60,8% dos endividados não conseguem renegociar débitos

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Jornal GGN – Um estudo, realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), revelou que 60,8% de seus participantes, dos que já tentaram algum tipo de renegociação de dívidas, não tiveram sucesso na hora de solicitar, ou cumprir, o acordo com as instituições financeiras. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, 30 de janeiro, ainda abordou os critérios dos bancos no tratamento dos clientes endividados.

A pesquisa “As experiências dos consumidores sobre renegociação de dívidas”, executada entre julho e setembro do ano passado, contou com 1.815 internautas, que avaliaram as condições dos credores no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú. Os dados mostram que 53,6% dos entrevistados já tentaram algum tipo de acordo de débitos e, a partir deste total, apenas 39,2% das pessoas obtiveram êxito no procedimento.

Os entrevistados também destacaram os principais motivos do insucesso dos acordos, que foram: transferência do débito para outra empresa (29,1%); consumidor não consegue novo prazo para pagar (27,3%); e banco não renegocia dívidas cujo pagamento ainda não está em atraso (24,2%).

O Idec chegou a questionar os bancos, sobre os motivos citados pelos participantes, e nenhum apresentou respostas efetivas, principalmente em relação às dívidas serem transferidas para empresas especializadas em cobrança. Pesquisas anteriores do Instituto ainda revelam a banalização da oferta de crédito por parte dos bancos. Sendo assim, em vez da empresa solucionar o problema, acaba gerando um novo ciclo de inadimplência.

“Os frequentes acordos firmados com repactuação e alongamento da dívida, se apresenta como a única alternativa oferecida pelas instituições para solucionar o problema do endividamento”, explicou a economista do Idec, Ione Amorim, responsável pela pesquisa.

Sobre às políticas de enfrentamento ao superendividamento dos clientes, todos os bancos disseram que adotam prática citada pela especialista. Porém, 46% dos participantes da pesquisa afirmam que não tiveram nenhum tipo de orientação a respeito. E apenas 0,7% mencionaram ter participado de oficinas relacionadas ao assunto, promovidas pelas instituições assunto.

“Para o Idec, é imprescindível discutir o assunto e, inclusive, fomentar o debate sobre uma regulação que possibilite os consumidores formas mais eficientes para o tratamento de suas dívidas junto aos bancos”, completou a economista. 

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Caso perdido

    Quando nós do andar de baixo, por desemprego ou imprevisto ficamos devendo a algum banco, damos o caso por perdido e nos resignamos a ficar cinco anos com o nome no SERASA, isto porque, entre outras coisas, no espaço de tempo entre o inicio da divida e o momento em que contatamos não poder pagar e que trna-se necessário algum acordo, a divida já dobrou de tamanho e continua aumentando! É como cair de um trem em movimento e tentar se levantar e correr atrás, quando nos colocamos em pé o trem já está longe!

     

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