A primeira desembargadora negra do TJ-RJ

Sugerido por Gilson AS

Do G1

Tribunal de Justiça do Rio tem a primeira desembargadora negra
 
Ivone Ferreira Caetano foi eleita na tarde desta segunda-feira (26). Ela foi juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio.

A juíza Ivone Ferreira Caetano foi eleita desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro(TJ-RJ) no início da tarde desta segunda-feira (26), tornando-se a primeira negra a ocupar o cargo no estado e a segunda no Brasil. A primeira desembargadora negra do país foi a juíza Luizlinda Valois Santos, nomeada na Bahia, em 2011.

A cerimônia de posse da magistrada está marcada para as 17h30 desta segunda. Desde 2004, Ivone era juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca do Rio de Janeiro.

O cargo de desembargador já foi ocupado por dois magistrados negros. Em 1998, o TJ-RJ elegeu Gilberto Fernandes. Doze anos depois, o promotor de Justiça Paulo Rangel do Nascimento foi o segundo negro a ocupar o cargo.

Carreira

Ivone Caetano ingressou na magistratura fluminense em 1994. Ela foi ainda a primeira mulher titular do 1º Juizado da Infância e Juventude da capital, atual Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, onde atua há 10 anos.

Como juíza titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro, Ivone Ferreira Caetano também atuou em vários casos de repercussão. Em uma decisão de maio de 2007, a magistrada concedeu permissão a um casal de lésbicas para integrar o Cadastro Nacional de Adoção (CNA) de crianças.

Em maio do ano passado, por determinação da juíza, comissários da 1ª Vara da Infância e da Juventude fizeram uma inspeção no Central de Recepção de Crianças e Adolescentes Taiguara, no Centro do Rio, onde menores relataram maus tratos, inclusive choques elétricos, dentro da unidade municipal.

 

Redação

11 Comentários

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  1. Para mim, este tipo de

    Para mim, este tipo de noticia não passa de encheção de linguiça pois não tem a menor importancia. Vide outras: primeiro negro a apresentar o “Jornal Nacional”, primeiro negro a ser nomeado para o stf. Que sentido fez? Qual a diferença? O que mudou? Nada, nadica de nada. Mesmo porque os “nossos” negros que ascendem têm alma branca.

    1. Não tem importância para você

      Não tem importância para você que talvez seja branco, cuja etnia está representada em todos os escalões da sociedade mundial. Portanto, para vocês tudo é normal

      Para nós negros tem muita importância sim, pois somos sempres retratados de forma negativa e caricata.

      Quando vemos negros se destacando no mundo que “pertence aos branco” para nós é algo muito importante sim.

      Nos dão esperança, mesmo vivendo num país racista como o nosso, sabemos que através da formação convencional é possível chegar lá.

      São belos exemplos sim , pena que é pouco divulgado.

      Serve de referência os jovens negros, que existem outras opções de trilhar o caminho do sucesso profissional, além do futebol, samba, pagode e funk.

      Eu me sinto orgulhoso e bem representado por ambos.

      1. Concordo e acrescento que, na

        Concordo e acrescento que, na minha opinião, é importante para toda a sociedade, incluindo os brancos na medida em que também passam a, desde criança, estranhar menos quando se deparam com um cidadão negro bem posicionado social, econômica e culturalmente. O fato de a maior parte dos pobres serem negros e da maior parte dos negros serem pobres tem condicionantes socio-históricos; e o racismo é um deles.

        É um bom exemplo, sim. E considero no mínimo secundário a posição polítiica, a opinião deste ou daquele “primeiro negro” ou primeira negra” sobre qualquer assunto. Da mesma forma que, em princípio não é relevante a opinião do primeiro ou do último branco sobre isso ou aquilo outro. Ainda mais se tratando de uma magistrada, que, no meu entender deve se manifastar nos autos; aí, sim, concordo, pode ser criticada, na medida em que qualquer argumento racional é passivel de o ser.

  2. Nem todos ne Flavio? Embora,

    Nem todos ne Flavio? Embora, basta um desequilibrado que nem o JB de Torquema para desgracar anos de lubuta de homens do calibre de um Milton Santos, do abolicionista Luiz Gama. Dentre tantos notaveis de alma e pele coloridas.

    Orlando

    1. Realmente, nem todos. Há

      Realmente, nem todos. Há honrosas exceções. Mas a maioria… Uma pena. Porque serviria de exemplo e de norte para a imensa maioria de nossa população. Populacfão de pretos (ou negros?) e pobres. Mas como um comentarista afirma que mesmo assim é positiva essa notícia, que se continue com elas e torcendo para que eles tenham ciência de que têm obrigação de serem exemplares em todos os sentidos e não somente de sucesso.

  3. O RJ está na vangauarda de

    O RJ está na vangauarda de Desembargadores negros.

    O Desembargador Paulo Rangel foi o primeiro.

    O Desembargador Rangel tem uma historia de vida bonita, foi vendedor da loja de Departamento Mesbla, inspetor de policia, delegado, Juiz, até chegar a Desembargador.

    Sem dúvidas seria um excelente nome para o STF

    Paulo Sergio Rangel do Nascimento

    http://www.conjur.com.br/2011-fev-26/ainda-espirito-inquisitorio-processo-afirma-desembargador   Boa sorte para ambas, que nos represente bem, seguindo sempre o caminho dos justos.

  4. Há algo errado com a notícia

    Há algo errado com a notícia de que o primeiro desembargador negro foi Gilberto Fernandes em 1998 e, doze anos depois, o segundo foi o promotor de Justiça Paulo Rangel do Nascimento. Eu me formei em Direito na UFF em 1991 e tive aulas com o excelente professor Sérvio Túlio dos Santos Vieira que, à época, embora ainda jovem, era juiz antigo e, posteriormente, ainda nos anos 90, tornou-se, até onde sei, o primeiro desembargador negro do TJ-RJ. Pela pessoa e profissional que conheci, teria sido um excelente nome para ser o primeiro ministro negro do STF.

  5. Na África do Sul

    Na África em geral, não sei, mas pelo menos na África do Sul  também tem sido percebido que há dificuldade na ascensão de mulheres ao poder judiciário.

    É o que diz esta notícia de 04/07/2013:

    (tradução do google)

    Em março de 2011, o número de juízes negros (98), pela primeira vez superou a de juízes brancos (90). Na verdade, o número de juízes brancos diminuiu em 30% quando comparado com 2005.

    Naquele ano, 30% dos juízes eram mulheres, número que este ano caiu para 28%. 

    Como está no texto original:

    http://www.news24.com/SouthAfrica/News/White-men-cant-judge-commisioner-20130407

    In March 2011, the number of African judges (98) for the first time surpassed that of white judges (90). In fact, the number of white judges has shrunk by 30% when compared with 2005.

     

    In that year, 30% of judges were women, which this year dropped to just 28%.

     

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