A trégua de que Dilma necessitava

O Ministro da Fazenda Joaquim Levy foi bem sucedido em sua missão em Washington, de acalmar o mercado financeiro internacional. Obteve a aprovação do FMI e foi convincente em suas explanações sobre o quadro atual da política e da economia brasileira assim como a manutenção do rating brasileiro pelas agências de risco.

***

Não se trata da solução dos problemas brasileiros, mas de uma pinguela para permitir ao país aportar em terreno menos movediço.

O nó brasileiro não está nas contas internas nem na inflação: mas no déficit em transações correntes, em portentosos US$ 90 bilhões, ou 4,2% do PIB (Produto Interno Bruto).

A mudança do câmbio poderá reduzir o déficit para US$ 65,5 bilhões, segundo projeções de mercado. Mesmo assim, cria-se uma situação delicada em que o financiamento externo volta a depender de capitais voláteis.

***

Ainda há um bom caminho a ser percorrido até a economia bater no fundo do poço e se recuperar. Um dos próximos setores a desabar será o da indústria editorial, afetado pelos cortes na compra de livros didáticos pelo MEC (Ministério da Educação).

***

Além disso, persiste a paralisação da cadeia de petróleo e gás com a incompreensível inércia do governo Dilma em atuar para minimizar os efeitos da Lava Jato.

O STF (Supremo Tribunal Federal), o respeitado Ministro Teori Zavascki continuam reféns do espírito de turba que tomou conta do país, alimentado por uma mídia que atirou no próprio pé.

Ao investir reiteradamente por anos no derrotismo, a imprensa conseguiu acentuar uma crise já suficientemente grave devido a erros do governo. O primeiro efeito são os cortes nas verbas publicitárias dos grandes grupos, acirrando uma crise iniciada com os erros estratégicos da mídia.

Até agora, a única atitude do governo Dilma foi propor acordos inócuos de leniência comandados pela CGU (Controladoria Geral da União). Como, para aderir ao acordo, os acusados precisam confessar crimes, até agora ninguém aceitou essa autoincriminação.

***

A recuperação da economia se dará por duas âncoras: as exportações, puxadas pelo câmbio; e os investimentos em infraestrutura, puxados pelo câmbio e pelas novas regras de concessão.

Já existe uma movimentação nítida na indústria, com o desaquecimento do mercado interno e a recuperação relativa da competitividade externa, com o dólar acima de R$ 3,00.

É por aí que deverá atuar o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e a Apex (Agência de Promoção das Exportações), em um belo desafio à inteligência comercial acumulada nos últimos anos.

Some-se ao câmbio mais competitivo a relativa recuperação econômica dos Estados Unidos e da União Europeia.

***

Nos próximos meses não sairão novas concessões – como garantiu Levy em Washington -, mas expectativas de concessões, capazes de estimular o setor privado e o capital externo, especialmente devido ao fato do câmbio ter tornado o Brasil mais barato.

***

Some-se a esse quadro a pacificação da Petrobras e o arrefecimento das bandeiras do impeachment. Aliás, a única vítima da campanha do impeachment foi o senador Aécio Neves.

Esse conjunto de fatores criar a trégua necessária para Dilma matar uma curiosidade nacional dizer a que veio o segundo governo.

Luis Nassif

63 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ora, certamente o texto se

    Ora, certamente o texto se contradiz. As acoes de Levy mostram para o que ele foi chamado por Dilma. As coisas nao ocorrem de uma ora para outra, tanto erros quanto acertos. Nesse meio tempo a gente ganha pano pa repetir que nada vem sendo feito. Sei…

     

  2. Que Dilma continue assim, sem

    Que Dilma continue assim, sem dizer pro que veio. Ela tercerizou a economia (Levy) e a articulação política (Temer) – ou passou o ponto por incompetência cabalmente demonstrada . Assim ela tirou seu dedo podre nesses dois setores fundamentais. Que ela se torne apenas chefe de estado e tenha que fazer aquilo que mais detesta = viajar para o exterior. Um castigo merecido pra quem dilapidou toda a herança bendita de Lula. 

    1. Herança bendita?

      Herança bendita de Lula?

      Ao meu ver o Sr. Lula é também responsável por este caos, afinal ele indicou muita gente que por Incompetência e corrupção criaram todo este cenário de devastação da economia brasileira.Lula não criou a estabilidade da moeda ou trouxe efetivamente nada de novo na econômia a não ser aparelhamento e populismo.

  3. Recuperação

    Para que o Brasil retorne ao rumo, é necessário que o governo faça o dever de casa e gaste menos. Parece que Dilma não aprendeu ainda essa lição de economia básica.

  4. Recuperação

    Para que o Brasil retorne ao rumo, é necessário que o governo faça o dever de casa e gaste menos. Parece que Dilma não aprendeu ainda essa lição de economia básica.

  5. Nassif, estes teus dois

    Nassif, estes teus dois últimos parágrafos foram escritos com a pena da galhofa e a tinta da melancolia. Genial!

    Agora, recuperação econômica da UE, me desculpe, mas não há, nem relativa! Pelo contrário, é por lá que a crise anda mais brava e é lá que ela deverá se aprofundar ainda em 2015.

    Os tiros no pé da grande mídia não são de hoje, quem não se lembra de 2009?

    Quanto ao setor de óleo e gás e aos acordos de leniência, será que a Dilma não está mais interessada em levar cabo toda a investigação da Lava Jato? É bom lembrar que uma das três grandes  brigas que a Dilma assumiu no primeiro mandato foi com as empreiteiras.

