Bolsa cai 0,79% e registra menor patamar desde 07 de abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar fecha em alta de 1,87%, a R$ 3,584 na venda

Jornal GGN – O índice oficial do mercado brasileiro começou a semana em baixa, em um dia fraco de indicadores no exterior e repercutindo desdobramentos importantes no cenário político doméstico. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em queda de 0,79%, aos 49.330 pontos e com um volume negociado de R$ 5,376 bilhões. Com isso, o índice passa a acumular queda de 8,50% no mês e ganho anual de 13,80%.

As ações que mais valorizaram-se na sessão foram: Vale PNA, Fibria ON, Santander Unit, Raia Drogasil ON e Gerdau PN, enquanto do lado negativo: Usiminas PNA, Petrobras PN, JBS ON, Smiles ON e Kroton ON

Na agenda de indicadores internamente, registrou-se a divulgação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) semana, que atingiu 0,68%, ligeiramente abaixo do estimado pelo mercado, em 0,70%. Na agenda internacional, a consultoria Markit divulgou nesta segunda-feira uma série de prévias do PMI da Zona do Euro. Os resultados mostraram, no geral, uma desaceleração do crescimento do bloco, com o PMI composto da zona do euro atingindo o seu menor nível em 16 meses, caindo a 52,9, ante 53 do mês anterior.

Na agenda internacional, a consultoria Markit divulgou uma série de prévias do PMI da Zona do Euro. Os resultados mostraram, no geral, uma desaceleração do crescimento do bloco, com o PMI composto da zona do euro atingindo o seu menor nível em 16 meses, caindo a 52,9, ante 53 do mês anterior

Contudo, o cenário político deu o tom das movimentações de mercado. Reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo mostrou trechos da gravação de uma conversa entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, e indicou que o ministro interino teria sugerido que uma troca no governo federal resultaria em pacto para frear os avanços da operação Lava Jato.

Tal afirmação foi negada por Jucá em entrevista coletiva mas, pouco antes do mercado fechar, ele anunciou que vai se licenciar do cargo de ministro até que o Ministério Público faça um pronunciamento a respeito. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o mercado entendeu “que o teor da conversa gravada mostrou-se desfavorável” ao governo interino de Michel Temer, e com capacidade para comprometer o apoio no Congresso.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 1,87%, a R$ 3,584 na venda. É o maior valor desde 18 de abril, quando a moeda norte-americana terminou o dia valendo R$ 3,597. Agora, a moeda norte-americana acumula alta de 4,13% no mês, mas registra uma desvalorização anual de 9,26%.

Assim como ocorreu com a bolsa, os agentes no mercado de câmbio mostravam-se cautelosos com a publicação da gravação de Jucá, apontado um dos principais homens do governo interno e encarregado de procurar apoio para medidas como aumento de impostos e corte de gastos. Na última sexta-feira, o governo anunciou que pedirá ao Congresso autorização para fechar 2016 com rombo de R$ 170,5 bilhões.

Em meio a isso, o Banco Central não fez leilões de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares.

Para terça-feira, os agentes aguardam a publicação dos números de investimento estrangeiro direto e o saldo em conta corrente referente ao mês de abril no Brasil, além do índice de vendas de casas novas nos Estados Unidos; e o PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha, entre outros dados.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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