A voz que não sabíamos que vinha das ruas

 

Há quase um ano, mais precisamente em junho de 2013, ao ver as ruas tomadas por multidões protestando sobre tudo (ou nada!), tive em casa um momento de DESASSOSSEGO, que me despertou ainda mais o desejo de participar de forma ativa da sociedade em que vivo.

Meu filho, jovem e cheio de vontade de se fazer ouvir, disse-me que estava organizando junto com colegas, por meio das redes sociais, um processo de mobilizações, de protestos que queriam levar às ruas. Perguntei-lhe sobre o que eles pretendiam “protestar”, que “bandeiras” iriam levantar. Ele me disse que estavam resolvendo, que só sabia que uma delas seria a respeito do transporte público – tema este que não poderia ficar de fora. Disse-me também que iriam elencar uma pauta de reivindicações para mobilizar as pessoas.

No meu afã de querer contribuir com minha experiência, não adquiridas nas ruas, mas pelo tempo, questionei-o se não seria mais coerente “definir” as razões do que se queria protestar e só depois pensar em ir às ruas. Insisti dizendo-lhe que, pela lógica, só se pode protestar quando se sabe sobre o que se vai questionar. Ele com as suas razões, segurou sua tese contrária a minha: o protesto é mais importante do que o motivo que o leva a protestar.

E eles eram bem articulados, se reuniam, discutiam sobre a pauta, não estavam ali perdidos sem saber aonde ir, pelo contrário. Só havia um problema, que a vida não os havia ensinado ainda. Há coisas que têm que vir de dentro da gente, para que possam nos manter ávidos em uma jornada como essa.

Mas não é que eles conseguiram, não interessa de que forma, pois o mais importante foi eles terem capitalizado as circunstâncias do momento em que vivia o país, para agirem e motivarem outros ao mesmo. Esses jovens no dia e na hora marcada levaram, segundo afirmaram as “autoridades”, cerca de 5 mil pessoas às ruas do centro da cidade para, de forma ordeira e sem nenhum vandalismo, protestar cada um com sua bandeira. 

E eu estava com eles, não pelos mesmos motivos – nós, os mais velhos, pensamos que sabemos de tudo, embora no fundo não saibamos de quase nada. Vi bandeiras de todos os tipos: dos transportes públicos às que defendiam um melhor tratamento para os animais. Presenciei a emoção de um senhor, que parecia ter voltado ao tempo de quando era jovem e combatia a ditadura. As pessoas se entusiasmavam, deixavam seus postos de trabalho para seguir a multidão que avançava rumo ao marco-zero da cidade. Um de meus alunos me confessou que largou a sapataria em que trabalhava e aumentou o número dos que gritavam palavras de ordem.

Eu, que tinha ido com a principal intenção de cumprir o papel de pai vigilante, assistia a tudo atônito sem saber direito o que significava aquilo tudo. Porém, dou-me o direito de revelar um dos momentos que me fez sentir que valia à pena estar ali. Um garoto carregava um cartaz que dizia: ABAIXO A REDE GLOBO, O POVO NÃO É BOBO. Foi aí então que percebi o que poderia tirar de mais significativo daquele movimento. O cartaz do menino me trouxe a esperança de acreditar que realmente o povo não era BOBO.

A façanha dos meninos que organizaram o protesto não parou por aí. Pouco dias depois, o excelentíssimo prefeito da cidade os recebeu em audiência querendo ouvir as reivindicações que eles traziam. No outro dia, dois dos organizadores do protesto – sem querer dar uma de pai coruja, sobre isso sou perfeitamente vacinado – meu filho e um professor passaram mais de duas horas dando uma entrevista a uma das rádios AM da cidade. Todos queriam saber quem eram eles, o que pensavam, o que queriam. Tanto as autoridades municipais como a mídia, de forma ardilosa, queriam saber do que se tratava aquele movimento. 

Com um tempo, depois de outras ações de protesto, como era normal que acontecesse, os organizadores do movimento começaram a perceber que alguns queriam tirar proveito político deles, daí começaram a se desmobilizar e a se desmotivar, pelo menos por enquanto.

Esses jovens nos deixaram lições que até hoje são as mais variadas e controversas, ninguém que eu tenha ciência sabe ao certo o que foi aquele momento em nossa história recente.

No fundo admito que eles estavam certos em tentar descobrir algo que não conheciam possuir: um certo comprometimento com causas sociais, com ação de ser POLÍTICOS – não partidário, é bom salientar. Por outro lado, nós os filhos da revolução ainda não havíamos aprendido a lição e fazermos comédia nas ruas com as leis daqueles que foram nossos opressores.

