3 ministros da Justiça de Temer barram investigação contra primo de Serra

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – Desde 2016, o Ministério da Justiça do governo Michel Temer trava a formação de uma equipe de cooperação internacional solicitada pela Espanha para investigar pagamento de propina e lavagem de dinheiro sobre contratos de Pasadena que podem atingir um empresário casado com a prima de José Serra (PSDB).
 
Segundo reportagem do Estadão, o procurador-geral da República Rodrigo Janot cobrou, há algumas semanas, o ministro Torquato Jardim sobre o desentrave das investigações. Outros dois ministros, Alexandre de Moraes e Osmar Serraglio, nada fizeram para avançar com o assunto e, de acordo com o chefe do Ministério Público Federal, o próprio Temer teria sido avisado.
 
A apuração estaria alicerçada em uma delação de Fernando Baiano, um dos operadores do PMDB na Lava Jato. Ele teria revelado que a empresa de capital misto espanhola Defex foi usada para lavar dinheiro que teria sido injetado em uma empresas de Gregório Marin Preciado, o parente de Serra. Entre elas, a Iberbrás. 
 
Baiano falou em um total de 15 milhões de dólares referentes apenas a propina para funcionários das diretorias Internacional e de Abastecimento da Petrobras. Preciado teria ficado com 700 mil dólares pela transação. “Os espanhóis querem descobrir se o mesmo modus operandi de Pasadena foi utilizado no caso Defex e quais políticos teriam recebido os valores repassados pela empresa espanhola.”
 
Na reportagem, Janot admite que tentou tratar do assunto com discrição para evitar que Serra, então lotado no Ministério das Relações Exteriores, ficasse sabendo da investigação.
 
“A Procuradoria queria evitar que as informações chegassem ao Ministério das Relações Exteriores, chefiado à época por José Serra, uma vez que a investigação esbarra em informações sobre o empresário, que é próximo ao tucano. Preciado é casado com uma prima de Serra.”
 
Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que “já está trabalhando em uma minuta (proposta de equipe conjunta de investigação) que atenda os requisitos legais do ordenamento jurídico entre os dois países”.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Lula alvo

    Um projeto de Lei de um deputado pernambucano do PSDB (de quem mais?) quer acabar com a propaganda política gratuita no rádio e na tv. Mais um braço da campanha Fora Lula 2018. Acho que seria mais direto e producente um PL que proíba Lula de se candidatar a qualquer cargo eletivo. 

    1. Não é gratuita. A gente paga

      Não é gratuita. A gente paga para a máfia midiática o preço cheio da publicidade do horário, sem desontos ou promoções.

  2. Papo furado!!!!
     
    Na hora de

    Papo furado!!!!

     

    Na hora de furar os olhos de petistas não pedem benção nenhuma!! nenhuma!!! para o ministério da justiça, se entregam submissos ás ordens de orgãos estrangeiros escancaradamente, quando é para investigar tucanos (donos da lojinha) vem com esse chororo sem vergonha, é a desculpa mais esfarrapada que poderiam encontrar pra justificar a cumplicidade e leniencia………

     

  3. Ingenuidade

    Com a evidente aliança entre Temer e o PSDB, com um ministro da Justiça (Alexandre de Moraes) tucano,que se fez visível na prefeitura de Kassab (que foi o vice de Serra), alguém ainda acha que essa investigação iria prosperar? Ingenuidade.

    1. ministério…

      Nada como um dia após o outro. A Verdade Vos Libertará. Então foram estes canalhas criminosos que fizeram carreira política acusando Paulo Maluf? O Brasil de 2017, 30 anos nas mãos de ratazanas, se explica. Mas tudo “Gente Honesta”. “Faremos Política de outra forma”. Não é mesmo Mario Covas? Deixou o neto aí, para sabermos o quanto.  

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