A esquerda depois do PT, por Luis Felipe Miguel

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Luis Felipe Miguel

É possível dizer que é injusta a maneira pela qual o Partido dos Trabalhadores se tornou o emblema de todos os vícios da política brasileira, enquanto seus concorrentes da direita são preservados sistematicamente por uma cobertura de mídia manipulada. É verdade. Caixa dois, loteamento do Estado, relações de compadrio com grandes grupos econômicos, corrupção: o PT não inventou nada disso; pelo contrário, tornou-se participante tardio de uma festa que começara muito antes (e, aliás, para a qual nem fora convidado). Nem por isso, os efeitos do desgaste do PT no eleitorado deixam de ser sentidos. Para a classe média, que se sentiu ameaçada pelo pequeno avanço dos mais pobres nos três mandatos presidenciais petistas, o discurso da indignação moral permite extravasar sua insatisfação, de maneira mais legítima do que se ficasse apenas no registro do simples egoísmo. E a maioria politicamente desmobilizada, com menor acesso a outros canais de informação, tem poucos recursos para resistir ao bombardeio da mídia.

Ao mesmo tempo, os grupos mais politizados à esquerda se sentem cada vez menos contemplados pelo partido que é responsável por um governo que implanta políticas altamente prejudiciais aos interesses dos trabalhadores e que, na busca da permanência no poder, não imagina outro caminho além de uma submissão cada vez mais profunda ao capital. Em nove meses de segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff não foi capaz sequer de fazer um aceno simbólico aos movimentos populares, certamente por imaginar que tal gesto assustaria aqueles que ela tenta desesperadamente agradar. Na visão política de Dilma e seu círculo, os movimentos populares não existem. Todas as equações que fazem para sair da crise incluem os mesmo elementos: os grandes grupos econômicos, as elites políticas tradicionais, as oligarquias partidárias. Por mais que a conta nunca feche, não se cogita agregar um novo fator.

No início deste segundo mandato ainda era possível imaginar que, apesar de todo desgaste, o PT possuía lastro nos movimentos sociais para manter sua relevância como força política. Hoje, está claro que não. Por mais que o golpismo dos defensores do impeachment seja evidente, por mais que ver Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves entronizados no papel de guardiães da moralidade pública cause repulsa, quem quer defender um governo cujo único programa é o aumento do desemprego e a redução do investimento social?

Espremido entre a campanha ascendente da direita, uma mídia cada vez mais abertamente hostil e o seu governo, que age diariamente contra sua base social, o PT caminha para se esfarelar com uma velocidade inimaginável um ano atrás. Movimentos sociais acomodados com a interlocução com o PT estão percebendo que o partido perdeu a capacidade de expressar suas demandas. Mas também muitos deputados, prefeitos e vereadores petistas buscam novas legendas, por vezes até na direita, em geral por simples oportunismo – o que revela, por si só, como o PT se tornou parecido com os partidos tradicionais.

Evidentemente, tudo isso não é efeito apenas do descalabro do segundo governo Dilma. O PT nasceu com um projeto – inacabado, em aberto, contraditório. Apontava para um horizonte de transformação profunda da sociedade, incluindo algum tipo indefinido de socialismo, alguma forma nova de fazer política e também a revalorização da experiência das classes trabalhadoras. A busca de relações radicalmente democráticas, de uma política efetivamente popular, fazia parte da “alma do Sion”, como André Singer definiu o espírito original do partido, fazendo referência à sua fundação no Colégio Sion, em São Paulo, em 1980.

Para pessoas treinadas nas tradições organizativas da esquerda, o PT original possuía uma perigosa indefinição programática, além de ser vítima de um basismo e de um purismo paralisantes. De fato, o partido surgiu num momento em que essas tradições estavam em xeque. Os equívocos do PT foram fruto de sua vontade de não repetir o trajeto dos partidos leninistas ou da social-democracia, que, cada um a seu modo, tenderam a se fossilizar em estruturas hierárquicas e burocráticas. Tratou-se de uma experiência inovadora, inspiradora para a parte da esquerda que tentava se renovar em muitos lugares do mundo.

Tal inovação apresentava custos crescentes, à medida em que o partido crescia. Na famosa lei de ferro das oligarquias, no início do século XX, Robert Michels afirmou que “quem fala organização, fala oligarquização”. Deixando de lado seu determinismo retrógrado, é possível dar crédito ao pensador alemão nos dois eixos centrais de sua reflexão: as camadas dirigentes tendem a desenvolver interesses próprios, diferenciados daqueles da massa de militantes, e a eficiência organizativa trabalha contra a democracia. De fato, é fácil “discutir com as bases” quando se é um ator político pouco relevante. Depois, fica cada vez mais claro que o timing da negociação política prevê a concentração das decisões nas mãos dos líderes.

Como costuma ocorrer em organizações políticas inovadoras, o crescimento levou a tensões crescentes entre percepções mais “realistas”, que julgavam necessário um esforço de adaptação ao mundo da política tal como ele é, e outras mais principistas. A conquista das primeiras prefeituras municipais foi, em muitos casos, dramática. Mas até então o partido lutava para não renunciar à possibilidade do exercício localizado do poder político sem abrir mão dos princípios gerais que orientavam sua organização.

É possível datar com precisão o momento em que o PT iniciou sua caminhada para se transformar naquilo que é hoje: o anúncio do resultado do primeiro turno das eleições de 1989. Quando Lula passa à etapa final da disputa, ao lado de Fernando Collor, parecia se tornar claro que um bom aproveitamento do clima político, aliado a um marketing eleitoral competente, proporcionaria um acesso mais rápido ao poder do que o trabalho de mobilização no qual o partido apostava desde sua fundação. O fato de que o partido hesitou em aceitar, no segundo turno, o apoio de políticos conservadores, mas democratas, é em geral apontado como uma demonstração de seu caráter naïf e de seu despreparo para a política real. É provável. Mas não dá para não respeitar tal purismo, sobretudo à luz do PT posterior, para o qual ninguém, de Maluf a Collor, de Sarney a Jader Barbalho, de Kátia Abreu a Michel Temer, está fora do alcance de uma possível aliança.

Entre a hesitação inicial de 1989 e a política de alianças indiscriminada adotada a partir de 2002 houve uma evolução paulatina, eleição após eleição. Evolução também no discurso, no programa político, na forma de fazer campanha. É razoável dizer que o PT abandonou a ideia de que a campanha eleitoral era um momento de educação política. Quando Duda Mendonça assume, na quarta candidatura presidencial de Lula, já está claro que não se deve mais disputar a agenda, nem os enquadramentos ou valores dominantes. Para ganhar a eleição, é mais fácil mudar o candidato para se encaixar nas expectativas vigentes. Estava surgindo o Lulinha paz e amor, que não é só uma persona do marketing eleitoral, mas a indicação da visão de que seria possível fazer política transcendendo os conflitos.

Só que os conflitos não são transcendidos, são escamoteados. E quando são escamoteados, isso sempre trabalha em favor daqueles que já estão em posição privilegiada. O governo Lula vendeu ao capital sua capacidade de apaziguar os movimentos sociais. Com a elite política, prosseguiu no toma-lá-dá-cá típico brasileiro, agravado pelo fato de que, dada a desconfiança que o PT precisava enfrentar, os termos da troca eram piores. Graças a isso, ganhou a possibilidade de levar a cabo uma política de combate à miséria. Sem negar sua importância, o fato é que foram 12 anos em que o avanço social se mediu exclusivamente pelo acesso ao consumo. A fragilidade de uma política que não enfrentou nenhuma questão estrutural nem desafiou privilégios fica patente pela facilidade com que os supostos avanços da era petista vão sendo desmontados. Voltamos ao momento do desemprego, da redução do poder de compra dos salários, do desinvestimento nos serviços públicos. E, como o ambiente parece propício, de roldão são acrescentados retrocessos ainda maiores: precarização das relações de trabalho, criminalização da juventude, legislação retrógrada no campo da família e da sexualidade.

O momento, em suma, é o da maior derrota das forças progressistas no Brasil após o golpe de 1964. E uma parcela considerável da responsabilidade recai sobre um partido que não soube ou não quis aproveitar as oportunidades de que dispôs para consolidar algum tipo de avanço político e social.

Ao fim do processo, a esquerda brasileira parece órfã. Nos últimos 30 anos, o PT ocupou uma posição de absoluta centralidade neste campo, seja sob a chave da utopia, seja sob a chave do possível. Mesmo os críticos, mesmo os não petistas, encaravam o partido com um pilar incontornável da esquerda. Hoje, é cada vez mais evidente que a única maneira de ler o PT é como um experimento fracassado. Torna-se necessário pensar novas formas de organização e ação, novos instrumentos para fazer política, superando o saldo de desencanto e de desesperança que o final melancólico dos governos petistas deixa.

***

Luis Felipe Miguel é professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, onde edita a Revista Brasileira de Ciência Política e coordena o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades – Demodê, que mantém o Blog do Demodê, onde escreve regularmente. Autor, entre outros, de Democracia e representação: territórias em disputa (Editora Unesp, 2014), e, junto com Flávia Biroli, de Feminismo e política: uma introdução (Boitempo, 2014). Ambos colaboram com o Blog da Boitempo mensalmente às sextas.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

34 Comentários

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    1. Concordo TOTALMENTE!

      CB, sem o contraponto urgentissimo de radios tvs jornais ANTI #MidiaBandida, que EDUQUE o povo, que estimule a discussão politica, nunca o pais irá pra frente.

       

      Sem educação politica estamos fadados a repetir Casa Grande x Senzala num loop infinito e vicioso.

       

      Regulaçao da Midia, JÁ!

      Direito de Resposta, Já!

      Não dá mais pra brincar de avestruz!!!

  1. Não entendo essa pressa em enterrar o pT rsrsr

    que alguns pseudo estudiosos têm. Terão belas surpresas… Ainda vou escrever o texto o PT pós Instituto de Ciências Políticas da UNB e pós pseudo-esquerdas que só querem ver a direita no poder.

     

  2. Fragilidades

    Há fragilidades na argumentação do articulista. 

    Uma delas – arrisco seja a principal – um certo descuido com a relação entre os acontecimentos do período tratado, sinalizadores das correlações de forças enfrentadas, e as ações governamentais.

    Outra coisa: o estado gerido por por um partido “de trabalhadores”, mesmo que não em consórcio com forças diversas, não teria, igualmente, condições de realizar um programa isento das limitações conhecidas. Afinal, as classes dominantes é que mandam (grosso modo) no Estado. E não o contrário. 

    Se há fragilidades, há também, inegavelmente, acertos. Como quando o autor dá tintas claras ao grau de hostilidade (e seletividade) das mídias aos governos “petistas”.

    Não tivesse o partido aceitado as regras do jogo, teriam havido as políticas em boa parte exitosas de combate à fome, redução de desigualdades, moradia subsidiada, reconfiguração da política externa, Mais Médicos, etc?

    É o dilema.

     

     

  3. Decepções com o PT temos

    Decepções com o PT temos muitas e não só essas. Mas é um erro falar que o perído de governo petista foi principalmente de inclusão via consumo. Houve um aumento dramático das oportunidades educacionais, tanto no ensino superior quanto no médio profissional, para as classes menos favorecidas. Ao contrário do consumo que se esvai rapidamente com a diminuição do crédito e da renda, as transformações sociais produzidas pela educação são permanentes. Esses últimos anos mudaram a morfologia social do Brasil, aprofundando o próprio vetor que tornou possível as vitórias do PT nas eleições federais.