Por isso apelo para que não sejamos pais que fugiram da luta, deixemos um legado luta para os nossos netos, já que para os nossos filhos, foram eles que nos ensinaram que nem tudo é como nos parecia ser.

Marcelo Macedo, em agradecimento ao filho que lhe deu a lição que ainda vale à pena lutar por uma sociedade mais justa para todos!

 

Redação

26 Comentários

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  1. Fugir da luta nunca, mas, se

    Fugir da luta nunca, mas, se comecarem a querer elimiar partidos politicos, seja de qualquer especie e orientacao, terao a minha total indiferenca. 

    1. Sonhos e esperanças, ou inconsequência e alienaçao?

      Organizar protestos sem saber por quais motivos está longe de ser algo que se justifique… 

  2. concordo que não sabemos tudo

    concordo que não sabemos tudo sobre nada, mesmo os mais experientes como eu. Mas não esqueçamos que os mais jovens também não sabem, como nós. O que importa é o hoje, seja lá que idade tenham os que vivem agora.

    Se a experiência serve para alguma coisa, é de que podemos lembrar de erros já cometidos e recomendar o que vimos que dá certo. Dá certo tentar melhorar a política por dentro. Participando do jogo conforme a definição legal. Este é o espaço restrito que os donos do poder abdicaram para conter a turba. Não podemos perdê-lo.

    Por mais que neguem os céticos, a história do PT mostra avanços. Se ainda temos ojeriza à classe política, sem o petismo eu só consigo imaginar que estaria muito pior.

    A melhor lição é a da paciência e persistência. Ninguém vai adquiri-las sem quebrar a cara e embarcar em algumas canoas furadas. O melhor método científico continua sendo a tentativa e erro.

    Se alguém acha que pode agir sem pensar, então precisamos descobrir como aproveitar esta energia para avançar.

  3. Toda e qualquer

    Toda e qualquer reivindincação deve ser dirigida ao legislativo, responsável junto com o judiciário, da quase totalidade das dificuldades que trancam o Brasil, porém fechado jamais!

    “Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo.” (Eça de Queiróz)

     

  4. Aí eu não entendi…

    …. onde entra nesta história os americanos que insuflaram a primavera árabe, a crise na Ucrânia e assim por diante…

    1. Pq é mentira. 

      Pq é mentira criada para justificar a insatisfação da população.

      A população NÂO PODE estar insatisfeita por conta própria tem que ser um agente externo.

      Julgam os outrosa pela sua regra, pensam assim pq eles que provocam agitações em diversos países, para gerar crise e tomar o poder.

      1. Antes fosse mentira!
        Eu sou

        Antes fosse mentira!

        Eu sou testemunha desta trama que envolveu milhares de inocentes. Tentaram me aliciar para o movimento um anos antes, as pautas eram bem claras. Não foi um movimento espontâneo, foi um movimento muito bem planejado e arquitetado. O estopim foi a ação violenta da PM paulista contra jornalista. Tudo bem tramadinho e com roteiro!

        Mas também não significa que milhares de pessoas como eu também não estejam descontentes com o andamento das coisas. Nós queremos um país melhor e ele é sem vcs no comando, tiveram a chance e mentiram ao povo, nos jogaram a um retrocesso monstruoso e querem faze-lo de novo. Os jovens não conhecem as promessas não compridas, não conhecem a recessão que vcs criaram.

  5. Patropi

    Marcelo Macêdo,

    Cidadãos como o seu filho é que formam a maioria silenciosa, a turma que tem o poder de decidir pelo voto o futuro governante ou parlamentar ou vereador. Se muitos votam de forma visivelmente equivocada,à la voto de cabresto, um fato inquestionável, outros votam  corretamente, isto é, com convicção – ao longo do mandafo poderão saber se o escolhido corresponde ao que prometeu.

    É esta maioria silenciosa, que não se guia graças aos céus pelos tais “formadores de opinião” , quem decide qualquer eleição limpa, eleição com trapaça é outra coisa..

    1. O nosso papel diante dos jovens de hoje

      Alfredo, quando eu vi a garotada partir para rua mediante à influência do que estava ocorrendo em outras cidades, marcadamente São Paulo, fiquei meio ressabiado. Tanto que não apoiei a investida de meu filho, porém me veio a ideia de ver como a coisa se contruía. Fiquei de certa forma acompanhando, observando como eles se reuniam, combinavam o que fazer e os meios que utilizavam para isso. Ou seja, fui vendo que lições não somente eles como nós – os coroas – poderíamos tirar disso tudo.

      Olha, Alfredo, independentemente da falta de uma consistente motivação para o que eles faziam, percebi que, com um pouco mais de amadurecimento político, eles podem muito. Aproveito para salientar ao que chamo de político, que se entenda como tomar partido sobre a situação, quer dizer, política em um sentido muito mais amplo do que a partidária. E isso eles de alguma forma demonstraram.  

      Em outro aspecto, quando vi a pouca maturidade do discurso deles – protestar antes de se saber por quê -, perguntei-me sobre que parcela  caberia à nossa geração (?!) – não sei sua idade,estou na faixa dos 40 – a respeito da incipiente atitude que eles tomaram naquele momento. Acredito que nós os filhos da revolução (Legião Urbana, colegas) temos, mesmo que involutariamente, pois fomos condicionados a isso pela ditadura, uma certa culpa pela despolitização da galera. Falta a nós estabelecermos para esse pessoal um contraponto entre a manipulação a que eles estão sujeitos e um posicionamento consciente que deveriam ter diante da realidade do país. Como fazer isso, então? Eis a questão.

      Para agirmos nessa busca de conscientização devemos fazer uso dos instrumentos que é comum à juventude atual: entre outros meios, a internet, as redes sociais. Destaco aqui a postura de alguns blogueiros e o resultado que eles já têm obtido até o momento, que não é nada desprezível.

      Talvez não, com certeza, nós temos que nos politizarmos ainda mais para alavancar o movimento dessa meninada nesse sentido. É um crime ver, como eu e muitos viram, uma adolescente, nessa pseudo-marcha da marcha pela família com Deus, subir em um caminhão e de microfone em mãos bradar pela volta dos militares. Que “estória” contaram a ela, para que a menina tivesse esse comportamento. A coisa é séria!

      Assim, colega, é bom que espaços como esse sejam cada vez mais divulgados e usados para estabelecer esse contraditório com a manipulação exercida pela falsa grande mídia sobre a população em geral. Eu tenho procurado fazer isso por onde ando, quer seja junto aos meus alunos quer seja em casa com minha família. 

      É isso aí, a caminhada é dura, mas é motivante!

  6. Não há democracia, sem participação

    Protestar não é tudo/

    Hoje temos democracia e quase trinta partidos.

    Essa juventude poderia embarcar neles. Fazer parte deles, moralizá-los. Moralizar, como querem, a política. Esta é a verdade que, ao que parece, não entendem.

    Protestos são armas que infelizmente acabam sendo utilizadas por mãos tiranas e que apertam o gatilho da arma contra o próprio povo. Isto não leva a nada.

    Lutamos muito pela democracia.

    Vale a pena aproveitá-la.

    Podemos fazer parte dos partidos, Inscrevermos neles. Tomá-los das mãos dos poderosos. Votar e ser votado. Participar assim do Poder.

    Hoje, o que vemos?

    Éé aquela velha história: o pai que dizia à filha, á moda antiga:

    – minha filha, você tem liberdade de escolher seu marido, mas desde que seja o Antonio, o Manoel e o Joaquim. Não há outros credendicados.

    Prescisamos credenciar outros. Fazer aparecer milhares de pessoas que hoje estão fora da política porque não querem dela participar por medo de se tornarem iguais a eles.

    Ora,  bolas, para que protestos. Nada irá modificar. É um sonho bobo e infantil.

    Participem da vida política e é a melhor saída.

    A democracia já foi conquistada. Basta dar sequência e não ficar alheio ao que se passa nos partidos, onde há donos. Sempre serão, se não participarmos,  o Joaquim, o Manoel e ou Antonio, a fora os pastores da vida.

    1. “Hoje temos democracia e

      “Hoje temos democracia e quase trinta partidos.

      Essa juventude poderia embarcar neles. Fazer parte deles, moralizá-los. Moralizar, como querem, a política.” Tem certeza?  Fico imaginando se um bando de jovens entrasse no PMDB, por exemplo, não seriam usados pelos caciques ao invés de “mudar” alguma coisa.  Nos partidos já existem os antigos que vão querer manter suas posições e não vão deixar que os mais jovens se sobressaiam, com excessão dos seus filhos, como já tivemos inúmeros exemplos. Veja o caso de Sao Paulo, o Lula teve que impor o Haddad por que… deixo a resposta para você. Agora, no Rio os partidos nos brindaram com candidatos que está difícil até de escolher o menos pior: O Garotinho é sem comentários, o Pezão parece até legal, mas é da praga do PMDB. Do Lindinho eu não tive boas referências dos moradores de Nova Iguaçu que eu conheço. Os partidos sao estagnados e acomodados e todo mundo já encheu o saco disso

      1. Lá pelo final da ditadura,

        Lá pelo final da ditadura, também era assim, ou melhor, pior: só havia 2 partidos. A novidade eram uns caras do ABC e alguns intelectuais a eles associados, que não se viam em nenhum daqueles partidos que começavam a (re)brotar: pds, pmdb, ptb, pdt. Havia também desconfiança em relação aos políticos tradicionais. O que fizeram? Criaram o partido deles, o PT. Por que os jovens insatisfeitos com os partidos atuais não fazem o mesmo? Por que não criam um(ns) partido(s)? Ora, porque não têm bandeiras, é óbvio. Qualquer partido precisa de ideias para ser fundado (exceção feita aos fisiológicos, mas não é disso de que estamos tratando, certo?). E por que não têm ideias? Ora, porque este estado de insatisfação difusa é meramente criado pela mídia, pelos americanos, via CIA, NSA, com seus braços facebook e cias ltdas, para poderem manipular, direcionar “a massa” como quiserem, ainda deixando com os pobres coitados a impressão de estarem fazendo história. Alguma dúvida? A luta agora, mais do que nunca, é nas mentes. Taí o Wilson (o das bombas semióticas) para nos ajudar. Eles (os nossos jovens—e velhos de “mente jovem” também) ainda (?) não sabem sequer quem é o inimigo real, às vezes (muitas mezes) se aliam a ele! Esta é a técnica deles, a mesma do diabo: “melhor mesmo acreditarem que eu não existo”. Quem pensar diferente será ainda taxado de doido. No fundo, apesar de triste, é até engraçado, pois, afinal, certas coisas (as coisas certas) podem até serem adiadas, mas nunca evitadas, como é o caso da verdade. A Natureza não dá saltos. Abraços.

        1. Por que os jovens não criam

          Por que os jovens não criam um partido? Será que eles acreditam na estrutura partidária? Acho que não… Mas esta pergunta teria de ser feita diretamente à eles para não ficarmos no achismo e, o pior, esperando o próximo ato da trama dos americanos sem fazer absolutamente nada… além de reclamar. A insatisfação é difusa, carece de propostas, sao facilmente manipuláveis, cooptados? Sim! E daí? A problemática continua, com ou sem americanos, latente, até a próxima insurgência.

          Fale com esses jovens que eles estão agindo em prol de objetivos dos americanos que eles rirão de você … Essa é uma guerra de comunicação, em primeiro plano, que deve ser travada neste contexto : o diálogo, o entendimento , o esclarecimento.  O futuro sao os jovens e aqueles que chegarem perto deles com uma postura arrogante  de imposição do seu conhecimento político e do mundo não serão ouvidos.  Estes jovens não aprenderam história na escola, não foram bem informados pelos meios de comunicação e tem as ilusões utópicas naturais da idade … um prato cheio.

  7. O que esta sendo feito,

    O que esta sendo feito, atualmente,  com a juventude é algo parecido com aquilo que se pratica nos laboratorios de experiencias com os ratinhos.

    Aplica-se um estimulo qualquer e os bichinhos correm na direção que se espera.

    Com as tais redes sociais é o mesmo.

    Quando começou a tal “primavera arabe”, tão enaltecida pela Hilary Clinton, falava-se que os jovens se  reuniram na tal praça atraves das “redes sociais”.

    Achei tudo aquilo estranho.

    E mais estranho ainda quando os militares voltaram ao poder e os jovens pararam de protestar.

    É incomprensivel não haver “primavera” na Espanha, onde apenas 25% dos jovens tem emprego e muito mais computadores que os arabes.

    No Brasil, esse novo instrumento de manipulação de massa fez milhares de jovens “sairem as ruas”, como baratas tontas, gritando “contra tudo” e “contra todos”.

    Atras deles a direita sem chances na eleição.

    Procurava-se criar um clima de insatisfação geral, para enfraquecer o governo.

    Reuniram todos os “insatisfeitos”.

    E o que não faltam são “insatisfeitos” no mundo atual. O numero sera enorme se juntarmos os gays, os homofobicos, a ultra direita, a ultra esquerda,, os desempregados, os mal remunerados, os injustiçados, as torcidas de futebol e por ai vai.

    Assisti conhecidos meus, ricos empresarios, donos de cadeias de loja festejando as “manifestações”.

    Mas creio que deram um tiro no pe.

    Os pobres que estavam quietos, longe dessas “manifestações”, aprenderam a protestar, queimar onibus, fechar estradas.

    E esses tem bastante mais razões para “sairem as ruas”.

    1. Bom saber que ainda existem

      Bom saber que ainda existem pessoas que enxergam além do obvio ululante, meu caro. Achar que as manifestações de junho foram espontaneas chega ao cúmulo da boçalidade. Voce como eu deve enxergar um puco mais de um palmo e perceber que tudo aquilo foi ação orquestrada e de fora do Brasil. Não existe primavera onde os americanos dominam. Simples assim!

  8. Aos nossos filhos

    Esses jovens ainda têm tempo para tomar partido.  Eles pensam ou sabem o que querem, o que não querem, discutem e assim formam-se ideologicamente. No fundo eles não são apartidarios, estão ainda procurando espaço, ainda que sejam mais facilmente manipulaveis.

    Eh sempre oportuno lembra-los que os dias eram assim:

    [video:http://youtu.be/hDo5x37l8hc align:left]

     

     

  9. A voz que não sabíamos que vinha das ruas

    Muita rapidamente o movimento foi envolvido por um tipo de gente que todos sabemos muito bem o que querem!!!.

     

     

  10. Comemorar o aborto populista

    Comemorar o aborto populista e genérico, nascido do apolitismo mais abjeto e nutrido pelos meios de comunicação?

    Ainda mais quando os 20 centavos ja viraram a sabotagem flagrante do “não vai ter copa”

     

    Só no Brasil de 2014…

  11. Valeu mesmo?
    Valeu à pena

    Valeu mesmo?

    Valeu à pena “este tipo de” luta por uma sociedade mais justa para todos? Com este tipo de manifestações? Fala sério.

    Um grupo de rebeldes sem causa. Sem rumo, sem bandeira e sem discurso. Quais foram as “inacreditáveis ” vitórias deles? Conseguiram 20 centavos na passagem de ônibus ( que posteriormente sairão do bolso dos contribuintes de novo).

    Um movimento que no final a oposião acabou se apropriando. E sem vitória alguma, pois a Dilma continua favorita nas pesquisas. E ainda por cima, após estas “manifestações” o crescimento do PIB se arrefeceu, diminuiu, investidores ficaram receosos. E não é para menos. Saques a caixas eletrônicos, depredações, veículos queimados, cinegrafistas mortos.

    Antigamente haviam os caras pintadas, mas eles tinham um objetivo definido, derrubar Collor do poder, e fizeram isto sem quebrar nada, sem matar ninguém, sem espantar investidores e sem máscaras.

    Hoje os manifestantes refletem claramente o espírito da oposição neste país: Não sabem o que querem, nem para onde vão, não tem planos, não têm a coragem de reinvindicar de cara limpa (homem que é homem não usa máscaras, assume o que faz e assina em baixo), e ainda assim querem assumir o governo do país (!). E depois eles decidiriam o que iriam fazer, após chegarem ao poder.

    Dá para culpar os investidores por ficarem receosos e fugirem do país? Dá para entender porque o PT ainda é favorito nas pesquisas, mesmo a maioria querendo mudanças na política econômica do Governo?

    A oposição inteligente neste país se extinguiu há mais de uma década.

    1. Pensei em responder suas

      Pensei em responder suas colocações, a fim de criar um debate saudável, legal, democrático. Contudo, ao ver que em seu post que você relaciona os protestos iniciados pelo Movimento Passe Livre como uma possível manifestação da oposição, percebo que nossas visões a respeito do que ocorreu no ano passado são muito divergentes, daí não vejo como traçar um paralelo entre nossas concepções. Mas valeu, Cara, afinal cada um vê o mundo do jeito que deseja.

  12. Nós, filhos da revolução? Que

    Nós, filhos da revolução? Que revolução, cara pálida? Que eu saiba somos filhos do golpe.

    Acho um enjôo essa coisa de querer dar um valor universal a uma historinha tão particular. Tá deslumbrado com sua cria? Parabéns. Mas por que mesmo o deslumbre? Não fazia fé no filho que criou? Ou é porque criou mesmo um filho que não sabia em que país estava vivendo?

  13. Esses jovens não sabem o que querem. . .

    Primeiro foram os R$0,10 das passagens de ônibus, depois foi o “acabar com a corrupção dos políticos”, como se conseguisse acabar com a corrupção com um decreto, ou mesmo votando. A corrupção é do povo brasileiro, é de onde saem nossos políticos. Fariam melhor se fundassem partidos políticos, um tipo de PJB (Partido da Juventude Brasileira), talvez depois de algumas décadas de lutas e de decepções conseguissem diminuir um pouco a corrupção no Brasil.

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