Jornal GGN – O Secretário-geral da ONU reafirmou a importância de um bom planejamento de ambientes urbanos para promover o desenvolvimento. Ban Ki-moon participou da primeira sessão de trabalho do Comitê encarregado de preparar a próxima conferência das Nações Unidas sobre habitação e desenvolvimento urbano, denominada Habitat III, prevista para 2016.
O titular da ONU ressaltou que a metade da população vive em centros urbanos e que em meados deste século projeta-se que mais de dois terços da humanidade residirá em cidades. Quase a metade deste crescimento estará concentrado nos países em desenvolvimento.
“A urbanização afeta a todos nós”, disse Ban, acrescentando que as áreas urbanas estão no centro de muitos desafios, oportunidades e promessas.
“Este processo de preparação para o Habitat III é um excelente fórum para unir a comunidade global, através de uma troca de diálogos sobre os progressos realizados desde o Habitat II, em 1996, e de Istambul +5 ocorrido em 2001, e sobre os desafios e oportunidades que termos pela frente”, declarou Ban.
Disse ainda que as Nações Unidas devem continuar promovendo o desenvolvimento urbano equitativo nos assentamentos urbanos, vilas, cidades e países.
Com informações da ONU
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
nunca o país precisou tanto
nunca o país precisou tanto de planejadores com visão política e social
para tentar resolver isso.
a questão não é técnica,
é acima de tudo política.
A importância do planejamento
A importância do planejamento urbano para o Brasil hoje é central, fundamental. Durante o período da ditadura a questão dominou o debate sobre o desenvovimento e crescimento das cidades, valiosos centros de estudo foram fundados em diversas cidades e grandes experiências de inclusão de favelas no tecido urbano através de suas reurbanizações ou remoções de áreas de risco com a construção de conjuntos em áreas próximas, sobre projetos realizados com a participação indispensável da população, já que a reurbanização não é uma ação de caráter predominantemente físico, mas social. O papel das ciencias e da ação sociais vem antes das ações de urbanismo físico e o condicionam e o detreminam. Os estudos e teorias sobre as grandes cidades ocuparam boa parte dos pensadores dos anos sessenta e setenta e geraram livros que enchiam as prateleiras das boas livrarias. Com a redemocratização, veio a dominaçãodo pensamento neoliberal que chegou paulatinamente e em meados do gverno Sarney já era dominante nas administraçãos municipais. Este neoliberalismo subdesenvolvido tomou a doutrina ao pé da letra e baniu qualquer forma de planejamento. Uma experiência riquíssima acumulada pelo país foi para o lixo. Planos diretores passaram a ser encarados como instrumentos arcaicos que atravancavam o livre progresso das iniciativas empresariais dentro do tecido urbano. O caos avizinhou-se. Cumpre hoje resgatar o planejamento urbano, com a idéia central de um forte escritório municipal de planejamento, situado em cada cidade, o qual ainda que não elabore os maiores projetos encomendados à iniciativa privada, os condicione fortemente às normas e diretrizes dos planos diretores e códigos de obras, e os analise detidamente com poder revisional e de veto. Este escritório será o responsáveo pelos pequenos projetos físicos do dia-a-dia e deverá ser equipado com o que de melhor houver na tecnologia do setor, a qual se encontra hoje extremamente avançada.