Boa noite eterna, meus doces anjinhos palestinos.
Ah, e como é vasta essa dolorosa revoada. Só nesses dias, a legião dos anjinhos palestinos aumentou em sessenta entes. Voam juntos, tristemente, e nem assim sombreiam a consciência desse mundo covarde.
Voem, meus queridos, voem. Não olhem pra trás, não busquem ouvir o lamento dos que os amavam. Só se ouvem bombas. Eles estão no inferno em vida, sob o fogo cerrado de uma gente poderosa e cruel.
Minhas lágrimas, minha dor são suas, anjinhos palestinos, pena que elas nada valem para defendê-los. E nem entender consigo, meus doces, entender porque essa gente aprecia tanto trucidar crianças. No mínimo, 60 entre os 360 mortos. Muitos queimados sob a inclemência de bombas de fósforo. Que sentido, que prazer podem ver nisso?
Voem, meus anjinhos palestinos, a vocês só posso dedicar essa dolorosa insônia que tem visitado minhas noites, enquanto busco na TV, e na internet, a pirotecnia da morte cruel e covarde.
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