Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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A impressionante desunião dos empreiteiros, por André Araújo

A IMPRESSIONANTE DESUNIÃO DOS EMPREITEIROS – No início da operação Lava Jato havia a ideia de que os empreiteiros, alvos de feroz perseguição do grupo Justiça, Ministério Público e Polícia, todos unidos na missão purificadora do estilo Pol Pot no Cambodja (“todo aquele que usa óculos é burguês e deve ser eliminado”), pensava-se que esses grandes empresários de porte internacional se uniriam em uma defesa comum, não se tartava mais de competição para buscar negócios mas sim na defesa contra um poderoso adversário de todo o setor, com poder e intenção de acabar com a existência das empreiteiras no Brasil.

Na história econômica da França vem à mente o poderoso “Comité des Forges”, a aliança dos grandes empresários da metalurgia e siderurgia, que congregava tambem as forjarias e fabricantes de canhões e material pesado.

O Comité fazia a defesa comum do setor, naquilo que era interesse de todos. Foi um ente poderoso de proteção do empresariado contra os seus predadores naturais, os socialistas, sindicalistas, comissões de inquérito no Parlamento, pacifistas, o Comité cultivava aliados nas forças armadas, no Quai d´Orsay, na imprensa, na sociedade.

Aqui estamos vendo uma campanha de extermínio contra todo um setor que pensava-se ser poderoso e articulado e o que vemos? Estão ÓRFÃOS, não se vê um único Senador com um discurso impactante no apontamento das ilegalidades flagrantes de prisões preventivas sem nexo e sem fim, na tentativa de penalização das empresas pela decretação de sua inviabilidade como negócio, não se vê NENHUMA liderança política de importância chamando a atenção do País para os efeitos desse fascismo judiciário da pior espécie, as duas maiores eminências do setor, Marcelo Odebrecht e Otavio Marques presos há 14 dias sem que fossem chamados a depor, estão apenas mofando nas celas geladas de Curitiba, como o Conde Monte Cristo nas galés do Castelo de If.

Mas o que mais choca é a AUSÊNCIA ABSOLUTA das entidades empresariais na defesa desse grande setor, comprador de milhares de fornecedores da indústria, mega empregador de operários que são consumidores da indústria e do comércio, onde estão a FIESP, a FIRJAN, a FIEMG, a CNI, a CNC, não se vê sequer os Sindicatos de Construtoras do País e dos Estados, NINGUÉM faz a defesa coletiva do setor, entregue na arena do Coliseu ao estraçalhamento que visa à sua completa anulação como setor. É cada um por si, se pegou fogo na casa do vizinho não é problema meu, nem vou adjudá-lo e nem me importa o que aconteça com ele.

É uma vergonha nacional, não há uma declaração, um press release, um comunicado de apoio aos agredidos, NADA.

Viramos um País sem fibra, sem capacidade de autodefesa, sem consciência, qualquer um pode dominar o que quiser.

Se alguma potencia resolver tomar a Amazonia não haverá resistencia, o Pais perdeu completamente os brios.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

38 Comentários

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  1. Investida contra empreiteiras

    Assino embaixo. Há uma visível intenção de enfraquecimento das grandes empreiteiras nacionais e abrir o país à penetração das suas congêneres estrangeiras, como se estas fossem paradigmas de comportamento ético. Só como exemplo, tenho uma história da Bechtel, uma das maiores dos EUA, cujo título autoexplicativo é “Friends in high places” (Amigos em altos postos). E, sim, é deplorável o silêncio pusilânime das entidades representativas do setor e do empresariado em geral. Realmente, vivemos um momento tenebroso da nossa história.

  2. .

    O país está acuado. Amedrontado. A presidente da República pode trazer o rio de volta ao leito. Mas está catatônica. Lula está cheio de energia para fazer o que for preciso, mas não tem cargo. O medo é o atual conselheiro dos empresários.

  3. “Primeiro levaram os negros,

    “Primeiro levaram os negros, Mas não me importei com isso

    .

     

    Eu não era negro. 

    Em seguida levaram alguns operários,Mas não me importei com isso

     

    Eu também não era operário. 

    Depois prenderam os miseráveis, Mas não me importei com isso

    Porque eu não sou miserável. 

    Depois agarraram uns desempregados, Mas como tenho meu emprego 

     

    Também não me importei.

