Aquelas saudosas teorias clássicas da Administração parecem cada vez mais distantes da prefeitura de BH. Se Fayol e Taylor passassem por algumas ruas daqui hoje, certamente iriam ficar perplexos, boquiabertos.
Exemplo:
sexta-feira um caminhão desses usados para cortar galhos de árvores estacionou na avenida Mem de Sá, perto de uma escola municipal por volta das 9 da manhã. Pelo que ouço contar, geralmente quem corta tais galhos nas ruas de BH onde há rede elétrica é alguém contratado pela Cemig (Estado), que para isto tem convênio com a prefeitura, que é quem deve administrar “árvores no perímetro urbano”.
O caminhão estacionou, espalharam cones pela rua para delimitar o trânsito e partiram para os cortes. O objetivo dos cortadores é bem definido: trata-se de livrar os fios de alta tensão da probabilidade de estragarem em caso de algum galho se partir em razão de ventanias, e nos tempos chuvosos. Geralmente há um misto de redes fixadas nos postes, como a de baixa tensão, a de telefone fixo, a de banda larga e a de alta tensão – mas as serras elétricas dos cortadores somente cortam os galhos que possam causar danos aos fios de alta tensão, mesmo que se um determinado galho, se cortado mais abaixo, viesse a tornar a árvore esteticamente mais agradável de ser vista. Eles não se preocupam com estética e, aliás, nem com eventual má distribuição do peso dos galhos restantes posteriormente aos cortes, o que pode redundar na ameaça de queda da árvore: cortam tão somente para livrar de danos os fios de alta tensão, e pronto.
Pois, cortaram. E os auxiliares amontoaram os galhos em cima da calçada que fica debaixo de uma das árvores impedindo assim totalmente o uso dessa calçada enquanto tais galhos não forem removidos.
Acontece que há a partição de tarefas, não é mesmo? Quem corta, não deve ter sido incumbido de remover os galhos dali, e, portanto, lá eles ficaram, supostamente aguardando o outro caminhão incumbido da remoção.
Isto foi na sexta-feira. Pessoas que circulavam por ali e os alunos que saíam da escola tiveram de andar na rua, já que a calçada ficou impedida.
E hoje, domingo, a calçada continua impedida, pois o caminhão não apareceu para carregar os galhos.
Ah, e ali perto da escola, numa das portas laterais de acesso a ela, um veículo está estacionado há pelo menos uns 10 meses. A placa é de Ecoporanga, ES. Durante uns meses o carro ficou intacto. Nesses dias passei de novo lá por perto, e vi que quebraram o vidro traseiro dele.
E assim a vida segue, mesmo com essas desatenções administrativas, acrescentadas hoje ao frio e à chuva.
BH, como se sabe, é a cidade onde aquele viaduto caiu e algumas mídias decidiram que era obra da Copa.
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Os galhos continuam no mesmo lugar
Ouvi dizer que o fale conosco da Prefeitura do Lacerda afiançou que até o dia 17/08/2014 os galhos serão recolhidos.
Uma lástima!.