A Casa da Moeda e a mentira sobre a crise da emissão de pass

                                 A Casa da Moeda e a mentira sobre a crise da emissão de passaportes

Hoje o cidadão brasileiro enfrenta uma enorme dificuldade para conseguir um passaporte por conta de uma crise na Casa da Moeda do Brasil (CMB), que não consegue disponibilizar o documento para a Polícia Federal (PF). A CMB culpa a quebra de uma máquina pelo transtorno causado à população. Uma grande mentira !!!!

O que falta hoje à CMB não são os livretos, e sim as capas do passaporte, e a razão é bem diferente da alardeada pela CMB. Ocorre que no ano passado, com a enorme retração da demanda pelo documento devido à crise e a alta do dólar, que reduziram o turismo internacional, a CMB reduziu suas encomendas ao seu fornecedor, uma empresa mafiosa de nome Fedrigoni, que há anos domina a casa da moeda através de licitações dirigidas.

Este fornecedor importa as capas prontas da ásia, com um chip de fornecedor também asiático, que são acopladas aos livretos (paginas para carimbos e vistos) e entregues à PF. Com a retomada da demanda, a CMB tentou reforçar seu estoque junto a Fedrigoni. Sem sucesso, pois o fornecedor asiático do chip mudou o modelo do mesmo, sem manter estoque razoável do modelo usado atualmente no passaporte brasileiro, este homologado ela PF. Enquanto a PF não homologa o novo modelo, não se produzem novos passaportes.

A pior parte: NÃO PRECISAVAMOS ESTAR PASSANDO POR ISSO!!! Em 2012, a CMB assinou um acordo com uma empresa brasileira de semicondutores, do próprio Governo Federal, para a produção de um chip genuinamente nacional. Este chip está pronto, inclusive com software embarcado próprio.  Ou seja, um produto feito pelo próprio governo, muito mais seguro que o asiático. Para piorar, a CMB COMPROU maquinário para produzir as capas com o chip desenvolvido aqui e certificado por um das mais renomadas entidades certificadoras da Europa. As máquinas estão encaixotadas.

Por pressão da Fedrigoni, que tem seus próprios interesses, os quais certamente não são os mesmos da maioria da população brasileira, continuamos a importar capas completas, com chip asiático, sujeito a crises como estas, que não ocorreriam se a CMB produzisse em suas próprias instalações estas capas, com um componente feito aqui, pelo próprio governo.

Conclusão: ainda por muito tempo, Alemanha 7, Brasil 1, e é muito.

POSICIONAMENTO DA CASA DA MOEDA

“A assessoria de imprensa da Casa da Moeda (CMB) informa que houve duas situações distintas com relação à fabricação de passaporte. O primeiro problema começou no dia 20/4 e era em relação à matéria-prima (capa) do passaporte. Tivemos uma variação da demanda entre o segundo semestre de 2015 e o início de 2016, que afetou o planejamento das aquisições da Casa da Moeda do Brasil e contribuiu para a redução dos estoques de matéria-prima antes do tempo previsto. Já estamos recebendo estoques de matéria-prima (capa).

Além disso, recentemente tivemos um problema na máquina que faz a perfuração a laser do número do passaporte. O equipamento quebrou, tentamos o reparo sem sucesso e por isso tivemos que interromper temporariamente a nossa produção.

Trata-se de um equipamento importado, sofisticado e específico para impressão de item de segurança. A peça veio da Alemanha e foi entregue na sexta-feira. O equipamento ainda passa por ajustes, mas a nossa produção já foi retomada.

A fim de evitar mais transtornos à população, a CMB voltou a enviar passaportes aos postos da Polícia Federal na sexta-feira (1/7). Foi feita uma série especial de passaportes sem a numeração perfurada, mas com todos os demais itens de segurança, inclusive o chip com os dados do solicitante e a validade de 10 anos. O passaporte brasileiro é um dos mais seguros do mundo. O Departamento de Polícia Federal autorizou a produção e o Ministério das Relações Exteriores está encarregado de fazer a ampla divulgação internacional para garantir o trânsito no exterior.

Ao contrário do publicado no blog, o chip produzido pela Ceitec ainda está em fase de certificação internacional e, posteriormente, haverá as etapas de testes práticos, homologação, testes em aeroportos, fabricação de lote piloto etc

A CMB afirma também que não adquiriu equipamentos para produzir as capas com chip.”

Redação

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