A morte de Zé Menezes, o músico dos mil instrumentos

Zé Menezes (Foto: Divulgação/Site Zé Menezes)

Jornal GGN – O música instrumentista José Menezes de França, conhecido como Zé Menezes, faleceu ontem (31), aos 93 anos, na cidade de Teresópolis (RJ). Ele começou a trabalhar na Rede Globo na década de 70, onde foi diretor musical da e autor de diversas trilhas sonoras dos programas da emissora, como a abertura de Os Trapalhões.

Do G1

Morre no RJ o músico Zé Menezes, autor da trilha de ‘Os Trapalhões’
 
Músico instrumentista tinha 93 anos e estava internado em Teresópolis.  Ele ingressou na Rede Globo na década de 70 até se aposentar em 1992.

Morreu na noite desta quinta-feira (31), aos 93 anos, em Teresópolis, Região Serrana do Rio, o músico instrumentista José Menezes de França, o Zé Menezes, como era chamado. Ele estava internado no Hospital São José e a causa da morte ainda não foi divulgada.

Zé Menezes foi diretor musical na Rede Globo, onde ingressou na década de 70. Ele é autor, entre várias trilhas sonoras e consagradas, do tema de abertura de Os Trapalhões e de vinhetas como do Chico City e Viva o Gordo.

Nascido em Jardim, cidade no interior do Ceará, começou a se interessar pela música ainda na infância. Ganhou fama no pequeno município apelidado por Zé do Cavaquinho quando tinha apenas 9 anos. Um ano antes foi convidado pelo maestro Arlindo Cruz para tocar profissionalmente em um cinema de Juazeiro. Aos 11 passou a integrar a Banda Municipal de Juazeiro.

Em 1943, aos 22 anos, Zé Menezes deixou o Ceará a convite do radialista César Ladeira que o ouviu tocar e o convenceu a seguir carreira no Rio de Janeiro, então ainda capital federal. Quatro anos mais tarde ele foi contratado pela Rádio Nacional.

Sua primeira canção gravada foi o samba “Nova Ilusão”, composta em parceria com Luiz Bittecourt, com quem assinou vários sucessos. Quem a gravou foi o grupo “Os Cariocas”. Da parceria com Bittencourt se destacam ainda o samba-canção “Mais uma ilusão”, os choros “Sereno”, “Comigo é assim” e “Seresteiro”.

O samba “Nova Ilusão” chegou a ser gravado em inglês por Billy Eckstine. Quem também gravou composições de Zé Menezes foi Tom Jobim, entre outros músicos consagrados.

Com mais de 80 anos, já nos anos 2000, Zé Menezes lançou o projeto ‘Zé Menezes – Autoral’, que contemplava a gravação de três CDs e o registro em CD-Room de seus acervo digitalizado, incluindo partituras e suas composições.

Redação

12 Comentários

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  1. Zé Menezes

    Zé Menezes,

    Meu querido conterrâneo!!! Às vesperas de completar 80 anos de idade, consegui um contato com Zé Menezes aqui em Fortaleza onde resido. Menezes foi contemporâneo do meu Pai em Jardim. Meu pai sempre falava maravilhas da sua performance no violão e cavaquinho. Mas cresci ouvindo comentários de que Menezes não se reportava como filho da nossa cidade. Nesse contato que tive com ele em Fortaleza, pude perceber que isso não passava de um boato sem nenhum fundamento e mantido com muita maldade. Logo nos primeiros minutos de conversas Menezes revelou que não só jamais negara sua origem como amava sua terra e tinha o sonho de sentir-se reconhecido como filho ilustre. Assim fiz contato com o Prefeito e o Secretário de Cultura da cidade com Menezes pode comemorar seus 80 anos com uma grande festa na cidade e receber todo o amor que seu povo sempre lhe dedicou. Foi um resgate fantático para nossa cidade e Menezes teve todas as homenagens que merecia. Um grande abraço para sua familia e a certeza que tivemos além de um grande músico um homem íntegro e de grande caráter.

    1. Parabéns, Conterrâneo!

      É como dizia o poeta ” Me Dêem flores em vida, o carinho, mão amiga, para aliviar meus ais”

       

      Um abraço do luciano

  2. Mais uma grande perda. Meu

    Mais uma grande perda.

    Meu pai, violinista, trabalhou muito com ele tanto na Rádio Nacional como na TV Globo e em gravações. Uma em especial, que eu tenho, pouca gente sabe que é trabalho do Radamés Gnatalli (no disco não tem o nome dos músicos), chamado “Brasil Bossa Nova – orquestra moderna de câmara”, lançado pelo selo Nilser, divisão da lendária Musidisc. Tem uma formação espetacular, com Radamés Gnattali ao piano, Chiquinho do Acordeom, Zé Menezes na guitarra, Pedro Vidal Ramos no baixo e Luciano Perrone na percussão, Copinha na flauta e flautim mais um quarteto de cordas. Eu tenho o LP, com qualidade de gravação impecável, que foi do meu pai e passei para CD.

    Segue o link para a linda capa do disco:https: //www.google.com.br/search?q=brasil+bossa+nova+-+orquestra+moderna+de+c%C3%A2mara&client=firefox-a&hs=l2F&rls=org.mozilla:pt-BR:official&channel=sb&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=rKrbU8vdJITgsATY3YKwBA&ved=0CB0QsAQ&biw=1280&bih=913

     

    O incrível é que nem no site do Radamés nem no Dicionário Ricardo Cravo Albin o disco consta como obra dele. Mas, ao ouvi-lo, não tem como duvidar tratar-se de mais um magnífico trabalho do mestre.

        1. Ao Gerson Pompeu!

          Gostaria muitíssimo de registrar esse momento ímpar de Zé Menezes e Radamés Gnattali. Vou te mandar meu email por mensagem, para o seu blog, ok?

          Abração do luciano

          1. Confirmação.

            Luciano, já enviei os arquivos para o seu e-mail.

            Favor confirmar se tudo chegou direitinho. Caso contrário, te envio novamente.

             

            Abraço.

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