baixou o relho sem olhar em quem? Assim, detonando geral? Qual é, bro? Entrou numas? Chá de cogumelo ruim? caña batizada? Canta pra subir, ó loco.

      Mas, tudo bem. Eu nunca fui de ser condenscendente comigo mesmo e, não raro, também me acho um imbecil. Principalmente, por teimar em ficar por aqui em vez de cair fora como já fez boa parte da minha familia. Irmãos em Portugal, dois sobrinhos nos States, uma sobrinha na Indonésia, outra na Itália e um filho indo para Berkeley (CA). Mas, eu não, fico aqui. Só pode ser imbelicidade.

      Mas, índio velho, riscado de espora e com a boca rasgada pelo freio bruto da vida, nunca, mas nunca mesmo deveria pensar em trocar uma democracia de merda por qualquer ditadura.

      “Those who surrender freedom for security will not have, nor do they deserve, either one.”

                                                                                                                                                                                              Benjamin Franklin

      1. BB,

        se eu te mandasse à puta que o pariu ou dissesse que ao me responder, como acima, voce devia estar bêbado, não ficaria bravinho? E mais: não generalizei os imbecis. Preferi responder com um novo artigo, ao meu ver, tentando justificar o anterior. Coisa de gente educada.

        1. F..eu, agora botou a mãe no meio

          Pô Rui, mãe não cara, mãe só tem uma.

          Quando eu parar de rir, prometo melhorar a resposta.

          Abs. Rui, te amo!!!

           

  2. A solução

    Não vejo outra, e não é por pensar em eleição ano que vem, é por bem mais que isso.

    Quando milhões se alistarem ao Partido dos Trabalhadores e empunharem o Lula, retomamos o nosso Páis!

  3. Já que o Rui já se conforma
    Já que o Rui já se conforma em ficar sob o coturno, acho que eu posso admitir que tenho a esperança que surja algum Pol Pot brasileiro.

  4. Chapa, permita-me não crer

    Chapa, permita-me não crer nas alternativas apresentadas.

    A 1ª teve 54milhões de endososs. Não fez o dever de casa a começar pelo vice aceitado como cumpanheiro de chapa.

    A 2ª tenho dúvidas de que terão vontade de sair de casa e perder uma das 459ª rodadas do Campeonato de Alguma Coisa Latino-Americano. Basta o Jornal Nacional anunciar que o PIB cresceu 0,0000019% em relação ao ultimo quadribimestresemestral desde 1979 que já emendam logo no novo capítulo da novela porque “agora tá indo”. Perceberão mais tarde o quão fundo está e foi e permenecerão.

    A 3ª menos ainda por perceber nas entrelinhas que os prováveis substitutos querem substituir somente para usufruir das  benesses usurfruidas pelos atuais titulares, ou convocarão vistas de cada um dos 8.735 processos repolsados em alguma prateleria a espera de classificaão que se juntarão aos outros 6.379 a espera de “sorteio”.

    Até poderia sugerir outra alternativa. Mas, no óbice do código penal, militar civil e civilizado, não me atrevo expor ante ao fácil enquadramento do “aos inimigos a Lei” visto o pacificado pela 3ª Seção do STJ em maio desse ano uma vez que os agentes públicos estão expostos a todo tipo de ofensa no exercício de suas funções (http://www.conjur.com.br/2017-mai-29/desacatar-funcionario-publico-continua-crime-decide-stj).

    É perdir muito, vide item 2, que alguem da Turma pensou em pedir, pelo menos, que cumpram suas funções sem humilhar quem fica de frente ao guichê com infindáveis documentos a serem juntados para deliberação no prazo legal de resposta à solicitação.

    Lamentavelmente a cerveja vai chocar e o embate vai custar a começar até que avisem ao novato que o duplo seis tem que ser colcado na mesa de mármore.

     

     

     

  5. ao STF e PGR compete anular o

    ao STF e PGR compete anular o impeachment sem crime.

    nosso papel é constrange-los, ridicularizá-los. Impelí-los e Educá-los a realizar seu trabalho.

     melhor seria se els fossem trabalhadroerss de qualidade e fizessem sem nós cobrarmos.

    eels escolheram a mala semanal..

     compete a eles a escolha.

    compete a nós demonstrar q escolha queremos deles, pois trabalham pra nós.

     

    Ela volta. sem crime, não há impeachment..

    simples assim. vamo ver carminha tentando explciar isso pro netinho……

    é simples pra nós. pra golpistas é outro papo… tem a pressão da mala semanal e do avião né….

  6. então….

    “Para mudar Governos, é preciso antes, mudar os governados…” Somos, na maioria cristãos, e não lemos nem a Biblia. Esta lá 5.000 anos de burradas da Humanidade. E saídas. (Antes de juízos errados, não quero a volta de religião e governo. Estado Laico beira à perfeição).” …sem academicismos e ilusões…” “sempre fui furioso ao dizer que fim da floresta amazônica está ligado a interesses estrangeiros, imobiliários e extração de minérios. Pouco a ver com a produção de soja…” A Verdade Vos Libertará. Começamos s enxergar nosso país com o fim da Bipolaridade e da Geração de 1964 (não desejo a morte de ninguém), mas é o inicio da nossa solução. Ou pelo menos o início da conscientização. A Geração de 64 sempre foi o problema, nunca a solução. Estamos testemunhando o epílogo desta tragédia, com seu natural final ou sua natural aposentadoria. Todos personagens desta Ópera Bufa de mal gosto passaram pelo Poder. O resultado é 2017. Repetição lamentável de 1964. De uma geração estática, parada numa determinada década, condenada a academicismos e ilusões. A História se repete com tragédia depois como farsa. Quem não conhece sua História se arrisca em repetí-la. O Brasil é de muito fácil explicação. abs.    

  7. Pode ser que haja um racha

    Ninguém sabe mais o que fazer porque as instituições não funcionam como deveriam. Conversando hoje pela manhã com uma pessoa que ja trabalhou em consulados, ela me disse que a Embaixada em Paris não festejara o 7 de setembro este ano porque esta sem dinheiro. E quando menos esperava, minha interlocutora sai-se com essa “Dessa vez é demais. Agora vou atras dos militares que conheço e que não estão nada satisfeitos com o que esta acontecendo no Brasil”. Pois é…

  8. Só agora li o texto de ontem.

    Só agora li o texto de ontem. Alguns comentários foram realmente agressivos e desrespeitosos, mas a maioria foi serena com um articulista que sempre nos brinda com ótimas análises. 

    Inquestionável o direito do Rui Daher expor suas idéias e sugestões, como também indiscutível, nós, comentaristas delas concordar ou discordar. Tudo muito óbvio. 

    De minha parte DISCORDO totalmente da saída engendrada pelo colaborador. Primeiro pelo anacronismo; segundo pela ilegalidade; e terceiro pela possível ineficácia e o potencial de ser matriz de crises ainda mais profundas.

    Anacronismo: merce de nunca ter sido uma opção nos países ditos “avançados”, o protagonismo de militares FOI uma constante nos idos pós-segunda guerra, fruto dos arranjos e re-arranjos exigidos pela nova Ordem advinda da polaridade ideológica. No nosso caso, 1964 foi apenas o desaguar de um processo que se arrastava desde o final da década de 40. 

    Que alguns concordem ou discordem, o certo é que essa tutela, merce de ilegitima e afrontosa à soberania do voto, ou seja, popular, ainda fez – historicamente – algum sentido. Mas o prazo de validade  vence  gradualmente a partir da distensão na guerra ideológica e o própria evolução e conscientização política do país. 

    Vencida essa etapa, restou aos militares se voltarem a seus afazeres profissionais. E que delas não saiam mais. 

    Ilegalidade: a Constituição não prevê qualquer outro arranjo institucional se não o da Ordem Democrática no qual a soberania popular é seu apanágio maior. 

    Por fim, quem garante que essa improvisão, interinidade, por melhores que sejam as intenções por trás das mesmas, não descambem para um regime de força? É o tipo da coisa que se sabe muito bem como começa, mas não há como prever como terminará. 

    A mentalidade militar é diametralmente oposta à democrática. Por esse aspecto, são imprescindíveis para garantir o sistema, mas como guardiães e nunca como mentores. 

     

  9. Sobre a possibilidade de as
    Sobre a possibilidade de as forças armadas brasileiras terem mudado depois da ditadura, basta ler este texto de três anos atrás. Só a chamada já é reveladora da tragédia em que estamos envolvidos:
    Ao negar a tortura, nossa oficialidade permanece ligada ao seu pior passado e se revela despreparada para o papel que lhes reserva a democracia. Por Roberto Amaral

    https://www.cartacapital.com.br/politica/por-que-as-forcas-armadas-de-hoje-defendem-a-ditadura-871.html

  10. antena

    A organização das Forças Armadas é semelhante à de uma indústria e a de um pais, hierarquia e tal. Ali há todo tipo de pensamento, inclusive golpista. Porém maioria das pessoas de todas as organizações é de patriotas, mais ainda no meio militar. 