    Pode-se dizer que milhões de pessoas saíram da pobreza absoluta e isso é, evidentemente, essencial. Mas também centenas de milhares saíram da impotência cultural para uma situação de menor assimetria, complicando os jogos e a estabilidade de qualquer projeto das direitas tradicionais. Só para lembrar um pouco: alguém acha que um Aécio ouTemer, mesmo querendo, seriam capazes de extinguir os processos de inclusão universitária via cotas? E que essa transformação vai deixar de trazer demandas muito mais amplas, diversificadas e populares ao sistema político?

    A gente pode até dizer que nessas transformações da paisagem escolar o PT simplesmente incorporou a agenda dos movimentos sociais o que, é claro, é verdade. Mas tudo isso chega à consciência popular como obra do PT. E, além das consequências estruturais para a política do futuro, se trata de um imenso capital político do partido. É realmente estranha a incapacidade desse governo fazer uso desse cacife. Parece que o post do Filgueiras de mais adiante no blog espelha mesmo essa desgraça: um governo que nem sabe de onde vem a sua força.   

  4. Do socialismo ao populismo

    Eu li os estatutos do partido na página do PT logo após a primeira vitória de Lula. Havia ali a preocupação de negar que o PT fosse um partido social-democrata, e era a cada parágrafo reiterado que o objetivo do PT era “acabar com o capitalismo”. Não sei se esse texto ainda está na página do PT.

    No poder, os partidos têm que fazer o que é preciso no momento. O PSDB, um partido autodeclarado social-democrata, passou oito anos ocupado com políticas liberais, necessárias par desmontar o estado inchado que havia atolado na estagnação e na inflação. No poder, o PT, impossibilitado de levar a cabo seu programa socialista revolucionário, tornou-se um típico partido social-democrata. Em outras palavras, o PT tornou-se aquilo que o PSDB queria ser. E quem tornou-se o que o PT queria ser? Bem, temos legendas que adotaram essa retórica, como o PSol, mas é evidente que se chegarem ao poder, terão que jogar seus programas no lixo. O socialismo soviético terminou em 1990, e os últimos países socialistas estão voltando ao capitalismo. Aparentemente, a esquerda após o PT será o que o PT já é.

    Na prática, o PT implementou uma espécie de getulismo tardio, não radical a ponto de aderir ao bolivarianismo, mas ressuscitando diversas práticas populistas que vinham sendo aos poucos descontinuadas na política brasileira. Mas não se pode dar marcha-a-ré na História por muito tempo. Se quiser voltar a andar para a frente, cedo ou tarde não só o PT como toda a esquerda brasileira terão que se reinventar.

  5. O PT é o pecado do mundo?
    “É possível dizer que é injusta a maneira pela qual o Partido dos Trabalhadores se tornou o emblema de todos os vícios da política brasileira, enquanto seus concorrentes da direita são preservados sistematicamente por uma cobertura de mídia manipulada”. Essa primeira parte do primeiro parágrafo nos chama para a leitura de uma análise equilibrada em que os problemas serão mostrados com equidade. Entretanto, a leitura do artigo não a confirma. Apesar da inegável qualidade do texto e do conhecimento do Prof. Luis Felipe Miguel, ele termina indo pela mesma mão única utilizada por muitos atualmente; o PT é o pecado do mundo. E não reconhece, pelo menos como me parece que devia, os avanços do PT. “A fragilidade de uma política que não enfrentou nenhuma questão estrutural nem desafiou privilégios fica patente pela facilidade —— com que os supostos avanços da era petista vão sendo desmontados”.

    Divido a frase em duas partes para algumas considerações.

    Não se obteve de fato o esperado nos níveis em que desejávamos, mas talvez pelo menos dois aspectos devem ser considerados.

    De fato há de se reconhecer que o enfrentamento de questões estruturais deixou de ser feito em alguns momentos e daria como exemplo a questão da democratização dos meios de comunicação, do qual se fugiu como o Diabo foge da Cruz.

    Privilégios também não foram enfrentados como deviam ser com os do andar de cima.

    Mas talvez devamos fazer justiça a Dilma Rousseff, essa mesma de quem hoje queremos comer o fígado.

    Fez um enfrentamento e travou uma luta corajosa contra poderosos quando baixou as taxas de juros e tarifas de energia.

    Recuou sim, mas talvez também possamos ilustrar com isso as dificuldades em lidar com toda uma estrutura de poder de séculos que aí está.

    Esses mesmos governos, Lula e Dilma, já tinham encaminhado projeções animadoras para a Educação e Saúde através de recursos advindos do Pré-Sal, que hoje o PSDB cinicamente tenta derrubar.

    Por outro lado, por mais que não tenham sido os esperados, os avanços não deixam de existir.

    Por mais que frustrassem a todos nós pelo que poderia ser e ainda não era, não podem ser ignorados.

    Assim, os avanços conquistados e que caminhavam para a evolução não podem ser chamados de “supostos avanços”.

    Fico imaginando como o Prof. Luis Felipe se permitiu essa colocação.

    É pouco provável que entre nós não exista o sentimento de que estruturalmente pouco foi feito e muito ainda há por fazer.

    Acredito, porém, que o Prof. Luis Felipe irá concordar se dissermos que o enfrentamento com os poderes estabelecidos e suas elites, que ainda trazem no sangue e no coração o escavagismo, para que ações sociais de grande magnitude sejam realizadas, não sugere ser tão simples.

    As reações enfrentadas por diversos momentos nesses 12 anos parecem confirmar isso.

    Vide também como exemplo o atual momento, em que o PSDB atua escancaradamente pela fragilização da Petrobras pelas razões já por demais conhecidas.

    Não há nenhuma dúvida dos erros cometidos pelo PT, mas daí a colocar sobre os ombros do partido todos os pecados do mundo há uma grande distância.

  6. “Ao fim do processo, a

    “Ao fim do processo, a esquerda brasileira parece órfã”.

     

    A esquerda esta orfã muito antes dos problemas com o governo petista.

    Ja estava nessa condição desde a queda do regime sovietico e do muro de Berlim.

    Não porque o sistema russo fosse uma Brastemp, muito ao contrario.

    A ditadura do proletariado ha muito ja havia se tornado uma ditadura dos funcionarios publicos, da burocracia.

    Mas apesar dos comunistas russos estarem mais interessados  numa aproximação com os americanos de que com os revolucionarios do planeta, esses contavam ao menos com um restrito espaço fisico para auto proteção e articulação.

    O mesmo sentimento de fracasso que a esquerda brasileira sente hoje com a fragilidade do governo petista, a esquerda mundial sofreu com o fim da União Sovietica.

    Ficou orfã.

    O autor do interessante post derrapa em alguns pontos.

    Primeiramente, esperava mais do PT do que ele queria e podia dar.

    O PT ” apontava para um horizonte de transformação profunda da sociedade”.

    Não sei de onde o autor de tais linhas encontrou fonte para tanto sonho.

    Nos primeiros dias de governo, Lula , diante das cobranças iniciais foi claro, dizendo que não fora eleito para fazer revolução, mas apenas para governar.

    E nem precisava falar, bastava um simples olhar para os quadros do PT, tendo como estrelas o casal Suplicy, saidos da fina flor da alta sociedade paulistana. Isso sem mesmo citar os  Vacarezas, Mercadantes e outros em nada parecidos com ideologos do Guevarismo.

    “Foram 12 anos em que o avanço social se mediu exclusivamente pelo acesso ao consumo.”, diz o eminente professor.

    Afirmação um tanto dura. 

    “Consumismo” para compra de geladeiras, sapatos, luz eletrica, talvez para ele não signifique um grande “avanço”, mas para os milhões que nem esses bens essenciais tinham o significado deve ter sido bem maior.

    Mas concordo com autor do post de que o PT abandonou a mobilização popular e se sentiu forte ao tentar usar as mesmas armas da oposição.

    Cavou assim a sua cova e vai ser enterrado sozinho, sem cortejo.

    Triste fim.

    É provavel haver um engano em se enxergar o PT como um movimento ideologicamente consistente.

    Possivelmente, com o tempo, o encaremos mais como um partido do Lula e para o Lula.

    Assim como o PDT do Brizola, que não é mais nada sem o seu criador e lider.

    O que seria de um PT sem o Lula?

    1. Sobre os movimentos sociais:

      Sobre os movimentos sociais: todos os movimentos refluiram pelo fato das lideranças terem entrado para o Estado em suas diferentes esferas.

      Está certo que o PT se sentiu forte o suficiente para cavalgar as mesmas armas do status quo. Não exatamente no plano da corrupção, é de longe o partido mais honesto do cenário político, entrou sim em zonas cinzentas do ponto de vista ético, e por sorte esse movimento foi brequado pela direita (no longo prazo fomos salvos pelo processo do “mensalão”). Mas não é esse o problema. E sim, a falta de diálogo com a sociedade.  

      É a tradição autoritária e positivista da política brasileira: não levar a democracia a sério, não governar junto com o povo (o conjunto dele, não somente o povo pobre, mas também as classes médias e aquelas elites que podem somar com um projeto de democracia para o país) Não descer do salto. 

      Problema que afeta esquerda e direita.

  7. Para entender o processo é

    Para entender o processo é facil quem defende posições como as colocadas abaixo só pode dar no que deu, e é asim que a esquerda pensa em sua maioria não é uma exceção.

    1. Um nick name mais apropriado

      Um nick name mais apropriado para ti, enquanto postas algo desse nível, seria DESONESTIDADE INTELECTUAL LIBERAL. 

      Muita rasteirice.

  8. A esquerda depois do PT

    Muitas verdades dis o professor. Os danos causados pelo PT nas ações das esquerdas, marxistas ou não, estão ligados à mesma matriz que na essência diz ser o abandono do PT ao povo, embora favorencendo-o com muitas políticias de inclusão. Em gabinetes, aliás como faziam e fazem (com alguma exceção Cuba) os partidos comunistas que estiveram ou estão no poder (a China o maior exemplo), o PT em doze anos não tomou conhecimento do povo, nem ao mesmo recorreu para apoiá-lio. A mesma coisa fazem os partidos de esquerda, que de maneira alguma organizam o povo para defender-se apoiando ou não o PT. Em todos os partidos de esquerda, nenhum, nenhum mesmo preocupa-se em organizar o povo. Julgam defender o povo, quando atacam o PT e seus governos, aliando-se à oposição e à direita nesse trabalho, não importa, sem se procuparem que estejam favorecendo a direita, quando aliados a todos que o povo repudiou nas eleições. Não, não é o PT professor o único que está deixando de lado o povo. Nem nos momentos mais difíceis como em 2005 e desde 2013, não se vê a autoreferida, porque por suas ações não dá para dizer, esquerda ao lado do povo, organizando-o para enfrentar seus verdadeiros inimigos, que não o Governo e os políticos do PT. Quem desorganiza a esquerda é ela mesma, Nada a ver com o PT. O melhor que fazem é uma autocrítica, e partirem para apoiar o que de fato interessa ao povo, organizando-o para a luta, não esquecendo que nenhuma bandeira de luta de seu interesse está em maõs da oposição e da direita, quando não, ou abandonadas (a Reforma Agrária é uma), ou mal e porcamente em mãos do PT. O povo vê esse problema ao fundo, e tem dificuldades de optar por outro caminho. É retrocesso ou salto no escuro.

  9. Excelente, o artigo. Deveria

    Excelente, o artigo. Deveria ser reproduzido no site do PT e afixado no quadro de avisos da sede da agremiação.

    Que há alguns exageros e algumas omissões, isso é certo. Destaco em especial com relação aos primeiros afirmar que os governos petistas os parâmetros de avanços na área social foi o “consumismo”. Trata-se, no caso, de trocar deliberadamente as causas pelos efeitos. Se houve “consumismo” é porque foram ofertadas condições para tal, a saber: valorização do salário mínimo, aumento da renda laboral, qualificação profissional etc. Paralelamente, houve inquestionáveis melhorias na educação, saúde e assistência social. As estatísticas estão aí para comprovarem.

