A paixão argentina pelo Brasil

Jornal GGN – Matéria assinada por Marcia Carmo, na BBC Brasil, mostra uma visão diferente daquela que muitos estão acostumados aqui no Brasil. Entrevistando diversos argentinos em Buenos Aires, a reportagem retrata uma visão extremamente positiva dos hermanos com o nosso país. Muitos deles dizem que a rivalidade não extrapola o mundo do futebol, ao contrário do que acontece com outros países, como a Inglaterra e ficaram surpresos ao saber que os brasileiros torcem contra a seleção argentina. A matéria tenta traçar hipóteses que distanciam os dois povos, entre elas a barreira linguística. Leia mais abaixo:

Da BBC Brasil

Afinal, o que os argentinos acham da gente?

Marcia Carmo

Aqui em Buenos Aires, antes da Copa do Mundo começar, cada vez que os argentinos percebiam que estavam conversando com uma brasileira, diziam: “Como você conseguiu deixar aquele país? Amo o Brasil”.
 
Para muitos deles, agora está sendo uma surpresa saber que a rivalidade dos torcedores brasileiros com os argentinos parece extrapolar os estádios.

“Acho que vocês não gostam da gente”, disse um bancário e jogador de rúgbi, de 35 anos, que trabalha no bairro de Palermo.

Uma comerciante, de 30 anos, dona de uma lan house, aqui ao lado de casa, no mesmo bairro, disse frase parecida no dia seguinte à vitória da Argentina sobre a Bélgica, no estádio Mané Garrincha, em Brasília: “Foi uma surpresa ver os brasileiros com camiseta da Suíça em São Paulo e de novo torcendo contra a gente em Brasília. Não sabia que os brasileiros não gostavam da gente”.

O sorriso que surgia só por estar diante de um brasileiro agora parece ter sido substituído por um certo incômodo, com as histórias de brasileiros torcendo contra a Argentina, ainda mais agora depois de o Brasil ter sido eliminado da Copa.

Na realidade, a rivalidade não parece ser mútua – além dos estádios. Sim, é verdade que especialmente após a vitória sobre a Holanda eles recordam o 7 a 1 sofrido pelo Brasil contra a Alemanha.

Foi assim na festa que realizaram na concentração no Obelisco, no centro da cidade, até a madrugada desta quinta-feira, depois da vitória na Arena Corinthians.

Um dos torcedores argentinos de batina, como a do Papa Francisco, escreveu nas costas da roupa bege: 7 x 1. E mostrou, rindo, sete dedos quando percebeu que falava com uma brasileira. A gozação aumentou nas últimas horas. Mas, pelo menos aqui, sempre dentro do espírito do futebol.

Há muitos mal entendidos entre um e outro, brasileiros e argentinos, decorrente, talvez, da barreira dos idiomas, que acaba passando uma impressão falsa de provocação.

Professores de português e de espanhol costumam dizer que o português tem mais fonemas que o espanhol, e que, por isso, não é fácil de ser compreendido pelos argentinos. Ou seja, é mais fácil um brasileiro entender o que eles falam do que o contrário. De certa forma, eles mal ficam a par de nossas piadas.

Ao mesmo tempo, historiadores afirmam que, para os argentinos, o rival – em qualquer âmbito – é a Inglaterra. Não o Brasil. O motivo? A guerra em 1982 pelas Ilhas Malvinas, Falklands para os ingleses.

Já sobre o nosso país, no imaginário coletivo argentino, o Brasil é sinônimo de paraíso. O lugar dominado não só pelas belezas naturais, mas por pessoas de bem com a vida. Tudo o que muitos confessam desejar na vida. E que não têm como ter aqui. Seja pelo frio, pela maior dramaticidade com que encaram o cotidiano ou pela história de sobe e desce na política e na economia da Argentina.

‘Quero nascer pernambucana’

“Na minha próxima vida quero nascer pernambucana”, disse uma médica da clínica Swiss Medical, no bairro nobre de Palermo Chico. Por quê? “Quero ser como vocês. Não ter vergonha de usar biquíni mesmo quando estiver com barriguinha. Quero que meu marido e meus filhos não se sintam mal usando sunga”.

Neymar cai após entrada de Zúñiga | Crédito: Reuters

Saída de Neymar foi lamentada por argentinos

Para eles, a sunga é sinônimo da “liberdade” do homem brasileiro. Mas por que pernambucana? “Para ter verão o ano todo e para sorrir tanto quanto os pernambucanos”.

O meu professor de ioga não viajou para a Copa. Achou muito caro para o bolso dele. Mas antes e depois de o Mundial começar, disse e continua dizendo. “Eu acho que não sou daqui de Buenos Aires. É no Rio que me sinto em casa. Sou contagiado por aquele astral”.

É fato que turistas brasileiros chegam aqui e parecem encantados. “Eles nos tratam muito bem”, costumam dizer.

Mas também já vi aqui alguns brasileiros dizendo “grosso” após serem atendidos por algum comerciante local. Para os argentinos, “groso” é, porém, sinônimo de poderoso. Por questões culturais, os argentinos – especialmente os que têm mais de 60 anos – parecem mesmo ter alma de tango. Poucos sorrisos, poucas palavras e certo tom dramático ou seco – demais, para nós brasileiros.

Tal atitude, somada de fato a um certo ar de superioridade – quando a Argentina estava entre os mais ricos do mundo – os fez atuar como se estivessem no lugar errado e não sendo parte da América Latina.

Mas esse comportamento “arrogante” mudou depois da crise de 2001. E os que têm hoje em torno dos 30 anos, como o bancário, a comerciante e o professor de ioga, não entendem por que os chamam de arrogantes. “Sério? Arrogantes? Como assim?”, perguntou a arquiteta Maria Eugenia, de 37 anos, que costuma viajar nas férias para o sul do Brasil.

‘Somos bonitos e importantes’

Com o típico humor portenho, o ator Ricardo Darín, 57 anos, astro do cinema argentino, respondeu quando lhe perguntei sobre essa arrogância: “É que somos muito importantes”. Pensei, hum, arrogante mesmo. Metido. Mas aí ele completou:

“Importantes, inteligentes e bonitos. No te parece? (Você não acha?”). E sorriu. Era uma “broma” (“brincadeira”).

Mas demorei a entender. O humor deles ─ que para nós acaba passando a falsa imagem de arrogância ─ não é como o nosso, mais explícito. É mais irônico, mais “inglês” – o que, por si só, também é um ironia, dada a real rivalidade com os ingleses.

O próprio papa Francisco é conhecido, dos tempos em que ele era cardeal, pelas frases desconcertantes, ditas sem qualquer sinal de sorriso.

Já quando o assunto é futebol, os argentinos são bem menos refinados.

Messi | Crédito: RIA Novosti

Argentinos ficaram surpreendidos ao saber que rivalidade com Brasil não era limitada ao futebol

Eles torcem com paixão e dedicação, são organizados e “explícitos”. Para demonstrar paixão por Maradona, um grupo de torcedores criou, nos anos 1990, a Igreja Maradoniana, com altar e tudo – afinal ele fez aquele gol da “mão de Deus” contra a Inglaterra na Copa do México.

Para provocar os torcedores brasileiros, nesta Copa, um grupo de oito amigos criou o hit Brasil decime qué si siente, com o refrão: Maradona é melhor que Pelé.

Diga-se que o hit pegou muito antes de os brasileiros usarem camisetas de outras seleções que jogaram contra a Argentina na Copa.

Mas agora os criadores da canção, mesmo sem serem perguntados, explicam que foi uma “broma” típica de futebol. “Não imaginávamos que alguns brasileiros levassem a mal, que pensassem que era provocação além do estádio, além do futebol”, disse um deles.

