NOBEL DA PAZ PARA LULA

Madame diz que a raça não melhora

Que a vida piora

Por causa do samba

… Pra que discutir com Madame?

Janet de Almeida

O script já está pronto e, na minha opinião, é questão de tempo.

Lula será condenado em segunda instância, nenhum apelo será acolhido. Mais forte se revelará o espírito de corpo (ou seria de porco?).

O candidato imposto pelo mercado, ou aquele que menos o incomode (não sendo possível eleger o mais querido) será o próximo presidente da república.

Lula será preso sem resistência e se transformará em mais um mártir deste pais, ao lado de Tiradentes, Getúlio Vargas e tantos mais. Ele nunca pegou em armas, não é um Marighela ou Carlos Prestes. É homem de paz.

Assistimos a este enredo sórdido sem nada fazer. Uma versão que se revela apenas mais tosca quando reproduzida em filme padrão global, mas não menos ridícula em tempo real.

O que fazer? Onde se encontra o pulo do gato, aquela possibilidade que resgate a alegria?

Lula sabe. Ele parte numa caravana pelo nordeste ao encontro ao povo. Não discute, não agride, não revida. Responde com alegria àqueles que lhe batem à face.

Não existe Veja, Rede Globo, STF ou República de Curitiba que o impeça de prosseguir.

Podem nos taxar de loucos, fracos, covardes. Não vamos abandonar o caminho da paz.

Podem prender Lula, impedi-lo de se candidatar, continuar a escalada de destruição do pais, não abandonaremos o caminho da paz.

Não por inexistir outro caminho, nem por pretendermos ser senhores da razão.

Certamente outros caminhos são possíveis e a razão também se encontra entre aqueles que querem pegar em armas para defender os pobres e a nação. Mas não existe esta opção para o cidadão Lula. Não se pode cobrar isso dele. Ele já fez muito. Chega!

Agora é hora de lhe propor honrarias pelo que ele já fez. Enquanto vivo, para que ele não se torne mais um mártir neste país que já teve tantos, mas herói do povo brasileiro, como ele foi justamente recebido nos locais por onde passou nesta caravana.

Por isto, com muita humildade e simplicidade, eu venho aqui sugerir este justo prêmio – o Prêmio Nobel da Paz, para este brasileiro que representa, não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo, uma luz, nas trevas que se apresentam de uma forma ameaçadora no horizonte.