    Nos outros dois fronts (SELIC e Energia Elétrica) ela perdeu a batalha (mas não a guerra).

    Quem sabe ela não faz questão de ganhar esta, custe o que custar?

  6. “Até agora, a única atitude

    “Até agora, a única atitude do governo Dilma foi propor acordos inócuos de leniência comandados pela CGU (Controladoria Geral da União). Como, para aderir ao acordo, os acusados precisam confessar crimes, até agora ninguém aceitou essa autoincriminação”:

    Isso eh erro analitico, Nassif?!

    Os acordos de leniencia que a CGU esta tentando fazer sao corporativos, nao individuais, e eh o que deveria estar sendo feito mesmo.

    As companias nao podem ser complexadas assim que nao conseguem reconhecer que fizeram sim parte de uma cadeia de corrupcao!  Inclusive porque o rastro de dinheiro foi deixado.

    Que essa cadeia de corrupcao tinha politicos como mestres de cerimonia eh so mais uma complicacao…

  7. Porque a Globo não reclama do horário eleitoral?

    Por que a mídia não grita contra o horário eleitoral ‘gratuito’?

    :

    A questão é levantada por Fernando Brito, editor do Tijolaço; “A hipocrisia da imprensa brasileira é uma piada. Hoje, atira-se sobre a Presidente a ‘culpa’ pela elevação do Fundo Partidário para R$ 868 milhões em 2015. Elevação que foi aprovada unanimemente, por todos os partidos”, diz ele, antes de lembrar o ponto crucial; “Pode-se resolver, com facilidade. Basta revogar a mesma Lei, que estabelece que as emissoras de rádio e televisão têm o direito de ser pagas pela veiculação dos ‘horários gratuitos’ de propaganda eleitoral. É uma fortuna quase igual à do Fundo: R$ 839,5 milhões, só no ano passado”

  8. O títtulo poderia ser “A

    O títtulo poderia ser “A trégua que Levy necessitava”.

    Os interlocutores com quem Levy tratou não são tatus, e óbviamente sabem que se Levy não contar com um Congresso a apoiá-lo, além da Presidente, qualquer esforço será em vão.

    Nesse âmbito, certamente Levy pode assegurar que sim, que ele conta com um Congresso amplamente pró-mercado, liderado por Eduardo Cunha, que garantirá reformas que transformem o Brasil num país mais atrativo para investimentos.

    Ironicamente, quem pode por fim a trégua de Levy é justamente a Presidente Dilma, se resolver, por exemplo, vetar a lei que se originará da aprovação do PL 4330, que trata da terceirização.

    Aguardemos.

    1. Acho que seria bom se atualisar

      sobre a situação da tal PL 4330, na Câmara e especialmente no Senado.

      O sr poderá ter surpresas!

      Quanto a dizer que a tal PL 4330 é um progresso “pro-mercado”, não sei se o Sr tem grande experiência no setor industrial, mas a mim – 30 anos na indústria brasileira – parece mais um dessas recaídas escravocratas típicas da burguesia brasileira com saudades da Maria Antonieta.

      Alias eu tive uma conversa com um engenheiro de segurança de uma multi americana sobre a PL 4330, e ele ouviu que o negocio real (traduzindo quem deu $$$ para o E. Cunha) por trás da proposta é a terceirização geral e irrestrita para… governos estaduais e municipais. É a versão 2015 do tal de xok de geston.

      1. Concordo.

        Esta PL 4330 está cheirando a busca de fontes alternativas de financiamento de campanhas, visto o escarcéu nas empreiteiras.

        Quem serão os verdadeiros donos que estarão por trás dos laranjas, proprietários das empresas prestadoras de serviços terceirizados?

      2. Estou atualizado

        Você tem 30 anos de indústria e eu tem 25 que saí da indústria, justamenet no Plano Collor. Trabalhei na indústria de 78 a 90.

        Pois o grande problema é que nesses 30 anos que você está por aí, o Brasil saiu da posição de número 32 entre os países mais industrializados para a posição 56. Nada honroso, não é mesmo ?

        Tudo bem que houve o aparecimento de uma dezena de países da ex-URSS que são mais industrializados que o Brasil, mas mesmo assim, fomos ultrapassados por mais de uma dezena de outros países.

        Mas a grande verdade é que, após a abertura de nosso mercado a partir da década de 90, da globalização do comércio e do avanço tecnológico, nos tornamos, industrialmente, uma lástima, para usar o termo correto.

        E seguiremos ladeira abaixo se nada for feito para atrair novas indústrias para o país.

         

          1. Uai

            Crie. 

            Tem algum produto aí em mente em condições de competir com os concorrentes nacionais ou com os importados ?

            Então, mão à obra.

            Procure o BNDES, apresente um projeto e mande bala. 

            Por enquanto ninguém precisa de autorização especial para ser empreendedor neste país.

            Ficar aí de boa e querer que os outros enfiem a cara e arrisquem seu tempo e seu trabalho é que não dá. 

            Boa sorte

  9. A mídia atirou [e continua atirando] no próprio pé

    Afinal, falar mal do próprio país nunca foi bom para os negócios.

    Derrotismo só leva à falência.

  10. Sinceramente, nada me leva a

    Sinceramente, nada me leva a crer que o câmbio ficará por um bom tempo favorável à indústria. Eu particularmente apostaria no contrário, que na primeira chance de revalorização da moeda, o governo vai feliz e serelepe deixar a cotação cair baixando o preço dos importados e surfando na onda de uma popularidade volátil.