    Então como se explica o golpe anti-nacional? Propaganda! Arma perigosíssima na mão dos usurpadores da pátria. Civis,, judiciários, parlamentares, populares e… militares que, após anos e anos de propaganda deletéria, encontram-se em confusão e convicção contra o Brasil. Todos teriam que ser convencidos do oposto ao que prega a infernal dioturna propaganda.

    A solução para nossos males começa por um arco de serra que, no seu vai e vem, derruba a antena da globo. A mão que empunhará a ferramenta haverá de ser patriota e democrática e, assim sendo, qualquer uma serve.

  11. Desespero.

    Caro Rui, tal como o citado texto inspirador de Nassif sua proposta me pareceu manifestação de desespero . Confesso estar desesperado com nosso desgoverno mafioso. Não entendo ser o estamento militar feito de golpistas ou nazitstas . Mas as FFAAs não dispõe de nenhum líder no momento e já defenestrou a turma da “sorbone”.

  12. Txt corajoso

    Prezado sr. Rui Daher,

    Li o seu artigo de ontem, suas considerações de hj, e as feitas outro dia pelo sr. Nassif. São expressões razoavelmente patéticas de desespero, em função não apenas dos males brasileiros do momento, mas tbm do horizonte terrível que se abre. Desde já, me incluo tbm entre os cidadãos, como vcs, que sentem o mal-estar e não veem soluções fáceis e convencionais para a superação dos dilemas do presente. Somos todos patéticos e desesperados. A situação do País é patética e desesperadora. Quem não sente e não pulsa essa condição, me parece, estar alienado não só em relação ao que se passa como ao que pode se descortinar.

    De modo que entendo as reflexões de vcs como muito corajosas, rompendo com uma espessa camada de cômodos cânones intelectuais e políticos já incompatíveis com os desafios ora em curso no Brasil. Por isso, saúdo os seus txts e os de Nassif. Em que pese uma discordância minha, aqui e acolá, no tocante a ingredientes programáticos que vcs tenderam a explorar – em torno de um “nacional-desenvolvimentismo” -, minha ótica é norteada por uma cosmovisão socialista, no que importa essencialmente, é a atenção dedicada à questão nacional. Infelizmente, seja para os ingredientes de visão programática de vcs, seja para os que defendo, nessa quadra da República, não há agentes sociais que deem sustentação, a uns e outros.

    De um lado, nem “burguesia nacional”, com projeto nacional, pois vendida aos gringos, nem socialismo, por falta de organismos consequentes de mediação, partidos e sindicatos, e matérias-primas básicas, como valores de guia para a ação em torno da cooperação e solidariedade. Uma sociedade invertebrada é o que temos, no momento sem agentes potenciais de mudança.

    E a questão nacional é decisiva. O que vcs tenderam a sugerir me lembra uma remota experiência: de 1955, sob o comando do Mal. Lott, para assegurar a Constituição e as eleições. Digamos, uma intervenção “cirúrgica”. Diria mais: poderia servir como sinal de acatamento das Forças Armadas ao princípio constitucional da defesa da soberania. Como vcs bem mencionaram, ela está sob absoluto risco. Seria uma forma, me parece, de as Forças Armadas anunciarem tbm e claramente ao capitalismo internacional e à sociedade brasileira uma fronteira a qualquer medida política-economica, a qual o País não poderia deixar romper. Presente e futuro em questão.

    Talvez o maior risco no horizonte seja o de balcanização territorial. As privatizações e desnacionalizações do sistema produtivo e de infra-estrutura já incidem na criação de “economias arquipélagos”, como há uns 20 anos frisava Milton Santos. Do jeito que a coisa hj vai, não há País que resista a tanta dispersão de centros de coordenação e controle nacional. A balcanização é um risco óbvio. E as Forças Armadas precisam incidir nisso. As oligarquias vende pátria que aí estão, com seus suportes poderosíssimos interna e externamente, precisam ser deslocadas do poder o quanto antes.

