Banco Central libera mais R$ 10 bilhões para economia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Banco Central (BC) anunciou a liberação de recursos para o crédito. Serão liberados R$ 10 bilhões em recursos para a economia, além dos valores anunciados no final do mês passado. De acordo com o BC, as medidas dão continuidade à distribuição de liquidez na economia, com a alteração de normas de recolhimento compulsórios sobre recursos a prazo.

Segundo informações da Agência Brasil, uma das medidas permite que até 60% do recolhimento compulsório relativo a depósitos a prazo sejam cumpridos com operações de crédito, aumentando em 10 pontos de percentagem essa possibilidade, definida no final de julho. Assim, 60% dos valores recolhidos poderão ser utilizados na contratação de novas operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas).

O BC também aprovou alterações nos critérios relativos ao requerimento mínimo de capital para risco de crédito. “Os ajustes consideram a fase atual do ciclo de crédito no Brasil e se inserem nos processos de revisão das medidas macroprudenciais adotadas a partir de 2010 e de continuidade da convergência da regulação brasileira aos parâmetros internacionais de Basileia”, diz o banco.

O órgão reestabeleceu o fator de ponderação de risco (FPR) em 75% para todas as operações de crédito de varejo, independentemente do prazo, em consonância com o estabelecido no Acordo de Basileia, conjunto de regras para a estrutura de capital das instituições financeiras.

“Dentro do objetivo de convergência internacional, foram adotados dois conjuntos de medidas. Primeiro, foram ampliados os critérios de exposição e receita máximas para classificação de operações como varejo e foram reduzidos os fatores de conversão em crédito de operações de comércio exterior e de garantias de performance”, diz a nota da instituição.

O segundo conjunto de medidas tem o objetivo de reduzir obstáculos à internacionalização das instituições financeiras brasileiras. “Em linha com as exigências de Basileia, exposições a países com classificação de risco equivalente ou melhor a AA-, bem como exposições e captações de recursos em moeda local de países com classificação de risco equivalente a grau de investimento passarão a ser ponderadas com fator de ponderação de risco de 0%”, acrescenta a nota.

Na regulamentação, também passou a ser reconhecido o potencial de mitigação de risco proporcionado por operações de crédito consignado. “Espera-se que as medidas ampliem o acesso a crédito por pequenas empresas e fortaleçam o comercio exterior. Pretende-se assim incrementar a eficiência do sistema e salvaguardar sua resiliência”, pontua o BC

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. Vai colocar mais 10 bilhões

    Vai colocar mais 10 bilhões de que poupança?

    De um lado aumenta os juros de outro “cria dinheiro” , ou seja liquidez, alavancagem, expansão monetária, como o diabo tem nome.

    E tuda esta ação para diluir o valor unitário da moeda e não quer inflação?

    Tudo isso para ganhar a eleição e deixar a conta para ser paga pela população no ano que vem ou posteriores.

     

     

  2. O banco central tá totalmente

    O banco central tá totalmente perdido: o certo é reduzir forte a Selic, mas como tem que atrair capital externo para manter o câmbio sobrevalorizado, para controlar a inflação em época de campanha eleitoral, o BC faz estas gambiarras.

  3. Mantega anuncia medidas para estimular crédito imobiliário

    20/08/2014 15p2–Brasília—Wellton Máximo e Pedro Peduzzi – Repórteres da Agência Brasil Edição: Nádia Franco

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, há pouco, medidas que facilitarão o crédito imobiliário e reduzirão a inadimplência. As ações envolvem a simplificação jurídica, a criação de títulos com isenção de Imposto de Renda e o fortalecimento de garantias.
    As ações entrarão em vigor gradualmente. Segundo Mantega, o governo editará duas medidas provisórias, resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e fará emendas a projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.

    A primeira medida envolve a simplificação da aquisição de imóveis, cujas informações passarão a ser centralizadas em um único cartório. De acordo com Mantega, a centralização reduzirá os custos operacionais e acelerará o processo de compra e concessão de financiamentos imobiliários. A medida provisória com a alteração deve sair até o início da próxima semana.

    O governo também lançará uma nova modalidade de títulos privados para fornecer recursos para os financiamentos imobiliários. Chamado de Letra Imobiliária Garantida, o novo papel será emitido pelos bancos e terá isenção de Imposto de Renda e dupla garantia, com cobertura da instituição financeira emissora e carteira imobiliária separada dos demais ativos do banco, caso a instituiçãos seja liquidada. Investidores estrangeiros também poderão comprar o papel.

    O novo título complementará as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que atualmente movimentam R$ 100 bilhões. “O novo papel tem vantagens em relação à LCI porque tem mais garantias e está dentro dos padrões internacionais, o que permite que a poupança estrangeira passe a financiar a aquisição de imóveis no Brasil”, disse o ministro. A criação do título depende de medida provisória.

    O governo também anunciou um incentivo para que imóveis quitados sejam usados como garantia em qualquer tipo de operação de crédito. Agora, até 3% dos recursos da caderneta de poupança aplicados no mercado imobiliário poderão ser usados para operações de crédito, de qualquer finalidade, que tenham imóveis quitados como garantia. De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida poderá gerar até R$ 16 bilhões em novas operações. A mudança passa a valer a partir quando o governo editar resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN).

    Além de estimular o crédito imobiliário, o governo incentivará o crédito consignado privado. Atualmente, a maior parte do crédito consignado (com desconto na folha de pagamento) é concedido a aposentados e a servidores públicos. Para os trabalhadores privados, essa modalidade de crédito não decolou, segundo Mantega, porque, muitas vezes, as empresas trocam de banco por meio do qual pagam os salários dos empregados.

    Agora, o tomador do crédito poderá autorizar a instituição financeira a debitar o valor da prestação no mesmo momento em que o salário é depositado na conta corrente. Hoje, a  empresa desconta a parcela do salário do empregado e repassa o dinheiro para o banco que concedeu o empréstimo num momento posterior.
    De acordo com o ministro, na prática, a medida permite que a empresa troque de banco para o pagamento dos salários, mas a conta que recebeu o empréstimo deve permanecer na instituição financeira original. A mudança será implementada por meio de medida provisória.

    O governo facilitou ainda a tomada de bens móveis (carros, caminhonetes, caminhões, ônibus, tratores e máquinas) pelos bancos em caso de inadimplência. O tomador do empréstimo poderá autorizar diretamente a recuperação do bem financiado em caso de inadimplência, dispensando ações na Justiça. Segundo Mantega, a mudança será feita por meio de emenda a projetos de lei em tramitação no Congresso e permitirá que os bons pagadores consigam financiamentos com juros mais baixos e maior segurança jurídica.

    O secretário executivo da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, explicou melhor a medida: o governo decidiu simplificar a cobrança de crédito em atraso. As instituições financeiras não precisarão mais entrar na Justiça para pedir a dedução de tributos referentes a prejuízos com empréstimos em inadimplência. A medida beneficiará operações de crédito sem garantia de até R$ 100 mil e operações com garantia de até R$ 50 mil. Acima desses valores, continua a necessidade de cobrança judicial. A nova regra depende de medida provisória para passar a valer.

    De acordo com Mantega, as medidas contribuirão para aumentar a produtividade da economia e melhorar a competitividade do sistema financeiro. “As medidas melhoram a regulação do crédito brasileiro. O que todo mundo quer no Brasil é aumentar a competitividade, reduzir custos e simplificar as transações”, explicou.

    url:
    http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-08/mantega-anuncia-medidas-para-estimular-credito-imobiliario
     

  4. O ajuste já começou

    O BACEN já iniciou o processo de alívio monetário, com o ajuste no compulsório no final de julho.

    O correto seria ter  iniciado o processo de redução dos juros da Selic, mas o copom está repetindo os mesmos erros do final de 2008 quando reduziu o compulsório antes de iniciar o processo de redução dos juros da Selic.

    Tanto o copom com a maioria do mercado financeiro se precipitaram diante do ajuste da política monetária nos EUA, iniciado em 2013,

    O mercado ao se posicionar em dólar, o que proporcionou grandes lucros ao BACEN nas operações de swaps cambiais, mais de R$ 20 bilhões em 2014.

    O copom errou ao elevar os juros da Selic, agora será preciso dar meia volta, mas pelo visto o copom fará lentamente, para não reconhecer os erros na condução da política monetária ao longo de 2013.

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