Apesar do dia instável, bolsa fecha operações em alta de 0,28%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – Em dia bastante instável e diretamente afetado pelo desempenho das ações da Petrobras, a bolsa fechou suas operações de terça-feira com leve alta. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em alta de 0,28%, aos 55.560 pontos e com um volume negociado de R$ 8,779 bilhões. No índice, os setores com melhores desempenhos foram bancos, siderurgia/mineração, holding financeira, e serviços financeiros. Com isso, o índice acumula uma desaceleração de 0,93% na semana, mas tem um ganho mensal de 1,71%, 7,87% no ano e de 6,31% em 12 meses.

“O Ibovespa iniciou ascendente e logo suplantou os 56 mil pontos, favorecido pelas altas dos futuros em Wall Street e das principais bolsas da Europa. O índice parecia seguir firme, apoiado nos ganhos das ações da Petrobras e do setor de bancos, que

haviam caído na véspera”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório. “Todavia, a partir de meio dia e meia foi arrefecendo e decaindo, até pouco antes das 14h, quando passou a oscilar com curtas variações ao redor da estabilidade até seu fechamento”. Da mesma forma como ocorreu no pregão de segunda-feira, boa parte do ritmo da bolsa foi ditada pelas trajetórias das ações da Petrobras – que, além de se comportarem de modo volátil, terminaram em baixa, se contrapondo aos positivos papéis de bancos.

Externamente, a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos cresceu acima do dado anterior e superior ao esperado pelo mercado. “Assim, o número ratificou a pujança atual da economia norte-americana, mas, ao mesmo tempo, suscitou incertezas aos agentes sobre uma possível antecipação da elevação da taxa de juros local pelo Fed – hoje estimada para meados do próximo ano”, dizem os analistas.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 0,47%, a R$ 2,537 na venda, depois de ter subido mais de 1% na véspera. Segundo a agência de notícias Reuters, os investidores ainda estavam animados pelas notícias sobre a equipe que deve comandar a economia no segundo mandato de Dilma Rousseff. O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy deve assumir o Ministério da Fazenda; Alexandre Tombini deve permanecer no Banco Central; e o ex-secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, deve ser nomeado para o Ministério do Planejamento. A expectativa é que a nova equipe assuma o posto após o anúncio oficial, o que deve acontecer nos próximos dias.

Ao mesmo tempo, o Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4 mil novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Foram vendidos 2,5 mil contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 1,5 mil vencendo em 1º de setembro do ano que vem, em operação que movimentou o equivalente a US$ 197,4 milhões.

O BC também vendeu a oferta total de até 14 mil contratos em um segundo leilão, desta vez para estender o vencimento dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Desse total, foram vendidos 5.650 contratos para 3 de novembro de 2015 e 8.350 para 4 de janeiro de 2016, com volume correspondente a US$ 683 milhões.

Na agenda macroeconômica, os analistas aguardam a publicação dos dados de crédito do Banco Central. No exterior, destaque para os pedidos de bens duráveis, novos pedidos de seguro-desemprego, vendas de casas novas e casas pendentes, e o total de seguro-desemprego nos Estados Unidos; o PIB da Grã-Bretanha e os lucros industriais da China.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador