Jornal GGN – Em sua coluna no Valor de hoje, o professor da Unicamp Marcos Nobre afirma que, ao contrário do que era relativamente esperado, o governo interino de Michel Temer não teve nenhuma trégua, principalmente da força-tarefa da Operação Lava Jato. Para ele, é perceptível que os vazamentos continuam bem controlados e focados, com o objetivo de atacar qualquer tentativa de “colocar areia na engrenagem da Operação”.
Nobre também considera que o movimento contrário ao impeachment de Dilma Rousseff mostrou-se “aguerrido e eficaz”, fazendo um contraponto ao amplo apoio da mídia ao novo governo e também amplificando a série de “recuos, hesitações e movimentos contraditórios” feitos por Michel Temer.
Entretanto, Marcos Nobre aponta que os vazamentos mirando Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha acabaram dando um alívio ao governo interino. “Faz muita diferença não estar na mira direta da metralhadora”, diz, ressaltando que as denúncias contra o ministro Henrique Eduardo Alves não o tiraram do cargo, ao contrário do que ocorreu com Jucá. Outro ponto de “curioso alívio” para o governo é justamente a confirmação de que a Lava Jato não pode ser obstruída, liberando o governo Temer “de uma expectativa de proteção que não tinha como cumprir”. Leia mais abaixo:
Do Valor
Também o caráter de interinidade acabou pesando mais do que se esperava. Daí que, em um momento de dificuldade e de fragilidade, a interinidade tenha sido reforçada pelo próprio Michel Temer como estratégia de defesa para baixar a bola das expectativas que ele mesmo tinha jogado nas alturas para alcançar o afastamento de Dilma Rousseff. Isso porque não se esperava nem resistência significativa na rua nem risco para valer no Senado.
Por uma questão de ordem lógica do processo de impeachment e mesmo de proximidade do grupo ligado a Michel Temer, a verdadeira base do governo interino é a Câmara dos Deputados. Nas negociações para a votação da admissibilidade, o grupo em torno de Temer dividiu o governo como se existisse apenas a Câmara. É claro que já era previsível que o Senado não iria aceitar uma balança assim desequilibrada. Era evidente que uma revisão da divisão de cargos e posições previamente acordada seria necessária. Como era previsível que a base na Câmara não iria aceitar a revisão do acordo sem reagir.
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Comentarista terrivelmente
Comentarista terrivelmente confuso, texto pedregoso, até dificil de ler, não se entende qual é o ponto da tese.
Com certeza há contradições
Com certeza há contradições quanto a Lava Jato.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/06/13/poderosos-ameacam-lava-jato-diz-procurador.htm
É o texto integral ?
O artigo parece incompleto. A introdução pelo GGN traz trechos que não constam do texto que vem em seguida.