MBA em baixa

 Enviado por Edsonmarcon

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Do iG

Dickinson, do Iron Maiden: “qualquer macaco pode ter um MBA”
 
Empresário, cantor e historiador, Bruce Dickinson critica modelo de educação e afirma que empreendedorismo só se aprende na prática
 
Quem está acostumado a ver o rockstar Bruce Dickinson com o pé nas caixas de som levando multidões à loucura com os clássicos do Iron Maiden certamente estranharia sua versão executiva.
 
De camisa social azul e cabelos cuidadosamente penteados, o vocalista e frontman de uma maiores bandas de heavy metal da história esteve nesta terça-feira (28) na Campus Party, evento de tecnologia realizado em São Paulo, para compartilhar sua experiência como investidor-anjo e empreendedor à frente da Cardiff, empresa prestadora de serviços em aviação.
A carreira como músico aconteceu por acaso. “Eu não sabia exatamente se queria ser ator ou astronauta aos 16 anos”, conta. Mas, como empreendedor, os primeiros passos vieram de casa. “Meu pai era empreendedor. Então desde os cinco anos eu já estava fazendo algumas idiotices como negócios”, brinca.
 
Para o músico, a chave do sucesso é ter atividades diversas. Com isso, bastará uma grande ideia para que ela se transforme em um negócio.

 
Dickinson e seu sócio na Cardiff, por exemplo, não são engenheiros, mas tiveram uma boa ideia ao pensar em uma empresa que centralizasse a prestação de serviços para o mercado de aviação. “Eu não sabia os detalhes, mas sabia que ali havia uma oportunidade”, diz. “Você precisa aprender o básico que crie um diferencial para todos.”
 
“Qualquer macaco pode ter um MBA”, diz Dickinson
 
A busca por esse diferencial é o que faz com que a originalidade seja um ponto central para Dickinson na criação de novos negócios. “Não adianta você querer ser o novo McDonald’s. Nós já temos um, isso não vai funcionar”, diz o cantor, que vê semelhanças entre o processo criativo de uma música e da elaboração de um produto.
 
Dickinson acredita que atualmente a inovação se destaca graças a um modelo de educação especialmente castrador. “Hoje você mede a qualidade de uma escola em estatísticas, o que não tem nada a ver com inspirar pessoas”, critica. “Muitos empreendedores fazem sucesso à revelia do seu nível educacional. Muitas pessoas de sucesso que conheço são inclusive menos escolarizadas. Educação não é a questão.”
 
O vocalista diz ter novas ideias a cada vez que entra em um novo negócio. “A coisa acontece enquanto estou trabalhando”, afirma Dickinson. “Empreendedorismo é paixão e trabalho duro. Qualquer macaco pode ter um MBA.”
 
Startups devem se preocupar com corte de custos
 
Para o empreendedor, o grande erro das startups tem sido inchar os gastos e não pensar de forma realista. “Os empresários de startups se preocupam com escritórios incríveis e cor dos móveis, quando na verdade deveriam pensar em como poderiam fazer para não ter móvel algum”, diz. “Uma boa ideia e um bom controle de custos são os principais atrativos de uma startup.”
 
Mas os empreendedores não devem se animar muito. Dickinson afirma não ter interesse em aportar em novas startups “Já tenho o suficiente.”
 
Mesmo na sua empresa, a Cardiff, a preocupação tem sido com o corte de custos. Atualmente, a empresa especializada em serviços para aviação tem 70 empregados. Dickinson e seu sócio investiram US$ 500 mil, um fundo de capital semente aportou mais US$ 500 mil em troca de 25% de participação e a empresa conseguiu mais um empréstimo de US$ 1,2 milhão – que serão pagos nos próximos 12 meses. “Vamos ficar no azul em um ano, então começaremos a retornar os investimentos”, conta.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Isso é curioso, já vi

    Isso é curioso, já vi empresários indo fazer MBA, como se precisassem de um currículo formal para obterem sucesso ou terem novas ideias, isso é uma visão esdrúxula, não se valoriza no país a experiência, a criatividade pura, todos tem de ter nível superior, pós graduação, se não, não são ninguém, quando na verdade isso deveria ser apenas uma opção.

  2. O MBA virou uma indústria de

    O MBA virou uma indústria de perfumar currículo, e claro, uma grande peça de marketings das Instituições de Ensino.

    Pior é que não bastam os MBAs: eles devem vir com cursinhos em Miami.

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