    1. afiar a ferradura.

      afiar a ferradura.

      Jorge Luis Borges famosamente especulou que todas as boas metáforas já tivessem sido criadas. Mas metáforas ruins, ou péssimas como esta, sempre serão formuladas. Como ex-fazendeiro, filho de fazendeiro, neto de fazendeiro, não consigo atinar o que o comentarista quer dizer com “afiar a ferradura.” Pode ser deficiência minha.

  11. O país dos gargalos e das galinhas que voam.

    Essa recuperação, se vier, será abortada – mais um vôo de galinha.

    Falta energia – não houve uma política energética de fato no Brasil desde,… bom, desde os militares. Gostem ou não, mas a redemocratização, quando muito, nos empurrou para as termoelétricas caras e que, nitidamente, eram e ainda são um arremedo. Na hora que as indústrias soltarem as amarras, vai faltar energia.

    Faltam canais de escoamento da produção – não existe comércio exterior sem canais de escoamento eficientes. Os portos continuam sucateados e dominados por mafiazinhas de portuários, as estradas são precárias, não há fiscais suficientes em portos e aeroportos. Na hora que as indústrias soltarem as amarras, teremos aquelas filas intermináveis de caminhões nas estradas.

    Falta produtividade – estudos do IPEA mostram que a produtividade recuou a níveis dos anos 70. O tal do estado Empresário, ao que parece, suga o capital dos empresários de verdade. E não devolve nada, como vimos acima.

    Sobram impostos e burocracia – tanto para importar como para exportar.

     

  12. Eu tenho minhas dúvidas se o

    Eu tenho minhas dúvidas se o PSDb abandonará definitivamente o golpe. Quem precisa se sujar se o juiz moro vem fazendo o trabalho?É ele quem vem trabalhando no sentido de oferecer uma justificativa ” legal” ao processo de extinguir o partido dos trabalhadores.

    Resta a esperança do STF frear a manada, jogar luz onde vigora as sobras e trazer uma racionalidade onde domina a selvageria e a ignorância.

     

  13. Leniência no olho dos outros é refresco…

    As empresas e a indústria só estariam dispostas a isso… se não fosse o setor inteiro a estar sob ataque e, portanto, não haver, em fazer o acordo, nenhuma vantagem verdadeiramente diferencial. A grande defesa do setor é justamente a “paralisia” em que toda essa celeuma se traduziu e o enorme prejuízo que essa “moral da pedra lascada” está trazendo para o país e para os trabalhadores do país.

    O problema foi criado no âmbito do Governo (considerado nas três vertentes dos poderes da República) e não vai ser resolvido por essa “rota de fuga” que o governo pretende para si e tenta traduzir como “bom gesto” à Sociedade Civil:

    Não houve corrupção nenhuma nesses contratos, o que houve foi CONCUSSÃO e até as pedras sabem disso; os “ESQUEMAS DE PROPINA” foram todos montados DE DENTRO PRA FORA e essa prática não começou nem termina na Petrobras e muito menos começou agora.

    As empreiteiras que não se preocupem, porque é de alto interesse das Autoridades do Estado de que nessa lagoa ninguém faça onda.

    É só esperar!

  14. Antes da tormenta há uma sensação de paz.

    Como falar em trégua se o PT declara guerra publicamente? Como falar em trégua se nem começou a chegar os processos que implicaram na queda de dezenas de políticos? Como falar em trégua se as contas da Dilma ainda nem foram julgadas pelo TCU? Como falar em trégua se o desemprego avança com as medidas do Levy_atã? Como falar em trégua se a indústria e o comércio estão devegar quase parando? Como falar em trégua se o PT continua a “lamber” seus ladrões? Como falar em trégua se o governador de Minas entrega uma medalha ao Stédile? Que trégua cara-pálida? Não haverá trégua enquanto Dilma estiver no poder e o PT não for varrido do mapa. Não se iluda, antes da tormenta há uma sensação de paz.

    1. A direita, da qual vc

      A direita, da qual vc pertence, só ganha no golpe, seja “civil militar” (como em 64), seja midiático judicário (como a tentativa que estamos presenciando). A direita não tem proposta, só tem mentira, pois ela (a direita) não pode dizer o seu programa. Ele é indizível, pois é um programa para o 1% e não para todos. Pois, no caso da direita brasileira, é um programa entreguista, contrário aos interesses do nosso país. Vocês não vão varrer ninguém para lugar nenhum. Vocês são o câncer da história e do Brasil.

  15. Conta para nós, Nassif.

    De onde será que o digníssimo colunista retira sua condição de vestal  de uma mídia impressa que “investe reiteradamente no derrotismo”? Que tal dar nome aos bois? 

  16. O que Dilma poderia fazer…

    … para impedir Moro et caterva de quebrar as nossas grandes empreiteiras?

    Dar um soco na mesa, gritar “pára tudo!!!”?

    Ou… ???

     

  17. Dizer o que???????

    O ministro(???) Joaquim levy foi até a banca e disse o que PODIA e o que DEVIA, nada mais. O Nassif, erroneamente, na minha opinião, considera que Dilma Rousseff e o partido ao qual ela é filiada tem, neste momento, algum poder. Dilma não teve força, sequer, para barrar um aumento IMORAL e CRIMINOSO do fundo partidário. Vergonha total.

    O PT, como sempre, achando que a população brasileira é composta por néscios. Aliás, não só o PT, pois nesse novo assalto ao bolso do brasileiro estão juntos TODOS os partidos.

