Governo de Pernambuco sabia que a Arena era inviável antes de assinar o contrato, e Geraldo também

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O GOVERNO SABIA QUE A ARENA ERA INVIÁVEL ANTES DE ASSINAR O CONTRATO (E GERALDO TAMBÉM)

[por Leonardo Cisneiros]

Semana passada a notícia foi a de que Sérgio Moro autorizou uso de provas da Lava-Jato na investigação das fraudes da Arena Pernambuco (https://goo.gl/xCnY2t). Hoje a notícia é a de que o governo aceitou um “acordo” com a Odebrecht para pagar quase 1/4 de bilhão de reais para rescindir um contrato que, como expliquei na semana passada, já era fraudado e nulo desde sempre (https://goo.gl/RftfL1).

E O GOVERNO SABIA que o contrato era inviável! Paga para desfazer agora o que nunca deveria ter sido assinado. E a prova está neste documento: uma nota técnica do Núcleo responsável pelo projeto da Arena e da Cidade da Copa alertando que a Arena só se viabilizaria no improvável cenário dos três principais times do Estado jogando lá e, ainda assim, com uma “contrapartida pública alta”. Caso só um ou dois times confirmassem, a parceria se tornaria inviável ou iria exigir muito mais dinheiro público. Esse alerta chegou na mão do presidente do Comitê Gestor de PPPs, Geraldo Julio, em março de 2010. Em abril, já havia notícias informando que Sport e Santa Cruz não iriam jogar na Arena. Em junho de 2010, o contrato foi assinado pelo governador Eduardo Campos incluindo expressamente a premissa de que os três times jogariam lá. Dez dias depois o governo informa que essa premissa não ocorreria e a partir daí a Odebrecht pede a renegociação que levou a todo prejuízo conhecido aos cofres públicos.

É esse contrato que já se sabia ser inviável que está sendo desfeito agora.

Se o governo admitisse a fraude e a nulidade do contrato NADA precisaria ser pago a uma empresa cujo presidente está na cadeia por envolvimento com corrupção.

Por que será que o governo prefere entregar quase R$250 milhões dos cofres públicos a essa empresa a admitir a nulidade do contrato, hein?

‪#‎ArenaPE‬
‪#‎OperaçãoFairPlay‬

 

Redação

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