    Há uns meses mencionei a importância de se incluir as FAs em qualquer reflexão sobre a conjuntura e os dilemas e desafios do País (para o caso de disponibilizadade de tempo: https://jornalggn.com.br/blog/roberto-bitencourt-da-silva/urge-mudar-nossa-visao-sobre-economia-e-politica-por-roberto-bitencourt-da-silva ). Mas, até hj, não consigo vislumbrar de maneira muito clara o como e com qual sentido. As contribuições de vcs iluminam algumas possibilidades, como resgatar a Constituição, recuperar o mandato da presidente eleita, em respeito à soberania do voto popular, revogar todas as medidas espúrias e antipatrióticas de um goveno ilegítimo, de traição nacional, e impor claras barreiras internas e externas – em atendimento à soberania nacional – a todo e qualquer programa político, legitimado pelo voto ou não.

    Parabéns pela coragem sua, pela de Nassif, que em muito contribuem para o debate e a reflexão acerca dessa quadra tormentosa que vivemos em nossa Pátria.

    Grandes abraços.

    Roberto Bitencourt da Silva.

     

  13. Esse irado facebookeano aqui

    Esse irado facebookeano aqui comenta que é um erro acreditar nas eleições pois elas não nos devolverão direitos ou rasgarão contratos contra os abutres internacionais que se aproveitam de nossa fragilidade institucional total. Esse Brasileiro já andou milhares de quilometros em manifestações e decidiu(e o diz todo dia)que só participará de novas manifestações na defesa de LULA.Grito todo dia para a suprema cortesã julgar o mérito desse golpe pois o referendando dará aval ao poucos que se propõem de tocar fogo nessa merda toda visto que somente a ilegitimidade do golpe tornaria nulos os crimes dessa máfia chechelenta que assalta o Brasil ou uma revolta popular teria o mesmo efeito. O Brasil sem essas alternativas não tem saída.Cobro dos congressistas e de LULA esse discurso,que falem a verdade ao POVO pois o POVO não merece ser tratado como otário.É o que penso é o que prego e estou disposto.Sim não se constrói uma Nação soberana sem luta,sem sangue pois nosso país é eterna vítima de golpes políticos ,jurídicos,empresariais e midiáticos, quando não tocado por militares é pelo verde oliva,o azul celeste e o alvo branco sustentado.Instituições podres precisam ser extintas e reconstruídas ou viveremos de ciclos mais parecidos com o inferno de Dante com lampejos de arremedo democrático.

  14. Não achei descabida a

    Não achei descabida a proposta, caro Rui, ainda mais que continuo achando-a mais uma provocação do que qualquer outra coisa. Mas considerando-a como uma possibilidade de fato, aí a coisa complica. Tendo a concordar com o JBCosta, é melhor não.

    O que não exlcui os questionamentos gerados por seu corajoso e polemissíssimo post. De fato, qualquer intervenção militar seria a la Bolsonaro? Necessariamente reprimindo a esquerda e acabando de vez com qualquer medida que cheire a socialismo? Concordo que não. O anti-comunismo renasceu como uma aberração e não deve ter convencido a maioria da caserna, espero.

    No entanto, acabar com uma ruptura institucional, como foi o golpe parlamentar com outra ruptura? Dessa vez com o emprego da força? Pode ser um caminho sem volta. A democracia ficar ainda mais longe do horizonte 

    Se for para usar a força, prefiro ficar com minha utópica e naif sugestão de levante popular. É uma proposta tão ruim quanto, eu sei, esperar o povão “se levantar” do sofá onde vê o futebol.

    Mas se é para questionar o mito de que as Forças Armadas são sempre de direita, porque não também o de que o povo brasileiro será sempre passívo e resignado?

  15. Apreenderemos?

    Os tempos mudam e também as formas de ditadura, uso da força, controle e opressão. As armas  e instrumentos são outros, estão no mercado, na mídia,  nos poderes executivo, legislativo, judiciário, nos senhores introjetados. São legítimas porque  sutis, formas de controle dóceis, adequadas ao voluntário espírito das servidões? E que dizer do controle da própria sociedade de consumo, que  prescinde de  estado e polícia? Há menos violência e morte quando se sonega impostos, quando se retira ou não se tem oportunidade e direito à cidadania, à educação, saúde, moradia, etc? Não se trata de defender intervenção militar, mas não ser hipócrita.

