“André Vargas foi eleito vice da Câmara por todos os partidos”, disse Padilha

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, respondeu aos seis jornalistas que fizeram parte da bancada do Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (28).

A primeira sequência de perguntas abordava o tema mais quente desta semana, envolvendo o nome do ex-ministro: o vazamento de uma investigação da Polícia Federal, com troca de mensagens entre o deputado André Vargas e o doleiro Alberto Youssef. Padilha frisou a explicação já dada na última sexta-feira, em entrevista coletiva: “mente quem diz que eu indiquei Marcos Cesar Ferreira Moura”, disse.

A bancada do Roda Viva – composta por Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo; Marcelo Godoy, de O Estado de S. Paulo; Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico; Mário Simas Filho, da revista IstoÉ; Germano Oliveira, do jornal O Globo – pressionou em diversos momentos a relação que o ex-ministro teria com André Vargas.

Quando Godoy questionou se em nenhum momento ele teria desconfiado, contundente, Padilha respondeu: “fiz meu papel de ministro da Saúde. Recebi o projeto do vice-presidente da Câmara como eu devo fazer”. “Não foi só o PT que elegeu André Vargas a vice. A oposição também votou nele”, completou, indicando que não desconfiava de um possível envolvimento criminoso do ex-petista.

Outros assuntos entraram na pauta, como a falta de estrutura dos hospitais públicos do Brasil, a ação da Agência Nacional de Saúde (ANS) de suspender a comercialização de 268 planos de saúde, por não se enquadrarem nas normas; além de estratégias de campanha, plano de governo e seu histórico como ministro de Relações Internas e da Saúde.

Em diversos momentos, Alexandre Padilha falou em segurança, defendendo a necessidade de uma integração – hoje inexistente – entre as polícias civil e militar. A integração e cooperação também foram destacadas como medidas necessárias, segundo ele, para a relação entre os diferentes estados do país, sobretudo, em casos como a recente vinda de haitianos para São Paulo, que, segundo Padilha, deveria partir de um diálogo para melhor receber e empregar os imigrantes no estado.

O Programa Mais Médicos também foi foco de perguntas dos jornalistas. Germano Oliveira alfinetou o ex-ministro ao questionar se o país não estaria consentindo com a relação empregatícia repressiva dos médicos cubanos, ao não poderem trazer suas famílias para o Brasil e ao receberem menos que os demais.

Padilha explicou que os médicos cubanos tinham que aderir um regime de normas do próprio país. “Germano, sabe qual é o problema? Muita gente quer fazer esse debate porque quer fazer polarização ou debate ideológico com Cuba. O meu interesse não é esse. Eu não estou aqui para defender Cuba. Estou aqui para defender o médico cubano atender o brasileiro”, respondeu.

“É por isso que eu fiz o Mais Médicos. Primeiro lugar, deu oportunidade para o médico brasileiro que quisesse ir para a periferia, para médicos de outros países. Vários vieram, espanhóis, portugueses, argentinos, mas a gente continuava com uma realidade muito concreta, de milhões de brasileiros que não tinham recebido médico nenhum, mesmo chamando o povo brasileiro e mesmo chamando de outros países”, disse o ex-ministro.

Alexandre Padilha não disse se era a favor ou contra o regime político cubano: “não cabe a mim comentar outro regime”. Mas informou que é “abominável” qualquer tipo de ditadura – considerando a sua infância distante do pai exilado, Padilha diz ter aprendido a democracia desde cedo.

Além de atacar a gestão do governo tucano na crise do sistema Cantareira e na questão de segurança pública, Padilha enfrentou Alckmin no quesito social: “temos que parar de achar que não tem pobreza no estado de São Paulo, inclusive isso é uma das coisas mais nocivas em 20 anos do governo do PSDB, como eles não estão ligados, não estão preocupados com os mais pobres, tentaram passar a imagem como se não existisse pobreza no estado de São Paulo”.

Ao ser questionado de não responder todas as perguntas, o pré candidato afirmou que talvez não tenha respondido da maneira que eles, os jornalistas, quisessem. “Sempre estive e sempre estarei na ofensiva”, concluiu. Padilha também disse que qualquer assunto que envolver o seu nome, ele se antecipará antes de solicitarem justificativas.

Assista ao programa completo:

https://www.youtube.com/watch?v=ck0Rd0Yv9Hk

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

45 Comentários

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  1. A política brasileira

    A política brasileira fede.

    Mas fede muito mais a manipulação direcionada da imprensa.

    Parabéns, Patrícia, por trazer diretamente o outro lado da informação.

     

  2. Bom, vamos lá:
     
    É um

    Bom, vamos lá:

     

    É um “Malufão” nas respostas. Liso de tudo e não responde nada…

     

    Os paulistas – estou incluído – estão “bem” de candidatos ao Governo do Estado…

     

     

    1. Malufão ?

      Com a diferença de que Maluf não pode sair daqui ,Padilha acabou de chegar dos EUA ,2) respondeu 3 vezes sobre denuncias da “imprensa” calou a boca de todos nos momentos em que falou que não estava ali para discutir a ideologia da ilha de cuba e sim para levar medicos a populações desassistidas 3 ) calou a boca do Augusto Nunes ao afirmar que não tinha plano de saúde por ser medico ,enfim cada um ve o cadidato que quer ….

        1. Vou dedicar uns minutos pra

          Vou dedicar uns minutos pra responder, ok?

           

          Não. Não sou tucano disfarçado. Se há algum usuário com esse nick não sou eu. Já acessei muito esse blog; hoje em dia, menos. Não tenho mais tanto tempo disponível no trabalho.

           

          Apenas não vejo o mundo dividido entre Petistas e Anti-Petistas, sendo estes ou aqueles os bons ou maus. 

           

          Já escrevi uma vez neste blog e fui “massacrado”. Qualquer comentário que discorde de um candidato/integrante do PT é logo colocado a pecha de tucano. “Muito democrático” isso de não aceitar opinião discordante.

           

          O mundo não é 8 ou 80. Saiam dessa bolha de “Nós X Eles”. 

           

          Votei no Lula nas duas vezes em que ele foi eleito. Acredito ter feito um bom governo.

           

          Votei na Dilma. Razoável.

           

          Como moro em SBC, na primeira eleição, votei no Luiz Marinho. A meu ver, um governo mediocre. Na reeleição dele, anulei o voto.

           

          No meu entender, Padilha é mediocre, assim como Alckmin também o é.

           

          Simples assim. O fato de eu não gostar de fulano ligado ao PT não me torna tucano, da mesma forma que o fato de não simpatizar com um psdbista não significa que sou petista.

           

          Se você vê o mundo por esta ótica, sugiro ser mais tolerante. 

           

          Abraço,

           

           

           

    2. Padilha não é Maluf. Maluf não é Padilha

      O Alexandre Padilha respondeu, mas os entrevistadores não gostaram das respostas. Às provocações e armadilhas lançadas pelos entrevistadores, o Padilha soube se desnvecilhar e mostrar que é uma pessoa que aprendeu a ter um discurso didático e popular semelhante ao de Lula. Brizola também sabia fugir das armadilhas e também sabia fustigar os entrevistadores. Eu queria que o Padilha fustigasse os entrevistadores, que jogasse na cara deles que eles são bonecos ventrílocos dos seus patrões, que eles não têm ideias próprias.

      O Maluf também sabia muito bem escapar de uma pergunta marota, mas o Maluf é o Maluf, o Padilha é o Padilha. Maluf representou a Ditadura Militar, enquanto o Padilha, podemos dizer que foi um dos perseguidos indiretamente da Ditadura.

    3. Condição necessária.

      Mas para que haja uma resposta há que haver antes uma pergunta. Perguntas não houve.

      Até porque uma provocação com um ponto de interrogação no final não é uma pergunta.

    4. Leitura de cego essa tua, o

      Leitura de cego essa tua, o que tu querias que o Padilha fizesse , sendo atacado por seis hienas fedorenta e famintas?????   Você teria mandado eles tomar….    ??????  Eu como não sou político, teria mandado .

  3.  
    Eu queria ter estômago para

     

    Eu queria ter estômago para ouvir as vozes do Mesquita, Marinhos etc…. . Não dá .

    Não sei se acontece só comigo, mas não consigo mas ouvir as vozes dos biscateiros da porca mídia .

    Antes que eu esqueça . Padilha 2014 e Lindbergh 2014  !!

    1. Não é só contigo. Eu não

      Não é só contigo. Eu não vejo, leio ou ouço esses panfletos político-ideológicos desde os anos 90.

      Sobre Lindbergh eu não sei de uma proposta seuqer para o governo daqui do Rio. Notícia que eu vi foi que ele andou de papo com malafaias… Nada contra conversar, mas não sei de nada do que foi conversado.

  4. Eu assisti.

    Boa tarde.

    Assisti do começo ao fim o “Roda Viva” ontem. Foi um massacre.

    Não estavam interessados nas propostas de Padilha, só queriam jogá-lo contra as cordas, bater, bater e bater.

    Fernando Rodrigues tem ódio estampado na cara. falou besteiras encima de besteiras, tentou o murro mais potente e deu no vácuo. A pobreza de jornalismo era escancarada.

    Todos bateram. Simas (como pôde constatar minha experiente esposa em comportamento humano estava nervoso e tremia as mãos ao falar)  parecia receber sinais do “além” que diziam que a atuação estava péssima por parte da banca.

    Padilha fez o que pôde, se defendeu. Tentou um debate mais iluminado, mas a bancada só queria as trevas.

    Observei que ninguém tocou no assunto TABU de São Paulo: falta d’água e racionamento, isso demonstra que é mais importante saber se André Vargas falou em nome de Padilha do que ter água nas torneiras paulistanas ( pobres paulistas…).

     Pedágio? Transporte público? Mas quê! nem um pio, parecia que estes problemas afligem os outros e São Paulo é o Mar da Tranquilidade (fica na lua).

    Padilha poderia ser mais agressivo quando falou da Labogen e poderia ter colocado o “bode na sala” trazendo que quem fazia contratações da Labogen era o Sr. Serra em 1999, mas como bom petista aprendeu em 11 anos a apanhar calado…. uma pena.

    Enfim uma luta em que a bancada bateu demais e Padilha se defendeu como pode, perdeu, de pouco, mas perdeu.

     

    1. Na minha opinião deu Padilha

      Não considerei que o Padilha perdeu esse debate, quando ouvi a fala do Fernando Rodrigues de que o Padilha era um político da nova geração com roupagem política velha (porque petista) e que não respondeu nada, que ficou em cima do muro. Aí percebi que o vencedor foi o Padilha, pois ele conseguiu responder o que quis e sem cair nas armadilhas dos entrevistadores  (alguém aí em cima lembrou-se do Maluf, lembrei logo do discurso popular e didático do Lula, tanto um quanto o outro são experst em fugir das perguntas matreiras e responder o que quer e não o que desejam que ele responda). Foi o Padilha que falou da incompetência do PSDB no trato da água na Grande São Paulo, do atraso econômico de São Paulo imposto pelos vinte anos de tucanices, que ele não era candidato ao governo de Cuba e sim de São Paulo.

    2. “Tentou um debate mais

      “Tentou um debate mais iluminado, mas a bancada só queria as trevas. Observei que ninguém tocou no assunto TABU de São Paulo: falta d’água e racionamento…”

      Esse qque é o problema desses “cavalheiros” do PT. Querem agradar quem os odeia. Não tem nada que tentar “debate mais iluminado” com quem quer só envenenar os outros contra eles. Têm que aprender a falar as paalvras burrice, demagogia, chacrinha, incompetência, estupidez, idiotice, boçalidade… Não precisa gritar, é só pronunciar as palavras; ainda mais ao vivo…

      Em futebol se chama respeitar demais o adversário (que os trata como inimigos; forças do mal, etc.).

  5. Foi o tempo em que Roda Viva

    Foi o tempo em que Roda Viva era um programa admirável, bom de se ver. Com Augusto Nunes no comando só não ficou pior do que à época em que Marília Gabriela comandava. Dos dois, enfim, é difícil saber qual o pior. Uma coisa é certa: de Marília pra cá o programa, maravilhoso, decaiu, virou uma esculhambação. Augusto Nunes não tem sequer preocupação em esconder suas tendências políticas, com isso deixando os entrevistados sempre em situação delicada. Quando um entrevistador pergunta algo que pode comprometer Padilha, por exemplo, augusto Nunes interrompe, e interrompe até o raciocínio do entrevistado. 

    Desisti de ver esse Roda Morta por esses motivos, entre outros.

     

  6. Padilha não é Dirceu

    Não vi e não verei o programa, mas acho estranho o comentado mau desempenho de Padilha, pois quem vai ao Roda Viva já sabe de antemão as perguntas que serão feitas e de todas as técnicas de abordagem troncha dos entrevistadores postos na banca, gente com imaginação zero e inteligência perto disso, daí porque passar dificuldades com essa turma é demonstração de pouco equilíbrio e inteligência compatível a de seus entrevistadores.

    Lembro-me de um Roda Viva que vi com José Diceu, que só acompanhei porque queria ver o embate deste com o imbecil do Augusto Nunes, e deu naquilo que esperava: o entrevistador ficou arrasado e com aquela cara de mi mi mi diante de quem, certo ou errado, demonstrou muito mais preparo que ele e de todos os demais entrevistadores juntos, inclusa a anta Marília Gabriela. Isso sem falar que o olhar incisivo, enfático e ao mesmo tempo arrogante de Dirceu lançado sobre ele, como se o considerasse nada mais que um lambe botas de patrão cretino, forçou Augusto Nunes várias vezes a baixar os olhos e murmurar seus tímidos ataques, sob a transparente pátina de seu recalque.

    1. Não teve mau desempenho.

      Não teve mau desempenho de Padilha.

      Imagine aquela banca encima de você!

      Ele se limitou a defender-se, só. Mas houve momentos em que poderia ter atitude e saído das cordas em que quando um jogava o outro vinha e batia junto.

      Pelo que se anunciava, era o Luverdense contra o Corinthians em pleno Pacaembú lotado. Perdeu de pouco, como Padilha e poderia ter feito um gol. 

      1. Futebol e outras metáforas

        O problema é que aqueles caras não são o Corinthians, mas o (perdão!) Marília. A goleada cabia a ele, nem que Luverdense fosse.

        1. Vale a pena ver, marcos, ele

          Vale a pena ver, marcos, ele foi muito bem. Não conseguiram pegar ele em nada. No final, já com raiva disseram que apesar de novo ele era um político muito tradicional pq ficava em cima do muro e não respondia a nada e, ele: posso não ter dado a resposta que vc queria mas isso quem vai decidir é quem está nos assistindo… Muito bom, ele. Inteligente, raciocínio rápido e movimentos controlados. Adorei; foi uma grata surpresa.

    2. O Padilha foi muito bem

      O Padilha foi muito bem. Ele foi calmo e enfrentou os baba ovo do PiG com argumentos. Pelo menos o Padilha não está sendo mais um frouxo do PT. Na minha opinião achei o Padilha muito articulado e sabe do que fala. Se ele continuar  assim o xuxu de picolé vai ter muito trabalho pela frente. Eu espro que o Padilha tenha estudado sobre os principais problemas do estado de SP para apresentar propostas reais como fez o Haddad com relação à capital de SP.

  7. RodaMorta demotucana
    #RodaMorta, 5% jornalismo, 95% político. Agora, vão chamar um demotucano para ficarem bajulando. Bem “democrático”…

  8. Esquceu-se de mencionar o caso do doleiro com sERRA
    Padilha perdeu a oportunidade de falar do contrato que sERRA fez, no desgoverno FHC, com o laboratório do doleiro Youssef.

    1. Nao era esse o foco . . . . .

      Nao era esse o foco . . . . . o mote do momento é, Eu sou o bom . . . . . o mau a gente pega no caminho, nao vai faltar oportunidade, pode crer . . . . . .

  9. Augusto Nunes – o almofadinha
    Augusto Nunes é a anta em pessoa, com todo respeito ao animal. Um mauricinho assumido, preconceituoso e elitista. Quer dizer, um verdadeiro babaca, papagaio de pirata do patrão, que se passa por jornalista. Seu público é constituído por Home Simpsons do mesma estirpe. Até eu já dei uma surra nele em debate. Ele pediu para sair.

  10. Também assisti de “cabo a

    Também assisti de “cabo a rabo” a entrevista. Entrevista, não, inquisição. O único interesse da banca de entrevistadores era só enquadrar o candidato e depreciar o PT de modo geral. 

    Mesmo acossado, acho que o ex-ministro se saiu muito bem. Até mesmo nas cascas de banan tipo: “você apoia a ditadura de Cuba” e “você acha justo um salário de R$ 1000 para um médico”. Sem falar que utilizou o espaço para expor suas propostas de campanha. 

     

  11. Nassif, veja o que disse

    Nassif, veja o que disse Nêumann Pinto sobre a entrevista de Lula em Protugal:

    Lula é assim mesmo: vai falar no Extrangeiro, depois do encontro com a milícia de blogueiros, …

    Viu? Você está sendo acusado de fazer parte de uma milícia. Isso é muito grave.

     

    Bem, não esperei o FORA D EPAUTA porque queria passar essa informação agora.

     

    1. Os jornalistas da mídia

      Os jornalistas da mídia grande não gostam muito dos blogueiros. Na entrevista do Ah é sim no Canal Livre, tb desancaram eles.  Aliás, por falar nisso, a entrevista até que não foi tão ruim mas, dá prá acreditar que trataram do tráfico de armas e drogas e não tocaram no helipóptero? Ah se fosse alguém do PT, né Boechat?

  12. Padilha no Roda Viva

     A entrevista ao Roda Viva de Alexandre Padilha, pré-candidato ao Governo do Estado de São Paulo pelo PT, estava mais para interrogatório. Durante a primeira hora do programa de noventa minutos, insistiram em tentar vinculá-lo a André Vargas e Labogen, em diversas perguntas semelhantes formuladas de forma diferente apenas para tentar pegá-lo em uma armadilha. Foram dois terços do programa. O restante dos outros trinta minutos, mais armadilhas ao tentar vinculá-lo a insucessos, ou supostos insucessos, do Governo Federal e outros governos petistas estaduais. As perguntas abordaram apenas três temas, basicamente: Labogen, segurança e saúde. O que é muito pouco, quando deveriam ter usado esse espaço para conhecer melhor o pré-candidato ao Governo do Estado.

    Já Padilha, pecou por ser prolixo, portando-se como num palanque. Enquanto as perguntas giraram entorno dos três tópicos acima, ele conseguiu enfiar na resposta educação, Caravana Horizonte Paulista, Alstom, racionamento de água na região metropolitana, Governo Dilma e reeleição, Governo Haddad, operações da PF e suas experiência anteriores. Não se crítica a intenção de ampliar o debate viciado da bancada de jornalistas da tevê tucana, porém a estratégia perdeu-se em homilias, parecendo mesmo evasivo, embora a resposta estivesse lá, em algum lugar. Falta traquejo político ao petista, que chegou a ser comaparado com o folclórico Maluf (esse já mestre na arte).

    Duma deselegância sem tamanho foi Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo, ao criticar as respostas dadas por Padilha. Ele era um convidado, não um suspeito numa delegacia. Essa crítica caberia ao telespectador fazer. Da mesma forma, pegaria mal a Padilha se fosse honesto com os representantes da grande imprensa e apontasse a tendenciosidade das perguntas.

    Padilha deixou de responder à altura Mário Simas Filho. Este cobrou que o debate eleitoral deste ano seja de alto nível, olhando pra frente, discutindo propostas e não ataques de um a outro. Oras! Por que o diretor de redação da revista IstoÉ e seus colegas na noite de segunda-feira não contribuíram para elevar o debate então? A imprensa traidicional é a principal responsável pelo baixo nível das disputas políticas.

    A pauta do programa, assim como do Jornal Nacional, Folha, Estadão, Globo, Veja, Época se esbaldam em manchetes sensacionalistas e denuncismos rasos tentando vincular os governos petistas a todo tipo de corrupção e escândalos reais e imagináveis, enquanto preservam seus adversários. Quais as propostas dos pré-candidatos para saúde, educação, segurança, economia, quais as diferenças entre eles, parecem não interessar. A pior campanha eleitoral de todos os tempos vêm aí, mais uma vez pautada pelas grandes famílias da mídia nacional.

    E quem queria conhecer o pré-candidato e suas propostas para o Estado de São Paulo perdeu noventa minutos da noite de segunda-feira.

    1. Foi um espetáculo de
      Foi um espetáculo de canalhice patrocinado por todos os entrevistadores, que tentaram defender , a todo custo o desgoverno Alkmin fazendo comparações com outros estados governados pelo PT. Vão ser cupichas assim no raio que os parta !

  13. Rogaram uma praga no PT!

    Sabe o que é phoda??? parece que parlamentares petistas, gente do PT pouco se importam com comunicação. Ontem o Padilha tinha (obrigatoriamente) que ter empurrado guela abaixo da bancada tucana de jornalistas o tema Labogen. Cadê o catso do assessor que não falou para ele: “Padilha não vão te perguntar, pq nao é interesse deles perguntarem. Vão falar superficialmente só para te atingir.  Então, a hora que levantarem a “bola Labogen” você diz que o contrato foi assinada na gestão Serra. Insista”.

    PQP.. cadê o assessor. Cadê o assessor que não falou: tente falar da Cantareira. Que a Sabesp pagou bilhões de dividendos para seus acionistas e cadê o investimento. Cade o plano de racionamento que tinha que estar pronto no segundo semestre de 2013? E agora como a indústria paulista vai fazer sem água?

    Fale do Pedágio mais caro do país, quiçá do mundo! Fale do transporte público em Sampa. Afundaram a imagem do Metrô. Das CPIs na Câmara Paulista que não deixam passar o Propinoduto?  Cadê a Segurança em Sampa?

    Padilha enfie na guela deles mesmo que eles não queiram …  Aproveite que vc está no espaço tucano de televisão e do outro lado tem tucanos e não tucanos. GENTE CADÊ O CATSO DO ASSESSOR OU DA ASSESSORA? (DESCULPEM CX ALTA).

    Um cara que é candidato a governo de SP e vai no covil tucano tem que ir armado até os dentes. É como se o Padilha estivesse indo para um debate com o atual governador. Aí tem que ter assessor com A maiúsculo.

    Meu, não é possível:  fizeram uma macumba para o PT e praguejaram:  vcs vão morrer sem ter um bom assessor. Saudades de um Kotscho e outros que não me lembro agora. Mas dá para contar nos dedos de uma única mão!

  14. A Hiernas da grande imprensa

    A Hiernas da grande imprensa cupicha e corrupta foi para cima do Padilha para tentar desmoralizá-lo, porém , o cara é muito bom, muito preparado e não deixou que esses “jornalistas do Doi-Code ” o colocasse no corner, pelo contrário, conseguiu mostrar todos os erros do governo tucano, e, quando estava fazendo, as hienas tentavam atralhar o seu raciocínio.  Francamente, aquilo foi mesmo um interrogatório, aqueles caras são dissimulados demais.

  15. O Padilha foi super

    O Padilha foi super petista!

    Os ursoss atacavam e exibiam os flancos ele  ao invés de golpear

    olhava-os com ternura.Quer matar a oposiçaõ de ódio Padilha?

    Fernando Rodrigues se tivesse mais 1 minuto saltaria sobre  o

    ministro, já o  Nunes , mantinha a calma e o rancor. Jogo jogado.

  16. Era uma vez …

    Um programa muito interessante. Pena que ele desapareceu há muito tempo. Fernando Rodrigues foi simplesmente patético ao afirmar que Padilha não havia respondido as perguntas. A resposta de Padilhao deixo mais parvo ainda. A pergunta se Cuba era uma ditadura ou não, foi ridícula. Para um candidato a governador?? Porque não perguntaram sobre a espio

    nagem americana?

  17. Dançando no fogo.

    Quem conhece as técnicas de apresentação que Padilha usou sabe que eles se saiu muito bem. Realmente, não respondeu nenhuma pergunta, pois eram armadilhas. Os entrevistadores não estavam lá para entrevistar e sim para criar constrangimentos. Padilha jogou com as regras do jogo.

    Teve momentos brilhantes, como quando esclareceu que jamais teve um plano de saúde.Deixou os entrevistadores sem assunto. 

    No mais, manobrou as resposta para levá-las aonde interessava, apresentar-se como uma novidade ao governo e atacar Alckmin. Não é à toa que deixou  Fernando Rodrigues irritado. Aliás, cada vez mais janota. Augusto Nunes teve de apelar para a “ditadura cubana”, foi constrangedor.

    1. Uma ótima entrevista

      Para o público alvo do programa, eminentemente aqueles mais interessados em política, falou de modo excelente, sem deixar grandes ganchos para serem maliciosamente usados, mostrando uma calma e uma competência ímpar, que era o que realmente interessava.

      Ganhou de goleada por ser um grande jogador. E nisso tem méritos sozinho; não por ganhar de goleada de um time de várzea desses, evidentemente.

  18. ótimo post

     

    Padilha saiu-se muito bem. Não o conhecia. Eu diria que é um político profissional no bom sentido. Embuti nas resposta que poderiam compromete-lo seu plano de governo. Os jornalistas sairam insatisfeitos por que não souberam fazer perguntas tão boas quanto a abilidade dele de responder sem comprometer-se e sem deixar de dar seu recado. O que pareceu na verdade é que os jornalistas não tinham ideia da habilidade e veemencia verbal do entrevistado. Meio que cairam do cavalo.

  19. Caramba, o Padilha demoliu o

    Caramba, o Padilha demoliu o pessoal do Roda Viva; fiquei até sem graça… Fez do limão, limonada e palancou na cara deles todos. Aproveitou a entrevista como poucos políticos sabem fazer. Tá de parabéns! Eu não conhecia ele, não. Espero que não esqueça de agradecer ao Augusto Nunes pelo horário eleitoral gratuito.

    1. Eu tambem nao conhecia,

      Eu tambem nao conhecia, gostei muito . . . . . . mas tem uma coisa que me chamou muito a atenção e que nao paro de pensar a respeito, ele tem a cara de alguem que eu conheço, nao sei de onde . . . . . vai ver tem este dom de se fazer empatico . . . . . .

  20. E que escorregada do nunes,

    E que escorregada do nunes, hein?

    Dizer que a “maioria das pessoas tem plano de saúde”.

    Ele simplesmente desconsiderou a imensa maioria que é o povão.

    Realmente…

    1. Comentário…

      Comentário “riquíssimo” em argumentos, esse teu, e entendi o porquê:

      És médica, filha, ou parenta próxima de um, e, assim, acometida pela “síndrome” da má vontade, ou da torcida contra!

       

  21.  Eu acho interessantíssimo

     

    Eu acho interessantíssimo que as pessoas reclamem do nível do debate político no Brasil, dizendo que está mais para Fla x Flu, etc. Mas, quando uma pessoa tenta elevar o debate sem acusações infundadas e expondo ideias a chamam de bundona. Isso ocorre com muitos colegas do Blog. Se é para elevar o debate para que enganchar na belicosidade? Não se pode asselhar-se com os idiotas por natureza, eles precisam de uma contrapartida para simplesmente deixarem de ser idiotas. Os entrevistadores fazem mal ao Brasil ao criar clima belicoso, mas, pela sanha de que o PT deve responder na mesma moeda a qualquer idiotice, parece que quem tá certo não é o PT e sim Augusto Nunes e asseclas.

    1. Entendi, Francy.mas a

      Entendi, Francy.

      Mas a questão é que, como dizem nos filmes norte americanos, não se vai para um tiroteio com uma faca.

      Debate de ideias é para ser travado com quem está disposto a trocar ideias. Com quem está armado de todo tipo de preconceito e ódio e quer somente derrubar deve-se entrar duro também. Em política quem não se defende fica sozinho.

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