Bolsa fecha em queda de 0,65%, puxada por dados domésticos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Desdobramentos políticos também foram destaque ao longo do dia

Jornal GGN – O principal índice da bolsa brasileira começou a semana em baixa, em dia marcado pela queda dos papéis do setor bancário. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em queda de 0,65%, aos 53.561 pontos e com um volume negociado de R$ 5,881 bilhões. “O pregão foi reflexo tanto de dados econômicos domésticos, como esteve desalinhado em relação à maioria das bolsas internacionais”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório.

Na seara das commodities, o petróleo sofreu significativa queda após divulgação de produção recorde no Iraque. A cotação do contrato futuro do Brent para junho cedeu 3,25%, na ICE, enquanto o WTI para junho recuou 2,48% na Nymex. Hoje não foram divulgadas cotações do minério de ferro por conta de feriado do dia do trabalho em Cingapura.

Na agenda econômica doméstica, foram divulgados o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e o saldo da balança comercial de abril. “Para a semana aguarda-se a ata do Copom, com os agentes buscando indícios de uma data provável para o corte da taxa Selic, cuja possibilidade vai aumentando à medida que a inflação prossegue declinando. Já o relatório semanal do Banco Central – Focus – traz números com certo alento ao horizonte econômico brasileiro, com expectativas favoráveis em relação a inflação, a taxa de câmbio e a taxa Selic, e ainda um maior avanço do PIB nominal para 2017”, ressaltam os analistas.

Em termos acionários, a queda foi puxada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações do Itaú Unibanco e do Banco do Brasil, que perderam mais de 2%, além da queda dos papéis do Bradesco e da Petrobras.

As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) recuaram 2,74%, a R$ 31,95. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) perderam 2,53%, a R$ 21,55. Já as ações do Bradesco (BBDC4) caíram 1,97%, a R$ 25,39.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) desvalorizaram-se 0,59%, a R$ 10,17, ao passo que as ações ordinárias da estatal (PETR3) terminaram o dia estáveis, a R$ 13,27. Os papéis da empresa foram afetados pelo cenário político e pelo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 1,45%, a R$ 3,49 na venda, após duas sessões seguidas em queda. Apesar do avanço, a divisa norte-americana acumula desvalorização de 11,60% no ano.

Os investidores seguem acompanhando os desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a escolha de nomes para um eventual governo Michel Temer. O vice-presidente agendou uma reunião com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (o escolhido para o Ministério da Fazenda) para unificar o discurso para a economia em caso de afastamento de Dilma. As indicações de que Temer pretende evitar uma desvalorização maior do dólar também afetaram as negociações.

Também foi anunciado o aumento de 0,38% para 1,1% para a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na compra de dólar e outras moedas estrangeiras em espécie. Para cartão de crédito, de débito ou pré-pago, a alíquota continua sendo de 6,38%. A medida entra em vigor a partir desta terça-feira (3).

Em meio a esse cenário, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. A autoridade monetária realizou um novo leilão de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura de dólares), com a venda da oferta total de até 40 mil swaps, todos com vencimento em 1º de agosto deste ano, o que ajudou a valorizar a moeda norte-americana. 

Para terça-feira, os analistas aguardam a publicação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a pesquisa sobre produção industrial mensal do IBGE e os dados de emplacamentos de veículos pela Fenabrave no Brasil, além dos dados de vendas de veículos nos Estados Unidos; índice de preços ao produtor na zona do euro; e o índice PMI (índice dos gerentes de compras, na sigla em inglês) do setor de manufatura no Reino Unido.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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