    O governo, seja ele qual for, não terá trégua, pois, como diz o próprio Nassif: “Ainda há um bom caminho a ser percorrido até a economia bater no fundo do poço e se recuperar”. Tem muita gente por ai pensando que o pior já passou. É de fazer a gente morrer de rir.

    O que Dilma Rousseff deveria fazer, tivesse coragem, era livrar-se do PT antes que o PT livre-se dela. Não que eu reconheça em Dilma alguma área de competência; Dilma não é, como apregoado aos quatro ventos, nem uma boa técnica. Um bom exemplo do mal que o PT faz a Dilma é o projeto de terceirização. Quem conhece Dilma sabe que ela é totalmente a favor da terceirização TOTAL. Mas, como o partido ao qual ela é filiada, sofre de uma bipolaridade cínica cronica e tenta ser, ao mesmo tempo, carne e peixe o que teremos, ao final de tudo, será uma TERCEIRIZAÇÃO JABUTICABA. É só aguardar.

    Dilma não dirá ao que veio pois nada tem a dizer sobre coisa alguma. O governo Dilma I, hoje está mais que provado, não passou de um grande engodo. Os 12 anos de governo do PT abarrotaram todos os armários de esqueletos, muitos ainda por serem descobertos.

    Resultado de imagem para leve-me ao seu líder

     

    1. Dizer o que!!!!!!

      Meu caro tenho a impressão que você não conhece o regime político brasileiro o aumento no Fundo Partidário é de responsabilidade total da Câmara dos deputados federais foram eles que votaram em beneficio próprio e assim aumentando o valor do fundo partidário, qualquer que seja o Presidente(a) que estivesse lá tem e não tem como barrar este aumento que os próprios deputados federais que todos nós colacamos lá para trabalharem a favor do povo foram eles que cometeram a barbaridade e tá pra nascer o Presidente que venha barrar este aumento, mesmo porque entraria em jogue direto c/ os parlamentares, somos nós eleitores que temos que fazer esta cobrança a eles e não a Presidente porque se o fizesse ai que o governo não ia conseguir nenhuma votação a seu favor, já estamos no mês 04 do ano corrente e os deputados federais só votaram projetos que vem de encontra com o povão, todo mundo reclama da presidente e se esquece que temos uma câmara de deputados federais que tudo tem que passar por eles, são eles que desidem como vai ser cidadão e não o presidente, o presidente só assina e veta alguns itens de qualquer projeto, porque se ele barrar no total qualquer projeto que vem da câmara com certeza o seu governo entra em atrito com o congresso não tenha duvida disso, porque você acha que os caras estão votando em toque de caixa a terceirização porque eles tem rabo preso amigo se liga povão.

    1. Você pretende que todo

      Você pretende que todo crítico de música lírica seja tenor, que todo crítico de futebol seja goleador, que todo crítico de artes seja pintor. Não sentaria 10 minutos na cadeira dela porque, ao contrário de Dilma, conheço minhas limitações.

      1. Nananinanão.

        O senhor não senta porque lhe falta capital político e voto. 

        É difícil imaginar que alguém que tenha saído da cadeira do dragão e do pau de arara há cerca de 45 anos, e tenha sobrevivido, acreditado na POLÍTICA, e depois, sem nunca ter se candidatado a nada, ganhar duas eleições presidenciais, não tenha noção sobre os próprios limites.

        E olha que foram eleições ducacete: uma com circo mensalão 2010 e outra com tentativa de golpe 2013/14.

        É mais fácil imaginar que alguém como o senhor não tenha  muita noção sobre os limites do que escreve.

        Assim, mesmo não sendo tenor ou médico, podemos criticar música ou medicina, mas há limites do bom senso que, ultrapassados, nos expõem ao ridículo.

        “Gostar ou não” daquele cantor ou daquela peça é uma coisa. Confiar ou não no médico é outra.

        Mas “palpitar” sobre cirurgia ou sobre harmonia ou questões técnicas de um espetáculo sem conhecimento é coisa de quem gosta de falar do limite alheio sem colnhecer os próprios.

        E então: qual é o limite de sua crença na Democracia para publicar este comentário?

      2. Pode ser.
        Mas ainda assim,

        Pode ser.

        Mas ainda assim, todo crítico de música lírica precisa entender as limitações da voz humana, para  não estar a exigir que o barítono chilreie como um soprano, ou que o contralto tonitrue como um baixo profundo. Todo crítico de futebol precisa entender por que o ponta-direita não bate o escanteio e corre para a área para cabecear (dica: não é por que o ponta-direita é teimoso ou autoritário). Todo crítico de arte precisa ter um bom fundamento de história da arte, saber o que já foi feito, e por quê.

        Não é o que tenho visto por aqui, onde se propala que a crise econômica pode ser resolvida com medidas absolutamente superficiais, que sequer arranham o fundo do problema (a desaceleração global, e a postura predatória da economia americana, em aberta guerra comercial contra o resto do mundo).

        Estamos todos sentados na cadeira da Dilma, Nassif. Ou quem você acha que vai ficar com os hematomas, se ela por acaso cair, ou for impedida de governar?

      3. Os limites

        Fico satisfeito que você reconheça, Dilma ignora seus limites. Afinal, exercer a Presidência do Brasil é cometer uma espécie de Obra Aberta.

        Quanto ao teu próprio limite, Nassif, não seja modesto!

