A renúncia do primeiro-ministro da Ucrânia

Arseniy Yatsenyuk alegou que o Parlamento não está mais em condições de fazer seu trabalho

Enviado por Assis Ribeiro

Da Deutsche Welle

Primeiro-ministro renuncia na Ucrânia

Decisão vem em reação à dissolução da coalizão de governo em Kiev. Presidente Petro Poroshenko apoia desdobramentos, que abrem caminho para novas eleições legislativas, visando enfraquecer os pró-russos no Parlamento.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, anunciou nesta quinta-feira (24/07) sua renúncia ao cargo. Ao renunciar, ele falou em “colapso da coligação de governo” e alegou que o Parlamento não está mais em condições de fazer seu trabalho e aprovar as leis necessárias.

Yatsenyuk aproveitou a ocasião para criticar a ruptura da coalizão, que ocorre em meio a uma grave crise econômica e dos choques entre o Exército nacional e os separatistas pró-russos no leste do país.

Antes, dois pequenos partidos haviam se retirado do governo: o nacionalista Svoboda e o Udar, liderado pelo ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko. Sua intenção declarada foi forçar um pleito legislativo antecipado, com o fim de enfraquecer as forças pró-russas em Kiev.

Ao anunciar oficialmente a dissolução da coligação governamental, o presidente do Parlamento, Oleksander Turtchinov, confirmou que o presidente Petro Poroshenko é favorável a novas eleições.

Elas proporcionariam uma renovação política total na Ucrânia, garantindo, assim, para uma base sólida para Poroshenko no Parlamento. Turtchinov pediu ainda ao Svoboda e ao Udar que indiquem um candidato à chefia de governo interina, substituindo Yatsenyuk até as eleições.

Para que o chefe de Estado ucraniano possa dissolver o atual órgão legislativo após o rompimento de fato da coalizão, os deputados precisam confirmar formalmente que não é possível constituir um novo governo. Em seguida, a Constituição nacional dá ao presidente um prazo de dois meses para decretar novas eleições parlamentares.

Pró-Ocidente, Poroshenko foi eleito presidente em maio último, com clara vantagem, após a destituição de Viktor Yanukovytch. Desde então a Ucrânia tem estado sob tensão constante de Moscou, que anexou a península da Crimeia e apoia os separatistas pró-russos no leste ucraniano.

Redação

3 Comentários

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  1. O pra-lamento que elegeu “Yats”, o cachorrinho da Vitoria Nuland

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=RvW2KzCpTHU%5D

     

    Era uma votação para convocar metade dos reservistas do país e aumentar a escalada da guerra civil. O exército da Ucrânia não tem grana, pra pagar a bóia dos recrutas e as deserções atingem proporções alarmantes.

    O pra-lamentar de rabo de cavalo que aparece na cena é Igor Miroshnichenko, do partido fascista Svoboda. Ele e mais meia dúzia de asseclas do pra-lamento da Ucrânia invadiram, uma estação de TV estatal e expulsaram dali seu diretor, obrigando-o sob coação física a assinar a demissão .

    Na época, quatro meses atrás, a imprensa ocidental divulgou, e houve quem acreditou, que o procurador-geral da Ucrânia, um fascista do mesmo partido de Miroshnichenko, iria investigar o incidente.  Como era previsível, não deu em nada, como vocês verificam, e o fascista continua aprontando do mesmo até hoje. Confiram o fascismo e seus métodos de ação:

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=cmWB7O4j1rk%5D

     

  2. Algo não deu certo.
    Muito

    Algo não deu certo.

    Muito estranho a retirada de apoio ao primeiro ministro logo após o acirramento de ânimo após a derrubada do jato civil.

    Os EUA perderam um grande aliado.

  3. SEGUINDO

    de mal a pior

    GOVERNO UCRANIANO NÃO TEM DINHEIRO PARA OS SALÁRIOS DO EXÉRCITO

     

    Vencedores das competições de reconhecimento promovidas pelas Forças Terrestres do Exército da Ucrânia, em terreno cross-country, que foram concluídas em 2013 – na foto aabixo.

    As hostilidades prolongadas têm utilizado os recursos financeiros destinados para a realização da operação anti-terrorista (ATO), prejudicando, assim, os pagamentos de salários aos militares ucranianos, já a partir de 1 de agosto de acordo com o Ministro das Finanças ucraniano Oleksandr Shlapak, em 24 de julho.

    O queridinho da América renunciou

    Como Victoria ‘A UE que se foda’ Nuland queria, ‘Yats’ tornou-se Primeiro-Ministro na Ucrânia.

    Nuland e o Embaixador Geoffrey Pyatt analisaram os méritos dos três líderes da oposição ucraniana, Oleh Tyahnybok, Vitaly Klitschko e Arseniy Yatseniuk (óculos).

    Victoria Nuland, secretaria de Estado adjunta dos EUA para os Assuntos Europeus, com os líderes da oposição ucraniana, Arseniy Yatseniuk (D), Vitaly Klischko (C, 2º plano) e Oleh Tyahnybok (E)

    “Penso que Yats (Arseniy Yatseniuk) é o que tem experiência econômica” assegura Victoria Nuland.

    O Primeiro-Ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk no Parlamento da Ucrânia no dia 3 de julho. © AFP

    Arseniy Yatsenyuk, um tecnocrata pró-ocidental que tem liderou o governo ucraniano durante os meses de tumultos, desde a derrubada do presidente Viktor Yanukovyvch, renunciou abruptamente em 24 de julho, após a coalizão governista do Parlamento entrar  em colapso.

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