As explicações de Joaquim Barbosa sobre acusação da Folha

Jornal GGN – Através de nota publicada em seu site, o Supremo Tribunal Federal responde à matéria da Folha da edição de ontem, que chamava o adiamento da aposentadoria de Joaquim Barbosa de ‘manobra’ para manter seus assessores empregados após sua aposentadoria. A nota desmente a matéria da Folha, afirmando que Barbosa encaminhou ofício ao vice-presidente do STF com os servidores que devem retornar ao seu antigo gabinete, e explica que o artigo 11 do Regulamento da Secretaria determina que o prazo máximo para a permanência destes servidores é de 120 dias. Leia a nota na íntegra abaixo:

Enviado por antonio francisco

Do STF

Nota de esclarecimento à imprensa

A respeito de matéria publicada na data de hoje (11) pelo jornal Folha de S.Paulo, que alega tentativa de “manobra” por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal para manutenção de servidores após sua aposentadoria, esclarecemos que o conteúdo divulgado não reflete a realidade.

Seguindo estritamente normas internas da Corte que regem o processo de transição, o ministro Joaquim Barbosa encaminhou ofício ao vice-presidente do STF com a lista de servidores que devem retornar ao seu antigo gabinete, assim que se der sua saída definitiva do Tribunal.

O ofício está amparado na Resolução 405, de agosto de 2009, que dispõe o seguinte no artigo 7º-A: “o Presidente do Tribunal indicará ao Presidente eleito, em até cinco dias úteis anteriores à posse de seu sucessor, a relação dos servidores que deverão retornar ao Gabinete, com detalhamento dos respectivos cargos em comissão e funções comissionadas, sem prejuízo do disposto no art. 111 do Regulamento da Secretaria”.

A redação do artigo 111 do Regulamento da Secretaria determina que o prazo máximo de permanência desses servidores no gabinete do ministro aposentado será de 120 dias, conforme segue: “Art. 111. Sem prejuízo de livre exoneração, a qualquer tempo, o Assessor de Ministro será tido como exonerado cento e vinte dias depois do afastamento definitivo, por qualquer motivo, do Ministro que o houver indicado ou junto ao qual servir, ou na véspera da posse do Ministro nomeado para a vaga, se precedentemente realizada”.

Ressalta-se que nenhuma das normas internas que regem o processo de transição foi instituída pelo presidente Joaquim Barbosa, portanto, é errôneo concluir que houve tentativa de “manobra” para que alguns servidores de seu gabinete sejam beneficiados. Essa tradição, incorporada nas normas supracitadas, já foi aplicada por outros ministros que deixaram o Supremo. 

Esclarecemos também que o atual chefe de gabinete do ministro Joaquim Barbosa é funcionário de carreira diplomática e será exonerado, a pedido, no mesmo dia em que a aposentadoria do presidente for publicada.

Todas essas informações e normativos foram encaminhados à jornalista que assina a matéria. Para que não pairem dúvidas acerca do que foi respondido, vão abaixo as perguntas do jornal com as respostas dadas pelo Supremo, e cópia do ofício encaminhado ao vice-presidente do Tribunal.

Respostas ao jornal Folha de S.Paulo

1- “Por qual motivo o ministro Joaquim Barbosa não montou uma comissão de transição da presidência do STF em maio, quando decidiu se aposentar?”

A transição da Presidência do Supremo Tribunal Federal é regulamentada pela Resolução nº 405, de 12 de agosto de 2009, alterada pelas Resoluções nº 495, de 04 de outubro de 2012 e nº 530, de 1º de julho de 2014.

Nos termos do art. 4º da referida Resolução 405/2009, “É facultado ao Presidente eleito indicar formalmente equipe de transição com respectivo coordenador, que terá acesso aos dados e informações referentes à gestão em curso”.

Cabe informar que não houve eleição para o cargo de Presidente porque a vacância do cargo ainda não ocorreu. Por outro lado, note-se que a indicação de comissão de transição é uma iniciativa a ser tomada pelo Presidente eleito e não pelo Presidente em exercício.
Portanto, não cabe ao atual Presidente do Tribunal formar a equipe de transição para a próxima Presidência.
 
2- “Por qual motivo o ministro Joaquim Barbosa pediu em um ofício encaminhado à vice-presidência do STF no dia 07/07 a manutenção de 46 servidores em gabinete de seu futuro sucessor, ainda não indicado? São cargos de comissão, função comissionada, estagiários, terceirizados, motoristas e seguranças.”

