A instabilidade do presidencialismo brasileiro

Por Igor Cornelsen

Caro Luis

Você explicou bem as incógnitas das eleições presidenciais do Brasil.
 
O sistema presidencialista é assim. Aventureiros como Jânio e Collor podem ser eleitos, pessoas com dificuldades de formar ministério com a mínima competência, como Dilma podem ser eleitos, e Marina tem boas chances em 2014, como você bem explicou Parece uma renovação do Jânio ou do Collor, alguém com dificuldades de fazer maioria no Congresso.
 
Pior ainda quando o escolhido é impedido por doença ou impeachment. Sarney, Itamar, Café filho e João Goulart não conseguiram governar.
 
No parlamentarismo nada disto acontece. Só líder do partido vitorioso pode formar governo. Uma Marina, uma Dilma, que foi escolhida pelo dedazzo do Lula, jamais chegariam lá. O Collor nem partido tinha.

 
Vamos continuar a correr os mesmos riscos de termos governos ineficazes, com pessoas de personalidade difícil, como Dilma, Jânio, Collor e Itamar, ou sem expressão partidária como Marina no  poder.
 
Uma perda de tempo e um grande risco para o país.
Luis Nassif

45 Comentários

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  1. O PODER QUE COMANDA O BRASIL

    Introdução

    O verdadeiro poder que comanda o Brasil fica oculto, na grande imprensa, nos postos chaves do serviço público, no Banco Central, nas grandes empresas, no consulado dos EUA, nos empresários brasileiros de Miami, em suma, no poder econômico em geral. O Governo é tolerado enquanto não conteste o verdadeiro poder, e faça apenas um papel morno e conservador do status geral, mantido há 500 anos. O Governo – segundo este poder – deve administrar a saúde, a educação e a segurança ao povão, enquanto gente finíssima e qualificada se preocupa mesmo de direcionar a economia e promover o desenvolvimento econômico do país, ou seja, nas mãos dos EUA.

    Maioria parlamentar

    Entre 1986 a 1989, o PMDB possuía as maiorias absolutas tanto do Senado como da Câmara. Ainda, a totalidade dos Governos de Estado, com a única exceção de Pernambuco (Miguel Arraes). Assim e tudo, com aquela ampla base, não é possível afirmar que aquele governo, encabeçado por Sarney, tinha mesmo o comando do Brasil em suas mãos. Pelo contrário, por falta de compromisso, açodou-se com o poder, permitindo a ação do “centrão” (aquele de toma lá dá cá), ajudando a distribuir a rede Globo até todo o território nacional, mediante concessões outorgadas a políticos influentes de cada região.

    O PMDB foi apenas o responsável pela transição entre os militares e o verdadeiro poder citado acima, em nenhum caso pela volta real de algum tipo de democracia efetiva e popular. O “parlamentarismo” de fato, que se instaurou no parlamento, pela ação do “Centrão”, tirou qualquer direcionamento político ao programa inicial de governo, que gerou um livrinho verde chamado de Constituição, que ainda nem aplicada integralmente é.

    COLLOR, por falta de apoio político e base parlamentar, foi primeiro “colocado” e logo foi “tirado” da Presidência, quando o PIG achou que devia, e pronto.

    Os tucanos, embora com maioria relativa no legislativo e sendo subservientes do verdadeiro poder, praticamente tiveram que comprar a reeleição do FHC para o seu segundo mandato, negociando com o “Centrão” da época.

    O PT, depois de 12 anos no governo, ainda não conseguiu desvencilhar-se do PMDB e da classe política profissional, motivo pelo qual, os avanços sociais não evoluem da forma desejada pela população. Ainda, diferentemente do Governo tucano, o PT está em guerra frontal contra o PIG (braço armado do verdadeiro poder) desde que assumiu Lula, em 2002.

    Qual a forma de sair desta sinuca?

    Do meu ponto de vista, a melhor solução é aprofundar na opção mais forte – pelo lado popular (no caso, o PT e aliados) e criar condições para que estes avanços tenham maior chance de acontecer. A mudança, por essa razão, tem a cara do PT e não de candidaturas com carinha de “novidade”.

    O voto na mudança deve ser no projeto que seja capaz de gerar essa mudança e não aquele modernoso (a) que se apresenta como uma encarnação pessoal da dita mudança, sem sustentação nenhuma para que essa expectativa possa em verdade acontecer.

    Marina e Aécio seguirão o jogo do verdadeiro poder, o qual unicamente teme na continuidade do PT e das mudanças populares que, com o PT, tem mais chances reais de acontecer.

    Parlamentarismo?

    Uma terceirização do poder aos representantes do poder legislativo, como se estes convictos fossem de um Brasil melhor, não irá funcionar ainda. Atualmente, o legislativo traz muitos representantes de duvidosa qualidade e, na estrutura social e cívica do país, este parlamento ainda não está preparado para lidar com o bem comum.

    O Parlamentarismo é algo análogo ao neoliberalismo tucano, que pretende devolver a gestão do desenvolvimento do Brasil ao setor privado, ou seja, àqueles 20 mil péssimos brasileiros cuja capital é Miami e que possuem 520 bilhões de dólares depositados no exterior. No caso, é entregar o poder a quem não chegou a Brasília por convicção partidária, mas pelos velhos vícios eleitorais, que ainda persistem num país como este, tornando o eleitor muito questionador e palpiteiro, mas pouquíssimo politizado. 

      1. Coloquei o nome na areia…

        E o mar levou ! Coloquei o nome no google e a resposta foi feia. Que me perdoe o autor do post, caso não seja o mesmo!  

    1. Esse comentário do Alexis

      Esse comentário do Alexis deveria trocar de lugar com o Post que não fala nada com nada. Só fala em personalidade dificil e ainda chama todos de “qualquer um”. É muita petulância.

        1. É um dos mais experientes

          É um dos mais experientes operadores e conhecedores da economia externa brasileira, do mercado de cambio e capitais

          que ligam o Brasil ao mundo há 50 anos. 99% dos comentaristas aqui não conhecem absolutamente nada do mundo financeiro global e o que falam não tem nenhuma consistencia por causa de seu completo desconhecimento da realidade economica internacional.

          1. Parabéns Sérgio, desmascarou

            Parabéns Sérgio, desmascarou o autor do texto que é rentista, neoliberal e COXINHA e precisa ser mesmo detonado, assim como o cara que quer pertencer aos 99% “conhecedores” do mercado (KKKKK). Viva o Brasil, o Lula e a Dilma!!!!!

          2. Tipo, fulaninhos que se

            Tipo, fulaninhos que se apresentam como experts em finanças, mas não sabem nem o que é uma remessa unilateral?

            É, há muita gente ignorante desse tipo comentando por aqui.

    2. KKKK

      Alexis, sua introdução foi impecável!

      O poder deles na politica nacional e mundial é assustador.

      O povo mau sabe o tamanho dos grilhões que carregam!

    3. “das mudanças populares que,

      “das mudanças populares que, com o PT, tem mais chances reais de acontecer.”

      chances?! estamos debatendo chances?!

      esquerda inútil!

  2. A história se repete…

    Estou lendo o “1964” do Almino Afonso – ex-lider parlamentar e ex-ministro de Jango – e vejo que o momento é muito parecido com aquele. E o pivô da crise então como agora se chama Petrobrás. Até hoje, ou principalmente hoje, o monopóio estatal do petróleo, ainda que “flexibilizado” por FHC, mas de novo empoderado por Dilma, é o que mais incomoda os entreguistas de sempre. Principalmente com a descoberta e agora a exploração das reservas no pré-sal, as “forças tremendas” do Jânio Quadros estão aí de novo. 

    Em 1965, quando estourou o que viria a ser chamado de “mensalão”, dizia-se que se tudo fosse revelado a República se desmoronaria.  Agora, um ex-diretor da Petrobrás, envolvido com um doleiro lavador de dinheiro escuso, vem dizer que se ele entregar tudo o que sabe, não heverá eleições. Que ele entregue tudo e prove o que estiver dizendo, e deixe o eleitor decidir.

    Não sei se o parlamentarismo seria a solução, mas uma profunda reforma política, começando pelo fim do financiamento de campanhas por pessoas jurídicas, se faz cada vez mais necessária. Dever-se-ia permitir até candidaturas sem partido em vez dessa exigência exdrúxula de partidos sem compromissos programáticos.

