Como a cegueira política prejudica a Ciência

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Chegou, via Facebook, essa solicitação do Deputado Fábio Garcia, buscando vetar uma cooperação entre o Brasil e a União Européia para a pesquisa astronômica. Segue o texto:

Solicitamos a retirada de pauta de um acordo que o governo federal fez com a União Europeia que faria o Brasil gastar 800 milhões de reais com pesquisa astronômica. Os astros que precisam ser enxergados no Brasil é o povo brasileiro que sofre com a ausência de saúde, educação e segurança pública de qualidade! Tamojunto!

Mas qual é o sentido por trás do lobby contra uma cooperação dessas por motivos pouco específicos, tais como “ausência de saúde, educação e segurança pública de qualidade”. Aqui não é o foro apropriado para discutir se de fato saúde, educação e segurança pública andam ausentes. Mas algumas considerações precisam ser feitas.

Para começar, um discurso desses ser feito por aquele seu ex-colega de colégio no Facebook ou na mesa de bar é algo ruim, porém admissível. As pessoas tem liberdade de expressão e podem dizer o que quiserem. Mas um discurso desse tipo feito por um deputado federal, que tem o poder de propor novas leis (e deveria ser esclarecido ou assessorado o suficiente pra isso) é algo totalmente inadmissível. E isso por alguns motivos específicos:

1) O deputado partiu de uma falsa dicotomia: o investimento em astronomia e astronáutica não é um contraponto ao investimento em saúde, educação ou segurança pública. Saúde e Educação, inclusive, tem investimento garantido pela própria Constituição Federal, que determina que uma parte fixa da receita corrente líquida vá para saúde (Art. 198, CF) e outra parte vá para a educação (Art. 212, CF). Também existem dispositivos que regulamentam o investimento mínimo em segurança pública.

2) A importância do investimento em astronomia – e em Ciência, em geral – é notória por vários motivos: soberania nacional, vantagens econômicas, melhoria da qualidade de vida da população como um todo, progresso da humanidade. A Ciência não é isenta de problemas, mas sem ela ainda estaríamos vivendo com as tecnologias e as expectativas de vida da época das cavernas. A técnica é (ou deveria ser) o aperfeiçoamento do uso do meio natural pelo homem, e para que a técnica se desenvolva é necessário o desenvolvimento prévio ou contíguo da capacidade humana de responder questões que não tinham sido respondidas antes (e de criar outras novas). Isso é o que move a ciência e faz com que a ciência seja benéfica para a humanidade. E é por isso que, na história, nenhum país alcançou o status de “país desenvolvido” sem grandes investimentos em ciência (sejam eles públicos ou privados)

PS: em relação às Ciências Astronômicas, em específico, existem diversos motivos para que o país invista nelas, explicados nesse texto.

3) Dentre as maiores economias do mundo, o Brasil é uma das mais dependentes do poder público para o investimento em ciência, como prova o estudo feito em 2013 por Andrew Steele e Tim Fuller:

Além do Brasil, só Argentina, Indonésia, Rússia e Índia, dentre as 20 principais economias do mundo, contam com mais investimento públicos do que privados em ciência. Todos “emergentes” ou “países em desenvolvimento”. No entanto, cabe ressaltar que o Estado tem papel fundamental no investimento em ciência: nenhuma das 20 maiores economias do mundo tem uma porcentagem irrelevante de investimento estatal em ciência: o Japão, que tem a menor taxa de investimento público sobre o total investido, tem cerca de 17% de participação estatal sobre o total investido em ciência.

Conclusão

A visão do Deputado Fábio Garcia, que é compartilhada por muitos “eleitores comuns”, a ponto dele ter sido eleito, só mostra o quanto a população precisa conhecer melhor a ciência e quais os seus reais benefícios para a sociedade. Com uma educação básica deficitária, é difícil fazer com que as pessoas comuns, longe da academia, enxerguem a real importância da ciência e da tecnologia no dia-a-dia. A prova disso é o pensamento largamente difundido de que “os governos devem investir no que é realmente necessário para só depois investir em ciência”, ilustrado nessa atitude do deputado federal Fábio Garcia em tentar barrar a cooperação astronômica entre Brasil e União Européia.

A lógica tem que ser a inversa: o investimento em ciência vai ajudar o país a superar os seus problemas básicos em setores como educação, saúde e segurança pública. Não será um processo automático. Não há garantia de sucesso. Mas prescindir da ciência e da tecnologia para resolver os problemas da nação é sempre a opção errada.

Ref: https://alemdolaboratorio.wordpress.com/2015/02/12/como-a-cegueira-politica-prejudica-a-ciencia/

Redação

14 Comentários

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  1. Avibras necessita atenção urgente

    Uma missão urgente para Jaques Wagner: salvar a Avibrás

    12 de fevereiro de 2015 | 18:57 Autor: Fernando Brito

    astros

    O Brasil possui, desde 1961, uma indústria de aviônicos e defesa por mísseis, a Avibras.

    É dela que saem os foguetes Astros II, usados tanto pelo Iraque de Saddam Hussein quanto pela Arábia Saudita na Guerra do Golfo. E pelas forças armadas da Malásia, Indonésia, Catar, Angola e Bahrein.

    E, é claro, pelo Exército Brasileiro.

    Assim como a nova versão, o Astros 2020, com alcance de até 200 milhas (320 km), que tem também uma versão naval.

    Além disso produz ou desenvolve mísseis (ar-ar, ar-terra, terra-ar e terra-terra), equipamento de direção de tiro para artilharia antiaérea, veículos aéreos não-tripulados e outros equipamentos estratégicos de defesa.

    A empresa está em mais um dos grandes impasses de sua história de 54 anos. Está parada desde dezembro, com os 1.500 funcionários da unidade de Jacareí (SP) com seus pagamentos em atraso.

    Ia ser parcialmente vendida à divisão de Defesa e Tecnologia da Odebrecht, mas o negócio parece ter gorado. A Odebrecht está, como as outras grandes empreiteiras, com a língua de fora pelos problemas que todos sabem.

    Certamente não há “santinhos” da indústria bélica, como de resto não os há em quase todo o empresariado.

    Mas a Avibras é uma empresa estratégica não apenas para a nossa defesa como, também, para nosso comércio exterior, com uma carteira de encomendas que corre o risco de se desmanchar.

    Já que o ex-governador Jaques Wagner não pode fazer o que mais dele era necessário neste momento – a articulação política do Governo – bem poderia se dedicar a encontrar uma saída que preservasse o interesse nacional numa empresa classificada por seu próprio Ministério como “estratégica para a defesa nacional”.

    Se necessário, até mesmo uma intervenção através do Exército Brasileiro para sanear sua situação – há uma briga entre o controlador e acionistas minoritários da empresa –  até que se consiga uma solução privada para sua continuidade operacional.

    O que não pode acontecer é jogar no lixo o conhecimento tecnológico acumulado em mais de 50 anos, numa área que só as grandes potências mundiais detém tecnologia.

    No caso de mísseis, não mais que meia-dúzia de países.

    O ministro Jaques Wagner tem de chamar a si o problema e encontrar uma solução que preserve a Avibras, porque tecnologia bélica neste nível não tem para vender no mercadinho da esquina.

     

  2. Míssil ar-ar A-Darter

    No Tijolaço

    O Brasil não pode perder alta tecnologia militar

    13 de fevereiro de 2015 | 08:00 Autor: Fernando Brito

    darter

    Ontem, escrevi aqui sobre a necessidade de não se permitir que feche a Avibras, a mais importante indústria de equipamentos militares de alta tecnologia.

    Coincidentemente, o Ministério da Defesa publicou os resultados do teste do míssil A-Darter, realizado na segunda-feira. O foguete é  desenvolvido em parceria entre o Brasil e a África do Sul. Aqui, pela  Avibras , pela Mectron e pela Optoeletrônica

    Disparado de um caça Grippen – igual aos comprados pelo Brasil – o resultado foi este da imagem acima: atingir um um alvo em alta velocidade, em altitude maior e a incríveis 90 graus da trajetória da aeronave lançadora.

    O detalhe na imagem são as fotografias do impacto.

    O o gerente do projeto pelo Brasil, Coronel Júlio  Tavares, da Força Aérea Brasileira, resume muito bem o que significa ter esta tecnologia: “Ninguém ensina isso”.

    É obvio que não se defende que o Brasil se lance a uma corrida armamentista.

    Ao contrário, nossa concepção é defensiva e baseada em equipamento de altíssima tecnologia que, mesmo em pequena quantidade, desestimule  aventuras bélicas em relação ao nosso país.

    Em tecnologia militar, caro é o que é ruim, como por muitos anos se manteve como prática aqui.

    PS. Um comentarista publicou aqui que isso é problema de se conseguir um acordo entre os acionistas minoritários. Não é. Indústria militar não é fábrica de biscoito, que se pode abrir, fechar, vender ou desmontar só de acordo com a vontade dos acionistas. Tem contratos quase que só com o Governo e pertencem ao sistema da Defesa Nacional.

     

    1. Depende do BB

        Ulisses s,

        Não é bem de “salvação” que a Avibrás necessita, pois possui a receber em contratos já firmados, tanto com o Governo Brasileiro, como com clientes do exterior, um valor de R$ 2,6 Bilhões, tanto que o Sr. Houssani, está tentando, desde novembro passado, descontar parte destes contratos com o BB, até agora sem solução – O porque ? 1. contingenciamento de verbas 2. taxa de juros sobre a antecipação de recebiveis 3. relações com a ODT (Odebrecht Defesa e Tecnologia, dona da Mectron ).

          Outro problema enfrentado, não apenas pela Avibrás, mas até pela Embraer Defesa ( só do KC-390 o governo deve a empresa R$ 400 milhões ), e outras contempladas pelo InovaAerodefesa, que o Blog do Planalto comentou hoje que está as “mil maravilhas”, e que quase nada destas liberações selecionadas pelo programa efetivamente sairam, chegaram a “ponta”, travaram no MinFazenda/ BNDES/SRF, pois as disposições complementares da Lei 12598, relativas aos financiamentos especiais a estas linhas de crédito, não foram ainda publicadas.

           Fofoca: Quando leem “DENEL” , a sul-africana, na realidade está escrito: a sueca SAAB Dynamics South Africa, e BAE Systems, pois a ARMSCOR ( agencia do governo sulafricano para empresas de defesa), vendeu todas suas unidades ou mesmo as semi-privatizou para estas mega-empresas de defesa européias. Portanto quando a AVIBRÁS , mês passado se juntou a BAE referente ao Sea Ceptor ( selecionado pela MB ), e expôs em Brasilia a versão deste SAM em versão terrestre, ninguem se espantou, se futuramente a AVIBRÁS fosse fatiada entre os europeus, levando a MECTRON de lambuja.

    1. Ivan nao faz isso, nao é digno de você

      Ele cometer “erros de Português” é absolutamente IRRELEVANTE. Critique as atitudes dele, nao isso. É pouco democrático e elitista. Nao é porque nao aprovamos uma pessoa que vale qualquer coisa contra ela.

      Vou deixar aqui um trecho de 1 livro que adoro, Linguagem, Escrita e Poder, de Maurizio Gnerre, Ed. Martins Fontes: 

      “Talvez exista uma contradição de base entre ideologia democrática e a ideologia que é implícita na existência de uma norma linguística. Segundo os princípios democráticos, nenhuma discriminação dos indivíduos tem razão de ser, com base em critérios de raça, religião, credo político. A única brecha deixada aberta para a discriminação é aquela que se baseia nos critérios da linguagem e da educação”.  

      a

       

  3. Ciência é Inútil?

    Quando o telefone foi inventado, ninguém deu a menor bola, só um certo Pedro de Alcântara, chefe de um estado na América do sul.

    Quando Maxwell descobriu suas equações, lhe perguntaram a utilidade daquela teoria, e dizem que ele respondeu “qual é a utilidade de um bebê?”. Hoje, toda a teoria de telecomunicações que temos se deve, em princípio, às equações de Maxwell que permitiram a descoberta das ondas eletromagnéticas. 

    O que dizer então de ciência básica, em geral abstrata, como a matemática e a física, onde os avanços estão muito longe da aplicação, mas continuam recebendo investimentos pesados por parte de governos, como o Americano.

    De onde será que vem a bendita criptografia, que quase sempre protege, entre outras coisas, nossos dados bancários? Se não fossem os estudos em geometria algébrica, teoria dos números e etc, o mundo seria um grande BBB.

    E, para falar em Brasil, o que seria da Embraer e esse novo avião, ou ainda, a medalha Fields conquistada recentemente por um matemático brasieiro.

    Se não fossem investimentos em ciência, estaríamos ainda na idade da pedra. Um deputado proferir e propagar tal falácia é puro mal caratismo. Daqui a pouco, vão lutar para fechar o ciência sem fronteiras, o prouni, o fies, o CNPq, a CAPES as FAPE’s e tudo mais que remeta a ciência, pois precisamos, primeiramente, resolver os problemas básicos, como se o problema fosse apenas de ordem financeira, quando é muito mais complexo, é pura falta de conhecimento ou de vergonha na cara. Problemas na educação e saúde, passam muitas vezes, pela má gestão de recursos, falta de preparo, falta de compromisso, etc… Esses problemas não se resolvem apenas com mais recursos. Quando estava no ensino médio, entre 1999 e 2001, lembro que a prefeitura de Nova Iguaçu devolvia os recursos do Nova Escola ao governo federal por não conseguir utilizá-los. E na época, o prefeito era do mesmo partido do presidente.

    Investimento em ciência, principalmente quando vem aliado a aplicação a indústria e ao desenvolvimento de novas tecnologias, pode implicar num crescimento significativo do PIB. Veja, por exemplo a China, se eles fossem esperar resolver seus problemas básicos, ainda seria um grande país rural, importador de tecnologia.

  4. Ciência é Inútil?

    Quando o telefone foi inventado, ninguém deu a menor bola, só um certo Pedro de Alcântara, chefe de um estado na América do sul.

    Quando Maxwell descobriu suas equações, lhe perguntaram a utilidade daquela teoria, e dizem que ele respondeu “qual é a utilidade de um bebê?”. Hoje, toda a teoria de telecomunicações que temos se deve, em princípio, às equações de Maxwell que permitiram a descoberta das ondas eletromagnéticas. 

    O que dizer então de ciência básica, em geral abstrata, como a matemática e a física, onde os avanços estão muito longe da aplicação, mas continuam recebendo investimentos pesados por parte de governos, como o Americano.

    De onde será que vem a bendita criptografia, que quase sempre protege, entre outras coisas, nossos dados bancários? Se não fossem os estudos em geometria algébrica, teoria dos números e etc, o mundo seria um grande BBB.

    E, para falar em Brasil, o que seria da Embraer e esse novo avião, ou ainda, a medalha Fields conquistada recentemente por um matemático brasieiro.

    Se não fossem investimentos em ciência, estaríamos ainda na idade da pedra. Um deputado proferir e propagar tal falácia é puro mal caratismo. Daqui a pouco, vão lutar para fechar o ciência sem fronteiras, o prouni, o fies, o CNPq, a CAPES as FAPE’s e tudo mais que remeta a ciência, pois precisamos, primeiramente, resolver os problemas básicos, como se o problema fosse apenas de ordem financeira, quando é muito mais complexo, é pura falta de conhecimento ou de vergonha na cara. Problemas na educação e saúde, passam muitas vezes, pela má gestão de recursos, falta de preparo, falta de compromisso, etc… Esses problemas não se resolvem apenas com mais recursos. Quando estava no ensino médio, entre 1999 e 2001, lembro que a prefeitura de Nova Iguaçu devolvia os recursos do Nova Escola ao governo federal por não conseguir utilizá-los. E na época, o prefeito era do mesmo partido do presidente.

    Investimento em ciência, principalmente quando vem aliado a aplicação a indústria e ao desenvolvimento de novas tecnologias, pode implicar num crescimento significativo do PIB. Veja, por exemplo a China, se eles fossem esperar resolver seus problemas básicos, ainda seria um grande país rural, importador de tecnologia.

  5. os eua gastam bilhões no

    os eua gastam bilhões no desenvolvimento de ciencia e tecnologia.

    e só por isso são a primeira potencia mundial…

    principalmente em armamentismo.

    ofensivo…

    depois vendem armas defensivas aos países invadidos por eles.

    só os ingenuos não sacam isso.

    o brasil historicamente é de paz,mas isso não significa que

    devamos estar a reboque dos outros para sempre.

  6.  A cegueira e a burrice dos

     A cegueira e a burrice dos deputados e a mudez de intelectuais e cientistas brasileiros.

    Se continuarem a passividade com esse congresso, logo estarão sendo condenados por heresias e coisas do tipo.

    A Idade Média é aqui.

  7. ciência não prioridade para eles

    ciência não prioridade para esse cara

    Ele é da bancada evangélica.

    da igreja Sara Nossa Terra, a mesma do Eduardo Cunha.

    http://www.aliancaevangelica.org.br/index.php/2011-08-19-13-59-20/noticias-alianca/item/248-bancada-evangelica-comeca-74

    O deputado Feliciânus, outro da bancada evangélica, tem projetos para tornar obrigatório o ensino de religião nas escolas e obrigar o ensino do criacionismo bíblico.

     

    A bancada evangélica também é conhecida como os “fiscais do fiofó”, pela preocupação demosntrada pelo fiofó alheio.

  8. Mais além.

    Não se trata apenas de falta de esclarecimento dos “eleitores comuns” que votam em um quadrúpede como esse ilustríssimo deputado. Todo e qualquer argumento de subordinar o avanço do conhecimento a imperativos “sociais” (não importa se politicamente corretos, progressistas ou o escambau) é incontornavelmente uma forma de obscurantismo.

    A Idade Média também pode estar nas profundezas da cabeça de muita gente que se diz progressista.

  9. Ciência desenvolve tecnologia!

    Ciência desenvolve tecnologia! É um grande erro achar que investir em astronomia ou algo mais “teórico” seja supérfluo. Há uma infinidade de exemplos, já explorados, no caso da astronomia, pelo link colocado no post. Cito mais um: conheço quem trabalha academicamente com análise de dados astronômicos para estudos de um tópico bem específico de relatividade geral (lentes gravitacionais) que, agora, aplica as técnicas desenvolvidas junto ao CENPES, Centro dce Pesquisas da Petrobras, visando detecção e dimensionamento de campos de petróleo. Toda ciência bem feita gera alguma técnica que muito provavelmente poderá ser utilizada em outra área, mais “aplicada”. E não dá, quase nunca, para prever isso antes de fazer ciência, são resultados muitas vezes inesperados, frutos naturais da busca para resolver um problema científico. Nada disso pode ser ensinado ou comprado, é preciso fazer para ter. Só os produtos finais destas tecnologias é que são (muito bem!) comercializados.

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