O Ministro Presidente baseou-se nas tradições da Casa e nas normas internas de transição corporificadas no art. 7º-A da Resolução 405/2009 que diz o seguinte: “o Presidente do Tribunal indicará ao Presidente eleito, em até cinco dias úteis anteriores à posse de seu sucessor, a relação dos servidores que deverão retornar ao Gabinete, com detalhamento dos respectivos cargos em comissão e funções comissionadas, sem prejuízo do disposto no art. 111 do Regulamento da Secretaria”.
 
3- “Por qual motivo o ministro pede que retornem ao gabinete, uma vez que o ministro pediu aposentadoria, seus principais assessores em cargos de confiança; cinco assessores e um chefe de gabinete, sem vínculo com a corte e dois cedidos ao STF?”

O Presidente está seguindo estritamente o que mandam os termos do art. 111 do Regulamento da Secretaria, alterado em decorrência do decidido na Sessão Administrativa de 31 de outubro de 2012 (Processo Administrativo 350.530), em votação unânime.

A nova redação dada ao texto diz que os assessores de Ministro serão exonerados 120 dias após o afastamento definitivo, por qualquer motivo, do Ministro que os indicou ou na véspera da posse do Ministro nomeado para a vaga, se acontecer antes dos 120 dias: “Art. 111. Sem prejuízo de livre exoneração, a qualquer tempo, o Assessor de Ministro será tido como exonerado cento e vinte dias depois do afastamento definitivo, por qualquer motivo, do Ministro que o houver indicado ou junto ao qual servir, ou na véspera da posse do Ministro nomeado para a vaga, se precedentemente realizada”.

As normas internas supramencionadas foram instituídas com o propósito de preservar os valorosos recursos humanos do tribunal e a inegável expertise adquirida por servidores que, não raro ao longo de inúmeros anos, ocupam cargos técnicos cruciais para o bom funcionamento dos gabinetes dos ministros. Visam também a conferir a funcionalidade mínima desejável ao gabinete do ministro que ingressará no tribunal em substituição ao ministro que sai. Dar a integrantes do atual corpo técnico do tribunal tratamento diferente do previsto nas normas internas atualmente em vigor é algo que destoa das tradições do Supremo, além de caracterizar comportamento manifestamente discriminatório e persecutório.

Encaminhamos no anexo, para consulta, a íntegra da Ata da Sessão Administrativa de 31 outubro de 2012, bem como do Ato Regulamentar nº 16, de 12 de novembro de 2012, que contém a redação do mencionado art. 111 do Regulamento da Secretaria. Segue ainda o texto completo da Resolução nº 405, de 12 de agosto de 2009, mencionada nas duas primeiras respostas.

4- “O ministro Joaquim disse a Lewandowski que pretende levar o ofício na primeira sessão administrativa assim que voltar o ano judiciário. Por qual motivo?”

O Presidente Joaquim Barbosa não fará qualquer comentário sobre o teor da conversa confidencial que manteve na última segunda-feira com o atual Vice-Presidente do STF.

– Resolução 405/2009
– Ata da 9ª Sessão Administrativa, de 31/10/2012
– Ato Regulamentar 16/2012
– Ofício nº 200 – Presidência do STF

Redação

25 Comentários

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  1. a questão não é quem manipoul

    a questão não é quem manipoul quem – se a folha ou barbosa…

    o maio escândalo é saber que há 46 burocratas pára fazer  o que fizeram junto com barbosa, os absurdos cometidos  no julgmento do famigerado dito mensalão…

    como já disse noutro post, esses 46 seriam as excre4scência da excrescência suprema?

  2. Em outras palavras…JB

    Em outras palavras…JB continua lutando para manter os seus assessores pelo maior tempo possível. Ainda que alegue que a “tradição no Supremo” é esta, não estou disposto a pagar, com o dinheiro dos meus impostos, este pessoal por mais tempo.

  3. PARA BARBOSA A LEI É O QUE ESTA ESCRITO, PARA OS OUTROS NADA

    Para Barbosa o que esta escrito, resoluções e regimentos internos quando o beneficia ou tampa seus furos vale, porém quando é para algum outro que ele é desafeto ele refuta, inventa mirabolâncias para trucidar atitudes diversas a suas e a seus pensamentos. Barbosa é um caso típico estudado e descrito no livro MASK OF THE SANITY. Máscara da Sanidade. Ele realmente perdeu o viés do bom senso.

  4. “Falha” na comunicação!

    Acho que houve falha na comunicação.

    A pergunta 2 tem um dado objetivo: “manutenção de 46 servidores em gabinete de seu futuro sucessor”.

    A resposta não foi direta, no sentido da negativa, mas indireta, dizendo o que foi feito: “o Presidente do Tribunal indicará ao Presidente eleito, em até cinco dias úteis anteriores à posse de seu sucessor, a relação dos servidores que deverão retornar ao Gabinete”.

    E, aí, vieram as interpretações!

    Pelo que entendi, o presidente que sai comunica ao presidente que entra quais os servidores que também sairão do gabinete da presidência para retornar ao gabinete de origem, ou seja, do ministro ex-presidente.

    Aí, o novo presidente, isto é, o ministro entrante, faz o que bem entende com os servidores excedentes, quais sejam, os não voltantes ao gabinete do ministro retirante.

    Não é incomum novo presidente manter alguns servidores da administração anteriores, por isso a comunicação. 

  5.  
    Mas rapaz… !!!!   Este

     

    Mas rapaz… !!!!   Este indivíduo se esforça para abastecer o paiol de munição dos reacionários, diante de tudo que tenha aparência de povo. Incrível como o sujeito é ranheta e rabugento.

    Como consegue dormir um indivíduo, movido a tanto ressentimento e ódio. Nossa!!!!

    Orlando

  6. Não Me Convenceu

    As respostas de Joaquim Barbosa aos questionamentos da Folha não me convenceram do seu corporativimo e oportumismo latentes no seu procedimento. Para ser mais claro, não adianta tentar enrolar.

  7. Quem será o Robin de Batman Barbosa?

    Barbosa, “o menino pobre que mudou o Brasil”, segundo a Revisto do Esgoto, nem precisava tirar a capa e máscara do Batman para mostrar que é um indivíduo essencialmente escroto. Espancou a própria esposa, que retirou a queixa para que ele pudesse ser nomeado. Ainda teve o desplante de dizer que foram “agressões físicas mútuas”. Qual mulher brasileira encararia um homem com o físico do Joaquim?

    Mas espancar mulheres é prática sinistra do PSDB, Aécio bateu numa “namorada” em um evento de moda internacional no Copacabana Palace, no Rio e a imprensa toda ficou na moita. Note-se que ele era governador de Minas, à época. Voltando ao Justiceiro das Trevas,  criou uma empresa fantasma e forneceu, ilegalmente, seu endereço funcional como endereço da empresa. Isso é crime pelo estatuto do funcionário público. Ah, o apartamento em Miami adquirido por JB foi comprado “com recursos de uma vida toda de trabalho”, segundo ele. O estranho que o dinheiro apareceu só depois que julgou o mensalão.

    Agora, me arrepio sabendo que JB mantém 46 assessores em seu gabinete, às nossas custas. Na verdade, ele deve ter arrumado mais um assessor, porque 45 assessores seriam um número óbvio demais. É o número do seu partido. Como juiz, escondeu provas, inventou teorias exóticas nunca dantes usadas no Brasil para condenar a cúpula do PT, manteve José Dirceu preso ilegalmente e ainda posou abraçado com Aécio. Será que cheirou também? Dize-me com quem andas, etc., etc.

  8. O que preocupa aos homens de bem

    O que preocupa aos homens de bem é que Barbosa sacou do seu baú das chicanas esse imbroglio burocrático para adiar a sua aposentadoria e renunciar à renúncia do STF.

    Mantém o STF sob pressão. Se não fizer o que eu quero, eu renuncio à renúncia em definitivo.

    Se ele seguiu as normas e regulamentos do STF, conforme sua assessoria explicou, por que adiar a aposentadoria ?

    Na melhor das hipóteses, ele está querendo ganhar tempo para negociar com alguns Ministros a realocação de seu pessoal, enquanto ele ainda detém o poder.

    Como essas pessoas, supôe-se, são altamente qualificadas, todas serão realocados sem prejuízo de suas carreiras.

    Ainda é um mistério o objetivo de JB com essa nova chicana.

    Será que ele quer manter pessoas do seu staff em posições-chave para permanecer bem informado ?

    Ou quer criar uma crise para desistir da aposentadoria ?.

     

  9. Mais um desrespeito de Barbosa

    Lendo as informações de Barbosa, bem como as normas por ele citadas, constato que, realmente, não existe nada de anormal com relação aos funcionários comissionados, aqueles não concursados. Tais são funcionários são demissíveis a qualquer tempo e a autoridade com competência legal para fazê-lo é o presidente do STF.

    O que realmente causa espanto e se constitui, ao que parece, em mais um desrespeito por parte de Barbosa para com o Wando está expresso no item 8 do ofício, quando Barbosa avisa ao Wando que segue na expectativa de que as normas e tradições da “casa” sejam observadas.

    Trata-se de uma lembrança desnecessária e por isso desrespeitosa. Barbosa parece temer uma vingança de Wando que poderá, de fato, se quiser, colocar todo o pessoal de Barbosa no olho da rua no dia em que tomar posse.

    Quando expõe esse tipo de desconfiança, Barbosa parece demonstar que assim o faria se a situação fosse a inversa.

     

     

     

     

  10. Joaquim Barbosa, uma grande incognita

    Para muitos a esquerda, ele é visto como o grande carrasco do governo do PT e perseguidor cruel de figuras históricas. Para muitos juristas, um péssimo exemplo. Para a grande imprensa, um herói nacional. Apesar de ser um grande admirador e apoiador dos governos Dilma e Lula, acho que Joaquim Barbosa pode ser sim visto como uma pessoa que fez a diferença e ajudou e muito a salvar o governo do PT.

    Ao meu ver, a principal estratégia, com o escândalo do mensalão, foi preservar Lula e direcionar o alvo  as figuras mais importantes depois dele, Dirceu e Genoino. Joaquim aproveitou o circo midiático e colou nas costas deles, com a ajuda da maioria dos ministros do STF, a improvável formação de quadrilha. Retirou Lula, o governo e o PT do centro e queimou na fogueira Dirceu e Genoino. A motivação de Barbosa ainda é uma incógnita, mas pode ter sido , por exemplo, revanchismo, por achar que eles, para garantir a governabilidade, deram sobrevida a um esquema herdado do governo FHC. Lembrem que o próprio Barbosa, para desespero do PIG, disse que os avanços dos governos do PT são inegáveis e que ele votou em Lula e Dilma.

    Além disso, através de sua conduta, Barbosa jogou luz sobre o poder ilimitado dos ministros do Supremo, que podem condenar sem provas e manter em regime fechado, condenados ao semi-aberto, além de uma série de outras arbitrariedades e excessos, que não podem sequer ser questionados.

    Talvez, Barbosa tenha prestado um grande serviço ao país através de seu desserviço. Somente saberemos no futuro. Estamos vivendo uma era de estremos no nosso país, onde o conservadorismo mostrou a sua verdadeira face, onde a concentração da mídia revelou toda a sua capacidade destrutiva,  eliminando toda e qualquer credibilidade que ainda possuia. Chegamos a um ponto sem retorno, onde mudanças radicais precisam acontecer para o país avançar muito mais e enfim cumprir o seu papel global de caminho alternativo ao desenvolvimento.

     

     

  11. Postei sobre essa “

    Postei sobre essa ” explicação” que não convence, ontem. JB e seu grupo não conseguiram emplacar a farsa da AP 470 e, agora para provar que estavam certos vão fazer de tudo para desacreditar o STF. Ao contrário do que o pepe legal comentou, a mídia não está alvejando JB mas a própria Corte; essas palhaçadas dele, são apenas o gancho para a produção de matérias que criem constrangimentos. Noooossaaaaaaaa, não sei qtos funcionários para cada ministro!!??? O STF é cabide de empregos!!! Tanta gente trabalhando e a Justiça é lerda!!! JB tocando o terror e os outros ministros não fazem nada, etc…

    ” Na verdade, TODOS os atos absurdos de JB vieram acompanhandos de fundamentações de regimento, resoluções, jurisprudência, etc… e nem por causa disso, deixaram de ser absurdos. Tudo o que JB faz, vem acompanhado dessa necessidade de comprovação de “caráter de normalidade” e é, exatamente, isso que chama a atenção. Ora, o que está dentro da normalidade não precisa ser explicado, veiculado ou debatido; a menos que se pretenda alterar a ” normalidade” para o bem ou para o mal. JB renunciou e não saiu, é só isso que importa; o que ele vai inventar para continuar não saindo, não faz qq diferença. Não é uma pessoa equilibrada e não gosta mesmo do sucessor; parece que não calculou bem e só agora foi se dar conta que o cara que ele fez tudo para detonar ficou melhor na foto do que já estava. Com certeza ele está querendo atrapalhar a gestão do Lewandowski; talvez, mais que isso. Ele quer queimar a imagem da Corte. Deixar no ar esse clima de bagunça, cada um faz o que quer, ninguém respeita ninguém… Deixaram JB crescer demais e, agora é isso aí. Durante sua gestão, ninguém abria a boca e ele fazia o que queria com todo mundo e, se não tivessemos tido a “sorte” de um advogado ser expulso do plenário, tava lá até agora botando os demais ministro pra lavarem a toga dele. O único que não acatou as ordens dele foi o Lewandowski; não existe a menor possibilidade de JB mover uma palha para facilitar a vida dele. De resto, se puxar, vão achar fundamentação, até para JB virar presidente vitalício. Eu postei o comunicado do site do STF para que fique tudo concentrado aqui no blog, como tenho feito para que ninguém seja pego de supresa. Provavelmente, os ministros que apoiarão JB, bem como os colunistas aliados vão usar os mesmos fundamentos.”

     

    Vão tentar fazer com o STF o que fizeram com o Congresso Nacional e vão dar outro tiro no pé. Ministro Lewandowski, sozinho, vale a Corte inteira e já provou isso. JB se faz em cima do respeito que os demais ministros devotam ao cargo que ocupam e não poderia ser diferente. Até os ministros mais ” problemáticos”  jamais expuseram o STF, dessa maneira. Essa conversa de que tudo o que JB faz não “é ilegal” parece papo de mãe de bandido e não combina nem um pouco com as lições de moral que o plenário do STF andou dando ao Brasil durante quase dois anos. É, claro que querer desovar seu bando de X9 no gabinete de um adversário não é ilegal, até pq nenhum ser humano por mais imbecil que fosse, pensaria na possibilidade disso ocorrer e, portanto, não se cogitou um lei determinado que cargos de confiança de alguém passem ,automaticamente, a cargos de confiança de outra pessoa. Mas é dessa forma que o plenário do STF vem agindo com JB, desde o início; se não for ilegal, tá liberado e, se a coisa apertar, é só criar uma resolução que fica tudo certo.

    Agora é ter paciência pq como a gente cansou de postar aqui mesmo nesse blog, se a AP 470 conseguisse condenar alguém, o menor problema que teríamos, seriam os presos. Vamos ver se com o convite de Dilma para o almoço com os Chefes de Estado, JB, receba o recado e leve a seu comando. A mídia tenta passar a ideia de que JB é um problema do Ministro Lewandowski, não é; JB é um problemão para o país inteiro. Ayres Britto e JB, deveriam ser processados pelo que tentaram fazer. Já que vão investigar o advogado de Genoíno, aproveitem para investigar JB, tb.

     

     

  12. Chanchada

    Chanchada é um termo designativo que vem do original italiano que não sei escrever corretamente e que signmifica bagunça. Foi inventado pejorativamente para designar as hoje clássicas comédias cinematográficas da ATlântida, com Oscarito e Grande Othelo. Considerado o significado bagunça,  Joaquim Barbosa mostra como o Judiciário em geral e o STF em especial é uma chanchada, cheia de contradições e regras que precisam, continuamente, serem explicadas. Isso sem falar no inchaço. Quanta gente atua no STF, quantos assessore e funcionários de gabinete têm cada ministro?. Em matéria de cabides, é dificil dizer quem ganha:  o Senado ou o STF..Até  quando a chanchada predominará? Até quando o nosso Judiciário continuará lerdo, anacrônico?

  13. Qualquer que seja a

    Qualquer que seja a “explicação”, uma coisa eu tenho certeza: nesse angu tem caroço. Ele não iria se desaposentar assim, sem mais nem menos. Deve estar aprontando mais uma.

  14. Se eu fosse Lewandowski

    Se eu fosse Lewandowski concordava com tudo o que o já quase ex-presidente do STF pedisse ou indicasse. Isso para apressar a saída de JB. No dia seguinte após a minha (no caso, de RL) posse como presidente do STF, revogava TODOS os atos do ditador. Simples assim.

  15.             Adeus! Meu

                Adeus! Meu capitão Joaquim, aprendiz de ditador

       Em configuração um cenário midiático, saída do ministro Barbosa maquiado de herói. Porta dos fundos do Supremo, na compreensão dos que não acreditam em bicho de sete cabeças, alma penada, lobisomem, na mídia marrom que se contorce de ódio a cada aprovação popular da presidenta Dilma. O esforço será gigantesco. Esconder a Constituição esfacelada e a vara de marmelo utilizada na imposição das maiores excrescências jurídicas no processo do “mensalão”. Travestidas de juridicidade. E com carta branca. Dos brancos milionários e perfumados que dominam a mídia; setores importantes da indústria, comércio, bancos privados e dos manés. Banqueiros fregueses. De habeas corpus assustadores no palácio sagrado da justiça. Não existe um risco de dúvidas. Julgamento Inquisitório mais tenebroso da historia do Supremo, AP 470. Repudiado por todos os juristas comprometidos com a normalidade jurídica e parcela significativa da sociedade brasileira, já acordada. Com todas as liberdades democráticas. A duras penas conquistadas pelo povo brasileiro. O processo de democratização em curso foi agredido, afrontado, e por aqueles responsáveis por zelar pela normalidade. Um fato grave, passível de consequências aos que agiram fora da lei. E pode escolher a data da fuga, para não julgar os futuros aliados que lhes dão o ar da graça e todos os dias caem em desgraças. No ar e na terra. E ao pó virão. Não aquele que a Polícia Federal afirma sem dono, em menos de uma semana de investigação. Joaquim arruma as meias, tira férias antes da encenação do último ato de intransigência, autoritarismo, desmoralização e humilhação dos apenados, já bastante acentuada na Corte Suprema. Poderia, não foi em 31 de março, em homenagem a ditadura militar. Em se considerando favorável a revisão da anistia, nunca fez um gesto no encaminhamento do embargo da OAB no STF. Que questiona a decisão da Corte em 2010, na ratificação da Lei da Anistia 6.683/79. Portanto, o resultado da análise da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental-ADPF (153), mantendo intocáveis os agentes públicos que praticaram crimes de tortura, assassinatos brutais, ocultação de corpos. Inexiste qualquer manifestação contrária de Joaquim com relação ao período de terror implantado em 64. Não que se possa estender aos que não lutaram abertamente por razões aceitáveis.Vários lutaram de todas as formas.Inclusive outros, ainda enlouquecidos, sentem simpatia pelo regime. Em se tratando da postura dele, assimilou ao pé da letra o autoritarismo, a força bruta, invés do argumento, da convivência democrática, do cumprimento da ordem jurídica. Fez o contrário. Não foi em 1º de abril, afeiçoado que é na camuflagem sorrateira de alijar provas e manter escondido nas salas escuras ou nas togas, procedimento 2474 e laudo de exame contábil nº 2828/2006-INC, Instituto Nacional de Criminalística, que implode as bases de acusação e inocenta Pizzolato, extensão a vários. Sabe lá, a quantidade delas que inocentariam inúmeros que tiveram as suas vidas destruídas, permutadas por uma candidatura à presidência da república. E aos ministros ajoelhados em caroço de milho, podem se levantar. O ministro Lewandowski, pela postura de defesa da legalidade no julgamento do mensalão, contra tudo e todos, ao assumir a presidência da Corte restabelecerá a normalidade constitucional. Inclusive a verdade. Terão que reagir (os inertes ministros) por uma questão de sobrevivência. Em se encontrando na tampa do lixo da história, é preciso mudar ou podem cair no tambor. E lá se vai Joaquim Barbosa, o representante e chefe da milícia mais reacionária e truculenta da história do Brasil, na quebra da legalidade constitucional, no Supremo Tribunal Federal. Vai pegar o beco pelo lado indigno da história, cavalo selado e as esporas de ouro. No alforje, nenhum peso de consciência por ter condenado e trucidado inocentes com falsas provas. Apenas a escritura do apartamento em Miami, comprado pela empresa Assas. JBU por US$ 10 dólares, R$ 700.000, da UERJ sem trabalhar, R$ 14.000, de diárias pra cobrir as despesas mesmo estando de férias, as regalias do Supremo, e a Constituição despedaçada. Joaquim vai passando. Vai passar. O carro do lixo da história também.

     

     

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