    É óbvio que um tempo sem prisões, mortes e censura é melhor.  Mas é mais humano? “Live and let die”… Temos liberdade, mas é a prazo, aquela  – como assinala Gramci -que nosso salário pode comprar. Termos liberdade de expressão. Mas ser livre é fácil: o problema é como, o que fazer com a liberdade. O fantasma do pai assassinado pelos usurpadores do trono já não  se dá ao luxo de retornar à noite. Está à luz dos nossos  dias, presente em todos os palácios, empresas, moradias,  enquanto o príncipe herdeiro – nobre mas impotente para agir – insiste em representar…  Mas vamos lá, continuemos falando, é a resistência, é a palavra-semente do limoeiro que nos deram,  mas (ainda? ah, a esperança…) não deu limonada.

    Existe uma saída eficaz, o texto aponta. Mas aí  o X da questão: é mais fácil Gandhi ressuscitar do que empreendermos a  organização e mobilização preconizada pelo lider indiano.  E fica-se nesse  jogo de empurra-empurra das responsabilidades, bodes-expiatórios e messianismos, sem assumir a exigida e ativa participação. E eis a indolência, ilusoriamente individuados e anti-sociais,  nosso passado raquítico de escravos que baixam a espada  e abrem mão da conquista, mesmo a possível, através da mobilização consciente e pacífica. 

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Q7gH3oOrmj8%5D

     

     

  16. Olhe, para ver que não há

    Olhe, para ver que não há mudanças significativas, e que há apoio velado ao golpe (os militares são também golpistas), basta observar que o juiz Sérgio Moro e o Ministro Jungmann foram agraciados pelo Exército com a Medalha do Pacificador (é mole!); o Presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, também foi condecorado pelo Exército e o então Ministro do traíra, Michel Temer, Alexandre de Moraes recebeu da FAB comenda Santos Dumont, para ficarmos só nestes, além, claro, do usurpador, Michel Temer. Difícil, muito difícil, quem tem parentes ou amigos militares, que não estejam convivendo com uma verdadeira militância em favor do golpe. Entre no Face, vasculhe páginas da direita ligadas a militares para ver, não só baixo nível do discurso, todo entrecortado de palavrões e desaforos, e constatar de que lado estão os militares. Por isso, é se aliar aos golpistas, pedir que deem um golpe no golpe que ajudaram a se concretizar, ingenuidade admitir que possam, por serem pretensamente nacionalistas, coisa que há muito tempo não o são mais, já que desde 1964 estão aliados ao grande capital, aos EUA, são hoje apoiadores do neoliberalismo, fazendo internamente um discurso anticomunista, mesmo sem comunistas nenhum para enfrentar, como se estivéssemos em plena Guerra Fria, discurso este muito mais para alienar a tropa, afastá-la da política. Seus principais e mais importantes quadros são treinados no Tio San. Pedir esse apoio é se expor ao ridículo, principalmente entre os militares.                            

  17. Ainda bem que só achei o

    Ainda bem que só achei o plano do Rui complicado, arrsicado e inexequível. Complicado porque seria preciso combinar antes com os russo, como bem lembrado no “affaire” Garrincha/Feola e os russos de hoje são mais mafiosos que os de outrora. Arriscado porque não parece garantido que os quartéis de hoje sejam diferentes dos quartéis de 64. Quem viveu sob o poder dos coturnos e japonas, não aquele tétrico e macabro japonês da PF de Curitiba, mas aquela capa militar que, acho,  não se usa mais, nem de longe posso  imaginar outro repeteco de 64. Perdão mas se essa fosse ou for a unica saida, que Michel e seus comparsas apodreçam no poder. Creio mesmo que eles, os militares, ainda não colocaram seus tanques e canhões na Praça dos Três Poderes porque o vexame internacional seria gigantesco. Assim vão continuar quietos porque não tem nada a perder e muito a ganhar. Afinal verba para o soldo é que não vai faltar. Inexequível porque falta muito Afonso Arinos e sobra muito Gilmar Mendes no STF. E no campo jurídico de hoje, quem como Sobral Pinto? Todos conhecemos aquela historinha burguesa de “eu estou cuidando de meu jardim e ninguém ainda roubou minhas rosas nem matou meu cachorro e assim não tenho nada a ver com o que se passa”. Esta é a realidade nacional e arrisco a parodiar que o Brasil, hoje, é uma festa. Enquanto houver dinheiro para a cerveja e o churrasco na laje ou à beira da piscina, nada vai mudar. 

  18. Vc não respondeu..
    Quais

    Vc não respondeu..

    Quais seriam os seus “homens iluminados” que fariam parte do conselhão da transição ..conselho dos sábios ?