  18. Qual sera a terceira via do governo?

    Se a economia brasileira esta como Alice, descendo lentamente num buraco sem saber quando chega ao fim; é melhor nos preparamos, pois quando bater no fundo do poço, vai ser uma gritaria e panelaço da classe média, que ninguém vai poder dormir com o barulho deles (muito barulho por nada, diga-se). Creio que sabendo disso, e ja escolados (!!!) a ala politica e a ala econômica estão se preparando para o fim do mundo da classe média e da oposição. Devemos ter projetos para este momento, senhôras e senhôres!

  19. Vamos por partes.. 1) “O

    Vamos por partes.. 1) “O Ministro da Fazenda Joaquim Levy foi bem sucedido em sua missão em Washington, de acalmar o mercado financeiro internacional” Será mesmo que houve esse sucesso todo? Não creio, brasileiro é bobo americanos não são!  2) “reféns do espírito de turba que tomou conta do país” , e vc achou que seria diferente ou o povo vai deixar que a turma que vc apóia roube eternamente? 3) “Ao investir reiteradamente por anos no derrotismo” , esse mimimi do derrotismo já deu né, cansou, muda o rumo; 4) “A recuperação da economia se dará por duas âncoras: as exportações, puxadas pelo câmbio; e os investimentos em infraestrutura, puxados pelo câmbio e pelas novas regras de concessão” o câmbio está volátil e cairá logo, então nada de grandes exportações; e quem diria hein? Um petista falando em salvação através de concessões/privatizações!  5) “em um belo desafio à inteligência comercial acumulada nos últimos anos” Se houvesse a tal inteligência não estaríamos como estamos, vide seus próprios anteriores textos sobre economia;6) “Some-se ao câmbio mais competitivo a relativa recuperação econômica dos Estados Unidos e da União Europeia” Relativa? Eles não tem problemas graves, só pontuais e nem os terão num futuro distante. 7) “Some-se a esse quadro a pacificação da Petrobras e o arrefecimento das bandeiras do impeachment. Aliás, a única vítima da campanha do impeachment foi o senador Aécio Neves” Aqui vc foi piadista de primeira! A PeTrobrás está quebrada, petistas afundaram-na, é fato! O impeachment não arrefeceu, enorme engano pq esse desejo do povão só aumenta inclusive nas hostes petistas. E o senador como vítima é o mais interessante de tudo: é ele quem surfa atualmente em grandes ondas..

    1. privataria

      Na época do lançamento do “A Privataria Tucana” li de um só fôlego. Agora, ante os acontecimentos no país, estou relendo com muita calma. Da primeira vez que li não senti o nojo e a revolta que sinto agora, principalmente por perceber que o brasileiro tem memória muito curta, e não faz o menor esforço pra se informar de verdade. Às vezes tenho vontade de gritar aos articulistas da rede: ” não se joga pérola aos porcos”, porque a maioria dos leitores tem menos que a mediana compreensão. E, lamentavelmente, a minha área – o direito – encontra-se contaminado pelos interesses ocultos. Antes esses interesses ficavam nos porões ou, mais adiante, nos paraísos fiscais. Hoje eles estão estrelando nas mídias, à luz do dia, “vivemos tempos estranhos”, como disse o Senhor Ministro. 

      1. Se com a leitura desse tal

        Se com a leitura desse tal livro vc se enoja, quero saber se R$ 21,6 bi de preju – leia-se corrupção do seu pt – e só prá ficar nessa seara, pq ainda falta muita coisa: BNDES, Eletrobrás, BB e Caixa…etc, como se sente? Open your eyes..

    1. É, pode ser…

      Mas parece que esses tais de “cem dias de paz”, no caso da DIlma começam com “S” e não com “C”.

      Mas quem sabe tudo melhora, né?

  20. Gigante

    A elite economica já sabemos que sempre pautou seus interesses na própria elite, o desconcertante é descobrir que os pobres, assim que conseguem algum tipo de projeção social, agem da mesma maneira daqueles que os exploram, desde sempre.

    Basta pegar a historia recente da ascensão dos sindicalistas, originados no ABCD paulista para a coisa ficar clara. Originados das classes inferiores, favorecidos pelos ventos adequados, um deles elevou-se ao mais alto cargo publico e as diretorias sindicais, desde então catapultaram, sem exceção seus integrantes aos cargos públicos proeminentes de altos salários e a se tornarem políticos profissionais, alimentando-se das benesses dos privilégios da riqueza publica. Ao contrário do que se pensa, a pobreza não diminuiu, a riqueza concentrou-se e ampliou-se, os conflitos acentuaram-se e a sociedade cada vez mais tem o futuro incerto, Todo político adora falar que defenderá “os direitos” dos trabalhadores custe o que custar, que jamais cederá, e que manterá os “benefícios conquistados”.

    A historia do sindicalismo no Brasil aponta para o crescimento e manutenção de interesses classistas, com a consequência de tornar privilegiada uma pequena parcela dos trabalhadores, enquanto a grande maioria é abandonada ao relento. A realidade trabalhista esta ai, a terceirização apareceu como defesa contra as leis demagógicas e a informalidade impera vergonhosamente. Acontece que para se tirar milhões da pobreza, é preciso gerar riqueza, e não se cria riqueza por decreto, nem por leis populistas e demagógicas. A imagem de um país desigual onde “os 5% mais ricos detêm 40% da renda total” evoca a ideia de que a riqueza do país já existe, então bastaria distribui-la mais equitativamente. Supostamente os recursos estão todos lá prontinhos dentro do colchão dos 5% mais ricos, esperando para serem retirados e convertidos em escolas, hospitais e tudo o mais.

    Em todos os países nórdicos há muita seguridade social aliada a um dinâmico mercado de trabalho . As grandes centrais, as LO, são responsáveis por encontrar trabalho e realocam trabalhadores se for necessário.

    Não há contratos individuais de trabalho a serem contestados numa justiça do trabalho jurássica, apenas contratos coletivos.

    Lá os sindicatos treinam, habilitam e empregam seus associados. A resultante é um trabalhador altamente produtivo que facilmente é realocado quando uma empresa ou um setor está em dificuldades e precisa dispensar trabalhadores. Ninguém fica de maneira imbecil plantado no portão de uma empresa que está demitindo por necessidade, pois nenhuma empresa dispensa funcionário por prazer. E mais, não adianta demitir para contratar outro mais barato porque NÃO vai arrumar outro com a mesma habilitação mais barato.

    Riqueza se gera dando oportunidade de que as conexões dentre as diversas áreas da Nação permaneçam vivas e atuantes. Qdo impera a politica da exclusão e os interesses das minorias a conexão permanece rompida é como um organismo doente, que o estimulo nervoso não chega as áreas focadas gerando anemia e aleijões. O Brasil é um gigante aleijado, sofre de gigantismo e de paralisia.

    Pode-se criar infinitas teses e estudos teóricos a respeito de economia que uma sociedade mais justa e igualitária não nascera, jamais, enquanto os fundamentos de uma economia saudável não forem adotados de forma séria, honesta e determinada.

    Esse conjunto de fatores cria a trégua necessária para Dilma matar uma curiosidade nacional dizer a que veio o segundo governo.

    Se não apontar em direção que realmente possibilite uma nova abordagem politica na gestão da economia, sera o mais do mesmo. Pelo andar da carruagem, tudo leva a crer que sera isto mesmo, mesmo do mesmo. O Brasil continuara a ser o gigantismo do futuro…

  21. as 20 maiores economias do mundo em 2030

    Complexo sistema de forças moldam a nova economia . Alguns destes vetores, como a diminuição do preço do petróleo e a evolução das taxas de câmbio, são claramente identificáveis. Outros, como o papel dos efeitos remanescentes da crise financeira internacional na redução do crescimento potencial dos países emergentes, são menos perceptíveis.
    O crescimento potencial, apenas para defini-lo, é a maneira como a renda cresceria se todos os fatores de produção fossem integralmente empregados. Neste sentido, o potencial de crescimento das economias emergentes vem diminuindo.
    Se considerarmos os mercados emergentes, a diminuição do potencial de crescimento é visível até em países como a China, mas também se aplica aos demais mercados emergentes na Asia, Africa e America Latina.
    Agora, por que isso importa? Importa porque é esta a situação que o país estará sendo empurrado, se o governo não for capaz de combater as forças que tentam desestabilizar a economia semeiando a insegurança jurídica, que paraliza os agentes privados responsáveis pelas decisões de investimentos e o consumo das famílias, além de interromper o esforço do governo de criação de infraestrutura pública.
    Amplificam as flutuações cíclicas, profetizam que o crescimento das vendas será menor, que investir é uma temeridade porque a renda vai crescer menos, e que não devemos consumir. Então, essas forças executam uma profecia auto-realizável, que deprime o crescimento hoje.
    Existem as forças reais que estão atuando na economia internacional. A primeira é a queda do preço do petróleo. A segunda é o realinhamento relativo das taxas de câmbio. Este conjunto de forças ajudam a entender o atual quebra-cabeça. Formam uma moldura que ajuda a contemplar o quadro da conjuntura econômica. Nesta temos que acrescentar os específicos problemas que estamos vivendo. O Brasil vai experimentar uma desaceleração grave. O nosso quadro é muito complexo.
    O que já fizemos de investimento em infraestrutura, permanece. O investimento público, o capital público ainda é muito baixo, portanto há espaço para mais investimento público. Temos que lutar para manter elevado o investimento em infra-estrutura.
    O Brasil teve um crescimento muito pequeno em 2014. Prever-se uma contração de 1% para este ano e uma recuperação modesta em 2016. O que explica um desempenho tão fraco num período de três anos?
    O que explica essa desaceleração? É evidente que temos problemas fora do âmbito econômico. Enfrentamos o problema da corrupção, que pode ser utilizado como instrumento para a desestabilização institucional pelas forças que perderam as eleições.

    É evidente que o problema da economia é um problema de confiança dos empresários; que causa um investimento muito baixo. O governo está tomando as medidas para restabelecer a credibilidade através da consolidação da política fiscal. Sua política monetária continua responsável. Mas a confiança ainda não voltou e, ao mesmo tempo, já estamos fazendo a consolidação fiscal. Agora, os dois efeitos conjugados estão trabalhando na mesma direção, tornando ainda pior o momento. Mas, quando a confiança voltar por causa das medidas que estão sendo tomadas, a percepção da sociedade vai melhorar e poderemos compartilhar uma visão mais otimista do futuro.

    http://rmeutemporal.blogspot.com.br

  22. Conclusões.

    Nassif não sabe tudo, nem Dilma é tão ruim assim. Aliás, as coisas estão e foram pintadas de forma tão feias, que Dilma só precisa fazer um golzinho! Vamos presidenta, faça um golzinho, pode ser de bico, de barriga, de qualquer jeito.

  23. Q tal colaborar Nassif? Parando d bater na presidenta todo dia..

    Nao acha que o país precisa dessa trégua? E que no clima golpista vigente nao é legal se juntar ao pega e capa do PIG?  