Fora dos gramados, os argentinos continuam fazendo festa em cada partida da Argentina. Eles parecem retratar o personagem do cartunista Rep, do jornal Página 12, que vive deprimido em Buenos Aires, mas cai na folia quando chega ao Brasil.

Seja como for, um comentarista de uma TV argentina resumiu assim a intensidade da rivalidade na reta final desta Copa:

“A coisa está ficando brava. Por via das dúvidas, é melhor reforçarem a segurança na final no Maracanã”. E uma apresentadora disse, nesta quinta: “é difícil entender como brasileiros torcerão pela Alemanha. Mas não foi da Alemanha que levaram sete gols?”.

 

Redação

39 Comentários

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  1. A nossa rivalidade é

    A nossa rivalidade é esportiva também. 

     

    Já fui a Buenos Aires duas vezes e fui muito bem  tratado.

     

    Na guerra das Malvinas eu tinha meus13 anos e estava na lembrança o vexame do roubo Argentina e Peru. Nem por isso pude deixar de “torcer” para a Argentina vencer a Imperialista Inglaterra na guerra das Malvinas.

    Os Argentinos estão morrendo de rir do 7X1 e eu acho isto normal.

    Tenho rivalidade com Corintianos e Palmeirenses e são meus amigos, primos, irmão e Pai.

  2. é difícil mesmo entender o

    é difícil mesmo entender o motivo de um brasileiro torcer pela alemanha morando ao lado dos argentinos.

    mas essa falsa rivalidade deve ser histórica, politicamente fabricada pelos conservadores,  a começar pelos ingleses que, como já se disse aqui, teriam interesse – como atualment têm os eua – de dividir a américa para melhor dominá-la.

    então o cara que torce prá alemanha no mínimo está sendo bobo politicamente porque o que queremos é a integração da américa e, para isso, precisamos ter vizinhso felizes como nós…felizes conosco….

  3. O futebol argentino se dedicou muito à construir essa imagem

       Uma copa roubada em 78, sonífero dado ao branco em 90, um chute do simeone na cara do jorginho já caído no gramado, uma manchete racista do “olé” , a ojeriza aos argentinos no futebol não é a toa mas com certeza a mídia fez de tudo para extrapolar isso e transformar o vizinho num “país inimigo”, nos últimos anos rivalidade ficou meio de lado depois da vários chocolates aplicados pelo Brasil nos hermanos, houve um amansamento dos argentinos até porque se tornaram colegas de clube dos brasileiros, mais ainda aparece um retardado segurando a “coluna do Neymar” na torcida argentina como um troféu, na verdade a torcida pegou leve com os argentinos até porque eles estavam mal no início da copa só começaram a torcer contra mesmo depois que o time passou a funcionar e ameaçar o Brasil numa possível final. Eu não vou torcer pra ninguém até porque chega de decepção, esse time até que desce pela goela dos brasileiros por que tem a liderança do gente fina Messi, tem o “corintiano” Mascherano e se preocupam só em jogar bola, não arrumar confusão, tá longe de ser aquele time de cachorros loucos simeone e sencine

    1. Não esquecer que o futebol

      Não esquecer que o futebol brasileiro passou a se interessar pela

       “copa libertadores” de forma mais intensa, e muita coisa mudou

      inclusive o antidoping”!Cansamos de  ver “hermanos babando em

      campo” dando voadoras como se isso fizesse parte do futebol.Quanto 

      ao povo Argentino meus respeitos, como aos Peruanos,Chilenos,

      Uruguaios e  etc.

  4. Argentinos são engraçados, um

    Argentinos são engraçados, um povo com sua história e dramas ,

    ficam irritados quando “zoados”,  e bem mais que os brasileiros.

    Creio que o argentino com menos de 40 anos seja mais felixível

    e sensivel aos vizinhos, ainda mais um “grandão” que nem espanhol 

    fala. Antigamente se dizia:

    “Argentino é italiano falando espanhol pensando ser inglês”

    O sonho acabou, e viva o futebol além das fronteiras.

  5. A “rivalidade” dos argentinos

    A “rivalidade” dos argentinos com nosso futebol, é cria da mídia. Para eles, que de analfabetos políticos têm muito pouco, a rivalidade se limita a lutar pela soberania de seu país, diferentementee do nosso eterno vira-lata, que foi adestrado a torcer sempre contra o próprio país. 

  6. Nem todos os brasileiros estao torcendo contra a Argentina

    Aqui no Blog mesmo o pessoal se dividiu, mais da metade dizendo que iria torcer pela Argentina, no tópico aberto sobre isso. 

  7. Talvés essa humildade

    Talvés essa humildade portenha tenha a ver com a derrocada cultural e econômica da Argentina, até alguns anos atrás não havia favelas na Argentina, eram o povo mais politizado da América do Sul.  Acho que a pretensa rivalidade se dá no aspecto futebolístico apenas, no mais, são muito parecidos conosco.  Existe muito mais argentinos que se destacaram no Brasil que o contrário, e olha que nós somos muito superiores numericamente. Quanto a usar sunga, não existe nada mais cafona e brega que um homem ir a praia de calçao no Brasil, só os complexados o fazem, talvés seja um traço cultural nosso de exibir o corpo, sendo ele, belo ou não.   

  8. Vou torcer pela Argentina.
    Vou torcer pela Argentina. Minha filha morou lá por seis meses num intercâmbio entre universidades. Foi muito bem recebida e o período dela lá foi ótimo, com a atenção dos argentinos. Ela também sentiu que os argentinos não tinham conosco a rivalidade que temos com eles.

  9. ArgentinaxBrasil

    É a máxima do PIG: Dividir para reinar. Nesta eu não caio. Viva o Brasil, Viva a Argentina. VIVA LA UNIDAD LATINA AMERICANA. 

  10. Eu também vou torcer para a

    Eu também vou torcer para a Alemanha. Explico por que:

    Os alemães vieram ao Brasil e…

    – Compraram um terreno,
    – Construíram um condomínio, 
    – Incentivaram a reforma de um centro de saúde, 
    – Construíram um campo de futebol,
    – Doaram uma ambulância,
    – Incentivaram a criação de um programa de escola em tempo integral,
    – Contrataram as pessoas da cidade, gerando dezenas de empregos,

    Mais tarde a seleção alemã chegou e…

    – Quando não estavam treinando, estavam socializando com as pessoas na cidade e na praia, 
    – Participaram de festas com a população,
    – Interagiram com os moradores locais e ouviram suas demandas, 
    – Vestiram a camisa de um time local,

    Quando ganharam da nossa seleção…

    – Nunca desrespeitaram os brasileiros,
    – Supostamente combinaram no intervalo do jogo diminuir o ritmo para não desrespeitar a seleção anfitriã,
    – Mostraram que seus ídolos são os nossos jogadores do passado,
    – Foram humildes após a goleada e tiveram classe para ganhar,
    – Postam nas redes sociais mensagens de incentivo ao povo brasileiro e agradecimento pela hospitalidade,

    E vão deixar tudo que construíram por aqui.

    Dá pra não torcer pra esses caras?

    O argentinos vieram e trouxeram MAIS argentinos…a maioria, mochileiro…

     

    1. A nova versão do colonizador,

      A nova versão do colonizador, em vez de espelhinhos e miçangas, deram alguns trocados para os nativos querendo comprar nossa simpatia. Puro marketing dos alemães. Aí veio a síndrome de Estocolmo: a vítima se apaixona pelo torturador.

    2. É mais ou menos assim:
      -De
      É mais ou menos assim:
      -De férias a qualquer lugar do mundo, para ser considerada uma pessoa gente boa, terei que comprar uma área, construir uma casa, contratar mão de obra local e fazer um gesto de boa vizinhança (talvez uma doação).
      -Ficar hospedada em hotel,pousada ou em área de camping é considerado muito agressivo. Esta atitude pode provocar o bulling local. Cuidado!

  11. Foi a mídia tupiniquim que

    Foi a mídia tupiniquim que criou e fomenta a rivalidade Brasil x Argentina. Será possível que ninguém enxerga isto? Se o Brasil tivesse que ter ojeriza por algum país, este deveria ser aquele que sempre patrocionou golpes por aqui – plantando inclusive uma das mídias mais reacionárias e corruptas do planeta. 

  12. Argentinos
    Quem tem problemas, e talvez um pouco de inveja dos portenhos, são indiscutivelmente os PAULISTAS. Os demais brasileiros não tem este sentimento tão latente. E os paulistas tem e desejam transparecer que este seja um pensamento de todos os brasileiros, pela mesma razão que se acham a Casa Grande. Lógico que cercados de senzalas a espantarem suas moscas. Os demais estados brasileiros, principalmente nós gaúchos, temos muitas afinidades e simpatia com os hermanos.

  13. Fotógrafo é vítima de provocação racista de argentino no Rio

    Argentino fez ‘gesto de macaco’ para o fotógrafo

    Um fotógrafo carioca usou seu perfil no Facebook, neste sábado, para denunciar um torcedor argentino ao vê-lo fazer “gestos de macaco”, perto do Terreirão do Samba, no Centro do Rio de Janeiro. Segundo Carlos Junior, de 46 anos, ele estava trabalhando dentro do espaço, fazendo cliques de um grupo de “hermanos”, quando um deles fez a provocação racista.

    – O caso aconteceu por volta das 11 horas. Eu estava registrando, para uma revista americana, os torcedores argentinos acampados e, quando mirei a câmera nesse grupo, o cara começou a fazer gestos de macaco para mim. Os outros ficaram rindo – contou Carlos, que acrescentou: – Imediatamente, eu comecei a fazer fotos da ação deles.

     

    Carlos Junior recebeu desculpas dos argentinosCarlos Junior recebeu desculpas dos argentinos Foto: Reprodução / Facebook / Carlos Junior

     

    Ao ser provocado, Carlos conta que se aproximou do grupo e explicou a eles que, no Brasil, aquela conduta era considerada crime de racismo. Em resposta, os “hermanos” explicaram que estavam apenas fazendo uma brincadeira comum dos argentinos com os brasileiros. Depois disso, o fotógrafo comunicou o incidente a um guarda municipal que estava no local.

    – Ele não tinha visto a cena, mas mostrei minhas fotos para ele. O guarda se aproximou do grupo e pediu para eles se comportarem e que não fizessem mais aquilo.

    Em seguida, os argentinos se desculparam pela “brincadeira” e, segundo Carlos, chegaram a se ajoelhar para pedir perdão.

    – Depois das desculpas, eu relevei a situação e continuei a fazer o meu trabalho – explicou o brasileiro, que acrescentou no Facebook: “A foto fala mais que mil palavras. Enfim, ele (o argentino que fez a provocação racista), depois, pediu perdão, mas isso não é o caso. Eles estão aqui em solo brasileiro, não respeitam o nosso trabalho e debocham o tempo todo. Não são todos, é a minoria”.

    Carlos preferiu não fazer um registro de ocorrência sobre o caso.

    Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/fotografo-vitima-de-provocacao-racista-de-argentino-no-rio-13236881.html#ixzz37IjbHMPv

      1. Pois é, Implacável. Eu também

        Pois é, Implacável. Eu também moro no Rio. Recebemos milhares e milhares de turistas por estes dias da Copa. Europeus, americanos (do norte), africanos, asiáticos e outros hermanos (de verdade) da AL. Os únicos que não sabem se comportar são, infelizmente, os argentinos. Não respeitam as pessoas de modo geral e as mulheres,em particular, não respeitam as ruas (invadem vias quando estão em muitos atrapalhando o transito), espalham sujeira por onde passam, não respeitam nada. Agem aqui como se estivessem na casa da mãe joana, não têm um pingo de educação. Dá a impressão mesmo é que eles deprezam o nosso país, por mais que os tenhamos recebido bem. Não sei se fariam isso em outro país. Sinceramente. É bom lembrar que muitos estão acampados na cidade do samba gratuitamente (como estes do caso racista), estão comendo em bandejão popular ao custo de 1 real e nos tratam como se fossemos … macacos! 

        Tonto de quem cai nessa esparrela de ”somos todos latinos”.  Nesse caso, não. Não foi a toa que os brasileiros criaram o tal bordão “América Latina, menos Argentina”. Aliás, eu e muitos conhecidos meus torcemos por todas as seleções africanas e latinas até agora. MENOS ARGENTINA!

        Em Tempo: Aí postam esse depoimento de UMA senhora dizendo que argentino é tão bonzinho, como fez agora o GGN. aliás, todos os que estão defendendo os argentinos estão recorrendo a este mesmo texto, parece que não tem muito mais como justificar a torcida…  Oras, postem fotos e vídeos provando o quanto eles gostam de nós brasileiros e até torcem por nossa seleção. Ah, mas isso não vão encontrar.

    1. Argentinos são infantis, a

      Argentinos são infantis, a arrogância deles é fruto  de um

       tipico sonho da Disney, não seguram 5 minutos de  zoeira

       querem brigar . Muitos ainda vivem num passado bancado

      por “couro e carne” e de uma educação que a foto  acima

      coloca bem no lugar.São grosseiros em sua maioria, mas

      andam simpaticos correndo atras de notas de “reais ”   se

      afundando nas estruturas. Nunca generalizando, mas tambem

      sem tapar o sol com a peneira..Peron ,Evita..prefiro Tche,Astor,

      Cortazar e Borges.

       

      Goollll! 

      de quem?

       

  14. Logo após o 7×1 pensei

    Logo após o 7×1 pensei sinceramente em torcer para a Argentina na final. Porém… num momento em que nós estávamos fragilizados pela derrota os argentinos não tiveram a sensibilidade de se solidarizarem com os brasileiros que os receberam bem, ao contrário, nos cobriram de gozações e grosserias, portanto, não me sinto motivada para torcer pelos argentinos. Já os alemães, nos trataram com dignidade. Mas… esse negócio dos alemães comprar terreno, construir um canto para ele, se integrarem à comunidade, doar ambulância, suas belas palavras de consolo, sei não… estou achando tudo isso muito estudado. Então, pelo menos para mim, que amanhã vença o melhor e pronto.

  15. Eu torço pela argentina, em

    Eu torço pela argentina, em matéria de racismo os alemães são imbatíveis .

    Com os argentinos a gente dá ums petelecos e depois tudo se acerta, mas com os alemães o bicho pega pesado .

  16. Sou Argentina……………….

    Não sei não, mas a foto do argentino fazendo gestos de macaco, está mais me parecendo atender uma solicitação do reporter, para fazer a foto e acirrar  ainda mais este confronto entre brasileiros e argentinos!

    A Copa passará, os ânimos se acalmarão e no final restaremos nós do continente Sul-americano, que semdmpre foram esnobados e espoliados pelas grandes potencias européias e pelo império do norte.

    Querem serem manipulados, é desejo lícito, muito embora seja eu contra este complexo de vira-latas tão acentuado como agora depois destas fragorosas derrotas!!!

    Avante Brasil, apesar deles, pois os paises e governos progressitas devem mais é se libertarem desta vassalagem que tão mal fez aos nossos paises nos ultimos anos!

  17. É pra rir, né?

    Risível o título do post!  

    “A paixão argentina pelo Brasil”

    hahahhahhhahhahahaa ou seria jajajajjaajjajajajajajajaa

    Nem a autora/defensora dos “pobrecitos hermanos” ousou ir tão longe! Esse texto piegas não passa de um depoimento pessoal. Nada mais que isso.

    1. Curioso é que eu ri de seu

      Curioso é que eu ri de seu comentário…Deve ter se derretido com a fidalgia plasticada dos germânicos, o povo mais adorado pelos outros europeus, só que não.

      Lavagem cerebral da Gloebbels consegue ser eficiente e o recalque brasileiro contra os argentinos é uma das (pouquíssimas) coisas que me deixam um pouco envergonhada da minha nacionalidade. Deixo bem claro que amo ser brasileira, mas comentários como estes me dão preguiça.

       

  18. Amanhã sou Argentina……

    A R G E N T I N A !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Aos que desagrado com esta minha preferência, uma sugestão:

    Enfiem o dedo e se rasguem !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Em tempo: o fotografo que publicou uma foto de um portenho imitando macaco, está me parecendo armação.

    Quem sabe ao publicar a foto e sua indignação, não esperava receber algumas encomendas para seu studio!!!!!

    Fica a pergunta: a quem interessa este confronto?

  19. Retornando……………..

    No meu comentario anterior, fiz a pergunta : a quem interessa este confronto?

    Ví há pouco nos jornais, que a tal Sininho foi detida por estar sendo acusada, juntamente com um grupo de vândalos, de planejar para amanhã, manifestações e depredações após a partida entre Argentina e Alemanha.

    Pelo sim pelo não, fica a indagação sobre se verdadeira ou não, esta acusação, e quando vejo pessoas plantando/postando aqui, ódio e incentivando caninamente o confronto entre os torcedores brasileiros e argentinos, numa declarada intenção nociva, reforço a pergunta!

    A quem interessa um possivel confronto, após o término da partida de amanhã, após termos presenciado uma festa que estão chamando de Copa das Copas?

    Embora não tenhamos tido o privilégio de levantarmos a taça, não quer dizer que tenhamos que disseminar o ódio, como alguns estão fazendo!

    Tenham mais sensatez, pois o Brasil é maior que isto!!!!!!!!!!!!!!!!!

  20. Não generalizar exceções que foram regra. Mudanças positivas.

    Eu que já vivi quase 17 Copas posso afirmar que a rivalidade que eu conheci de diversas formas (viagens, esporte, etc.) já foi muito pior e hoje tende a uma gozação mais sadia de ambas as pares, até porque já há um reconhecimento de nossa alcançada liderança e desenvolvimento. Já sabem que não somos “macaquitos” (sim, nunca fomos, lógico).

    Lógico que sempre haverá exceções, como nas rivalidades entre torcidas organizadas que não as entendem como sadias, divertidas, um dia é da caça outro do caçador.

    O fato é que, fora as exceções, estou gostando muitíssimo desta mudança visível (senti nas entrevidsas, nos bares, nas gozações mútuas, etc.) e isto é extremamente positivo, pois afinal somos efeivamente hermanos.

    O iluminado que trouxe esta Copa das Copas mostrou o Brasil, mostrou sua cara. 

    E o mundo gostou dela.

    Até los hermanos.

    Torço para um tri sulamericano contra um tetra europeu.

    E que estas mudanças positivas continuem, até por causa disso.

    Ou deixamos de ser PENTA?

     

     

  21. Sou ARGENTINA desde

    Sou ARGENTINA desde criancinha. Sempre defendi a integração da nossa América do Sul. Fui três vezes a Buenos Aires e sempre fui muito bem recebido desde a imigração. Quero retornar para conhecer tambem o interior portenho. Vale a pena. Àqueles que torcem para a Alemanha, enebriados por sua simpatia de ocasião, afirmo que em seu país eles não são tão simpáticos assim. Claro, tudo isso é puro marketing. Prefiro a Argentina por nossa semelhança. E VIVA  LOS HERMANOS!

  22. Vergonha! Vergonha! Vergonha!

    Fui muitíssimo bem tratada quando estive na Argentina e ouvi frase semelhante à mencionada na matéria acima por mais de uma vez: “Por que vcs vieram para cá? Eu queria estar lá”.

    Tô com muita vergonha dessa palhaçada despeitada que está sendo insuflada pela Globo – e outros menos cotados – contra os argentinos. Tô com vergonha dos argentinos que estão descobrindo essa palhaçada agora.

    Tô vendo aqui nos comentários “a prova” de que os argentinos COMO UM TODO são racistas. Gostei da resposta que o jornalista americano Vincent Bevins (correspondente do Los Angeles Times no Brasil) deu a essa “prova” no twitter: algo tipo “no Brasil, por sua vez, ainda bem que não há racistas”. Ao que acrescento: heil Kamel! 

    Tô com vergonha de saber que no programa do asqueroso Luciano Huck houve bizarras gozações contra os argentinos sem grana que estão acampados no Rio, com gente provando e cuspindo comida oferecida por eles – não vi, é claro, pois não vejo porcaria, mas li a respeito.

    Ontem, o Viomundo publicou um texto de Adilson Filho intitulado “Torcer contra a Argentina como quer Globo-CBF, tô fora!” Muito bom. Ele diz ser um grande admirador do futebol argentino e de Messi (que nem eu) e acrescenta: 

    “…mesmo que eu tivesse algo contra eles, nesse momento eu seguraria minha onda. Na minha humilde opinião, depois de meu time tomar uma lavada daquela monta tão vergonhosa, o melhor a fazer é botar a viola no saco no lugar de assinar, publicamente, um atestado de recalque pro mundo inteiro ver.”

    Né que ele tem razão? Hoje, no LA Times, lá estava uma matéria do supra-citado Bevins (o mesmo que gozou Rodrigo Constantino no twitter e foi pichado pela turma da Veja) falando que desde a vitória da Argentina sobre a Holanda a mídia brasileira caía de pau sobre os visitantes argentinos, parecendo querer demonstrar superioridade para compensar a frustração. 

    É como escreveu Adilson Filho:

    “A elegância alemã, a extrema gentileza e educação com que nos trataram em campo durante os 90 minutos, chegando ao nível de clemência, certamente contribuiu para nos deixar ainda ‘menorzinhos’ ali no gramado.[…] A saída às ruas, bares, churrasquinhos, sambinhas, festinhas coxinhas etc, para torcer contra o time de um país vizinho, que conquistou na raça sua classificação, na minha avaliação, nos reduzirá ao nada absoluto.”

    Pra encerrar, algo óbvio sobre a incrível simpatia dos jogadores alemães (e não digo incrível por antipatizar com eles, o que não ocorre, mas por se tratar de uma simpatia coletiva e muito uniforme pra ser convincente):

    “O diretor de marketing da seleção alemã, que acompanha a delegação ao Brasil, em entrevista à ESPN Brasil, admitiu o que sempre me pareceu óbvio: as atividades de jogadores alemães no Brasil foram programadas para apresentá-los aos brasileiros como pessoas comuns, interessadas em nossa cultura. Ele falou isso com todas as letras.” (Luiz Carlos Azenha no post “Por que a Alemanha reformou seu futebol e como o Brasil está perdendo espaço numa indústria de ponta”, publicado em 10.07.14 no Viomundo).

    Bleargh pra condescendência dos alemães em relação aos exóticos nativos do litoral baiano e demais representantes do povo “humilde, batalhador e honesto” que, tadinho!, habita estas plagas sul-americanas e ainda toma de 7 x 0!

    ARGENTINA NELES! VAI MESSI!

  23. Nonsense

    Se a maioria dos brasileiros torce contra a Argentina hoje, não está extrapolando a rivalidade do futebol para nenhuma outra área.

    Nosotros, los macaquitos, sabemos separar as coisas.

  24. Parabéns……………

    Parabens a Alemanha pelo titulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Embora não concorde com o empenho que alguns fizeram, em acirrar a rivalidade no futebol, entre brasileiros e argentinos, deixando implicito segundas intenções, quero dizer que venceu o melhor.

    Assim, reconhecendo que a Alemanha tenha jogado um melhor futebol,ela merece o titulo.

    Parabens Alemanha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

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