    De qq forma o que vc propõe é um golpe dentro do golpe  ..e apela pra uma das Instituições que guarda alguma fama (ao menos no imaginário popular) de seguir nas regras e ser nacionalista  ..mas qdo o Golpe vem, inúmeros são os exemplos de que sabemos aonde começa, mas não sabemos como termina

    EU ainda acho que vc se ilude  ..custa-me acreditar que se as Forças Armadas não quisessem  ..que Temer, Judiciário, FIESP-FEBRABAN e EUA teriam tentado esta aventura contra a democracia

    ..pra tanto ..há que se ter bala na agulha, SEMPRE 

     

     

     

  19. “Um rebanho dócil, que não

    “Um rebanho dócil, que não pode viver sem um senhor, ela ( referência a massa) tem tamanha sede de obediência, que institivamente se submete a qualquer um que se apresente como o seu senhor” Freud em a psicologia das massas.

    Os individuos amedrontados se tornam acríticos, influenciaveis e se diluiem no pensamento das massas em busca de um salvador.

    Oq vc esta pregando Rui, é justamente oq pensadores brasileiros vem criticando a decadas, o brasileiro fica sentado na janelinha e deixa que a elite decida pela polpulação.

    Inclusive oq Jesse Souza vem criticando em seu livros a respeito da ideologia  do Brasileiro homen cordial.

    https://jornalggn.com.br/noticia/jesse-souza-o-desafio-de-desconstruir-os-interpretes-do-brasil

     

  20. O medo é racional e temos que o usar como aliado, sem desespero

     

    Rui Daher,

    É precário o nosso entendimento da realidade. Talvez essa seja a causa de quase todos os problemas que nos afligem. Sem entender a realidade, o medo pode aflorar. O medo é o fermento do fascismo. Ao mesmo tempo o medo é fruto da nossa capacidade intelectiva. A coragem, sempre louvada, talvez seja mais fruto da falta de inteligência ou da incapacidade de raciocinar.

    É preferível ter medo do que destemor, mas é preciso entender o que nos causa medo, pois o medo nos leva a decisões equivocadas como é o caso da nossa aproximação ao fascismo quando enfrentamos situação de medo.

    Eu imagino que a fuga para o fascismo seja fruto da nossa ignorância. Ignoramos a razão do medo e ignoramos o caminho para nos livrarmos do medo. Então ajuntamos em grupos, como a nos protegermos mutuamente, e com uma ideia única, tornamo-nos fascistas.

    De todo modo, não creio que devemos esconjurar o medo. Ao contrário considero que devemos encontrar uma forma não só de o medo nos ser aliado como de saber como evitar ou vencer o que nos causa medo.

    O medo deve ser visto como um aliado na medida que decorre da nossa capacidade de pensar. E mais, ele é um aliado na medida que ele decorre da nossa percepção de que não somos poderosos capazes de enfrentar todos os perigos e, portanto, ele ajuda-nos a reconhecer a nossa insignificância e fraqueza. E conhecer nossas fraquezas nos ajuda ou a evitar ou vencer o que nos causa medo.

    E, de novo, relembrando o que eu disse no seu post anterior “Nem que seja, por Rui Daher” de segunda-feira, 28/08/2017 às 08:07, publicado aqui no blog de Luis Nassif, ao compreendermos as nossas limitações nós temos melhores condições de agir de modo racional e, dentro de um postulado da esquerda, visando maior humanização da sociedade.

    Não vi link para o seu post anterior “Nem que seja, por Rui Daher”, então deixo o link a seguir:

    https://jornalggn.com.br/blog/rui-daher/nem-que-seja-por-rui-daher

    O que nos causa a desesperança é a dificuldade para conseguir a maior humanização da sociedade. A defesa da humanização é o que nos coloca à esquerda. E a esquerda não pode recuar nesse propósito. Poderia recuar se houvesse a certeza que o passo atrás ensejaria a recuperação.

    É preciso reconhecer que a humanização é um processo civilizatório custoso e demorado e sem caminhos conhecidos, salvo talvez o conhecimento, embora haja sábios fascistas. Se não sábios, pelo menos com conhecimento. Então a luta é inglória.

    E as oportunidades de encurtar caminho como foi a experiência com o PT e que devem ser aproveitadas ao máximo, só são percebidas como oportunidades quando já se completaram, e, infelizmente, a menos da perseverança, não sabemos o caminho para que outras oportunidades possam aparecer.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 29/08/2017

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