Naquelas noites no interior a gente juntava uma turma e ia prá pracinha mais próxima, alguém com um violão na mão. Ali se cantava de tudo, sem se atentar para qualidade da música, ou seja lá o que for.
Uma música de que só me lembro deste trecho:
Come farinha seca, bebe água,
larga a mulher dos outros
caixa-d’água.
Come farinha seca no coité
deixa a mulher dos outros
seu mané.
……………….
Alguns preferiam canções que diziam ser de escoteiros:
Da Noruega distante, veio esta canção
canta o cuco uma vez
preste bem atenção
tiriaôia, tiriaôia, cuco
ôia, tiriaôia, cuco
ôia, tiriaôia, cuco,
ôia, tiriaôia.
Depois o cuco cantava 2 vezes, depois 3 vezes, e a turma toda a cantar.
….
Uma letra que tinha sapo no meio, trocava as vogais de a a u:
O sapo não lava o pé
não lava porque não qué
ele mora na lagoa
não lava o pé porque não qué
Aí, desandava:
a sapa na lava a pá
na lava pacá na cá
ela mara na lagá na lava a pá
pacá ná cá
é sepe né leve é pé
né leve pequé né qué
ele mere né legué
né leve é pé pequé né qué
i sípi ni livi i pí
etc
Quando chegava no Ù, risadas por causa do óbvio palavrão que viria:
U supo nú luv u pu
nú luvo pucú nú cu
ulu muru nu lugu
nu luv u pu pucu nu cu.
………
Tempos de rir muito.
Tempos bons. Na maioria das vezes, tomava-se um guaraná ou um mate couro, se tanto. Nada de álcool.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.