    Precisamos incluir em nossa prática eleitoral, inclusive, o instituto da re-avaliação na metade dos mandatos de todos os cargos letivos (Não gosto do termo americano recall) e precisamos alterar drasticamente a forma de remuneração dos cargos eletivos para que se postulem a eles tão somente aquelas pessoas que os vejam como um cargo de servidor público e não uma profissão.

    Utopia? Talvez. Mas dos sonhos é que conseguimos crir a realidade em que desejamos viver. 

  3. A coisa é aos poucos,
    A coisa é aos poucos, paulatinamente, não com soluções mágicas ou radicais que jamais fizeram parte da história brasileira.

    A primeira que acredito mudará consideravelmente o cenário politico é a decisão do Supremo a favor do financiamento publico de campanha.

    Só não vale nesta porque um filho de uma puta assentou-se sobre o processo.

    Depois disso é provável que outras menores venham, como o fim da suplência no Senado.

    E assim vamos num passo aquém do que deveria e talvez até temerário em vista da grandeza dos problemas…

    Mas é assim que somos e não há muito jeito. Precisaríamos para tanto de homens de estatura de gigantes quando o maximo que produzimos são anões que os mais apressados chamam de estadistas na primeira oportunidade.

  4. A coisa é aos poucos,
    A coisa é aos poucos, paulatinamente, não com soluções mágicas ou radicais que jamais fizeram parte da história brasileira.

    A primeira que acredito mudará consideravelmente o cenário politico é a decisão do Supremo a favor do financiamento publico de campanha.

    Só não vale nesta porque um filho de uma puta assentou-se sobre o processo.

    Depois disso é provável que outras menores venham, como o fim da suplência no Senado.

    E assim vamos num passo aquém do que deveria e talvez até temerário em vista da complexidade dos problemas…

    Mas é assim que somos e não há muito jeito.

    Precisaríamos para tanto de homens de estatura de gigantes quando o maximo que produzimos são anões que os mais apressados chamam de estadistas na primeira oportunidade.

  5. Agora, há outro ponto a ser
    Agora, há outro ponto a ser levado em consideração: prefeituras e estados precisam ser mais bem equipados tanto para que se reduza o risco de um despreparado assumir quanto o aumento das chances de formaçao de quadros politicos, administrativos e empresariais.

    1. A capacidade para GANHAR

      A capacidade para GANHAR ELEIÇÃO não tem nada a ver com a capacidade para GOVERNAR. Normalmente estão dissociadas, qualquer malandro pode hanhar eleições e ser um completo incapaz nas funções de governo.

       

      1. Sem a menor sombra de duvida
        Uai., sem a menor sombra de duvida e nesse momento é simplesmente o que mais acontece: temos ótimos campeões de urnas e ínfima quantidade de estadistas.

        Digo que estados e municípios mais bem equipados – inclusive do ponto de vista financeiro de modo a dependerem menos do governo federal – reduz o alto risco do ultra presidencialismo.

        O federalismo é muitíssimo pouco equilibrado, dependente amiúde do preparo e capacidade do presidente.

  6. E o externo

    O post,ou a visão do autor não ultrapassa fronteiras.Fosse o que fosse o sistema politico vigente,não podemos esquecer que,alem de quase 500 anos de dominio,ecploração de uma elite,imperial,agricola,industrial,financeira,temos ainda o fator externo,ou seja o imperialimo europeu e agora americano sempre foi um ponto forte e decisivo para a queda ou ascenção de governantes.Vale aquele velho chavão americano para explicar resumidamente o que comanda,o norte de governos,em especial na America latina,”É a economia estúpido”.

  7. Se a mídia brasileira fosse

    Se a mídia brasileira fosse patriota e não criminaliza-se a política lançaria a campanha: “Votem para deputado e senador em alguém do mesmo partido que está votando para presidente”. Uma boa idéia enquanto não se faz uma reforma política.

    Está enganado Igor Cornelsen, Sarney e Itamar foram quem melhor conseguiram governar:

    – Sarney se beneficiou da mega-vitória do PMDB em 1986, há pouco tempo era vice do Tancredo e aliado da ditadura? Sim, mas o PMDB era um partido dividido (ficou muito pior com a entrada da direita pós-Diretas Já). Para enfrentar o PMDB de Ulisses e a esquerda (PT, PDT, PC do B, etc) tinha partidos auxiliares (PFL, ARENA). Apesar das dificuldades foi um período de muitos avanços pela solução via-política ou institucional.

    – Itamar foi o único que conseguiu formar um governo de coalizão a serviço do país e não dos aliados, pena que FHC foi o seu sucessor.

    FHC detonou seu partido para se unir ao PFL em vez de se aproximar de Brizola, Arraes e o PT. Certamente Covas em seu lugar faria como JK (que se aliou aos Trabalhistas). E o PT?

    Lula cedeu de mais aos aliados enfraquecendo o PT quando podia pisar no acelerador, percebo que há no momento uma mudança de rota, Lula fez autocrítica, as manifestações influenciaram e o PMDB em seu instinto de sobrevivência chiou…

    Quando Lula chegou ao Planalto era sabido que seu sucessor seria um dos três:

    – José Dirceu;

    – José Genoíno;

    – Aloizio Mercadante;

    Dirceu e Genoíno foram tragados pelo Mensalão, Mercadante encolheu (se fosse ministro da Fazenda seria o sucessor natal).

    O PT precisava ser menos paulista, com isso Dilma se beneficiou depois de superar Palocci, além é claro da opinião econômica.

    Porém sem a escolha pessoal de Lula os sucessores naturais no PT seriam Patrus Ananias e Tarso Genro, dois dos ministros lulistas de maior destaque e que reforçavam a tese da despaulistização.

    1. Falando em Itamar

      A triste substituição de Itamar por FHC, mais que a um trampolim (outro) feito pelo poder paralelo constituído, também se deve ao perfil do próprio Itamar, que segurou as rédeas da nação mas não era capaz de se apresentar como a figura messiânica da qual o brasileiro gosta tanto.

      A cultura de se votar na pessoa e não no partido faz com que um figurão que realmente saiba o que está fazendo e com quem está lidando no prédio ao lado (diferente do Collor) possa sim ser presidente sem maiores transtornos.

       

    2. Filipe Rodrigues, concordo

      Filipe Rodrigues, concordo inteiramente com seu primeiro parágrafo. Sempre pensei assim, se a lei liberou geral, EU FAÇO A MINHA VERTICALIZAÇÃO para garantir apoio ao presidente que escolho. Sem esta “verticalização” está aberto o balcão de negócio dos perdedores, e minorias com “síndrome de maioria”. Estes não ajudam, mas CERTAMENTE ATRAPALHAM.

      Abs. 

  8. Reforma politica

    Ha anos se fala na necessidade de uma reforma politica, e mais recentemente de uma constituinte para rever a  questão. Infelizmente, esse ano, e até no proximo, não havera clima para  isso. Seja lá quem chegue em primeiro (e eu espero que seja a Dilma), vai se preocupar em garantir a sobrevivencia, costurar as alianças, garantiar a maioria no Congresso. Só depois, entrar com as reformas. O governo e o PT tem proposta. E nada impede de  iniciar a discussão o mais breve possivel, para que haja tempo de garantir a participação popular. Uma coisa como essa  não se faz em pouco tempo, é coisa para o mandato inteiro. E ja estamos atrasados …

  9. Quem aqui não lembra delle?

    Importante mesmo é votar naquele que fala melhor, que tem melhor apresentação pessoal, que nos convence melhor das suas promessas etc. Prometer o que é possível executar não importa. Importa apenas falar bonito, ter boa estampa – quando possível – e encantar a multidão. Isto posto, a conclusão inevitável é a de que o candidato perfeito para a eleição atual seria Fernando Affonso Collor de Mello. Vá aos 7m19s do vídeo e encante-se. Veja o quão fantástico é este hipotético – e outrora vencedor – candidato!

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=7zjwbNQ7ls0%5D

  10. Estranho

    Estranho este post. Talvez uma apologia à candidatura de aécio, pois foi o único dos candidatos favoritos a ser poupado dos impropérios desferidos aqui. Como elogio ao parlamentarismo (regime pelo qual  tenho grandes simpatias) também não funciona, pois não é panacéia: maiores informações com italianos na época de Mussolini e com os alemães na época de Hitler. Ambos chegaram ao poder em regimes parlamentaristas. Portanto …menos, muita calma nesta hora.

  11. Sou parlamentarista mas quem o defende tem medo do povo

     

    Igor Cornelsen,

    Você é inteligente e age de boa-fé, portanto, não cabe a você uma das duas suposições que faço aos que defendem o parlamentarismo: a ingenuidade ou má-fe.

    Não é a primeira vez que você faz a defesa do parlamentarismo. De outra feita, segundo consta a partir de comentário seu junto ao post “O jeitinho nos anos eleitorais” de quinta-feira, 03/04/2014 às 06:00, de autoria de Luis Nassif, foi feito o post “Parlamentarismo poderia dar um jeito no jeitinho” de quinta-feira, 03/04/2014 às 11:04. O post “O jeitinho nos anos eleitorais” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-jeitinho-nos-anos-eleitorais

    E o post “Parlamentarismo poderia dar um jeito no jeitinho” aqui no blog de Luis Nassif e originado de comentário seu pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/parlamentarismo-poderia-dar-um-jeito-no-jeitinho

    Lá no post “Parlamentarismo poderia dar um jeito no jeitinho” você veio com uma defesa despropositada do parlamentarismo o que me levou a iniciar assim o comentário que eu enviei quinta-feira, 03/04/2014 às 14:16, para você:

    “Você utilizou um texto de Luis Nassif não tanto factual para trazer uma tese fundada em dados um tanto marotos. Sua proposta tem um quê do que se chama “jeitinho brasileiro”, pois se destaca mais pelo oportunismo do que pela consistência do que foi afirmado”.

    O texto de Luis Nassif no post “O jeitinho nos anos eleitorais” era ruim, pois ele percorria um período muito longo e ele não fez o trabalho árduo de conferir datas e analisar as circunstâncias para comparar situações muitas vezes um tanto distintas. Evidentemente que a sua conclusão sobre como combater os equívocos que segundo Luis Nassif teria acontecido na política brasileira nos últimos cinquenta anos só poderia ser tão ruim ou pior do que o texto de Luis Nassif.

    A bem da verdade, lá e aqui você ainda foi menos atento do que Luis Nassif. A sensação que fica é que você toma como exemplo para a sua idealização de parlamentarismo o que ocorre na Inglaterra ou naqueles mínusculos países da Europa que são quase cidades. Veja no lado de baixo ou no alto da Europa ou poderia dizer no lado oposto ao da Inglaterra em relação ao centro da Europa a situação da Itália e tenta ver se as suas idéias se sustentam.

    Aliás, a Itália serve como um bom ensinamento. Durante 30 anos convivendo com mudanças constantes de primeiro ministros a Itália foi o país que mais cresceu na Europa (E por ventura também com a inflação mais alta). Veio o Euro, acabou com a inflação na Itália, o parlamentarismo na Itália se estabilizou e a Itália parou de crescer.

    E o pior é que podendo defender o parlamentarismo com o argumento correto você foge dele. O parlamentarismo é melhor do que o presidencialismo porque no parlamentarismo o fisiologismo é exercido integralmente, enquanto no presidencialismo, o fisiologismo, que é da essência da democracia representativa, é podado pelo aspecto não procedimental dos atos do executivo que dão menos possibilidade de acordos, de barganhas, de conchavos, de manifestações do tipo do toma-lá-dá-cá ou é dando-que-se-recebe e que são comuns no processo parlamentar da composição de interesses conflitantes.

    No fundo os que defendem o parlamentarismo tem medo da manifestação popular na sua forma mais poderosa que é a escolha de um presidente de uma república ainda que por prazo curto de tempo. Conceder tão grande poder a uma massa ignara e rude sabendo que há sumidades que podem fazer a escolha com muito mais engenho, arte e técnica é possibilidade inadmissível para muitos, a maioria dos quais poderia ser classificada sem erro como falsos democratas.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 22/08/2014

  12. Lista fechada, com ou sem

    Lista fechada, com ou sem financiamento público, e cláusula de barreira de 5% já seriam suficientes para dar uma tremenda estabilidade a qualquer presidente, que teria que negociar bem menos para formar uma maioria. Infelizmente, o STF, e a lógica “medonha” da Constituição de 88, impedem que tal solução, que impõe uma visão partidária de verdade para o Brasil, seja implementada de fato.

    Enquanto o brasileiro viver na ilusão do “seu político”, ou de que a “educação” vai fazer com que naturalmente se escolham candidatos melhores – o que é candidato melhor, exatamente? – vamos continuar quebrando a cabeça, e a cara, com composições políticas instáveis por natureza.

    Pena.

     

  13. Péssimo!! O parlamentarismo

    Péssimo!! O parlamentarismo facilita o coronelismo!!!

    Quer dizer que o máximo que posso escolher é um senador ou deputado federal e ele se vira por lá??

    Parlamentarismo acentua as desigualdades regionais e impede transformações sociais profundas de maneira geral no país, jamais elegeríamos um brizola ou lula com projetos de extensão nacional… viveríamos dependentes de líderes de feudos… sem contar que estados com menos deputados iam ser constantemente prejudicados!!!

  14. Estabilidade com parlamentarismo no Brasil? Então, está.

    O assunto já foi discutido duas vezes nos últimos 50 anos e, nas duas ocasiões, os eleitores, em plebiscito, decidiram pelo presidencialismo.

    Algo dessa relevância, uma decisão plebiscitária, deveria encerrar o assunto. O povo é sábio, mas para os que julgam o contrário, nem a democracia direta produz aceitação.

    Há vários questionamentos em relação a um parlamentarismo à brasileira, tais como, a nossa formação cultural, que privilegia o comando centralizado ao invés da decisão colegiada e, por via de consequência, a dificuldade de conciliar um presidente, chefe de Estado, eleito por votação majoritária, mas sem poder, com um Primeiro Ministro, chefe de Governo, com poder, mas não necessariamente com voto da maioria dos eleitores.

    Vamos eleger também o Primeiro Ministro em votação direta ou o Congresso igualmente elegeria o Presidente indiretamente? Pronto, em ambos os casos, teríamos dois “presidentes” ao mesmo tempo.

    Retornaríamos à monarquia constitucional?

    Mais ainda, temos partidos ideológicos e programáticos para dar sustentação aos governos formados no Congresso, e assim manter uma perenidade mínima, necessária à racionalidade administrativa? Temos uma burocracia de Estado que mantenha o país funcionando independente de uma troca de governo?

    Vamos, então, a um exemplo prático.

    Quem é, hoje, nossa grande liderança no Congresso? Ela seria o nosso Primeiro Ministro.

    Correríamos o risco de um Governo Renan Calheiros no primeiro semestre e outro de Eduardo Cunha no segundo. Sarney voltaria, em seguida, para um curto período, mas uma crise levaria-o a ser substituído por Agripino Maia. E, por fim, Álvaro Dias, com poderoso apoio da grande mídia, assumiria o poder e governaria na base no “é dando que se recebe” e passando a estabelecer um sistema de rodízio de governo com Aloysio Nunes, apoiado, por José Serra.

    Obrigado, mas não, prefiro Dilma presidente, mesmo.

  15. sonhos e exemplos

    O parlamentarismo sonhado pelo Igor deve ser o da Itália com a proverbial e sólida estabilidade dos governos!

    Fazer parlamentarismo sem partidos de verdade é o bonito luar de Paquetá.

  16. Parlamentarismo com estado

    Parlamentarismo com Estado unico, (o Brasil não é uma federação de fato), não vai funcionar mesmo.

    Ate é antagônico.

  17. Que é isso, companheiro?

    Com o Congresso mais corrupto, infértil e estéril do mundo, é inacreditável que alguém venha aqui defender o parlamentarismo.

  18. Fica  assim  provado  que  o

    Fica  assim  provado  que  o Brasil,  os Estados  Unidos e uma dúzia mais de países  “estão  certos “….A  Europa  tem muito  o que aprender sobre sistemas de governo,   Noruega, Holanda, Dinamarca, França,Finlândia, Alemanha, etc..   todos  países  a aprender com nosso “avanço” no sistema de governo…Que façam fila,  para aprender …

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