    Agora, é real que o modelo básico continuou sendo o mesmo: um Estado estruturado ainda sob à égide dos interesses econômicos e particularmente do capital financeiro. De outra feita, as relações com a outra face da moeda, o Trabalho, foram por demais mediadas pela tática do “toma lá da cá”. Movimentos sociais aguerridos e sempre atentos aos interesses da classe laboral, minorias e afins, decerto baixaram a guarda por conta de benesses e sinecuras que só o Poder sabe e pode dar. No movimento sindical isso é bem patente.

    O PT, e de resto a Esquerda, precisa, sim, se reposicionar. Exercitar a autocrítica. Deixar de emular seus concorrentes, no caso o PSDB, apagar o farol da popa e acender o da proa. Sem isso, passará como muitos já passaram. 

  10. Desmantelamento do PT

    A “nomenklatura” do PT primeito abandonou sua militância voluntária.

    Depois abandonou seus filiados.

    Abandonou sua prática ética.

    A seguir abandonou seus membros de confiança.

    Depois abandou seus eleitores históricos. 

    Finalmente abandonou o programa de partido.

    E agroa fala em abandonar sua criatura.

    Depois de abandorar a todos, agora o PT pede que não o abandonem.

    É ou não é um caso de esquizofrenia terminal?

  11. O limite do possível político

    Luiz Felipe Miguel produz uma boa análise sobre a evolução política do PT nos últimos anos. Creio, porém, que exagera ao enxergar a maior derrota progressista dos últimos cinquenta anos por culpa das dificuldades do PT em se manter coerente ao seu projeto utópico original.

    A contrário de Luiz Felipe, não acredito que o único avanço social conquistado pelo PT esteja no âmbito do consumo, através do incremento da renda. Longe disso… Existem reformas de base, silenciosas, que somente falarão daqui dez, quinze anos. O que Luiz Felipe teria a dizer da repercussão futura de projetos como “Minha casa, minha vida”, “Caminhos da Escola”, Prouni, multiplicação das escolas técnicas, Fies, “Mais médicos” e transposição do São Francisco, para ficar nesses exemplos? São projetos e programas que, se perdermos um pouco de tempo na internet, veremos que estão dando certo e aos poucos começam a mudar vidas e mentalidades. Nada disso tem efeito imediato na sociedade.

    Por outro lado, modificações profundas e imediatas em qualquer sociedade somente são alcançadas via revolução violenta. Se não é isso que se deseja, a alternativa é a progressividade, com pequenas abocanhadas ocasionais no stablishment e concessões à elite. Essa foi a estratégia do Lulinha Paz e Amor e, a meu ver, foi acertada. Pode-se dizer que o PT chegou ao poder e os que eram ricos permaneceram ricos e, talvez, ainda mais ricos. Mas, e daí? Isso sempre ocorreu. A diferença é que, dessa vez, algumas coisas foram produzidas em favor dos desfavorecidos, tanto o incremento na renda, reconhecido pelo articulista, como os programas que mencionei, além de outros. Não se pode pretender, a não ser ingenuamente, que a primeira investida contra essa estrutura podre vá direto no bolso dos ricos. Então, comecemos por fortalecer um pouco os pobres, alimentá-los e educá-los. Depois a gente vê o que essa gente forte é capaz de fazer.

    Tampouco se pode pôr de lado o cansaço natural com um governo que vai chegar a dezesseis anos no poder. Esse cansaço, aliado à talvez mais incansável perseguição midiática já testemunhada contra um partido, pode de fato produzir estragos eleitorais enormes na próxima eleição presidencial. Repito: e daí? Presumindo-se que o PT perca as eleições, o que fará o próximo partido no governo? Poderá impunentemente acabar com todos esses avanços sociais? Se fizer isso, dificilmente passará dos oito anos de praxe na presidência e provavelmente veremos o PT, ou outro partido de esquerda, retornar aclamado pelos pobres.

    Enfim, acho que o projeto de esquerda apenas começou. Esses dezesseis anos foram apenas a primeira etapa. Falo dezesseis anos pois estou convicto de que, de fato, ninguém quer o impeachment, querem apenas enfraquecer o PT.

    Talvez o autor tenha razão quanto a alguma falta de empenho do PT em provocar e liderar reformas mais profundas. Também tenho um pouco esse sentimento de frustração. Todavia, talvez isso decorra simplesmente da ausência de informações mais profundas e reais sobre a verdadeira estrutura de poder que se esconde por trás da mera aparência. Talvez estejamos testemunhando o limite do possível político.

    Na dúvida, depois de doze anos a esquerda ainda tem o meu voto, já que em mais de quinhentos a direita não cumpriu a sua própria utopia.

  12. Esse artigo parece ter sido escrito em 2005

    A manchete desta postagem é capciosa, parece ter sido combinada com o politicamente defunto Jorge Bornhausen.

    Existiram, existem e existirão diferentes pensamentos, partidos e agremiações ditas “de esquerda” antes da existência do PT e durante a existência do PT, mas “depois do PT” não é análise racional, pois o PT não se extinguirá.

    Parece ter sido a Mãe Dinah quem escreveu essa “profecia”.

    2005 foi uma época bastante parecida, no auge do Mensalão, com o Lula aprofundando a Reforma da Previdência iniciada pelo FHC, Henrique Meirelles no Banco Central com dólar alto, juros altos, inflação alta, desemprego alto, salário-mínimo baixo e outras vicissitudes contra o poder aquisitivo da maioria da população.

    E também, além dessa situação fruto da herança maldita que recebera, Lula era implacavelmente atacado pela Demotucanalha, PMDB e vários outros partidos de direita e da chamada “esquerda”, incluindo aí uma grande leva de “petistas arrependidos” que pularam fora e passaram a engrossar o antipetismo.

    Foram vários os chamados “intelectuais” desencantados em 2005 com a falta de “pureza” de Lula e do PT que passaram a ter suas “análises críticas” publicadas pela Mídia (desde sempre há longas décadas) Golpista.

    O PT acabou! Lula morreu! vaticinavam os adversários políticos, inclusive os trânsfugas “desiludidos”.

    Mas não é à toa que Lula tem dezenas de títulos “honoris causa” em Ciência Política pelo mundo afora.

    Enquanto administrava a crise política, trazendo o PMDB para seu governo, continuava a administrar com seriedade o projeto de desenvolvimento econômico, político e social a que se determinara com a ajuda de competentes administradores como o próprio Meirelles, Dilma, Aldo Rebelo, Mantega, Ciro Gomes, Celso Amorim, Franklin Martins, Jaques Wagner, Gilberto Gil, Jorge Hage, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos, Patrus Ananias, Sergio Gabrielli e tantos outros.

    Dessa maneira, Lula foi reeleito em 2006 e conduziu nossa economia para o maior crescimento de sua história, com grande empregabilidade e inclusão social totalmente reconhecidas pelos órgãos internacionais.

    Como dizem os sábios e estudiosos, a História não se repete, mas também nunca é tão diferente assim.

    Por isso não custa lembrar aos governantes federais e também aos “intelectuais” pessimistas de hoje que a História também ensina, principalmente agora que Lula está altamente empenhado na “governabilidade” como esteve em 2005 e os frutos de sua intensa atuação estão aparecendo nestas últimas semanas.

    O Brasil não é a Venezuela nem o Equador nem a Bolívia, é um país muito diferente, e se quisermos avançar econômica, política e socialmente para o bem material da maioria do povo brasileiro devemos atuar com táticas e estratégias possíveis e factíveis na conjuntura de nossa estrutura ainda vigente.

     

  13. Tem contrapontos e não falar de junho de 2013!

    Nem da eleição de 2014.

    Penso que o PT não acabou ainda e sim a direção, as articulações ficaram fracas, uma consequência natural em aceitar a politica democrática, perdas e ganhos. Outro ponto foi que Dilma não é politica e nem participou no PT em sua origem, portanto ignora. Neste ponto não há pecado e sim era ela a única fora deste processo que elegeu o PT/Lula, limpa para outra eleição do PT já que todos os curadores estavam contaminados. Não sei, o que tenho certeza que em a consequência de junho de 2013 aponta dois fatos importantes, que o PT e os movimentos sociais já não se falam tanto que Dilma/PT saiu com uma reforma politica e um discurso dela condenando o movimento, neste ponto que a militância e o PT elegeram a Dilma apesar do discurso dela e da direita em 2014 e outro fato que Marcio valley*chama atenção deste deslocamento para um futuro de médio prazo e ate certo ponto concordo e discordo no total portanto é que em junho de 2013 a ascendência social e educacional já se fazia presente ate com “rolês” que nenhum partido, sindicato e nem politico teve esta visão, sim foi um movimento não partidário e inteiramente social. O que concordo com Marcio valley* é que outras consequências viram! As dissonâncias entre os três poderes e a população é o fato perigoso que neste avanço social ninguém preparou e se dispôs para segunda etapa do PT/social sem estruturação mais de fato e nem da constituição. Navegamos em mares desconhecido. E a direita e centro esta tão distante da população como ignora, que ainda penso ser muito perigosa, por exemplo, o caso da agua em SP. Pode fazer lá que o estado é conservador e noutros Brasil seria possível? Claro que não!!

    – “O momento, em suma, é o da maior derrota das forças progressistas no Brasil após o golpe de 1964”, não concordo e ainda podemos ser concreto com os movimentos, os governadores do nordeste e ate os invisuais. Que Dilma foi uma escolha ruim para continuidade e poder (sem opção) e que o PT passaria por esta situação politica sabíamos sim, fica claro com a renovação e Haddad. A derrota progressista seria com sua terminação e ao contrario cada vez aumenta diversifica e esta é a realidade da visão que os analistas, pensadores, políticos e partidos não vem noutro tempo e outro momento. Se olhar cinco anos atrás a união europeia, Obamacare (1% contra 99%), Brasil e a escalada politica/partidária da direita e conservadores e constatar que as organizações e movimentos sociais recomeçaram a retomaras posições e fazer frente à direita e conservadores e que no país apesar do ataque mortal Dilma se elegeu veremos que as forcas progressistas não foram derrotadas. A ideia de Lula se afastar, percorrer o Brasil e reorganizar politicamente e o “partido” tem seus fundamentos numa renovação em  geral.

    Enfim, em crise econômica a direita ataca e no Brasil o PT e as forcas progressistas ainda resiste!

    Tudo pelo social.

    Marcio valley*: O limite do possível político sab, 26/09/2015 – 19:45

  14. O artigo é muito bom e os

    O artigo é muito bom e os comentários e críticas são muito, muito bons. Então, como acreditar que o PT está sucumbindo? A não ser que interpretemos a questão colocada pelo título como uma lacuna que não será preenchida por ninguém, pelo menos em curto prazo ou até médio prazo. Simplesmente porque o erro do PT foi também o erro das esquerdas em geral. Os dissidentes e  partidos mais radicais à esquerda não produziram nenhuma mudança considerável a não ser reagir ao PT. Lembro que na campanha da reeleição do Lula busquei informações num comitê no município em que moro. O comitê era do PCdoB e a resposta foi grosseira e raivosa, acusando Lula de ser  imperialista por causa da sua ação no Haiti. Não havia encontrado o comitê do próprio PT. E eu gosto e votei em políticos do PCdoB, mas a reação que vi foi um pouquinho mais branda do que a dos antipetistas de hoje. Um pouquinho só.  A gente sabia que havia dissidência dentro e fora do PT mais à esquerda. Além de tudo isso, sei que o autor não desconhece o fato de que a resistência ao período de ditadura militar tinha uma vitalidade política  que foi favorável a mudança dos ventos na ainda precoce democracia brasileira. Não vejo como comparar aquele período  ao atual. Inclusive, apesar da imensa angústia com o clima de golpismo, acredito que já estamos num novo patamat de discussão, em que a política começa a ser pensada de novo, apesar dos pesares. Os conflitos , como o autor disse, não podem mais ser escamoteados. Nem pela esquerda, nem pela direita. E isso muda muita coisa, que naquele período era diferente, muito era proibido, muito era calado. À força. Voltando ao governo do PT, ele foi positivo na aproximação com governos latinoamericanos e na política externa, na criação dos BRICs. Internamente, foi além do consumo para as classes populares.  Não adianta também ignorar que os problemas dos Estados nacionais, dos  partidos de esquerda e de direita e da própria democracia estão em cheque nesse instante. Não é apenas  uma crise nacional, apesar de grave. Se até o Papa mudou.

  15. Sou leitor assíduo deste blog

    Sou leitor assíduo deste blog e do blog do PHA. Vibro com o Conversa Afiada, a cada dia mais trepidante e afiado, e aprendo muito, muito mesmo, como se estivesse numa universidade de alto nível, lendo este blog diariamente. O post acima, apesar de ter começado mal (em lugar de “É possível dizer que é injusta a maneira…”, mais apropriado seria É preciso dizer que é injusta e criminosa a maneira…), é muito bom, só não é melhor do que os comentários que provocou. A todos, meu profundo agradecimento. E contem comigo na “guerra” contra o PIG. Nos dias que correm, nada é mais alentador do que ver a guerrilha dos primeiros tempos da blogosfera progressista ir se transformando numa guerra encarniçada, pois outra maneira não há de vencê-la.

  16. Desmamar a banca..,,..

    tudo

    O Equador antes e depois de Rafael Correa: em vermelho os gastos com juros.,,em azul os gastos sociais.,,..através de uma auditoria viu-se que os banqueiros, com base em fraudes que vinham sendo praticadas há décadas, lhes cobravam o que não deviam.,,em 2011 o gráfico vermelho aumentou um pouco face a empréstimo verdadeiro recebido pelo pais e não papéis podres pra comprar estatais em alguma privataria.,,

     

    No Brasil que força seria capaz desbancar a banca e fazer como Rafael Correa fez no Equador: inverter o gráfico pagamento de juros vs gastos sociais. Correa fez uma coisa bem simples: instalou uma auditoria internacional da qual participou a brasileira Maria Lucia Fattorelli. A equipe descobriu que a divida era na verdade uma fraude e que o Equador devia de fato apenas 30% do que lhes era cobrado. Correa chamou os credores os quais aceitaram receber apenas aquilo que lhes era devido. Se o pais gastava 40% pagando juros e 10% com gastos sociais, isso foi invertido. O Brasil precisa fazer a mesma coisa, além de democratizar a midia e alterar esse sistema midiatico-penal que hoje serve a Casa Grande leia-se tucanos..,que partido teria condições de bancar isso, ou seja, desbancar a banca..,,.a Grécia capitulou?

    Por que ou ama Equador Rafael Correa

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-o-equador-ama-rafael-correa/

     

    Busca no Google sobre a experiência equatoriana – Clique aqui

     

    Brasil: uma imagem

     

    Link para os infográficos

    https://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/crise-o-caminho-do-dinheiro

  17. Caia real

    É impossível governar um país como Brail sem fazer aliança. Quem pensa que vai conseguir mudar esta nação com um só ideologia, já nasce morto. Quem dúvida da boa intenção e honstidade da Marina Silva?  Posso garantir que 99% a aprova neste quesito.No entanto,  a exemplo da sua campanha para presidente, para conquistar  seu espaço, necessitou de se aliar a velhos  personagens asquerosos e viciados. Não é verdade?

    Agora, o que não podemos deixar de  enxergar, é que a gestão petista, que passa um monento difíceis, trouxe ganhos para povo. Aqueles que viviam a margem da miséria pode participar um pouco dos beneficios que esse país produz. Houve melhor distrbuição da renda. E acredito, que apesar do momento de crise, o país esta em uma situação bem melhor do que antes do viviamos. Qualquer cidadão  que hoje tem acima de 30 anos sabe perfeitamente do eu estou falando. MInha familia não chegava a ser  mserável, mas pasamos por momenos temerosos, a feira em nossa casa passara po rigososo controle, afim de  manter uma alimentação diaria. 

    Dizer que o governo do PT perdeu a oportunidade achei um tanto ingrato. Seria excelente  se  a Presidente  Dilma chegasse no plenario do Congesso Nacional com um projeto, a exemplo da Minha a Casa Minha Vida, e os membros daquela casa analisassem sobre o interresse da sociedade. No entanto, é preciso pagar muito caro. Caiam na real, de que é muito caro mesmos. De onde tirar? Outra situação cara tembém, FHC chegsndo no congresso com projeto de privatização das estatais. Também foi caro. ONDE ESTÁ DIFERENÇA? Claro que cada um vai tirar as conclusão que lhe convier. Fica na consciencia. 

    O maior legado que a gestão petista deixou , foi conscientização do que é a coisa pública. Hoje a sociedade brasileira é muito mais de atitude do que antes. Imagine  FHC tentando privatizar a Vale hoje. Poderia ate conseguir mais não seria tão fácil.  

    Tenho esperança que um dia não vamos nos preocupar em quem vai está no poder.  O povo vai esta mais atento aos atos dos governantes,. Transparencia dos gastos públicos vai ser, a cada dia, melhorado, afim de próprio povo adminstrar. 

    Vamos acreditar!!!

     

     

     

  18. as esquerdas e o PT possíves no nosso país

    Mas, sim, embora tenha visto pessoas por aqui pelo GGN míopes ou desconhecendo a história do PT (pra não serem repetidos, e não pra ficar olhando pra trás – mas não tem jeito, repetem-se coisas meio estranhas, muito estranhas). O PT errou tanto, mas tanto, desde o início, que se a gente tocar no tema corre o risco de ser apedrejado, o mínimo que chama num rico vocabulário e´coxinha isso, esquerda jurássica (sou egresso do PCB e um brevíssimo tempo no PT Porto Alegre , saí logo diante daintervenção da DN no RJ – não fuimilitante, era apenas simbólico pq discordava, e discordei publicamente em 2 edições pre congressuais do legalizado Voiz da Unidade, PCB que baixava o pau no PT – o PC do B mais ainda )

    1. Ao GGN :

      [ Ao GGN:  – Pergunto se há recurso pra se ver em lista como era antes?

      (Por sinal antes houve uma mudança que a gente podia ver quais posts eram e que número de comentários havia emcda post-título).Se não houve nessa nova mudança, então fica a sugestão.  – pelo “Contato”, escondidinho no pé de página/tela, não dá, nunca respondem – então faz bem em continuar escondidinho mesmo… ,  nem respondem sim ou não por várias sugestões não críticas , uma parte pequena vejo que aproveitaram, ou é pretensão minha ]

    2. A questão não são os acertos, que houve, e maiores que os erros.

      o maior acerto é o 2º mandato de Dilma no ponto de vista da democracia e república:

      a mais ampla liberdade de atuação e não ingerência sobre os órgãos policiais, investigadores, julgadores.

      Creio que se ela quisesse, abafava, tranferia, quem e o quê incomodasse a tal governabilidade e a imagem dos partidos, PT no saco. (Tem-se que deixar esta obs. devido ás leituras por smartphones, essa praga “moderna” pra leitura que não seja abobrinha, e que já senti que leva a superficialidades e a precipitações e mal entendimentos, sem tempo pra … pensar))

      1. “a mais ampla liberdade de

        “a mais ampla liberdade de atuação e não ingerência sobre os órgãos policiais, investigadores, julgadores.”

        A ação do STF “desmenbrando” a lava jato meio que acaba com seu argumento.

        Não sei sei se o governo dá liberdade as investigações ou tentou e não deu resultado, o desejo é acabar com a lava jato da pra ver isso a todo o momento.

        1. grato pelo teu comentário, mas discordo

          grato, é bom a pluralidade, algo meio raro no GGN Posts do Dia. Ah, ouvi uma entrevista com um jurista sobre o tema, e o desmembramento a ele, e a mim convenceu, foi o mais acertado. (Não dá pra ver que o governo quer acabar com as investigações, com o Lava-Jato, acho que você quer ver assim, então temos óculos diferentes, sem mais discussão, OK ? – E mesmo que muitos participantes concordem com você – e eu prezo liberais-democratas, não me entenda de outro modo).

  19. lendo vários posts publicados

    lendo vários posts publicados neste blog de uns dias para cá, chego a conclusão que o (des)governo Dilma destruiu o PT e toda a esquerda no brasil.

    De fato, seu segundo governo é lamentável e sou obrigado a concordar que o segundo ghoverno dilma é um estelionato eleitoral.

    A verdade é que ela só foi eleita porque afirmou com todfas as letras que não adotaria o programa de governo que seus adversários defendiam. Infelizmente, hoje ela faz exatamente o que afirmnou que não faria.

    É óbvio que o ajuste fiaascal do seu governo não dará certo como não deu em nenhum lugar do planeta. Hoje, o governo dilma faz política robin hood ao contrário pois tira dos pobres o pouco que tem para dar aos ricos – levi corta gastos sociais de um lado e tombini dá o resultado destes cortes aos ricos com mais algum por cima.

    Agora, deu para adotar  a prática do governo FHC de não dar aumentos salariais ao funcionários do governo e vir com acenos de abono tentando fazer ajuste fiscal a custa dos funcionários públicos.

    Como diz o senador Viana, era melhor ter perdido a eleição.

    Provavelmente não teríamos a lava jato a destruir a economia do país e a mídia poderia ter arrefecido sua pregação de ódio que demorará décadas para ser superada.

    Hoje, acho que temos três problemas no país; a Dilma e seu ajuste desnecessário e burro, a lava jato com sua parcialidade político ideológica e irresponsabilidade com as consequências para o país de suas ações destrambelhadas e a mídia, destruindo as relações de solidariedade entre os brasileiros com sua propagação do ódio e também a economia com sua propagação de caos econômico há pelo menos dez anos.

    1. voce toca num ponto

      (que eu já revelei um dia desses recentemente): nas eleições pensei se não seria uma Vitória de Pirro. Com meus botões, senão seria apedrejado pela infantilidade que tomou conta do blog posts do dia – exceções de sempre, claro.

  20. Gente, e Dilma quer lá regular a mídia?

    Quer é ficar de bem com ela! Veja esse “Edinho”.. desapareceu. Se quisesse mudar algo tinha mantido o Franklin. A “comunicação” de Dilma é uma piada e até o mundo vegetal sabe disso. Regulamentação da mídia? Só na outra encarnação. Dilma não quer. Lula não quis. E um monte de “ins” do PT torcem o nariz para esse tema. É a verdade, pessoal!  O PT sequer quis se indispor com a Globo cobrando o “tombo que ela deu na Receita Federal”. Ficou quietinho e não achou legal cobrar a Darf. Só republicanismo? Claro que não.. é o gosto pelo negócio. É a vontade de “ficar bem com a mídia”. Dá menos trabalho do que ir pro pau.

  21. O FHC disse tudo
    A corrupção do PT é diferente da corrupção tradicional. É uma corrupção que visa a hegemonia sobre o Estado. Explico , ė uma corrupção que não admite sócios. Nesta frase o sociólogo se traiu. Deixo a vocês a tarefa de irem a fundo na significado do que ele disse.

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