Bolsa fecha com maior ganho em mais de um mês

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Em dia de vencimento e bom humor nos mercados internacionais, o índice oficial da bolsa brasileira fechou as operações com ganhos expressivos. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em alta de 3,63% (o maior ganho percentual desde o último dia 21 de novembro), aos 48.713 pontos e com um volume negociado de R$ 44,947 bilhões. A valorização do índice foi diretamente influenciada pelos papéis do setor de bancos, seguido pelo desempenho dos papéis do setor de siderurgia.

A sessão também foi marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa. De acordo com os dados divulgados, o exercício de opções sobre o Índice Bovespa (Ibovespa) registrou volume recorde, quando movimentou R$ 18,4 bilhões em 338.250 contratos negociados. A última marca histórica do exercício de opções sobre o Ibovespa, de R$ 14,4 bilhões, foi registrada em 13 de junho de 2012. Do volume de operações exercidas, R$ 139,5 milhões referem-se a opções de compra e R$ 18,3 bilhões referem-se a opções de venda.

Um dia depois de fechar no maior valor em quase dez anos, a moeda norte-americana teve grande queda, mas sua cotação continua acima de R$ 2,70. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 2,702, com queda de R$ 0,03 (1,23%). Nesta terça-feira (16), a cotação tinha fechado em R$ 2,736, no maior valor desde 28 de março de 2005.

A moeda operou em queda ao longo de toda a sessão, mas o movimento ganhou força por volta das 12h. Na mínima do dia, por volta das 14h, a cotação chegou a ficar em R$ 2,692. A moeda norte-americana acumula alta de 5,06% em dezembro e de 14,6% no ano.

Contribuiu para a queda da moeda norte-americana a decisão do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, de manter a taxa básica de juros próxima de zero, sem indicar quando pretende aumentar a taxa. Juros mais baixos nos Estados Unidos aumentam o fluxo de capitais para países emergentes, que têm taxas maiores.

Os investidores também estavam mais otimistas após o Banco Central da Rússia anunciar que tomará mais medidas estabilizar a moeda local, o rublo. Na véspera, a moeda despencou em relação ao dólar, fazendo com que o real acompanhasse o movimento e também se desvalorizasse.

No cenário doméstico, os investidores seguem no aguardo de sinais mais claros de como será a extensão do programa de intervenções diárias do Banco Central no mercado de câmbio uma vez que o presidente do BC, Alexandre Tombini, já afirmou que o programa será estendido no ano que vem, com volume diário equivalente a entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões.

Enquanto isso, a autoridade monetária manteve seu programa de intervenções no câmbio, com a venda de 4 mil novos contratos de swap: 500 com vencimento em 1º de setembro de 2015, e 3,5 mil para 1º de dezembro do próximo ano.

O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap cambial que vencem em 2 de janeiro. Foram vendidos 10 mil swaps, sendo 2,9 mil com vencimento em 3 de novembro de 2015 e 7,1 mil para 1º de fevereiro de 2016, em operação que movimentou o equivalente a US$ 487,1 milhões. Além das duas operações, o BC fez dois leilões de venda de até US$ 1 bilhão ao todo com compromisso de recompra.

A agenda de quinta-feira é totalmente voltada para o mercado internacional. Nos Estados Unidos, os analistas acompanham a publicação dos dados de seguro-desemprego, o PMI (índice dos gerentes de compras) composto e de serviços e os dados de panorama de negócios. Os agentes também esperam os dados de expectativas da Alemanha, de vendas no varejo e de confiança do consumidor na Grã-Bretanha.

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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