Jornal GGN – O principal índice da bolsa brasileira começou a semana em baixa, em dia marcado pela queda dos papéis do setor bancário. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em queda de 0,65%, aos 53.561 pontos e com um volume negociado de R$ 5,881 bilhões. “O pregão foi reflexo tanto de dados econômicos domésticos, como esteve desalinhado em relação à maioria das bolsas internacionais”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório.
Na seara das commodities, o petróleo sofreu significativa queda após divulgação de produção recorde no Iraque. A cotação do contrato futuro do Brent para junho cedeu 3,25%, na ICE, enquanto o WTI para junho recuou 2,48% na Nymex. Hoje não foram divulgadas cotações do minério de ferro por conta de feriado do dia do trabalho em Cingapura.
Em termos acionários, a queda foi puxada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações do Itaú Unibanco e do Banco do Brasil, que perderam mais de 2%, além da queda dos papéis do Bradesco e da Petrobras.
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) recuaram 2,74%, a R$ 31,95. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) perderam 2,53%, a R$ 21,55. Já as ações do Bradesco (BBDC4) caíram 1,97%, a R$ 25,39.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) desvalorizaram-se 0,59%, a R$ 10,17, ao passo que as ações ordinárias da estatal (PETR3) terminaram o dia estáveis, a R$ 13,27. Os papéis da empresa foram afetados pelo cenário político e pelo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional.
No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 1,45%, a R$ 3,49 na venda, após duas sessões seguidas em queda. Apesar do avanço, a divisa norte-americana acumula desvalorização de 11,60% no ano.
Os investidores seguem acompanhando os desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a escolha de nomes para um eventual governo Michel Temer. O vice-presidente agendou uma reunião com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (o escolhido para o Ministério da Fazenda) para unificar o discurso para a economia em caso de afastamento de Dilma. As indicações de que Temer pretende evitar uma desvalorização maior do dólar também afetaram as negociações.
Também foi anunciado o aumento de 0,38% para 1,1% para a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na compra de dólar e outras moedas estrangeiras em espécie. Para cartão de crédito, de débito ou pré-pago, a alíquota continua sendo de 6,38%. A medida entra em vigor a partir desta terça-feira (3).
Em meio a esse cenário, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. A autoridade monetária realizou um novo leilão de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura de dólares), com a venda da oferta total de até 40 mil swaps, todos com vencimento em 1º de agosto deste ano, o que ajudou a valorizar a moeda norte-americana.
Para terça-feira, os analistas aguardam a publicação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a pesquisa sobre produção industrial mensal do IBGE e os dados de emplacamentos de veículos pela Fenabrave no Brasil, além dos dados de vendas de veículos nos Estados Unidos; índice de preços ao produtor na zona do euro; e o índice PMI (índice dos gerentes de compras, na sigla em inglês) do setor de manufatura no Reino Unido.
(com Reuters)
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