Aliados discutem possibilidade de delação premiada de Cunha

Jornal GGN – De acordo com aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele discute a possibilidade de fazer um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. No entanto, o assunto não foi discutido com a PGR. 

Cunha reluta em se tornar delator, afirmando que não cometeu crime e não teria o que delatar. Sua defesa é comandada por Antonio Sergio Pitombo, junto com Fernanda Tórtima, que atuaram como advogados na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. 

De acordo com o jornal Valor Econômico, a esposa de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, que se tornou ré por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Justiça federal do Paraná, tem cobrado do marido uma solução para a situação vivida por ela e pela filha, que também é investigada pela Lava Jato.

Caso seja cassada pela Câmara, a situação jurídica de Cunha pode ser agravada, já que ele perderia o privilégio de foro no Supremo Tribunal Federal (STF) e seu processo seria enviado para a 13ª Vara Federal em Curitiba, base da Operação Lava ­Jato. Para alguns de seus aliados, a questão de sua cassação é praticamente certa. 

Do Valor

Possibilidade de delação premiada é avaliada por aliados de Cunha

Pressionado pela sequência de derrotas nos últimos dias, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB­-RJ), já discute a possibilidade de tentar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo interlocutores do parlamentar.

A ideia de uma delação tem sido sugerida com cautela a Cunha por amigos e advogados. Os defensores da sugestão consideram o pior cenário possível para o deputado: a condenação por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o recebimento de recursos desviados da Petrobras. Cunha rejeita de modo veemente tornar-­se delator e tem demonstrado uma postura irredutível.

O assunto também não foi discutido com a PGR. A proposta de assumir a posição de delator poderia enfrentar dificuldades, na avaliação de alguns interlocutores. Na interpretação deles, procuradores prefeririam obter a prisão ou a condenação de Cunha como um “prêmio”, em vez de aceitá-­lo como colaborador. Mas o Valor apurou que a hipótese não seria descartada pelo Ministério Público.

Pelo Twitter e a políticos que o visitaram, Cunha afastou a possibilidade assinar acordo de delação premiada. “Jamais falei com quem quer que seja de delação, até porque não pratiquei crime e não tenho o que delatar”, disse.

A defesa do parlamentar é liderada pelo criminalista Antonio Sergio Pitombo, em parceria com Fernanda Tórtima. Os dois atuaram como advogados na delação premiada do ex­presidente da Transpetro Sérgio Machado. Fernanda é filha de José Carlos Tórtima, advogado com banca tradicional no Rio de Janeiro e que é vinculado a Cunha há mais de duas décadas.

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Redação

8 Comentários

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  1. “Cunha reluta em se tornar

    “Cunha reluta em se tornar delator, afirmando que não cometeu crime e não teria o que delatar”:

    Peroem me por notar que a frase eh real e se nao me engano veio dos advogados dele.

    O que quer dizer que ele JA ESTA SE DESQUALIFICANDO pra “delacao”, premiada ou nao.  Delacao premiada nao vai -e seria absurdo- com declaracao de inocencia em nenhum pais do mundo!

    So falta mesmo!

    Minha estimativa eh que se ele aceitar, ate mesmo na fase de apuracao o negocio vai cair aos pedacos devido ao numero de mentiras documentadas que vao sair da boca dele.  “Tchau, queridas” eh o que sobra.

  2. Cortina de fumaça?

    Bem conveniente o oba-oba em torno das denúncias conrtra Temer.

    Aquelas contra o Aécio já saíram das manchetes dos principais panfletos golpistas.

     

  3. Mas…

    Qual delator não bradou inocência antes de delatar?

    Cunha ainda mantém (ou diz que mantém) alguma esperança na CCJ. Assim espera sustentar a espada balançando sobre várias cabeças. Para mim, apenas ganha tempo enquanto seus advogados negociam os termos de suas informações. Vamos lembrar: ele já é réu, já tem bens conhecidos bloqueados, e sabe das ações judiciais que atingem sua mulher e em breve sua filha.

     

  4. Vai Delatar sim……..nõ tem

    Vai Delatar sim……..nõ tem por onde correr. Já imaginaram Madame Claudia e Filha no corredor da Torre de Londres ???….

  5. As lideranças dos partidos de

    As lideranças dos partidos de esquerda na Câmara precisam se organizar e se preparar para o pós-Cunha.

    A queda do Cunha é questão de tempo. Há espaço para organizar um bloco de esquerda, englobando PT, PCdoB, PDT, e PSOL, contando, ainda com alguns setores do PSB, Rede e até do PMDB, visando a eleição para a mesa diretora da Câmara.

    A base golpista está dividida em dois grandes grupos, sendo um deles chamado de Centrão, formado por pequenos partidos, como o PP. PSD, PR, PRB e outros. O outro grupo da base golpista é composto pela antiga oposição: PSDB, DEM, PPS e outros. O PMDB está dividido entre estes dois grupos.

    Nenhum desses dois grupos da base golpista tem votos suficientes para eleger o presidente e demais integrantes da mesa. Isto dá ao bloco de esquerda um poder extraordinário de barganha, pois vai funcionar como o fiel da balança.

    Outra opção é lançar candidatura própria do bloco de esquerda e aguardar defecções que, certamente, surgirão no conflito entre os dois blocos da base golpista. 

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