Professores da Unicamp decidem suspender greve após abono

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Os professores da Unicamp aceitaram nesta quinta-feira (31) a proposta da reitoria de conceder um abono de 21% sobre o salário de julho e suspenderam a greve da categoria, que durava mais de dois meses.

A decisão, com duas abstenções e nenhum voto contrário, foi tomada por cerca de 120 professores em assembleia da Adunicamp (associação dos docentes) na noite de hoje.

Os servidores técnico-administrativos decidiram por manter a paralisação. Cerca de 300 pessoas participaram da assembleia da categoria, segundo o STU (sindicato dos trabalhadores), realizada pela manhã.

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) tem atualmente 1.739 professores, 7.878 servidores e 41 mil alunos (18.026 na graduação e 22.824 na pós-graduação) e é a segunda universidade brasileira mais bem colocada nos principais rankings internacionais.

No THE (Times Higher Education), aparece entre a 301ª e a 350ª posição geral e em 37ª entre as universidades “jovens” (com menos de 50 anos) –a única de toda a América Latina. No QS (Quacquarelli Symonds), é a 3ª da América Latina –a USP é 2ª– e a 9ª entre as universidades dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) –a USP é a 7ª.

Com a suspensão da greve dos professores, o calendário planejado pela reitoria da Unicamp deve ser cumprido.

Na quarta-feira (30), a universidade havia decidido adiar o início do segundo semestre letivo deste ano, previsto para segunda-feira (4), porque cerca de 25% das notas e frequências dos alunos não tinham sido inseridas no sistema.

Como os docentes aceitaram o abono, o mês de agosto será destinado à reposição das aulas do primeiro semestre que ainda não terminou –em alguns cursos, é necessária a reposição de quase 30 dias letivos. O próximo semestre letivo deve começar em 1º de setembro.

VOLTA DA GREVE

Segundo a Adunicamp, no entanto, a greve pode ser retomada em setembro, pois foi aprovada apenas a suspensão, não o fim do movimento. A categoria aceitou a proposta do reitor da universidade, José Tadeu Jorge, mas pode voltar a cruzar os braços caso o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) não ofereça nenhum reajuste.

Professores e servidores de USP, Unesp e Unicamp pedem 10% de aumento salarial, mas as universidades não querem conceder reajuste neste ano.

O Cruesp afirma que as três universidades estaduais paulistas “estão enfrentando níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento que ultrapassam 90%, nível acima do recomendado para uma gestão responsável”.

A próxima rodada de negociação com o Cruesp está marcada para 3 de setembro. O STU, no entanto, quer antecipá-la para o início de agosto. “Lamentamos a decisão porque o movimento unificado é mais forte, mas sem a Adunicamp a greve continua”, diz Iuriatan Muniz, diretor do STU.

Redação

1 Comentário

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  1. O numero de servidores é

    O numero de servidores é ABSURDO, alem deles há terceirizados. As universidades publicas paulistas FALIRAM por causa da folha de salarios, 10% do ICM do Estado não basta para a folha, HÁ ALGO DE PROFUNDAMENTE ERRADO e o erro são as ELEIÇÕES PARA REITOR, que promtem o paraiso para os funcionarios, tem bedel se aposentando com 18 mil Reais, há aberrações nas folhas, o dinheiro para pesquisa e investimentos está sendo todo desviado para a FOLHA e ainda fazem greves de tres meses, SEM CORTE DE SALARIOS PARA OS DIAS PARADOS. Falta uma Thatcher aqui.

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