A implosão sistemática de governos promovida pela CIA

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

A missão da CIA, para Raúl Capote, era formar líderes universitários e criar o projeto “Genesis”, com o objetivo de estabelecer em Cuba a estratégia do “golpe suave”, elaborada por autores como Gene Sharp. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Sugestão de André STK

do Sul21

Ex-agente duplo conta como a CIA promove ‘guerras não violentas’ para implodir governos

Marco Weissheimer

Entre 2004 e 2011, o escritor e professor cubano Raúl Antonio Capote Fernández atuou, a pedido da inteligência cubana, como agente duplo infiltrado na CIA. Raúl Capote foi contatado muito jovem por pessoas ligadas à agência de inteligência norte-americana e convidado a participar de um projeto que pretendia criar uma “oposição de novo tipo” em Cuba, capaz de, após o desaparecimento de Fidel Castro, iniciar uma “revolução suave” que acabasse por derrubar o governo de Havana. A sua missão era formar líderes universitários e criar o projeto “Genesis”, com o objetivo de estabelecer em Cuba a estratégia do “golpe suave”, elaborada por autores como Gene Sharp.

Em entrevista ao Sul21, Raúl Capote conta essa experiência, relata como ela fracassou em Cuba e diz que ela já foi aplicada em países como Venezuela, Irã e Líbia e que segue sendo implementada em diversas regiões do mundo. “A ideia da guerra não violenta consiste em ir solapando os pilares de um governo até que ele imploda. O objetivo não é fazer com que um governo renuncie. Se isso acontecer, o projeto fracassou. A ideia é que o governo imploda e que isso cause caos. Com o país em caos, é possível recorrer a meios mais extremos”, assinala.

Raúl Capote veio a Porto Alegre a convite da Associação Cultural José Martí/RS para participar de uma série de encontros e debates. Ele mantém o blog El Adversário Cubano, onde conta outros detalhes sobre essa história e sobre outras “guerras não violentas” em curso no planeta.

Sul21: Como é que você começou a trabalhar com assuntos de segurança em Cuba e sob que circunstâncias se tornou um agente duplo, atuando infiltrado na CIA?

Raúl Capote: Isso começou em 1986. Eu era um jovem inquieto e rebelde que fazia parte de uma organização chamada Associação Hermanos Saiz, que agrupava jovens poetas, pintores e escritores. Esse espírito rebelde para nós era algo muito natural. Fomos ensinados a ser assim. Creio que os serviços especiais norte-americanos confundiram esse espírito de rebeldia com um espírito de possível oposição ao sistema. Eles começaram a se aproximar de nós. Eu vivia em Cienfuegos, no centro-sul de Cuba, uma cidade que tinha uma importância estratégica nesta época porque a revolução queria convertê-la num centro industrial para o país. Havia muitas obras em construção, entre elas uma central Eletronuclear e fábricas de todo tipo. Era uma cidade muito jovem e onde trabalhavam muitos cubanos que tinham se formado na União Soviética e em outros países do campo socialista. Creio que essa conjuntura de ser uma cidade jovem e industrial, com muitos jovens interessados em temas da cultura, da política e da economia, chamou a atenção da CIA.

"A primeira pessoa que veio falar conosco foi Denis Reichler, um jornalista freelancer da revista Paris Match, que para nós era uma espécie de ídolo do jornalismo esportivo". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

“A primeira pessoa que veio falar conosco foi Denis Reichler, um jornalista freelancer da revista Paris Match, que para nós era uma espécie de ídolo do jornalismo esportivo”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Eles começaram a se aproximar de nós por meio de organizações não-governamentais. A primeira pessoa que veio falar conosco foi Denis Reichler, um jornalista freelancer da revista Paris Match, que para nós era uma espécie de ídolo do jornalismo esportivo. O que admirávamos nele era sua atuação como jornalista que havia estado na África e em muitos outros lugares. Era uma referência positiva para se aproximar de um grupo de jovens tão rebelde. Ele nos colocou em contato com organizações não-governamentais que, supostamente, estavam interessadas em financiar projetos artísticos em Cuba. Nos colocou em contato com pessoas que começaram a planejar ajuda econômica e a trabalhar com nós, em um processo de aproximação que buscava ganhar a nossa confiança. Éramos jovens e estávamos começando a fazer literatura ou artes plásticas. Ainda não tínhamos nenhuma obra, só tentativas.

Era um processo de aproximação feito com muita cautela e sem pressa. Neste período, a Segurança de Estado cubana entrou em contato comigo, me explicou o que estava acontecendo, que aquelas pessoas não pertenciam, de fato, a organizações não governamentais e quais eram as suas reais intenções. Isso me dava três possibilidades. A primeira era seguir trabalhando com eles. A segunda era interromper o trabalho e o contato com eles. E a terceira possibilidade, que me foi proposta pela segurança cubana, era seguir trabalhando com eles, converter-me em um agente da segurança cubana e tratar de decifrar quais eram os planos dessas pessoas no mundo da cultura e das artes, especialmente junto à juventude.

Sul21: Esse contato com a agência de segurança cubana e o trabalho que se seguiu daí aconteceram ainda em 1986?

Raúl Capote: Sim, em 1986. Para mim era algo extraordinário. Nos anos 80, existia na sociedade cubana toda uma mística sobre o trabalho da segurança cubana, que sempre foi muito popular. Havia uma história legendária sobre ela, que tinha frustrado planos da CIA contra Cuba. Pertencer a essa organização me pareceu algo maravilhoso. Não avaliava, então, o quão complicado seria o trabalho que eu teria que enfrentar nem a quantidade de renúncias que eu teria que fazer. Eu tinha 20 anos quando comecei esse trabalho. Foi um longo processo. Houve um momento em que ocorreu uma interrupção desse movimento de aproximação feito pelos inimigos de Cuba. Em 1987, houve uma grande denúncia pública. Mais de 30 agentes da segurança cubana expuseram o trabalho de quase 96 oficiais da CIA que estavam atuando dentro do país.

"Em 2004 começou o processo do meu recrutamento pela CIA. Neste ano, conheci muitos oficiais da agência, inclusive aquele que seria meu chefe mais tarde". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

“Em 2004 começou o processo do meu recrutamento pela CIA. Neste ano, conheci muitos oficiais da agência, inclusive aquele que seria meu chefe mais tarde”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Isso fez com que a CIA se tornasse mais cautelosa e tomasse algumas precauções. Passaram-se então alguns anos de contato muito leve por meio de algum jornalista ou de um representante de uma ong. Em 1994 eu fui morar em Havana e passei a trabalhar como organizador do sindicato de trabalhadores da cultura na cidade. Era uma mudança radical em muitos sentidos. Até então eu trabalhava com um universo de 3 ou 4 mil jovens e passei a dirigir 40 mil trabalhadores da cultura. Isso me tornou um alvo ainda mais interessante para a CIA. Eu era líder de um sindicato onde estavam praticamente todos os trabalhadores da cultura – artistas, músicos, escritores. Era um sindicato muito forte. Aí os contatos voltaram.

Eles passaram a me visitar com um plano mais complicado. Começaram a falar em dar informações sobre como se movia esse mundo da cultura, sobre como os jovens viam a Revolução naquele momento, etc. Esse processo vai se incrementando com o passar dos anos até 2004. Neste período, entramos em contato com associações e fundações mais vinculadas com o governo dos Estados Unidos como a Usaid e a Fundação Panamericana para o Desenvolvimento. Em 2004 começou então o processo do meu recrutamento pela CIA. Neste ano, conheci muitos oficiais da agência, inclusive aquele que seria meu chefe mais tarde.

Sul21: Conheceu esses oficiais da CIA em Cuba mesmo?

Raúl Capote: Sim, em Cuba. Em 2004, então, eles me recrutam e eu me converto em um agente da CIA com uma tarefa muito específica. Minha tarefa não era fazer espionagem, até porque eu não tinha acesso mesmo a informações muito importantes, ou praticar ações encobertas ou atos terroristas, como normalmente faziam em Cuba. O meu trabalho era promover a guerra cultural, a guerra no terreno das ideias, que eles definem muito bem ao chamar de guerra cultural. Nós usamos expressões complicadas para isso como subversão político-ideológica ou algo do gênero. Eles simplificam. É guerra cultural mesmo. O que eu não imaginava era chegar a conhecer o quanto de verdade havia no controle real que a CIA tem sobre os meios de comunicação e a indústria cultural nos Estados Unidos e no mundo inteiro. Descobri que isso existe de fato, não é teoria da conspiração como alguns acreditam.

A CIA utiliza o cinema, as rádios, as televisões os jornais e outros canais a partir de um plano prévio. A agência criou um departamento que se especializou neste tipo de guerra cultural. Eu entrei neste mundo e conheci muitas pessoas que trabalhavam nele. Em 2005, eu me converti em chefe de um projeto específico da CIA em Cuba, chamado de Projeto Gênesis.

Sul21: Você chegou a ir aos Estados Unidos para fazer algum tipo de treinamento especial ou para reuniões?

Raúl Capote: Sim, tive contato direto com eles. O Gênesis era um projeto muito bem pensado e que me permitiu conhecer também como a CIA estava trabalhando na América Latina com a mesma ideia de guerra cultural. Esse projeto não foi uma novidade cubana, mas sim o resultado de um trabalho realizado pelos Estados Unidos em muitas regiões da América Latina. Ele começou a ser implementado no processo de transição democrática na América Latina, no Chile e em muitos outros lugares. Essa experiência partiu da constatação de que as universidades latino-americanas tinham sido nas últimas décadas um foco de insurreição e de formação de militantes de esquerda. Eles decidiram mudar isso e converter a universidade latino-americana em um centro de produção do pensamento da direita e não da esquerda. Eles pensavam que o fato de essas universidades terem atravessado um período de repressão muito grande, quando muitos professores e estudantes militantes de esquerda foram mortos, facilitava um pouco esse trabalho de conversão.

"A ideia era criar uma nova classe dirigente dentro das universidades e, por consequência, nos seus respectivos países". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

“A ideia era criar uma nova classe dirigente dentro das universidades e, por consequência, nos seus respectivos países”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Assim, começaram a implementar em toda a América Latina um milionário plano de integração acadêmica. Muitos estudantes e professores foram fazer esse intercâmbio nos Estados Unidos, onde realizaram diversos cursos, entre eles o famoso curso de liderança. A ideia era criar uma nova classe dirigente dentro das universidades e, por consequência, nos seus respectivos países. A quantidade de líderes mundiais hoje que são fruto desses programas é impressionante. Esse processo foi aplicado na Venezuela, por exemplo, com uma ênfase muito forte, a partir de 2009.

Entre 2003 e 2004 se enviava, mensalmente, um grupo de dez estudantes com um professor para cursos de formação e liderança na antiga Iugoslávia, atual Sérvia, sob a coordenação do antigo grupo de resistência sérvio, onde estava Srdja Popovic e uma série de jovens que contavam a experiência da derrubada de Milosevic.

Participavam desses cursos também o Instituto Albert Einstein, o Instituto de Luta pela Guerra Não Violenta, criado pelos sérvios, o multimilionário húngaro George Soros que colocou muito dinheiro neste projeto, e o Instituto Republicano Internacional que recebia fundos do governo norte-americano e o aplicavam nestes cursos. Aí se formaram muitos dos líderes da chamada Primavera Árabe e muitos líderes da oposição síria. Criou-se toda uma estrutura para fomentar o uso da chamada luta não violenta e do golpe suave. Estudantes venezuelanos, acompanhados de alguns professores, começaram a fazer esses cursos de forma periódica. O objetivo era repetir esse processo em Cuba, para formar ativistas especializados no manejo da guerra não violenta.

Eu recebi uma preparação intensa de como se organiza um golpe suave para derrubar um governo, quais são as medidas fundamentais para construir essa estratégia. É claro que, dentro de Cuba, seria muito mais difícil fazer essa formação. A alternativa encontrada foi usar o sistema de bolsas de estudo para promover o intercâmbio de estudantes. A ideia era propor, por exemplo, uma bolsa de estudos de seis meses ou mais em Jerusalém para um estudante de história ou ciências sociais. Ou então oferecer para uma jovem estudante de arte uma bolsa em Colônia, na Alemanha. Escolheu-se universidades muito pontuais, que não fossem norte-americanas e que pudessem ser atrativas para determinadas áreas de interesse. Mas os cursos oferecidos nestas universidades não eram exatamente sobre arte ou sobre história, mas sim sobre formação de lideranças, com cursos de inglês, cursos de táticas de guerra não convencional, sobre como funcionavam as organizações democráticas. O objetivo era que, mais tarde, esses estudantes se transformassem em elementos de mudança em Cuba.

Sul21: E os estudantes que recebiam essas bolsas, sabiam da real natureza desse intercâmbio?

Raúl Capote: Não sabiam. O truque da bolsa era que, em geral, oferecia um curso de seis meses. As pessoas supunham que o curso era relacionado com a sua especialidade. Por que não passar seis meses em Jerusalém, Colônia ou outro local, com tudo pago, recebendo um curso de inglês, entre outras coisas? – pensavam. A agência estimava que, se cada dez estudantes, um se convertesse em um futuro opositor, já seria um grande lucro.

"A estratégia, em resumo, era aplicar a cartilha de Gene Sharp, teórico do golpe suave. A ideia da guerra não violenta consiste em ir solapando os pilares de um governo até que ele imploda". (Foto: Divulgação)

“A estratégia, em resumo, era aplicar a cartilha de Gene Sharp, teórico do golpe suave. A ideia da guerra não violenta consiste em ir solapando os pilares de um governo até que ele imploda”. (Foto: Divulgação)

Esse plano começou a ser implementado em Cuba com muita força a partir de 2005, 2006, sem muitos resultados. Para surpresa da CIA, não houve muitos interessados pelos cursos, que não tiveram o impacto esperado junto aos jovens cubanos. Além disso, eu é que estava dirigindo a operação…Era possível que não tivesse êxito…(risos). Outro plano envolvendo a minha atuação como agente era fazer com que eu ocupasse uma posição elevada dentro do Ministério da Educação. Pretendiam me dar todo o apoio possível para tanto, apoio acadêmico e inclusive monetário. A ideia era me converter em uma pessoa imprescindível no sistema de educação cubano por minhas relações e contatos no mundo acadêmico.

Uma das coisas mais importantes para eles nesta época era o tempo que lhes restava. Estavam muito preocupados com essa questão temporal, pois aguardavam o momento do desaparecimento de Fidel. Avaliavam que muitos dos líderes históricos da Revolução Cubana não estariam mais em condições de assumir o posto de comando quando isso acontecesse. Trabalhavam com um período de dez ou quinze anos, no qual se formaria em Cuba uma nova oposição, que não teria nada a ver com a oposição anterior, que eles próprios consideravam desprestigiada e sem base social. Queriam criar uma oposição de novo tipo.

Sul21: Como pretendiam fazer isso?

Raúl Capote: A estratégia utilizada em Cuba se diferenciou um pouco daquela usada em outros lugares. Eles queriam formar uma oposição de esquerda, pois avaliavam que uma oposição de direita não teria êxito em Cuba, pelo enraizamento da tradição e do pensamento revolucionário e também pelo fato que a direita nunca teve uma posição muito significativa junto ao povo cubano. Passaram a tentar criar, então, organizações que fossem supostamente de esquerda. Essa era a estratégia central do projeto Genesis. Para nos auxiliar nesta tarefa, nos deram acesso a modernos meios eletrônicos de comunicação que nos permitiram acessar a internet, as redes sociais e outros espaços. A ideia era nos dotar de uma grande capacidade de mobilização e começar a gerar conteúdo dentro do país. Isso tudo seria feito em segredo, em baixo perfil, nos treinando no uso dessas novas tecnologias.

"Em 2007, me entregaram um equipamento de comunicação que se conectava por satélite com o Departamento de Defesa e que não podia ser rastreado". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

“Em 2007, me entregaram um equipamento de comunicação que se conectava por satélite com o Departamento de Defesa e que não podia ser rastreado”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Em 2007, me entregaram um equipamento de comunicação que se conectava por satélite com o Departamento de Defesa e que não podia ser rastreado. Esse equipamento permitia que eu tivesse comunicação direta com meu chefe em Washington e também criar uma rede em Cuba indetectável. De forma concomitante com isso, se começou outro projeto por meio do qual começaram a introduzir telefones celulares no país. Em função do bloqueio imposto pelos Estados Unidos, Cuba não tinha muitos celulares. Eles começaram a distribuir celulares de maneira gratuita, por diferentes meios, e criaram o programa ZunZuneo, que pretendia ser uma espécie de twitter cubano.

Essa rede começou a distribuir mensagens de texto principalmente e notícias relacionadas ao esporte, à cultura e às artes. A ideia era criar dentro do país um hábito de consultar essa página e fazer com que as pessoas confiassem neste espaço. Assim, no momento necessário, o site começaria a enviar mensagens para mobilizar ações contra a revolução. Fizeram alguns testes no país, em determinados momentos, que não deram resultado, mas seguiram implementando o projeto. Mais tarde, fizeram alguns aperfeiçoamentos e criaram outro sistema que se chamou Piramideo, parecido com o ZunZuneo, mas com alguns acréscimos fruto de experiências no Oriente Médio, especialmente no Irã, onde foi utilizado como ferramenta de mobilização em determinadas situações dentro do país.

Sul21: Qual foi o impacto dessas iniciativas na sociedade cubana, especialmente junto à juventude? Elas tiveram visibilidade?

Raúl Capote: Tudo era feito pensando em um determinado momento no futuro de Cuba onde deveria ocorrer uma mudança de governo. Eles pensavam que isso ocorreria entre 2015 e 2016, que é exatamente o momento que estamos vivendo agora. Neste momento, segundo o planejamento feito, já deveria estar formada uma oposição social de novo tipo, saída da universidade e integrada principalmente por estudantes e professores, mas também por artistas, pequenos comerciantes e representantes de outros setores que apoiassem essa ideia. O surgimento público desse novo movimento político se daria através do lançamento da organização Fundação Genesis para a Liberdade, que deveria se dar em um ano em que ocorressem eleições em Cuba (que ocorrem a cada cinco anos).

Essa organização até poderia ser considerada uma fundação, mas de “genesis” não tinha nada e de liberdade muito menos. Em primeiro lugar, porque o líder da organização, eu no caso, era um agente da CIA. Em segundo lugar, eu não podia tomar nenhuma decisão sem ouvir o grupo consultivo que era constituído por oficiais da CIA. Então, de liberdade não tinha nada. Por meio dessa fundação, se esperava criar um oi mais de um partido político supostamente de esquerda. O discurso desse novo partido consistiria em dizer que era preciso reformar e modernizar o socialismo cubano. A nossa principal palavra de ordem era esta: modernizar. “Precisamos colocar o socialismo à altura do tempo”, “a época heroica já passou”, “ninguém mais faz isso no mundo”…diríamos coisas assim.

"O nascimento da Fundação Genesis como organização seria acompanhado por uma grande campanha midiática". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

“O nascimento da Fundação Genesis como organização seria acompanhado por uma grande campanha midiática”.
(Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Eles acreditavam que, com o desaparecimento de líderes históricos carismáticos da Revolução como Fidel, esse novo movimento político teria um grande impacto na sociedade cubana levando inclusive a uma fratura na unidade interna do país. O nascimento da Fundação Genesis como organização seria acompanhado por uma grande campanha midiática. Haveria uma coletiva de imprensa com alguns dos mais importantes meios de comunicação do mundo. O passo seguinte seria organizar ações de rua, manifestações, ocupação de espaços públicos de maneira pacífica com o objetivo de causar impacto na sociedade.

Sul21: Qual era a meta principal dessa tática?

Raúl Capote: Em resumo, aplicar a cartilha de Gene Sharp, teórico do golpe suave. A ideia da guerra não violenta consiste em ir solapando os pilares de um governo até que ele imploda. O objetivo não é fazer com que um governo renuncie. Se isso acontecer, o projeto fracassou. A ideia é que o governo imploda e que isso cause caos. Com o país em caos, é possível recorrer a meios mais extremos. A meta em Cuba era esta: causar um caos tal no país que fizesse desabar todos os pilares da revolução. Neste cenário, várias possibilidades eram consideradas, entre elas, uma “intervenção humanitária” dos Estados Unidos no país. Outra era a instalação de um governo de transição que levasse a um governo de direita.

O truque fundamental do projeto Genesis era que tinha supostamente um discurso de esquerda, mas as propostas reais que defendia consistiam em privatizar praticamente tudo, inclusive a saúde e a seguridade social. Era um socialismo anti-socialista e anti-social, com terríveis medidas de austeridade. Eles diziam para não nos preocuparmos, pois o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a comunidade cubana no exterior iriam apoiar a “reconstrução do país”. Mas esse projeto nunca conseguiu ter base social nem conseguiu formar estudantes como pretendia…

Sul21: E você, na condição de agente duplo, se esforçava na implantação do projeto ou trabalhava contra ele?

Raúl Capote: Fazia tudo o que podia para que não tivesse resultado. Era um jogo de xadrez muito interessante. Eu tinha que fazer com que eles acreditassem que estava funcionando e, na prática, fazer com que não funcionasse. Era bem difícil. Mas o projeto tinha muitos pontos débeis. Um deles era a crença de que a revolução dependia de uma única pessoa. Acreditar que a Revolução Cubana é Fidel é um erro. Outro erro era acreditar que os cubanos são pessoas ingênuas.

Em 2006, Fidel anunciou que estava se afastando de suas funções por problemas de saúde e que seria substituído por Raul (seu irmão, Raul Castro). Esse era um momento propício para aplicar a estratégia da Fundação Genesis e eles precipitaram um conjunto de ações. Acreditavam que poderia ocorrer um levantamento no centro de Havana.

Para tanto, usaram um médico chamado Darsi Ferrer, um contrarrevolucionário desconhecido. No dia 13 de agosto de 2006, data de aniversário de Fidel, ele deveria provocar um levantamento em Havana e convocar uma coletiva para dizer que o país estava mergulhado no caos, que havia militares sublevados e que a população não queria Raul no governo. Planejaram gravar em um estúdio, de modo muito parecido com o que fizeram na Líbia onde filmaram ações que, na verdade, não estavam acontecendo. O plano era filmar cenários de repressão como se os militares cubanos estivessem reprimindo a população, e transmitir essas imagens para todo o mundo. A mim me surpreendeu muito que um oficial da CIA em Cuba tivesse o poder de pautar e subordinar os mais importantes meios de comunicação do mundo. Era isso que estava se planejando ali.

"Quando essas imagens do “caos” em Cuba tivessem sido transmitidas ao mundo, eu deveria convocar uma coletiva de imprensa e pedir uma intervenção militar dos Estados Unidos para conter as violações de direitos humanos". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

“Quando essas imagens do “caos” em Cuba tivessem sido transmitidas ao mundo, eu deveria convocar uma coletiva de imprensa e pedir uma intervenção militar dos Estados Unidos para conter as violações de direitos humanos”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Sul21: E qual era o seu papel neste plano?

Raúl Capote: Quando essas imagens do “caos” em Cuba tivessem sido transmitidas ao mundo, eu deveria convocar uma coletiva de imprensa e pedir uma intervenção militar dos Estados Unidos para conter as violações de direitos humanos. Eu não era um contrarrevolucionário ou opositor, mas um professor e acadêmico conhecido no país. A credibilidade da minha aparição seria maior. Fiquei com um grande conflito interno neste período. Eu jamais iria fazer aquele pedido de intervenção militar dos Estados Unidos.

Sul21: O que aconteceu, então?

Raúl Capote: As coisas começaram a dar errado para eles muito rapidamente. Depois do anúncio do afastamento de Fidel, passaram-se alguns dias e não houve nenhum caos no país, que seguiu funcionando normalmente. Não houve manifestações, protestos, nada. As pessoas seguiram com suas vidas. O outro problema que ocorreu é que o médico escolhido para desencadear o levante ficou sabendo que os principais canais de Miami estavam dizendo que um opositor cubano chamado Darsi Ferrer iria se imolar pela democracia. Aquilo foi uma surpresa total, pois não estava em seus planos colocar fogo no próprio corpo e morrer. Ele ficou convencido que iam matá-lo e, no dia 13 de agosto, ao invés de ir ao lugar escolhido para a execução do plano, sai de casa e inventa uma desculpa para não ir até lá. E o projeto fracassa.

Sul21: Quando você abandona a condição de agente duplo?

Raúl Capote: Em 2010, quando a Líbia entrou em situação de guerra civil, o governo cubano me pediu para participar de uma denúncia pública para que as pessoas ficassem sabendo como esse tipo de golpe é tramado. Era uma decisão muito difícil, pois trazia riscos para mim e para minha família. Mas aceitei a proposta e começamos a gravar um conjunto de programas chamado “As razões de Cuba”, onde um grupo de agentes como eu vai à televisão contar o que tinham vivenciado. O programa foi dividido em capítulos. O meu foi ao ar em 4 de abril de 2011, onde contei tudo isso na televisão.

Sul21: Fora de Cuba, se fala muito da situação de restrição de acesso à internet e às redes sociais na ilha, que haveria controle e a população não teria livre acesso à rede. Qual é mesmo a situação do acesso à internet em Cuba?

Raúl Capote: Sim, constantemente se acusa o governo cubano de não permitir o livre acesso à internet. É uma grande mentira. Se formos olhar os discursos de Fidel nos anos 90, veremos que a revolução cubana sempre defendeu o acesso livre à internet. O problema é que os donos da internet são os norte-americanos, Cuba está cercada de cabos submarinos de fibra ótica, mas não pode usá-los por causa do bloqueio. Cuba não tem acesso à tecnologia necessária para garantir o acesso à internet para todos os seus cidadãos por que as empresas são proibidas, pelos Estados Unidos, de negociar com Cuba. Em função desse quadro, o acesso à internet tornou-se muito caro para Cuba. E ela é lenta porque é preciso uma infraestrutura que garanta que o sinal chegue em todos os lugares do país. Nós acreditamos que a internet é uma ferramenta para defender e propagar a revolução. Os Estados Unidos não querem que Cuba tenha livre acesso à internet, porque sabem isso significaria que poderíamos divulgar muito mais nossas ideias também.

É impossível no mundo hoje que uma sociedade se desenvolva sem a internet. Nós temos a Universidade de Ciências Informáticas, que é uma das maiores da América Latina e forma todos os anos milhares de engenheiros criadores de softwares e técnicos nesta área. É uma universidade que se auto-financia com a venda desses softwares. Temos escolas técnicas em todas as províncias que formam milhares de jovens para o uso das redes sociais e das novas tecnologias. Apesar do alto custo que ainda representa, a acesso e uso da internet em Cuba tem aumentado enormemente, apesar de todos os bloqueios que ainda sofremos.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

86 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

      1. Think

        O mais admirável em vc é a forma com que defende suas teses. Seus argumentos são irrespondíveis, pois não se pode responder o que inexiste, não é mesmo? Tente pensar.

        1. Meu caro, pretender que esse

          Meu caro, pretender que esse troll direitista seja capaz de pensar é pedir muito.

          A sorte do elemento é o nome que ele tem, Leônidas.

          Quem vê o nome logo pensa em dois grandes homônimos da História: o general da Grécia clássica e o fenomenal centro-avante

          do São Paulo Futebol Clube e da seleção brasileira Leônidas da Silva.

          Infelizmente (para esse troll) ele nada tem em comum com seus homônimos.

          Mas devemos reconhecer nesse Leônidas frequentador do blog do Nassif uma característica: ele não desiste, está sempre

          insistindo.

           

           

           

  1. Muito boa a matéria.
    O

    Muito boa a matéria.

    O episódio do médico Ferrer me fez lembrar momentos de comédia do agente 86, Maxwel Smart, da década de 70.

    Quanto aos “cubanos não serem ingênuos”, me deu uma inveja…

    1. Li a entrevista esperando que

      Li a entrevista esperando que a pergunta sobre a Yoani Sanches viria. Infelizmente, não veio…

      Fiquei curiosa para saber o que o entrevistado tem a falar sobre o fenômeno Yoani.

    1. E…..

      E o Moro? E o Aécio? E a Globo? E a Veja? E a Folha? E o Janot? E a PF? E a ABIN? E nas FFAA? Quantos colunistas? Intelectuais? Artistas? Professores? ……….

  2. Porque não?

    Porque não estariam atuando aqui, com tanto em jogo? Alguns “movimentos” daqui, como o “movimento brasil livre”, como o “revoltrados online” são sabidamente finaciandos por “ongs” ultraconservadoras (como as financiadas pelos irmãos Koch). De onde sa a grana para a produção de sofisticadas músicas e vídeos pró-golpe, para construir tantos bonecos infláveis, para pagar o deslocamento de “militantes”?

  3. Porque não?

    Porque não estariam atuando aqui, com tanto em jogo? Alguns “movimentos” daqui, como o “movimento brasil livre”, como o “revoltrados online” são sabidamente finaciandos por “ongs” ultraconservadoras (como as financiadas pelos irmãos Koch). De onde sa a grana para a produção de sofisticadas músicas e vídeos pró-golpe, para construir tantos bonecos infláveis, para pagar o deslocamento de “militantes”?

  4. Crap, como foi o OURO DE

    Crap, como foi o OURO DE MOSCOU. Teorias conspirativas ao infinito, a CIA adora que falem que ela faz e acontece, não tem essa capacidade mesmo que quisesse fazer o que lhe atribuem, não tem cultura e conhecimento do jogo de poder em cada Pais embora quisessem ter, não tem a sofitisticação intelectual para dominar o intrincado jogo interno de poder em cada região, seu fracasso monumental no Iraque mostra essa ignorancia e incapacidade. Atuou bem na Guerra Fria quando os inimigos eram claros e a guerra era previsivel, depois de 1990 ficou como cachorro que caiu do caminhão de mudança, não tem

    mais capacidade instrumental de agir em politicas domesticas, se tivesse já teriam derrubado o tosco Maduro.

    1. Exato, por isso é que vive

      Exato, por isso é que vive fracassando em seus planos. Vide a entrevista acima. Só ganham quando jogam bombas em civis. Mas, vitórias de Pirro, perdem prestígio, ficam com o que, para eles, é maior bem prejudicado: a aparência, a imagem. Não á toa o cinema, os shows na Broaway ou em Las Vegas, os parques temáticos… marketing, convencer, “como fazer amigos e influenciar pessoas”, “como ser um líder”, os espetáculos e as poses são, para eles, tão importantes. É que bomba todo mundo vê, mesmo pedindo desculpas depois.

      Burros mesmo, trogloditas, primitivos…

      1. Vê se pode… “fazer amigos e

        Vê se pode… “fazer amigos e influenciar pessoas”, é mole? Amigo é aquele que… me influencia?! Que vive tentando fazer com que eu me convença de coisas que são do interesse dele? Ignorantes, coitados, talvez os EUA não teham a menor noção do que significa ser amigo…

      2. Como fazer amigos e

        Como fazer amigos e inflluenciar pessoas?

        Meu caro, o governo dos EUA ja esta na fase de Ass Wad Squad, ok?  Ja existe outro nome pra quem contabliliza limpada de cu?

    2. Motta Araújo, assista “O Mensageiro”

      Assista “O Mensageiro” (Kill the Messenger), filme de 2014 do novaiorquino Michael Cuesta, com Jeremy Renner, Oliver Platt e Andy Garcia. O filme conta como a CIA não hesitou em botar o crack dentro dos EUA pra financiar os Contras na Nicarágua, fato assumido pela própria CIA em 1998.

      Quem tem a coragem (ou a covardia) de fazer isso com o próprio país, faz qualquer outra coisa no país dos outros.

        1. Oi Andre, acho que não leu o

          Oi Andre, acho que não leu o texto, o cubano informa que a CIA participou de todos os Golpes de Estado no oriente médio, muito provavelmente também influenciou e influencia aqui no Brasil também. Lembrando que o es-presidente do banco central brasileiro na época do FHC ganhou cidadania americana e o FHC vivia por lá passeando com os brothers americanos! As empresas que foram privatizadas aqui como a Vale foram vendidas para investidores americanos. Na verdade estão sempre por ai, invadindo terrenos. Pois para eles não existe mais estado, existem políticos de países que ainda não foram comprados.