  24. O Brasil estava construindo

    O Brasil estava construindo uma estrutura de império ao reproduzir o valor das riquezas que se agrega aqui mesmo com a transformação do próprio desenvolvimento do mercado interno.

    Uma parte dessa prosperidade o Juíz Moro já desarticulou, a outra parte – no fundo do poço – a mídia continua atuando. 

    Potencialmente, o  mercado financeiro obtém todo poder de passar o pré-sal para o nome de empresas americanas ao readquirir o monopólio financeiro. Para esta missão bastou utilizar o Banco Central e a mídia no sentido de persuadir a inflação, aumentar as taxas de juros e, com o déficit público proporcional aos lucros dos bancos, privilegiar o projeto das privatizações estatais.

    O Levy está conseguindo paralizar parte dos financiamentos da CEF, BB e BNDES e o país está baratinho com a alta do dólar. Em New York ele está convidadando os especuladores internacionais para se servirem do ótimo momento para o mercado.

    O crescimento econômico já pode repetir um novo ciclo.

  25. CONCORDO COM TUDO PQ NÃO ENTENDO NADA!

    Mas Nassif, a Dilma vem falando desde a posse: Brasil Patria Educadora.. Brasil Patria Educadora… Aí vc comenta que um dos setores a desabar é o do mercado editorial… que produz livros didáticos. Não é estranho. Até imaginei que esse mercado editorial envolvesse tudo: livros, jornais, revistas..enfim! Desculpem minha lerdeza. No meu entender, tudo o que é Educação deveria ser “inmexível” não? Não consigo entender esse nhen nhen nhen de Brasil Patria Educadora! Porra: vai mexer na industria do tabaco, da bebida.. vai taxar fortuna… Agora, um governo petista jamais poderia mexer com saúde e educação… né não? Isso não é coisa de tucano … hum! Olha não entendo nada … 

    1. Quem educa é professsor

      Quem educa é professsor (aquela gente violenta que bateu com a cara nos punhos da pulíça do paraná (sic)).

      a sério, gosto de vinil e livros, mas bom mesmo é distribuir tablets e banda larga.

  26. Uma Tregua Para o Trabalhador Tambem

    Que haja também Uma trégua para o trabalhador . Tem sido um trimestre infernal para os trabalhadores. Foi uma sangria desatada de rebaixamento de direitos trabalhistas. começou com desemprego da lava-jato. Depois a rasteira no seguro desemprego. Pra fechar o caixão, a facada nas costas da terceirização. Agora é esperar o Pronunciamento do dia Primeiro de maio pra ver se tem alum refresco, ou se vaca dos direitos trabalhistas prosseguiram em sua mansa bovina marcha pra brejo definitivo. Sei que não foi a intenção , mas a mexida no seguro desemprego desabou a ousadia para o início do desmonte da CLT, via terceirização .

  27. Além de mim, quantos mais se excluem da curiosidade nacional?

     

    Luis Nassif,

    O ministro da Fazenda Joaquim Levy acalma o mercado financeiro, o dólar cai e não se resolve aquilo que é realmente o problema do Brasil, como devo reconhecer você bem apontou: o déficit em transações correntes que precisaria de um dólar talvez em 3,5 e você fala em trégua como algo de bom.

    A Petrobras apresenta um prejuízo de 50 bilhões, 30 bilhões a menos do que o prejuízo de Graça Foster e você fala em trégua como algo de bom, mas se fica sem saber se os 30 bilhões virão no próximo balanço ou foram erros de cálculos dos contadores (e engenheiros) que foram anteriormente contratados pela Petrobras.

    A Petrobras tem uma dívida de mais de 280 bilhões e você quer que a presidenta Dilma Rousseff tome iniciativas na cadeia de petróleo e gás para minimizar os efeitos da operação Lava Jato. É, talvez caiba tomar alguma medida para minimizar os efeitos da operação Lava Jato, pois não há nenhuma quantificação desses efeitos que podem até mesmo serem mínimos, principalmente se comparados com o tamanho da dívida da Petrobras.

    O governo vai fazer cortes na compra de livros didáticos prejudicando milhões de estudantes e isso parece ser fruto de uma trégua que, para você, pelo menos para mim deixou a impressão, é algo de bom.

    Há cortes nas verbas publicitárias dos grandes grupos o que vão afetar as grandes mídias nacionais. Em vez de lutar para que o governo ajude a que se formem cinco a dez grandes empresas nessa área (Poderia ser feito via a obrigatoriedade de participação de mais de cinco grupos nas licitações de compra de livros didáticos) você fala na trégua que está acirrando uma crise nessas grandes mídia e apresenta esta trégua como benéfica.

    E então você explica porque a trégua é benéfica: a trégua vai permitir que a presidenta Dilma Rousseff diga a que veio o segundo governo.

    Eu fiquei pensando comigo, será que Luis Nassif não sabe a que veio o segundo governo da presidenta Dilma Rousseff? Bem, você viveu toda a sua vida adulta ai em São Paulo e conhece bem a turma fundadora do PSDB. Ai em São Paulo você também conviveu com a turma fundadora do PT. Além disso, você trabalhou na grande mídia que é produzida em São Paulo. E você deve ler com frequência esta grande mídia. É possível que você tenha sido convencido pela grande mídia de São Paulo (salvo o jornal “O Globo” e parte da rede Globo e o que restou dos Diários Associados, a grande mídia de São Paulo é a grande mídia do Brasil) e considere que PT e PSDB sejam tudo a mesma coisa.

