Jornal GGN – As negociações da bolsa brasileira encerraram em forte queda, com o índice retomando o patamar de 53 mil pontos, muito por conta do desempenho apresentado pelas ações da Petrobras.
O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em queda de 1,58%, aos 53.425 pontos e com um volume negociado de R$ 6,303 bilhões. No mês, o índice acumula uma valorização de 4,27%, enquanto o ganho anual chega a 3,73%.
A decisão do governo federal em liberar, sem licitação, quatro campos de exploração para a Petrobras fez com que o papel fosse um dos mais castigados do dia. A resolução possivelmente garantirá à estatal reservas entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris e levar a um desembolso de R$ 15 bilhões em bônus e antecipações.
As ações do setor de bancos também foi destaque de baixa, tendo em vista a publicação dos dados de crédito pelo Banco Central – onde se viu o aumento da participação dos bancos públicos na participação de crédito, e o aumento da inadimplência. No sentido oposto, a ação da empresa de telecomunicações Oi foi destaque de alta, depois que a empresa publicou a realização de um acordo para transferir 1.641 torres de telecomunicações à SBA Torres Brasil, por R$ 1,17 bilhão.
Quanto ao dólar, a cotação comercial fechou em queda de 0,93%, a R$ 2,206 na venda. Segundo informações de mercado, a queda foi diretamente influenciada pela manutenção do programa de intervenção cambial por parte do Banco Central até “pelo menos” em 31 de dezembro de 2014. De acordo com o comunicado divulgado pela autoridade monetária, o sistema de leilões não foi alterado.
O BC venderá US$ 200 milhões por dia, no mercado futuro, por meio de contratos de swap. Além disso, em momentos de instabilidade, o BC fará leilões de linha, em que parte das reservas internacionais são vendidas com compromisso de recompra pela autoridade monetária. Nessa modalidade, os dólares saem apenas temporariamente das reservas, atualmente em torno de US$ 380 bilhões. A forte queda do crescimento econômico nos Estados Unidos também pesou no ritmo dos negócios.
Na agenda macroeconômica de quinta-feira, os agentes acompanham o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a taxa de desemprego e os dados de confiança do consumidor mensurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No setor externo, serão divulgados os novos pedidos de seguro-desemprego e o PCE (inflação para o Federal Reserve) nos Estados Unidos, e a taxa de desemprego na França, além do índice de desemprego, inflação ao consumidor e vendas no varejo no Japão, e os lucros industriais na China.
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