    Agora estão me levando, Mas já é tarde.

     

    Como eu não me importei com ninguém,

     

    Ninguém se importa comigo.” 

     

    Bertold Brecht (1898-19 

     

  4. Não tem como defender

    O que o Judiciário bater o mertelo, está batido neste país, sem possibilidade de contestação. A PF e o Ministro da Justiça ainda defendem a decisão do Juiz. O republicanismo do STJ garante a ausencia de intervenções.  E de quebra a mídia blinda as decisões judiciais, como se fossem atos de um herói.

    Ninguém seria louco de dar um pio nestas horas, e correr o risco de ser incriminado junto.

  5. Caro araujo , o o povo e os

    Caro araujo , o o povo e os empresarios , viram que lula nunca lutou nem pelos seus , imagina lutar por gente que da emprego , hj sabemos que lula deu disso deu 10 bilhoes para globo e afiliadas , essa gente que ter horror a brasileiro e empresa forte , nem vou falar das outras emissoras , lula nao defendeu nem os petista , surfou na onde , nao brigou pela democraticao da midia , nunca processou ninguem que avacalhava ele e o povo , sempre abaixou a cabeca , sempre , nunca quis lutar pelos nossos minerios , sabe tomar conta mesmo , nunca quis usar as forcas armadas pra tocar e defender nossa soberania do judiciario e afins , sempre foi de uma covardia terrivel , e olha , da dilma , nem vale falar de tao ruim que ela esta sendo .

  6. A burguesia brasileira,

    A burguesia brasileira, energúmena, preguiçosa, corrupta e devassa, devora até mesmo os seus.

    Esta semana, o presidente da Abimaq estava defendendo o projeto do senhor José Serra que permite a empresas estrangeiras operarem no pré-sal, entregando nossa maior riqueza de mãos beijadas a estrangeiros. Ora, só há venda de equipamentos e produtos industriais brasileiros para as plataformas da petrobrás. Nem uma única plataforma estrangeira compra seus produtos aqui, posto que mais caros e menos eficientes. Elas fazem seu projeto lá fora, compram seus equipamentos lá fora, suprem-se de peças de reposição lá fora. Tudo lá fora, nada, absolutamente nada comprado dos fabricantes de equipamentos e peças brasileiros.

    O governo toma todas as porradas possíveis do mercado por conta desta política (de conteúdo nacional) com as plataformas da petrobrás.

    Daí o setor beneficiário desta política, o que deveria ser o primeiro a defender a petrobrás, não, a ataca com todas as armas que pode.

    Eu não sei se ele levou algum dinheiro para ter posição tão infensa a seu próprio setor, ou se é somente uma burrice estupenda, mesmo. Sendo um ou sendo outro, é um acinte.

    P.S: esta desunião não ocorre na mídia. Os grandes se entendem perfeitamente bem.

  7. Realemente, que pena que a

    Realemente, que pena que a quadrilha não se uniu para uma defesa em conjunto, quem sabe as coisas não tivesse chegado onde chegaram, lamentável…

  8. “Viramos um País sem fibra,

    “Viramos um País sem fibra, sem capacidade de autodefesa, sem consciência, qualquer um pode dominar o que quiser.”

    Aqui você está duplamente enganado. Não viramos um país sem fibra, sempre fomos assim. E não é qualquer um, são os mesmo de sempre.

    “Se alguma potencia resolver tomar a Amazonia não haverá resistencia, o Pais perdeu completamente os brios.”

    Nenhuma potência precisará tomar a Amazônia se os mesmos de sempre conseguirem dominar o que querem.

    A elite empresarial quatrocentona brasileira tem sange de barata e uma transfusão é impossível. A única solução é obsolescência e substituição. A chave para isso é inclusão social e desenvolvimento impulsionado pelo estado. Isso já está acontecendo, a convulsão política que estamos vivendo é só um sintoma disso. O caminho em que Lula e Dilma colocaram o Brasil não tem mais volta.

     

  9. André
    Sua análise

    André

    Sua análise desconsiderou o efeito Mensalao. 

    Nesse episódio  o grupo dos empresários   recebeu  penas sensivelmente  mais pesadas  que o grupo dos políticos. 

    A presidente do Banco Rural recebeu a pena de 20 anos enquanto que o sr José Dirceu recebeu só  7 anos.