    Não, PT e PSDB são diferentes. Se o PSDB tivesse ganhado a eleição, eles voltariam com a cantilena, governo bom o povo põe, governo ruim o povo tira e não se poderia mais criticar o governo.

    Fosse Aécio Neves o presidente, o PSDB voltaria a dizer que agora haveria ética no governo como se não fosse falta de ética fundar um partido para trazer a ética à política, ou seja, é uma ética da soberbia atribuir a si a ética que os outros não teriam. Com Aécio Neves presidente, o PSDB lembraria que o partido foi fundado para acabar com o fisiologismo esquecendo que o partido se diz no nome democrata e que para acabar com o fisiologismo é preciso acabar com a democracia.

    Fosse Aécio Neves o presidente, o governo divulgaria todo dia que a inflação é o mais injusto dos impostos e aumentaria o juro até que não houvesse mais inflação e o PSDB se proclamaria o mais justo dos partidos.

    Aécio Neves na Presidência da República e Armínio Fraga no Ministério da Fazenda tudo fariam para transformar os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso em um governo de estadista, levando ao esquecimento que tanto a deflagração do Plano Real em 1994 e a necessidade de segurar o câmbio até 1999, como a mudança da política econômica com a introdução do câmbio flutuante e do Regime de Metas em 1999 estão por trás do alto endividamento público e da dificuldade de se ter um câmbio mais de acordo com um país em desenvolvimento como o Brasil.

    Então para mim, o segundo governo Dilma Rousseff veio exatamente para impedir um governo de Aécio Neves. Você pode dizer que isso é muito pouco, e dizer isso tripudiando sobre Aécio Neves e sobre a presidenta Dilma Rousseff, igualando os dois na mediocridade. Ao contrário de você, eu digo que é muito e não tripudio sobre Aécio Neves nem a presidenta Dilma Rousseff. A mediocridade é própria da natureza humana não havendo como o ser humano não ser medíocre. Aliás, a própria crença de que o homem pode não ser medíocre já nos revela a nossa mediocridade.

    Diria mais que talvez Armínio Fraga até conseguisse fazer um ajuste mais profundo do que o de Joaquim Cardoso à medida que ele conseguiria aumentar mais os impostos do que Joaquim Levy conseguiu ou ainda possa conseguir. E, além disso, talvez Armínio Fraga pudesse ter alguma capacidade de indução a não permitir a volta da valorização do real, como está ocorrendo atualmente. É claro que haveria mais cortes nos gastos sociais, mas tudo no limite da razoabilidade, dentro daquela história de que a inflação é o mais injusto dos tributos em que o atingimento do objetivo de queda da inflação seria alcançado via aumento de juros, ou seja, apenas um a dois pontos percentuais a mais de desemprego, algo que afeta só uma quinquilharia de gente enquanto quatro pontos percentuais a mais de inflação afetam todo mundo e, portanto, quatro pontos percentuais a menos beneficiam todo o mundo (Com uma boa mídia pode-se estender o benefício até ao desempregado).

    Então quando você fala sobre a curiosidade nacional em saber a que veio o segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, eu gostaria de salientar que eu não faço parte dessa curiosidade nacional e tenho o meu voto como muito bem dado, pois já sei a que veio o segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, e para a que veio o segundo governo da presidenta Dilma Rousseff o meu voto me era suficiente, embora eu tenha que reconhecer que ela esteja fazendo mais do que eu esperava.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 23/04/2015

  28. Quanto aos livros didáticos,

    Quanto aos livros didáticos, não tenho muita certeza sobre se parar de comprá-los não é, afinal de contas, um progresso.

    Que tipo de “livro” “didático” está sendo produzido por estas editoras reacionárias? São pelo menos factualmente corretos? Estimulam o raciocínio? Fazem algum bem?

    Ou são instrumentos para fazer as crianças – especialmente crianças negras, pobres, e meninas de todas as cores e classes sociais – se desinteressarem definitivamente do conhecimento e da ciência? Ensinam alguma coisa, além do “seu lugar” (o de baixo) aos jovens e às crianças brasileiras?

  29. DILMA SEM RUMO ?

     

    ACHO  QUE  A  PRESIDENTA  ESTÁ  INDO  COMO  PODE; ESTÁ  SE  VIRANDO…

    AS  REINVINDICAÇÕES  TANTO  DE  DIREITA  QUANTO  ESQUERDA  SÃO  INUMERAS .

    VÁRIAS  AÇÕES  TEM  PRAZOS  REGIMENTAIS  A  SEREM  CUMPRIDOS (REUNIÕES  CONGRESSUAIS,

    JULGAMENTOS   JUDICIAIS (FORA  OS  PEDIDOS  DE  VISTAS) , ALÉM  DAS  INTEMPERIES .

    MAS  O QUE  ESTÁ  MESMO  IMPRESSIONANDO  É  A  SANHA  DA  OPOSIÇÃO  PELO  PODER , PELO

    TANTO  PIOR  MELHOR , PELA  RECUSA  AO  DIÁLOGO  E  A  AGRESSIVIDADE  DO  DEBATE  POLITICO.

    ISSO  SÓ  PODE  SER  MOVIDO  PELA  POSSIBILIDADE  DE  GRANDES  LUCROS  FINANCEIROS …

    QUEM  ESTAVA  ACOSTUMADO  COM  O  MANDO  E  AS  POSIÇÕES  NÃO  SE  CONFORMA  COM  A

    RESERVA , IGUAL  NO  PLANO  ESPORTIVO .

                                                                                     OCG

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador