Apesar da instabilidade externa, bolsa fecha em alta de 0,37%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mau humor do mercado internacional e a expectativa em torno dos primeiros dados referentes à disputa do segundo turno da eleição brasileira acabaram afetando o ritmo das negociações brasileiras, que perderam o fôlego e reduziram o ritmo de ganhos apurados.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou em alta de 0,37%, aos 57.627 pontos e com um volume negociado de R$ 9,139 bilhões. Com isso, o índice acumula um ganho mensal de 5,83%, de 11,18% no ano e de 8,98% em 12 meses.

“O Ibovespa, que havia sofrido uma “parada técnica” ontem, após quatro altas consecutivas, tornou a subir hoje. O índice abriu em ascensão, chegando a testar os 58 mil pts pelo 3º dia seguido mas, depois de poucos minutos de negócios, arrefeceu e passou a ter curtas oscilações ao redor dos 57.500 pts até seu fechamento”, diz a equipe de análise do BB Investimentos, em relatório. “Vale ressaltar que os declínios das bolsas de Nova York induziram uma “escorregada” doméstica na meia hora final”.

As operações foram diretamente afetadas pelo mau humor do mercado internacional, como ressaltam os analistas. “A situação da zona do euro, que poderá entrar novamente em recessão, e o desaquecimento da economia chinesa trouxeram apreensão em relação a um crescimento futuro sustentável dos EUA. Ademais, investidores norte-americanos questionaram hoje se já não está em tempo de haver correções nas bolsas de Nova York”.

No mercado doméstico, as primeiras pesquisas mostrando o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa, mesmo sendo de institutos pouco difundidos, ajudaram a alimentar as expectativas para os números a serem divulgados pelos institutos Ibope e Datafolha divulgam nesta noite. O apoio formal de partidos como PSB e PPS ao candidato tucano no segundo turno também animou os agentes.

Quanto ao câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,50%, a R$ 2,398 na venda, interrompendo uma sequência de quatro quedas. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o dia foi de bastante volatilidade, que deve continuar sendo a regra das negociações ao longo das próximas semanas, já que os agentes também acompanham o desdobramento da disputa eleitoral.

As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado desta sessão. A autoridade monetária manteve seu programa de intervenções diárias, vendendo os 4 mil novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados, sendo 3,4 mil com vencimento em 1º de junho de 2015, e 600 para 1º de setembro do próximo ano.

O Bacen também realizou um leilão para rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Ao todo, foram vendidos 8 mil swaps com vencimento em 1º de outubro de 2015, em operação que movimentou o equivalente a US$ 393,4 milhões. O BC também ofertou contratos para 3 de agosto de 2015, mas não vendeu nenhum.

A agenda macroeconômica da sexta-feira será voltada para o mercado internacional, com a publicação do índice de preços de importação dos Estados Unidos, produção industrial e produção do setor de fabricação da França, balança comercial da Grã-Bretanha e o índice de confiança do consumidor do Japão.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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