A esperança em campo, por João Sucata

Esporte Bretão

A esperança em campo

por João Sucata

Cerca de 2.100 jovens jogadores  e 120 técnicos, distribuídos por 120 equipes, vindas de todo o país, algumas até do exterior, disputam a Copa São Paulo, como já é tradicional em todo início de ano.

É a grande oportunidade para esses jovens, seus técnicos e o futebol brasileiro; entra em campo a nata da nata, pois como sabemos são milhares os times do país. Não se compara a trinta anos atrás, quando tínhamos milhares de campos de várze em meio às cidades. Mas ainda temos quantidade,  e como permite a dialética, dela pode surgir a qualidade. Como acontece todo ano, um ou outro craque será revelado, muitos jogadores medianos irão se firmar, talvez algum técnico se destaque.

Para a garotada, principalmente a que vem de cidades distantes, cantos do Acre, Tocantins, Amapá, é sem dúvida a maior oportunidade na vida para mostrar o potencial. É praticamente um agora ou nunca, pois na arquibancada  não raro, há mais empresários e olheiros  (inclusive de grandes times europeus) do que público. Para os descobridores de talentos, esta também é oportunidade única. A descoberta de um avante que tenha 1/10 do futebol de Neymar pode significar o ganho de uns R$ 10 milhões para algum empresário. Os times grandes poderão ter reforço sem necessidade de gastar fortunas em euros.

Percebe-se a diferença entre os times dos grandes clubes mais ao sul do país com outros das demais regiões. Um time maranhense, por exemplo, exibe seus  jogadores mirrados, frágeis, quando comparados aos do Grêmio (RS), Palmeiras, Paraná etc. A má divisão de renda chega até mesmo a tornar diferente o corpo de quem é mal alimentado no norte do quem passa pela mesma situação no sul.

No futebol  tamanho não era documento até alguns anos atrás. Ao contrário, jogadores mirrados e baixinhos eram mais rápidos e esguios, conseguiam infiltrar-se com mais facilidade nas linhas adversárias, correr pelas pontas com mais velocidade. O futebol mudou e cada vez mais tamanho é documento. Zagueiros e atacantes, que jogam nas áreas, tem que ser alto e forte. Isso os ajuda na hora de cabecear ou afastar o adversário com o corpo na hora de disputar espaço para arrematar.

Não obstante, um bom jogador franzino ainda pode obter através da Copa a oportunidade de se tornar estrela em time grande. É uma alegria ver jovens dos times participantes exibir qualidade, equipes mostrarem entrosamento, disputas tensas todos os dias. É vida ou morte. Sabe-se que dos 120, na primeira rodada, sobrará metade. E nas semanas seguintes o número irá diminuir mais ainda, até que sobre os dois que disputarão a taça. Destes, praticamente todos os jogadores deverão ter oportunidade no futebol dos times principais.

Salve a Copa São Paulo, uma taça de onde transborda vontade, energia e esperança.

João Sucata

Redação

1 Comentário

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  1. Ministro dos esportes é o da helicoca?

    Desculpe a intromissão aqui, mas o assunto é também “esportes”: como os poderes tratam “na esportiva” supostos ou reais facínoras.

    Estadão disse que foi nomeado Ministro dos Esportes o Perrella do helicóptero da coca.

     

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