    Com isso se estabelece uma divisão : os políticos tem sido julgados com benevolência. 

    Nesse inquérito do petróleo  a única alternativa desses  empresários  é  se beneficiar das delacoes  premiadas.

    Isso reverte alternativa vantagem da classe político. 

    Se tudo acontecer  dentro da normalidade  os políticos  envolvidos nessa operação  lavajato   mofarao  na cadeia enquanto que os empresários se mudarão para Miami. 

     

     

     

     

     

     

     

     

  10. É verdade. O país parece um

    É verdade. O país parece um cego caminhando para um precipício, como naquele filme Ran, do Akira Kurosawa. Alguém precisa conclamar as pessoas de boa fé, os políticos esclarecidos, os artistas, os intelectuais, e todos que estão vendo o cego e desejam salvá-lo puxando-o pelas mãos, num movimento maior do que o das Diretas, Já! O tempo urge.

  11. São covardes.

    Já digo isso há mais tempo. São covardes e TÊM MEDO DA GLOBO.

    Quando a Dilma abaixou o juros, rebaixou o segurou o preço da gasolina, a desoneração da folha e o presente e do pronatec, foi atacada pela mirians e vaack da vida, que fizeram os empresários? Ficaram caladinhos e fingindo de mortos. ACOVARDARAM-SE. Morrem de medo do merval e da globo, os bobos.

    Outro dia o aécio disse que como já haviam preso a QUADRILHA só faltava o chefe. Que dizer foram chamados de QUADRILHA pelo aécio, aquele que vive nos seus jatinhos. Reação : Zero. Até me assutei. Parece que eles amam o play boy que lhes dá esta rasteira.

    Empresariado covarde dá nisso. MORREM DE MEDO DA GLOBO. É uma pena.

  12. Covardes

    Estes covardes vêem seu  país e suas possibilidade sendo atacadas pelos facistas e nazista do pig e se entregam caladinhos. 

    Vêem seus aécios e demais psdbistas destruirem o país e se entregam cladinhos.

    Se nem eles reagem, estamos fritos.

  13. Todos – senadores e

    Todos – senadores e empreiteiros – têm medo da reação dos “príncipes” irmãos Marinho, comandantes do “show”. Todos.

    A força maior sempre cessa a menor. Estamos vendo agora, a olhos nus, quem sempre de fato tem mandado no país desde a total rearrumação da direita no pós-Jango.

    1. É questão de medo,
      E questão
      É questão de medo,

      E questão de prática, ação, substância, conteúdo, consistência, alma.

      Nós não temos civilização suficiente.O caminho até lá, longuíssimo.

      O problema é desconsiderar sua necessidade.

    2. Exceto o senador Roberto

      Exceto o senador Roberto Requião, Bispo. Da tribuna do senado o senador Requião denunciou diversas vezes a submissão de senadores atendendo os interesses do grupo Globo.

    3. Quem manda são os Martralhas.

      Quem manda são os Martralhas. A máquina deles de fazer coxinhas não para nunca, está em toda a parte, ligada 24 horas por dia. Não há como escapar. 

  14. É questão cultural,
    Transpor
    É questão cultural,

    Transpor uma imagem européia para os trópicos é tão falso quanto nota de três reais.

    Se não entendeu até hoje, jamais será feito no futuro.

  15. Quem quer construir um país?

    Parabéns, pelo postagem.

    Nunca mais esqueci a primeira frase do livro de Celso Furtado, Formação econômica do Brasil:

    “A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa.”

    É como se nós não fossemos um país. Como se continuássemos como uma simples colônia durante toda nossa história. País de fato, para nossa elite empresarial, intelectual, etc; é a França, os EUA, a Inglaterra…

    Nos anos 50, havia uma tese de que o desenvolvimento econômico do país provocaria uma reforma agrária. No estilo do que havia sido feito na França (pós revolução francesa), EUA (na sua ocupação), Japão (pós segunda guerra), etc. O desenvolvimento capitalista faria uma espécie de acerto de contas com a história, pois, a lei de Terras de 1850 só permitindo a aquisição de terras pela compra em dinheiro, impedira, premeditadamente que os escravos libertos pudessem ter seu pedaço de chão para produzir e viver dignamente de seu próprio suor.

    Segundo esta tese, os capitalistas dos setores mais avançados, principalmente, industrial, não aceitariam pagar, indiretamente, aos grandes proprietários um aluguel para produzir alimentos (como hoje ainda há arrendamentos para produção de arroz no sul do RS). Este “imposto” cobrado pelo latifúndio seria repassado no custo dos alimentos, encarecendo a mão de obra e, ao mesmo tempo, inibindo o consumo interno. Isto reduziria a dinâmica do desenvolvimento capitalista e não seria tolerado. Os próprios capitalistas dariam um jeito no patrimonialismo, fazendo uma reforma agrária nos moldes capitalitas como nos países acima citados. Esta era a tese.

    Mais tarde descobriu-se que o moderno capital no Brasil, seja ele industrial (Volkswagen) ou financeiro (Bradesco, Bamerindus), para citar alguns exemplos, eram proprietários de grandes extensões de terra. Isto era parte de seu patrimônio.

    Mais recentemente, acreditou-se que o capital produtivo nacional, não aceitaria uma taxa de juros que remunerasse o capital financeiro, superior a taxa de lucro de toda a economia. O velho José Alencar morreu criticando essa questão. O Delfim costuma dizer que se trata do último peru gordo com farofa fora do dia de ação de graças.

    Mas, descobriu-se que o capital produtivo ganha nas duas pontas, ou melhor, nas três, como no caso da Sadia, entre outras empresas, que apostavam na desvalorização do cambio.

    E aí entra a última questão que tem a ver com aquilo que você aborda. E, aproveitando o ensejo do câmbio, nos ensina o Nassif: cambio = papel = imprensa.

    Será que estes grandes empreiteiros não veem que a Lava Jato é fruto de uma disputa política liderada pela grande imprensa brasileira? E que esta se resume a quatro ou cinco famílias lideradas pelos Marinhos? Eles, capitaneados pelo poder da Globo, resolveram botar para ferrar com estas grandes empresas nacionais para, com isso, tentar derrubar o governo.

    A Globo, por exemplo, no caso do mensalão PETISTA fez o STF dar um “ponto fora da curva”. Colocou a “faca no pescoço” dos Ministros e os fez condenar banqueiros e publicitários através de uma série de atropelos, a começar pela ausência do duplo grau de jurisdição.

    Depois, naquelas manifestações de junho de 2013. A grande mídia açulou as manifestações até o limite, durante meses. E, no dia seguinte que o movimento causou uma tragédia num de seus funcionários, o enfoque dado pela mídia mudou e as manifestações acabaram como que num passe de mágica. Foi de um dia para o outro que isto ocorreu.

    Será que os grandes empreiteiros não percebem que não se constrói um país com, praticamente, um monopólio midiático?

    Será que eles não percebem que faz mais de um ano que a mídia, comandada por três irmãos, é quem dá as cartas nesta questão da Lava Jato?

    Será que estes grandes empresários não percebem que quem está botando eles em cana é a Globo?

    Será que eles acreditam em Papai Noel, mula sem cabeça, saci pererê. Ou melhor, será que acreditam em duendes, Santa Claus, Cinderela, Robin Hood – já que não acreditam no Brasil, mesmo?

    Ou será que eles acreditam que o Brasil pode ser um país?

    Se eles acreditam, é melhor começarem a repensar seus investimentos no mercado publicitário e no conceito de concorrência para o mercado midiático brasileiro. Pois, se depender da Globo e seus apoiadores, eles vão falir e mofar na cadeia até a derrubada do Governo.

    Bom, pensando bem, talvez vocês estejam dispostos a pagar o preço. Afinal, para que instituições sólidas e uma mídia plural num lugar que é uma mera extensão comercial…

    E os mais idealistas não  venha me dizer que são os bacharéis da burocracia, quase uma plutocracia, numa aliança explícita com uma mídia que se alia com Cachoeira e sonega impostos via paraíso fiscal além da aliança espúria coma CBF, é que está interessada em construir um país. Alguém acredita que dinheiro cai do céu ao se ler documentos, imprimir folhas e assinar papel. Dinheiro é fruto de suor, calo na mão, projeto, teste, risco, perda e, se tudo der certo lucro. É daí que vem o imposto, que sustenta a burocracia, o juro dos Bancos e dos aplicadores em renda fixa, mas aí já é outra história.

  16. Desunião

    Certa vez um diretor de uma empresa, para a qual desenvolvi alguns projetos, me falava das complicações absurdas que só mesmo no Brasil acontece. Então perguntei por que não levava o problema a associação setorial para fazerem lobby junto ao governo e assim tentar melhorar a situação.

    Sabe o que ele me respondeu?… A última coisa que ele queria é ver seus concorrentes saberem das suas dificuldades! Assim pensam, e assim continuam desunidos.

  17. Eles são empresários e não políticos!

    Que não se exija deles aquilo que não podem dar.  O que falta é o governo Dilma se posicionar claramente em defesa das empresas nacionais,  agindo como liderança e não como os  moles da república, que a única coisa que sabem fazer é dizer que não ficará pedra sobre pedra e que o inferno é a saída para quem cometeu malfeitos, mesmo que estes fossem para fazer coisas milhares de vezes mais importantes do que a dinheiro que mudou de bolsos.  Para Dilma a única coisa que interessa é salvar o seu próprio nome, é tirar o dela da reta. Isto é liderança política?   Isto é sim um salve-se quem puder liderado pelo bunda mole maior cardoso.  

    Claro que um empresário do porte dos Odebrecht poderia enviar o seguinte recado aos outros moles do senado:  vocês tem duas semanas para interromper esta m.  Caso contrário entregaremos todos, e ninguém será mais vestal a falar da bunda do outro.  Este prazo de duas semanas é o tempo damos não para vocês se livrarem mas para que nós possamos juntar toda a papelada incriminatória e colocá-la em lugar seguro, de onde vocês serão bombardeados dia e noite.  E nesta não sobrará marinhos, civitas e tavinhos  para contar história.

    Liderança política é coisa que se tem ou não se tem, nunca se aprende.   Dilma não o tem.  Que ela seja pelo menos humilde e que chame o  Lula e diga: meu companheiro está em suas mãos procurar quem quiser e acabar com esta palhaçada toda.

  18. UNIDOS NO SILÊNCIO E NA SUBMISSÃO GLOBAL

    Mas um excelente artigo do André, que gera interessantes discussões.

    Eu já acho unidas as empreiteiras, primeiro num cartel (não apenas para obras na Petrobrás) e, em segundo lugar, pela mesma opção política da sua classe social, ou seja, anti PT.

    Se depender apenas da boa vontade das empreiteiras, o financiamento de campanhas seria somente para tucanos. O restante do apoio político surge por pragmatismo e interesse prático ante quem irá mesmo ganhar as eleições, em cada cenário avaliado (Federal estadual ou municipal). Quem bancou o PT não é necessariamente petista e, provavelmente, mais de 90% destes tenham, na intimidade da urna, votado no Aécio, por convicção política, por opção entreguista ao mundo global, que gera “ambiente bom” para os seus negócios.

    Duvido que dentro da família de um dono de empreiteira, no meio dos vizinhos destes, dentro do círculo de amigos de “clube”, dentro de conhecidos destes, dos amiguinhos dos filhos, etc. haja sequer um único petista.

    Sendo assim, de um modo ou outro, todos são fieis ao sistema econômico que defendem e, junto com isso, desinteressados em qualquer tipo de solidariedade com o atual Governo. O Marcos Valério, embora ajudante do Pimenta da Veiga em Brasília nos anos 90 e logo estagiário no Banco Central tucano, voltou para Minas Gerais com a missão clara em relação a financiamentos de campanha tucana, sistema ao qual o PT ingressou posteriormente e, a rigor, o Valério preferiu ir para cadeia antes de abrir o bico contra nenhum tucano.

    O mesmo acontece com ex-diretores da Petrobras e, recentemente, com empresários da Lava-Jato, todos eles sabem quem manda mesmo e qual é o verdadeiro poder global, muito distante do PT ou da Dilma. O poder está por trás, na economia global, representada o mesmo de sempre: o “entreguismo”.

    “Pensava-se que esses grandes empresários de porte internacional se uniriam em uma defesa comum, não se tratava mais de competição para buscar negócios, mas sim na defesa contra um poderoso adversário de todo o setor, com poder e intenção de acabar com a existência das empreiteiras no Brasil”

    Nada disso! Na intimidade, o adversário de todo o setor é o poder popular que representa o Governo do PT. As empreiteiras serão todas beneficiadas (economicamente) com a retomada do poder por parte da economia global.

    “Comité des Forges”

    Muito diferente em relação ao cartel acima citado, com claro viés nacionalista em favor da França, o “comitê” que fala o André já existe no Brasil, apenas que em contrário, pois é um cartel que ameaçava com caravana de 10.000 empresários que abandonariam o Brasil se Lula fosse eleito. Existe ainda esse cartel, mas em salões de festa em Miami.

    “Campanha de Extermínio?”

    Só contra o PT

    “Onde estão a FIESP, a FIRJAN, a FIEMG, a CNI, a CNC, não se vê sequer os Sindicatos de Construtoras do País e dos Estados”

    Estão conspirando com Aécio para a retomada do “Brazil”.

    “Viramos um País sem fibra, sem capacidade de autodefesa, sem consciência, qualquer um pode dominar o que quiser. Se alguma potencia resolver tomar a Amazônia não haverá resistência, o País perdeu completamente os brios”.

    Quem perdeu os brios é o povão que levou o Lula ao poder, em 2002, adormecido pelo PIG e pelas conseqüências dos nossos próprios erros.

    O capitalismo selvagem não torna desunidos os animais que lutam pela carniça, pois todos eles convivem dentro de um habitat no qual acreditam. Em compensação, todos eles estão unidos contra quem pretenda acabar com essas sagradas regras do jogo capitalista. A construção de uma nação, o MERCOSUL, a verticalização industrial e o nosso crescimento, permitiriam que surgisse no Brasil uma nova classe produtora, que iria colocar no chinelo este grupinho de meia dúzia de empreiteiras que, desde a construção de Brasília, disputam uma luta entre iguais, com um pedaço de carne para cada.

  19. Fecho com você nesse lamento,

    Fecho com você nesse lamento, caro André, e noto que apenas empresas brasileiras relacionadas ao “ouro negro” vêm sendo atingidas, o que me leva a crer que o alvo principal é a Petrobras, e que as empreiteiras estão indo junto porque trabalham  no setor. Porque os outros ramos da indústria – as montadoras, por exemplo – e os bancos não estão sendo fustigados? Vai dizer que não jorrou dinheiro legal e ilegal dessas organizações para todos os partidos políticos?

    Ponha-se a Petrobras à venda e essa convulsão para na hora. Acontece que se privatizar a Petrobras, mesmo que a economia brasileira ganhe algo – sim, algum ganho tanto em tecnologia quanto em dinheiro continuaria ficando para nós – o maior ganho perderíamos, a saber: soberania e status de país produtor de petróleo. Num primeiro momento o capital que está promovendo a devastação da indústria brasileira poderia até consentir que fiquemos com uma parte generosa do dinheiro e da tecnologia mas primeiros momento passam rapidamente. Isso sem falar no enorme desemprego e arrocho salarial que sofreriam os trabalhadores do setor caso a Petrobras fosse desfeita para dar chance ao capital internacional.

    E desta vez – diferente do final dos ’50 e até meados do ’60, quando a iniciativa privada estadunidense articulou com empresas brasileiras e com as forças armadas a ditadura – não é mais necessário corromper parlamentares (vide IPES/IBAD), desta vez não apenas o espírito estadunidense está introjetado em brasileiros natos como esse ataque está sendo desferido também por órgãos do poder judiciário (ministério público, polícia federal e até juízes). Desta vez a moda é a judicialização. Tanto a moda é essa que faz algum tempo, pasme, a justiça de um estado dos EUA processou um estado nacional (Nova Iorque contra Argentina), como se tivesse jurisdição para isso… É como Moro, que, se considerarmos a Constituição e até as leis ordinárias, não só não tem jurisdição para o que está fazendo como não tem argumentos. Onde já se viu, por exemplo, dificultar às defesas o acesso às delações? Precisar o STF dizer que Moro não pode esconder as gravações das delações dos advogados das empreiteiras?

    Face aos prejuízos econômicos e políticos que teríamos (teremos?) com a privatização da Petrobras, tanto perdendo quanto deixando de ganhar – o que nos salvaria, sem pensar em reação violenta à la Chávez, seria milagroso acréscimo no sentimento de patriotismo, na resistência à introjeção da ordem estadunidense por quem opera o direito. Mas como milagres são difíceis de acontecer, o negócio talvez seja reagir à violência que atenta contra nossos interesses econômicos e políticos com no mínimo violência maior. Se for o caso, talvez percamos. Mas, ué… o lema não é Independência ou Morte? Morro mas morro em pé… (Se bem que o ideal seria que fôssemos como os estadunidenses: patriotas).

    1. Ah, e os sindicatos patronais

      Ah, e os sindicatos patronais e a associações de classe? Ué, esses também introjetaram em si mesmos a ordem segundo a qual nosso destino é sermos explorados, desde que eles próprios consigam a posição de capatazes, lugares-tenentes. Ô colonialismo difícil da gente se livrar, né?

    2. Se correr o bicho pega…

      Patriotismo? Com a mídia fazendo direto propaganda de outro país, homogeneamente, hegemonicamente? Difícil, hein?

  20. Que país é esse ?

    Aqui se faz uma defesa feroz  da quadrilha que assalta há décadas nosso país ? Aquise faz a apologia do suborno e da propina que sangram o Estado e desviam milhões  em detrimento do seu povo carente ? Desde quando a esquerda defende com unhas e dentes o empresariado ? E quantos milhões de pobres mofam em nossos presìdios de 1a. classe anos a fio sem que uma voz se levante a davor deles ? O coitadinho do Odebrecht, acima de qualquer suspeita,  mofando há duas semanas, recebe uma defesa magnífica dessas ?  

    1. Será que a única forma

      Será que a única forma possível de se trabalhar é através de suborno e propina? E se se afastasse dos assuntos públicos aqueles que tendo cargo público ou não militam pela iniciativa privada?

    2. Torcemos para que a operação

      Torcemos para que a operação Lava a Jato traga mudanças positivas. Mas infelizmente a suspeita é que seja apenas casuísmo politico como foi com Lacerda, Jânio Quadros, Collor de Melo… E é por saber desse passado cheio de hipocrisia que estamos sem muitas ilusões.

  21. Quando a cooperação é adotada como estratégia prá livrar tucanos

    Entenda aqui como republicanismo arrebentar os amigos do Ministro da Justiça e poupar os seus “inimigos” no caso os tucanos, definição do próprio MJ ao Estadão. Dito isso, podemos entender pq no trensalão tucano todas as Instituições cooperaram entre si para que nenhum tucano fosse punido, sendo que o mesmo modus operandi se repete na Operação Zelites, sic Zelotes. Isso ocorre por causa da cooperação

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=q0m_Wq574zs%5D

    1. Não é nada pessoal, apenas negócios.

      Se os tucanos fossem patriotas nacionalistas, se acreditassem que a prosperidade do povo do Brasil viesse em primeiro lugar, também não seriam poupados. Patriotas nacionalistas só os americanos é que podem ser.

      1. Obama defendeu seu lado

        Sim, quando Obama deu um chega prá lá na Globo o fez reconhecendo o Brasil como potência mundial e não regional como papagueiam os Irmãos Marinho. Mas notei também que ao fazer isso, Obama estavacdefendendo antes de tudo a reputação de seus pais, tipo assim: nós não estaríamos dando essa recepção ao Brasil se este pais fosse um país da dimensão do Paraguai como imagina a Globo e seu exército de marionetes teleguiadas.

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=4x0I_uaS7F8%5D

    1. Nada a ver. Os prejuizos às

      Nada a ver. Os prejuizos às empresas não serão anulados e já causaram o maximo estrago possivel nos seus negocios.

      Duas das firmas já pediram recuperação judicial e as demais perderam linhas de credito, os contratos estão paralisados e estão impedidas de disputar licitações. O dano causado é irrecuperavel e definitivo.

    2. Nada a ver. Os prejuizos às

      Nada a ver. Os prejuizos às empresas não serão anulados e já causaram o maximo estrago possivel nos seus negocios.

      Duas das firmas já pediram recuperação judicial e as demais perderam linhas de credito, os contratos estão paralisados e estão impedidas de disputar licitações. O dano causado é irrecuperavel e definitivo.

      1. rsrsrs

        Empresas não tem prejuízo meu caro. O prejuízo é nosso!

        Seja qual for o ‘prejuízo” que tenham, saiba que VC vai pagar tudinho!

         

        O  preju é só do Brasil!

  22. O problema é o petróleo

    Bem, a minha certeza continua a mesma desde a eleiçao e casa perfeitamente com o cenário atual desse verdadeiro estado de exceçao que enfrentamos hoje, o que, para mim, justifica e também explica o silencio da classe do empresariado em relaçao aos infortúnios vividos por seus pares. 

    Os grandes desse setor, além de empresários, sao também  muito bem relacionados com políticos de carreira assim como sempre tiveram estreita relaçao com o Poder, e sabem, como ninguém, de informaçoes de bastidor que a mioria sequer imaagina, Saber dessas informaçoes foi determinandte para nortear o comportamento da classe citada pelo André, assim como o silencio dos orgaos relacionados à ela. O projeto do qual estou falando, e que está em plena execuçao, nao é qualquer projeto –  é sólido, empoderado, de “forças hegemonicas” ,que, reunidas, subjulgariam qualquer um que ousasse atravessar o seu caminho. O que está em jogo é a retomada por completo, submissao total, pelo poder de um complexo Sistema Fincnaeiro internacional que domina o mundo,  que tem a ver com a hegemonia de naçoes acostumadas à “ocupaçao”, e que qaundo se reune nao deixa brechas, ocupa todo o espaço, e determina os atores que vao estar na liderança da geopolítica mundial.. 

    Há, sim, um projeto de retomada da submissao do Brasil aos interesses  internacionais, um projeto decidido, solidamente patrocinado e que movimenta seu pessoal infiltrado em todas as fentes – políticos, instituiçoes públicas em todos os poderes[judiciáriol, legislativo e executivo] incluindo aí a imprensa hegemonica como um dos “poderes” porque é esse o papel que ela desempenha em qualquer parte do planeta, associaçoes civis, movimentos sociais, ongs, órgaos de classe da sociedade civil, etcs.  Juntos eles tem o poder de  destruir ou levar à rendiçao. É contra essas “forças” que estamos lidando. Isso nao é pouco,

    O motivo para submeter o Brasil “hoje e agora”, custe  o que custar, à força se prferir, é garantir o controle das reservas do petróleo do pré-sal, ainda que o preço seja o de  mergulhar o país inteiro num completo caos economico e social, quebrando as suas principais empresas, e submetido a estado de exceçao tal qual o que vemos hoje. Ninguém consegue ser tao tolo a ponto de nao perceber que desde 1964 nunca se viu as mesmas forças atuarem de forma tao ostencisa.   

    O silencio das instituiçoes da justiça, absurdos legislativos, o operaço Moro quebrando a economia e destruindo as nossas maiores empresas, a quebra de regramentos e pactos civilizatórios escancarados, o projeto do Serra aí na pauta, a Dilma com a sua adoçao da política derrotada nas urnas, a reduçao da mioridade, a tercearizaçao geral, etcs,  querem dizer muita coisa – é uma verdadeira mensagem : quem tiver juízo que obedeça e na se oponha. O arbítrio e a exceçao tem “patrocínio”, “costa-quente” e café-no-bule.  Tenho motivos fortes para achar que vao, sim, derrubar a Dilma e que a sociedade nao dará um pio, mas isso se foram fazer o serviço completo.  Mas, pensando bem, talvez a sua cassaçao nem seja mais tao imprensindível assim, afinal, o seu governo já se rendeu e já deu provas de que nao se colocará no caminho do que está vindo pela frente. É inóquo. Uma Naçao cuja maioria do povo é composta por analfabetos políticos nao poderia, óbvio,  conseguiria identificar o seu verdadeiro inimigo, ao contrário, se torna refém e  algoz de si memso. Obs – O golpe na eleiçao de 2014, que elegeria Aécio, só nao ocorreu porque foi desmantelado em cima da hora no 2° turno. Aqui mesmo no GGn voces podem ver artigo esclarecedor sobre isso buscando pelo tema [eleiçao e as urnas eletronicas]. É claro que  nao abririam mao do petróleo, iam prá cima nem que fosse para destruir o país. O Momento é agora porque esse tal pré-sal, depois de todos os investimentos e records, daqui prá frente só iria projetar o Brasil para ser uma das naçoes mais ricas e poderosas do mundo e esse processo tem que ser interrompido.A venezuela tem mais petróleo  que o Brasil. Ja estao e vao sofrer o mesmo golpe que nós. É só uma questao de tempo.  

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