          1. A Vale não foi comprada por

            A Vale não foi comprada por investidores americanos. Os 27,66% das ações que eram do Tesouro e foram vendidas em leilão publico foram compradas por grupos 100% brasileiros e hoje o controle da VALE continua em mãos 100% brasileiras atravès da LITEL que é controlada pelos fundos PREVI, PETROS E FUNCEF e Bradesco.

          2. RESPOSTA A ANDRÉ ARAÚJO SOBRE A VALE

             

            Prezado André, não seja ingênuo.  Ou mal informado.  A miopia simplória da Esquerda faz ela enxergar a Direita apenas como um bando de traidores entreguistas, enquanto seus ícones como Lula, Dilma, Dirceu, etc estão há 13 anos entregando o Brasil para os mesmos bancos e investidores do G7, incluídos aí os dos EUA, é claro.  Há esquerdistas patriotas e nacionalistas, mas estes não estão no poder.  Assim como sempre houveram direitistas patriotas e nacionalistas, mas estes estiveram no poder por períodos relativamente curtos se comparados ao resto de nossa História republicana (e imperial também, pois os dois Pedros eram ambos vendidos) predominantemente dominada por entreguistas.  Digo isso, e acrescento que, após juventude iludida no PT e no PSTU, tornei-me mais um feroz anticomunista desse país, mas JAMAIS um vendilhão do Brasil, muito pelo contrário…e, quando trabalhando na Vale (ainda CVRD), peguei o infeliz período de transição pós-privatização, e, como assessor da Diretoria Financeira, à época, tive acesso à documentação que todo dia chegava de fora via fax ou email, onde ficava extremamente claro que apenas DOIS bancos controlavam todos os consórcios e grupos de compradores, inclusive os formados por fundos de pensão (supostamente) estatais e também o Bradesco (que já deixou de ser um banco genuinamente brasileiro faz pelo menos uns 18 anos). Na época, o Nations Bank, americano, e o Swiss Bank (suíço, obviamente) ditavam tudo, absolutamente tudo dentro da nova empresa privatizada!!  As ordens chegavam diariamente pelo fax ou pelo email da Diretora de Finanças (que depois, “coincidentemente”, saiu da Vale para se tornar presidente, isso mesmo, presidente mundial do UBS, que era o controlador tanto do Swiss Bank, quanto do Nations Bank…e hoje, aposentada pelo UBS, lá fora, mora em SP e tem um escritório de “consultoria”) e eram levadas às pressas para a nova e submissa presidência da Vale !!  O Nations Bank virou Warburg, Dillon & Read, depois trocou de nome de novo e hoje já está com um quarto nome que não lembro mais, mais ainda é subsidiário disfarçado do gigante financeiro UBS.  O Swiss Bank, creio, ainda usa o mesmo nome.  Mas, até hoje, a Vale é uma empresa ESTRANGEIRA, repito, estrangeira, apenas com fachada brasileira, fruto de uma estratégia bem montada, por banqueiros de fora e “colaboradores” nacionais, para minimizar as resistências de importantes setores da Sociedade Civil brasileira (e até das FFAA) frente à vergonhosa e traiçoeira privatização da nossa mineradora e orgulho nacional.  Por fim, ressalto que as ordens para, por exemplo, fechar todas as vilas de trabalhadores bancadas sem nenhum prejuízo pela Vale desde sua fundação, para fechar todas as excelentes escolas igualmente mantidas para os filhos de funcionários, para vender boa parte da ferrovia e toda a Docenave, entre outras canalhices, partiram todas do Nations Bank e do Swiss Bank, ou, em suma, do UBS !!  Por isso o “lucro recorde” de 600% logo no ano seguinte à privatização !!  Não foi nenhum “milagre de gestão”, apenas destruição sumária de investimentos e benefícios sociais e de peças-chave do desenvolvimento e infraestrutura nacionais como a ferrovia e a frota de navios-graneleiros nacionais !!  LUIZ NASSIF, POR FAVOR, PUBLIQUE ESSAS INFORMAÇÕES TÃO ÚTEIS AO POVO BRASILEIRO, QUE, POR DESILUSÃO E DESESPERANÇA TINHA GUARDADO COMIGO ATE HOJE (apenas comentando em conversas com amigos).  Não sou de Esquerda como você (fui, não sou mais) e a maioria dos leitores do seu blog, mas tenho certeza que gostarão de saber dessas canalhices há muito feitas na Vale (e que certamente não cessaram).  Faz tempo que saí de lá e virei servidor público estadual no RJ, mas, além de muito decepcionado, se tivesse aberto a boca na época, certamente faria com que colegas que tinham filhos para sustentar fossem demitidos, pois eu não poderia ter acesso a tais documentos e eles me deixavam ler tudo por amizade e indignação.

          3. A CIA é um organismo do

            A CIA é um organismo do Governo americano e portanto trabalha para esse governo onde quer esse governo opere no mundo. Como os EUA são ativos no Oriente Medio, tem tropas lá, é perfeitamente natural que a CIA opere lá, onde eu disse o contrario?  Não confundir ações quase a ceu aberto, absolutamente obvias como no Iraque e Afganistão com fantasias sobre operações em paises onde não se vê qualquer ação americana há decadas e nem são estrategicas para os EUA.

             

          4. Não vê ações americanas!!

            Não vê ações americanas!! Onde você vive? Ou só as ações militares contam? Não, eles, os Eua, talvez não sejam mesmo os maiores culpados. Mas que tem um poder e uma influência imensa aqui nesta terra, ninguém de boa fé questiona.

          5. Nao tem acao, infiltracao, na

            Nao tem acao, infiltracao, na regiao uma ova, que faz essas bases na colombia 7 no chile no peru e porque querem tanto se meter na nossa base de alcantara a proposito atacaram iraque e continuam se metendo no oriente medio que achas que tem la e aqui que eles tanto querem petroleo sera? nao so isso mas manter o brasil como seu quintal e tipos como voce estao ai para ajudalos!

        2. Você é desinformado ou finge ser?

          A CIA participou de pelo menos dez operações no Iraque desde 1991, inclusive produzindo aquele relatório falso de 2002 que falava em “armas de destruição em massa”, e que justificou a segunda guerra do Iraque e a invasão daquele país pelos EUA em 2003. A CIA atuou junto aos rebeldes anti-governistas da Síria e da Líbia – o próprio Obama admitiu que os primeiros rebeldes sírios foram armados e treinados pela CIA (http://bit.ly/1w6MKvU). O Washington Post noticiou que a CIA esteve envolvida na preparação dos rebeldes que derrubaram Kadhaffi em 2011(http://wapo.st/1P6LmT8).

          1. Mas houve duas guerras no

            Mas houve duas guerras no Iraque promovidas pelos EUA, e evidente que a CIA atuou lá, qualquer serviço de inteligencia de qualquer Pais atua em zonas de guerra, é sua função principal, era só o que faltava os EUA entraram no Iraque e a CIA ficar

            lendo jornal em Washington.

            Na America do Sul houve guerras? O que a CIA fez de imporante em paises hostis aos EUA como Argentina, Bolivia, Equador e Venezuela? Me dê um exemplo.

          2. Vai dar uma de Maluf, Motta?

            Eu provo que você está errado, e você finge que não leu o que escrevi e me pede provas em relação a outros países? Vai dar uma de Maluf, e ficar exigindo diferentes níveis de prova pra reconhecer que está errado? Sou obrigado a suprir a sua teimosia?

            Já provei que você está errado – ou mentindo, depende do seu grau de conhecimento das informações que eu trouxe. Você é um direitista que não é burro. Você é inteligente e culto. Mas quando começa a agir como burro pra justificar seu direitismo eu vou começar a te tratar como um.

          3. Meu caro, se vc é um general

            Meu caro, se vc é um general em um campo de batalha é fundamental sua capacidade de avaliação da força do inimigo.

            Voce tanto erra subavaliando como superavaliando a força adversario. Maximimizar o que a CIA faz em zonas absolutamente

            fora do interesse estrategico dos EUA é um erro. A CIA tem um orçamento inadequado, congelado desde o fim da Guerra Fria,

            eles são ativos no Orente Medio, no Paquistão, na Indonesia, na Coreia e nos paises europeus que fazem fronteira com a Russia. Eles não estão ativos na America do Sul porque não tem aqui nenum risco estrategico para os EUA, não tem terrorismo ou outro potencial de danos ao interesse dos EUA. Não era assim no tempo da Guerra Fria, quando havia

            conflito ideologico na região e a URSS tambem agia por aqui para defender seus interesses.

            Então essa MAXIMIZAÇÃO de operações inexistentes, imagine se a CIA está atrás de movimentos de rua, para que?

            Então é preiso ver no radar a realidade e não aquilo que se imagina que poderia ser a realidade.

            Quanto conto essas manias tão frequentes entre a esquerda brasileira ao meu socio de advocacia em Washington, que foi

            executivo de topo da CIA onde se aposentou, ele dá muita risada tal o nivel de imaginação que atribuem a esse pessoal, antes de mais nada, incompetente, especialmente na America do Sul onde mal sabem onde fica o aeroporto.

          4. Tentativa de golpe contra

            Tentativa de golpe contra Chávez, campanha constante de desestabilização do governo daquele país, ações semelhantes na Bolívia e demais países.

            Uma pena que o senhor não seja muito dado a leituras, os livros do professor Moniz Bandeira, por exemplo(que o senhor, em sua grosseria e falta de educação classificou como “bolivariano”, “comunista” e outras asneiras típicas do arsenal de xingamentos ideológicos que o senhor segue)relata muitas das ações da CIA na América Latina, inclusive classificando de “relações perigosas” as relações Brasil-EUA.

          1. Pois é, por que será?
            Poste

            Pois é, por que será?

            Poste qualquer coisa sobre a CIA e suas operações que o senhor André Araújo aparece desesperado, tentando desmentir tudo.

            Por que será?

  5. E a ABIN ,e seus côngeneres,

    E a ABIN ,e seus côngeneres, dormem em berço explendido.

    Decididamente o Estado brasileiro está dominado por agentes infiltrados, que anseiam pela volta de um país para 1/3 da população.Lula, e agora Dilma! lutam  contra forças poderosas, estando estas forças anti-socalistas tramando contra o governo dia sim outro também.

    Basta!

  6. O pessoal gosta de falar da

    O pessoal gosta de falar da CIA e essas coisas empoeiradas, quando poderiamos falar de coisas mais recentes como as atuais declaraçoes do Maduro sobre as eleiçoes Venezuelanas e sua provavel fraude.

    Mas parece que o pessoal não gosta muito de falar sobre a Venezuela, sei lá…rs

  7. Inteligência

    Sempre quis entender como se organiza e executa a ‘orquestração” da mídia nas notícias contra o governo. Apenas suspeitava…  Após a entrevista do Raúl Capote tudo fica esclarecido e evidente.  É lamentável que temos de tomar conhecimento da atuação da CIA por intermédio de Agente duplo cubano eis que a “inteligência” ligada ao Ministério da Justiça simplesmente não existe.

     

  8. depois que inventaram os EUA

    depois que inventaram os EUA todo FDP pode fazer o que quiser e a culpa sera sempre dos YanKees.

    Nao é a toa que a Koreia do Norte vive dizendo que o problema do pais não é o clã Kim ( primeira monarquia comunista ) é os Estados Unidos

    Entenderam?

    Não é a incompetencia, falta de vergonha, a corrupção generalizada, falta de investimento em ciência, invetimento serio em infra estrura e educação,  populismo, ou a ausencia de politica de estado que faz paises como Venezuela, Argentina, antiga URSS, e leste europeu quebrar.

    E os Estados Unidos ouviram?

    Repitam !

    -A culpa e do Estados Unidos

    rs

    1. Concordo com vc em partes.
      É por aí.
      A culpa não é dos EUA por ser o que é. A culpa é nossa por anistiar os pagos pelos EUA para fazerem isso aí.

      1. Esses pagos se existirem não

        Esses pagos se existirem não poderiam fazer nada se houvesse VERGONHA NA CARA do governo Brasileiro qualquer que fosse ele.

        O programa espacial Indiano é contemporaneo ao nosso e veja onde esta um e o outro?

        O Exercito brasileiro tem 216 mil fuzis da decada de 60 e segundo palavras do comando atual ele só tem verba para comprar mil por ano, ou seja somente em ” no ano da graça de nosso senhor de 2231″ acaba a renovação dos fuzis.

        Isso é falta de vergonha , falta de compromisso com a soberania de uma nação, os EUA não precisa fazer nada com essa classe politica PARASITA agindo, são NOSSOS VERDADEIROS INIMIGOS e ai não entra partido não SÃO TODOS IGUAIS…

        1. Não precisamos de

          Não precisamos de fuzis…

           

          Precisamos de paz e de desenvolvimento baseado no trabalho e na produção…

           

          Com aniquilamento total da corrupção.

  9. ATUAÇÃO DO IMPÉRIO IANQUE

    Os EUA ainda são o centro sustentador, dominador e impositor da chamada “economia de mercado” no mundo, enquanto a intligência humana, a verdadeira que deve, finalmente, vencer e acabar com essa barbárie total que é o capitalismo! E eles têm, sim, um verdadeiro exécito de agentes infiltrados por todos os cantos do planeta (agora já falam até de Marte… rs!), conspirando, SIM SENHOR, as 24 horas de cada dia, pois sabem que a parte não podre nem comprável  da intligência séria e com visão correta e firme de um futuro digno e feliz para a espécie, também trabalha o tempo todo e fará o seu dever, que é fazer fracassar a imposição da ordem capitalista. 

    Cuba, neste artigo (e muitos outros mais que não interessa revelar – tá pensando que eles são ingênuos? qua, qua, qua!!!), dentre outros amigos e aliados que vão preparando outras baias porcinas aos ianques, por melhores infiltrados que tenham. Ademais, trabalhar com a mrntira, o engodo, o diversionismo e o golpe, não é tão fácil. Muitos se fazem de bobo e, na hora correta, dão o contra-golpe. É esperar para ver!

    O perigo maior é ocorrer uma ecatombe, já que o império não vai querer se conformar com o fracasso total. Mas é o que deve e vai acontecer, para o bem da espécie homo sapien sapiens!

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    ras baías porcinas aos ianques

  10. Area Handbook for Brazil

    Tenho um livro, com capa dura verde oliva, impresso pelo US Government Printing Office, intitulado Area Handbook for Brazil, publicado em 1971. O prólogo começa assim:

    This volume is one of a series of handbooks prepared by Foreign Area Studies (FAS) of The American University, designed to be useful to military and other personnel who need a convenient compilation of basic facts about the social,ecnomic, political, and military institutions and practices of vaious countries. 

    No final, p.645, vejo que este é um dos 56 volume da série, publicados até então. A visão dos EUA do seu papel no mundo é declarada, nunca foi escondida.  

  11. Aqui na Brasil esse projeto

    Aqui na Brasil esse projeto não daria certo, coxinhas são muitos burros, não teriam paciência.

    Agora, tem uns coxinhas, acredito que temham sido instruidos pelos americanos, que são mais calmos, calculistas, tem foco,determinação, e objetivo definido, Moro, por exemplo.

        1. não é visão não…

          tenho um na família

          fundo estrangeiro de investimento

          sabia nada de política, nada mesmo, nadica de nada

          3 anos de formado, 2 duas estadias custeadas pelo banco em NY, e hoje pensa que sabe tudo, detesta Dilma

  12. O método existe e parece estar sendo utilizado

    O método para esse golpe suave realmente existe e parece mesmo ser utilizado pelos grupos pró-impeachment:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=jqtTc_CMlJg%5D

     

    Agora, não é preciso da CIA para implementar um golpe desse, isso fica claro no vídeo. Porém é preciso ter recursos financeiros para levar uma campanha como essa adiante.

  13. CONSPIRAÇÃO IANQUE

    SERVE O ARTIGO, ACIMA, PARA TODO MUNDO, MAS PARTICULARMENTE A CERTOA INGÊNUOS (ESTES SIM, E MUITO INGÊNUOS) QUE NÃO ACREDITAM NA “TEORIA DA CONSPIRAÇÃO”, PROMOVIDA, PARTICULARMENTE, PELOS ESTADOS UNIDOS (OU USA, COMO GSTAM MUITOS, PARA MIM EUA) CONTRA TUDO E CONTRA TODOS, ESPECIALMENTE CONTRA OS QUE NÃO QUEREM SEGUIR SEUS DITAMES E/OU IMPOSIÇÕES, PARA MELHOR PODEREM CONTINUAR EXPLORANDO A TODOS(AS), PAÍSES, COLÔNIAS E AGREGADOS (VOLUNTÁRIOS OU NÃO).

  14. Olha, quanto mais você

    Olha, quanto mais você pesquisa sobre o assunto mais a história vai ficando coerente.

     

    A Folha de São Paulo publicou uma matéria revelando a facilidade com que agentes da CIA trabalham aqui no Brasil: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/09/1342289-agentes-da-cia-conseguem-atuar-livremente-no-brasil.shtml

     

    Além disso, vamos nos lembrar da espionagem feita pelos USA nas comunicações do país:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Uq-p5N_a_Y%5D

     

     

    É uma baita teoria da conspiração mas tem fatos que a sustentam ao menos parcialmente.

  15. Golpe em marcha, desta vez são os caminhoneiros

    Suposto líder caminhoneiro aliado de revoltados on line etc professa o “golpe suave” 

    Há pouco chegou até meu Zap a notícia de que um grupo de caminhoneiros apoiado por revoltados on line etc prometem parar o país, a partir de 09/11, segunda-feira próxima, e provoacar desabastecimento até a derrubada da presidente. EStão manipulando insatisfações para inflar projeto político de derubada do governo. É preciso apurar. Há também um áudio do suposto líder de caminhoneiros. Neste áudio promete parar o país por tempo indeterminado. Receio ampla divulgação prévia disso pois ajudará na criação do clima de terror, por outro lado todos precisam ser alertadas, notoriamente as autoridades e a opinião esclarecida – e a não esclarecida também – dos perigos à vista.

  16. por aqui contam com o que mais precisam…

    domínio da informação

    mas não como muitos imaginam que seja, como o que a Globo faz, por exemplo

    isso é brincar de política

    o forte mesmo, o que dá dinheiro realmente, é a antecipação da informação

  17. Alguém aqui já foi a Cuba?

    Eu fui, no ano passado, e conversei com os cubanos. Eles tomam extremo cuidado com o que acessam na Internet (quando conseguem acessar, obviamente), porque sabem que a rede é monitorada pelo governo castrista. Não estou dizendo que os Estados Unidos não tentaram derrubar o regime, até porque a rede Zunzuneo é uma realidade, mas os argumentos que o tal “agente duplo” levanta no final para dizer porque o acesso à rede é tão limitado por lá são risíveis – inclusive porque Cuba tem um cabo submarino de fibra óptica entre a ilha e a Venezuela, que é mais do que suficiente para prover um acesso de qualidade muito melhor do que o que a população da ilha tem hoje. 

  18. Que é isso gente? Isso é

    Que é isso gente? Isso é fantasia, esse pessoal que fica indo de lá pra cá sem trabalhar, que ninguem sabe quem paga as despesas, que se acorrentam por que não tem compromisso no dia seguinte são gente abnegadas, patrioticas, teoria da conspiração não existe, é coisa de movie……….

  19. Basta vermos quem “se formou”

    Basta vermos quem “se formou” nos EUA e hoje são protagonistas da crise atual:

    – Procurador fanfarrão

    – Juíz midiático

    – Senador entreguista

    – Ex-presidente desavergonhado

    – Líder de “movimento espontâneo pró-impeachment”

    – Vários membros da PF

    Querem o que?

  20. Fica mais ou menos claro a intervenção real norte-americana…

    Fica mais ou menos claro a intervenção real norte-americana depois de 2013. As manifestações “espontâneas” de 2013 a partir de R$0,20 por passagem, foi o início da tentativa, porém o mais forte é o movimento dos caminhoneiros, entretanto eles não conseguem articular totalmente este movimento, pois há um grupo de profissionais autônomos que são autônomos mesmo, que saíram no meio do primeiro movimento e estão deixando claro que não entrarão no segundo. Me parece que dia 9 vão tentar de novo, entretanto um número grande de caminhoneiros, a maior parte gaúchos, já disseram que a manifestação já trouxe prejuízo demais e que não vão entrar nesta.

    O general que estava se manifestando aqui no sul parece que foi substituído e sintomaticamente mais rápido do que todos pensaram que seria. Provavelmente tem um grupo do exército monitorando esta tentativa de golpe, e talvez se insistirem no movimento teremos surpresas.

    O Brasil não é Cuba nem estes outros países menores, para que houvesse um ato efetivo do tipo desestabilizar para entrar alguém de paraquedas, com apoio logístico da CIA ou do próprio exército norte-americano, precisaria muito dinheiro, muita gente e muita articulação. Numa ação deste tipo, que demora meses para ser programada, com muita gente sempre há vazamentos, e estes vazamentos dificultam o sucesso da ação.

    Outro problema básico é que os Estados Unidos por ideologia, acham que as políticas dependem de meia dúzia de pessoas, e se dedicam a esta meia dúzia, porém num país complexo como o Brasil, são centenas de milhares de pessoas que tem protagonismo, devido a isto acho que uma ação direta como já feia em outros países é simplesmente impossível, pois se tem muitos atores nisto tudo.

    Outro exemplo do problema que os USA para interferir no Brasil tem, são atos inesperados como o nosso amigo Cunha, que certamente não pertence a nenhum esquema exterior, ele tem o seu próprio esquema. Porém como os golpistas tiveram que se envolver com ele, com a sua queda de popularidade, caiu grande parte do esquema de golpe.

    Vi o interrogatório de um dos líderes do MBL que o Jean Wills fez na CPI, e claramente se vê a fragilidade destes rapazes que fazem cursos de “liderança”, não aguentam meia hora de perguntas bem feitas a eles. Estes tais de cursos de liderança e treinamentos servem para pessoas que já tem liderança, porém quem tem liderança no Brasil não vai se arriscar a entrar num esquema de espionagem com governo estrangeiro.

    Vou contar um segredo a todos que utilizo uma técnica de contra-espionagem informática que reproduz o que ocorre no Brasil, meus computadores, pendrives, discos rígidos externos, e de,mais ferramentais informáticos são tão desorganizados que nem eu consigo me achar direito, se houvesse alguém interessado em olhar o meu computador, como a minha relevância na política brasileira é aproximadamente uma pequena fração acima do zero, o custo para alguém achar algo, retirar uma informação que eu quisesse esconder, seria tão alto que não recompensaria o custo. O caso do Brasil é o mesmo, o custo é muito alto para o risco.

    1. O foco é outro…

      O foco principal são as redes ditas sociais e o correio eletrônico. E creio, o que de fato interessa não é a conduta individual de um ou de outro, mas, sim, a dinâmica do processo determinado por:  barões da mídia ——Joaquins Barbosas——Gilmares……..PGEs…… & cia.

      Concorda?

  21. Lamentavelmente

    Nos países em vias de desenvolvimento, ninguém que tenha aprendido a falar inglês, ou tenha ido a Disney, ou tenha mestrado ou doutorado fora, ou tenha cursado economia ou administração, ou tenha ganho algum dinheiro de qualquer forma, e tenha saído do “Brejo da Cruz” precisa da CIA para trair o seu país

    São todos potenciais “Barbosas”, advogadas “Catta Preta” e etc.que,, na primeira oportunidade, compram apartamento em Miami. O maior problema da dominação de fora é a alienação das nossas elites.

  22. Os colaboradores da CIA no Brasil

    Interessante notar que na reportagem o Pravda cita Aloizio Nunes Ferreira. Os russos são bons espiões e devem saber que Aloizio é um agente da CIA no Brasil. Alias, eu não ficaria nem um pouco surpresa se muitos nomes entre politicos, jornalistas e empresarios aparecessem um dia como colaboradores da CIA, inclusive alguns que aparecem em blogs, convecendo a muitos de que os EUA não se envolvem em conflitos em outros paises, não têm mais tanto poder, são democratas etc. 

  23. É impossivel ter uma visão

    É impossivel ter uma visão minimamente correta do Pais vivendo em um mundo de fantasias. A CIA assim como outros serviços de inteligencia deve ter residentes no Pais e certamente tem, essa é uma realidad mas é evidente que essas agencias não estão espalhadas pelo Pais em cada canto bancando movimentos, manifestações, essa é uma visão infantil.

    O macartismo que aconteceu nos EUA entre 1950 e 1953 prtiu do principio aberrante que havia espiões de Stalin em cada esquina e que milhões de americanos eram comunistas, inclusive a cupuka de varios Ministerios, a industria cinematografica, o Departameno de Estado, a Brodway, literatos, dramaturgos, intelectuais, professores nas universidades.

    Essa histeria completamene falsa exacerbou a Guerra Fria, prejudicou a vida de milhares de pessoas e desmontou nucleos importantes de analise estrategica, fez Charles Chaplin e centenas de outros emigrar para não setem presos.

    Existe um mercado infinito para ssas teorias em todos os tempos, sempre tem alguem que conhece alguem que stá ligado a algum desses pretensos esquemas que tudo domina. Essa visão é confortavel para o cerebro porque dispensa o estudo e a reflexão sobre o mundo real. se tudo tem uma causa simples para que precisamos ler e refletir sobre a realidade verdadeira?

  24. É impossivel ter uma visão

    É impossivel ter uma visão minimamente correta do Pais vivendo em um mundo de fantasias. A CIA assim como outros serviços de inteligencia deve ter residentes no Pais e certamente tem, essa é uma realidad mas é evidente que essas agencias não estão espalhadas pelo Pais em cada canto bancando movimentos, manifestações, essa é uma visão infantil.

    O macartismo que aconteceu nos EUA entre 1950 e 1953 prtiu do principio aberrante que havia espiões de Stalin em cada esquina e que milhões de americanos eram comunistas, inclusive a cupuka de varios Ministerios, a industria cinematografica, o Departameno de Estado, a Brodway, literatos, dramaturgos, intelectuais, professores nas universidades.

    Essa histeria completamene falsa exacerbou a Guerra Fria, prejudicou a vida de milhares de pessoas e desmontou nucleos importantes de analise estrategica, fez Charles Chaplin e centenas de outros emigrar para não setem presos.

    Existe um mercado infinito para ssas teorias em todos os tempos, sempre tem alguem que conhece alguem que stá ligado a algum desses pretensos esquemas que tudo domina. Essa visão é confortavel para o cerebro porque dispensa o estudo e a reflexão sobre o mundo real. se tudo tem uma causa simples para que precisamos ler e refletir sobre a realidade verdadeira?

    1. Os movimentos de protestos no

      Os movimentos de protestos no Brasil, pautados nos slogans “não vai ter Copa” e reivindicações de serviços públicos “Padrão FIFA”, tiveram início com aquele vídeo, em inglês, de uma brasileira radicada em Los Angeles, explicando seus motivos para não comparecer na Copa do Mundo.

      O vídeo chama a atenção por sua super produção e pelo fato de que, do nada, apareceu sob notícias de que teria tido milhões de visualizações, não se sabe se por americanos, que, de repente, passaram a se interessar por futebol, ou por brasileiros, interessados em um vídeo em inglês.

      De igual maneira, a maioria dos movimentos pró-impeachment possuem fatos obscuros a seu respeito, como o misterioso senhor Rogério Chequer, que desembarca dos EUA no Brasil como líder de um movimento pelo impeachment da presidente.

      Coincidentemente, todos esses movimentos seguem à risca a cartilha de Black Ops da CIA, inclusive aquelas já implementadas no Brasil, como as articulações do IPES, que resultaram no golpe militar de 1964(que o senhor André Araújo já explicou em comentário em diferente tópico, ter se tratado de um grande movimento cívico e patriótico, e não um golpe de Estado).

      Na verdade, seu André Araújo, não precisa muita reflexão para entender porque um defensor aguerrido do gope e da ditadura militar brasileira como o senhor faria os comentários que faz, sempre pautados por sua notória grosseria e falta de educação, com a qual o senhor busca compensar sua falta de cultura e argumentos.

  25. Só não acredita….

    Só não acredita quem não quer mesmo acreditar. Os EUA se metem em tudo no mundo todo. Agem como se fosse o próprio dono do mundo. Ainda espero estar vivo para ver este império ruir comto tantos outros já se foram.

  26. “O truque fundamental do

    “O truque fundamental do projeto Genesis era que tinha supostamente um discurso de esquerda, mas as propostas reais que defendia consistiam em privatizar praticamente tudo, inclusive a saúde e a seguridade social”.

    Isso me faz lembrar de alguma coisa…

  27. “Planejaram gravar em um

    “Planejaram gravar em um estúdio, de modo muito parecido com o que fizeram na Líbia onde filmaram ações que, na verdade, não estavam acontecendo”.

    Ele quis dizer na Líbia ou na Lua? rsrsrs

  28. A CIA tem suas atribuições e
    A CIA tem suas atribuições e formas de agir, algumas aqui escancaradas pelo ex-agente duplo cubano.Desde 2004, o governo do PT enfrentou a radicalização da oposição, tanto de políticos, quanto de mídia, MP e Judiciário. No segundo mandato de Lula e no início do governo Dilma a radicalização foi menor, mas depois voltou a aumentar, com o julgamento de exceção do “mensalão” e as manipulações no jornalismo da grande imprensa, as quais criaram o ambiente para os protestos de junho de 2013, que por sua vez também foram manipulados pela mídia, ao estilo das estratégias descritas pelo cubano, a ponto de, inicialmente, uma pequena manifestação por causa do aumento das tarifas de ônibus e metrô se transformar em protestos contra Dilma e contra “tudo”. Se houve atuação direta da CIA e o quanto, não sabemos, mas como disse Raúl Fernández, a agência tem adotado a estratégia do “golpe suave”, que pode portanto, ter levado anos em planejamentos e treinamentos. Poderia ter agido por trás das ações da mídia, ou de certos membros da mídia, ou dos provocadores baderneiros que surgiam do nada nos citados protestos.Mas a agência é apenas um dos braços desse sistema de que os EUA se servem para manter sua condição de nação imperialista, interferindo nas questões internas e na soberania de outros países, visando mantê-los ou coloca-los sob seu domínio. A NSA, um outro braço do mesmo sistema, espionou, com prioridade, nos últimos anos, Dilma e Petrobrás. Priorizou também a presidente da Alemanha. Terá espionado também a VW, concorrente de grandes empresas americanas?Em tempos de copa do mundo nos países do BRICS, África do Sul, Brasil e Rússia, o FBI investigou a FIFA, e prendeu dirigentes da entidade e da CBF.Instituições americanas financiam pessoas mundo afora, ligadas a diversas áreas, dentre as quais, jornalistas, para defenderem determinadas idéias e interesses, alegando que estão incentivando o fortalecimento ou a adoção da democracia em seus países.Com a descoberta do Pré-sal o governo brasileiro anunciou a construção do primeiro navio de propulsão nuclear, projeto criticado pelo governo dos EUA, de acordo com telegrama vazado pelo Wikileaks, pois seria um “elefante branco” desnecessário. Enquanto isso, aquele país reativou a Quarta Frota da Marinha no Oceano Atlântico.Com a Lava Jato, operação da PF que investiga corrupção na Petrobrás, e a atuação politicamente seletiva e midiaticamente estridente dos órgãos de investigação brasileiros, os prejuízos que a Petrobrás e o País tiveram com a corrupção ficaram pequenos diante dos prejuízos gigantescos que toda a economia brasileira, e principalmente áreas como a construção civil e as ligadas à Petrobrás estão sofrendo, além da crise política que enfraquece o governo, cuja política externa independente, que inseriu o Brasil no Brics, contraria interesses dos EUA. Alem disso, um outro efeito imediato da crise causada pela operação Lava Jato, foi o de provocar a desaceleração do programa nuclear da Marinha brasileira, por restrições orçamentárias. Coincidentemente, o projeto do submarino está sendo construído pela Odebrecht, assim como diversas outras grandes obras, como a Hidrelétrica de Belo Monte e o Parque Olímpico no Rio de Janeiro. A empreiteira também construiu o porto de Mariel em Cuba. O presidente da empreiteira é um dos acusados na Lava Jato que foram presos antes de terem sido julgados e condenados (http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lava-jato-aciona-eua-para-chegar-ao-operador-da-odebrecht,0c5e43753b5f1217a3af68cc30950a8bcgxqRCRD.html ). 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador