A Aurora Poética da poetisa recifense Aline Faus

Poetisa Aline Faus na captura imagética de Mary Costa I Recife

 

Poética é uma iniciativa que traz versos e poemas exaltados por grandes nomes da poesia brasileira, e em especial do Recife. E da arte intimista”. poetisa Aline Faus, do  Facebook

 

Poética da feminilidade

 

Feminina lua

Que volta sempre num céu calmo

Um céu ilusório

Mas que existe

Pra quem está embaixo

 

Femininas curvas

Da elegância Um simples toque

Ou a douçura

Na roca voz

Das lembranças

 

Larga cintura

Que cabe a vida,

Nos seios matinais dos astros

No espelho que te veste nua

Um minúsculo instante

 

Delicado

Nas brutas formas em que se abriga…

Mulher distante como a lua

 

Carrega em si

Os abraços

Da natureza viva

Em tua face

Lua feita de luz e fase

Traços

Das noites frias

 

Poesia do Recife

 

Quando chega a noite

E as luzes não se acendem,

Os prédios do Recife são só paisagens

 

Como esquecer as luzes amarelas?

 

Da ponte princesa Isabel,

Onde algum dia foi meu São João

Onde também já foi meu carnaval

Enquanto lenta corre a chuva

 

Que esfria as janelas abertas do quarto…

Sou feita de hoje

Num céu imenso, nublado…

 

Quando chega a noite

O Recife é um domingo de canção

Luzes e carros

Vento e paixão

 

Poeminha

 

Existe um mistério que paira no ar,

Um mistério enorme como o céu,

Que cobre todas coisas

Existe uma vontade boba

das mesmices simples,

que sempre sonhamos na vida e que nos define

Mas como a vida é Boa!

 

Invenção

 

Quero a arte e seu principio maior

que a vida é sempre uma espera

uma janela,

uma varanda e ela…a inquietude do sonho

 

Quero a arte do seio da alma

a lágrima que hidrata a vista

uma estrela uma noite …

que abriga, a leveza de ser toda inventada

 

Inspiração: Cicero Dias , Mulher na Varanda

 

Poema da Rua da União

 

Casa e casarão

Eu e os vidros quebrados

A rua já tem dono

 

Um desatino,

 

Perambular as praças do abandono

– É sorte que beira a estrada

 

Escada e corrimão

Janelas a espera do nada

 

Mas minha rua tem canção

canto assim

Como o vento leve

Ventania, rua da União

 

-Ah se tu soubesse …

 

Saudade grita o peito

No poema que me deste.

 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador