Bolsa fecha o mês com perda acumulada de 10,09%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar sobe 0,96%, a R$ 3,612 na venda

Jornal GGN – O índice oficial do mercado brasileiro de ações fechou as operações de terça-feira em queda, por conta do noticiário político e da desvalorização das ações do Bradesco, depois que a Polícia Federal indiciou o presidente do banco e outros executivos por conta da operação Zelotes.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em queda de 1,01%, aos 48.471 pontos e com um volume negociado de R$ 9,923 bilhões. Com isso, o índice encerra o mês com uma desvalorização acumulada de 10,09%. No ano, no entanto, a variação ainda é positiva em 11,81%.

O destaque do dia foi o indiciamento do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência no âmbito da Operação Zelotes, que investiga a negociação de sentenças do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Em comunicado, o banco negou irregularidades.

Na agenda econômica, internamente, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 10,182 bilhões em abril, conforme informou o Banco Central. “Apesar de se tratar do pior resultado para o mês desde 2004, o número surpreendeu positivamente o mercado, que esperava saldo positivo de R$ 1,9 bilhão”, explica o BB Investimentos, em relatório.

Também, estabelecendo um novo recorde na série, a taxa de desemprego, medida pela PNAD contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atingiu 11,2% no trimestre findado em abril. “O número, ainda que expressivo, era aguardado pelo mercado, sendo estimado em 11,1%. Cabe frisar que o indicador, mesmo em um cenário com expectativa de melhora da economia, reage com significativo atraso a ciclos econômicos – lembrando que no cenário econômico, entendemos que o “fundo do poço” deve ter acontecido no primeiro trimestre deste ano”, pontuam os analistas.

Na agenda externa, em destaque nos Estados Unidos, o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,3% em abril na comparação com o mês anterior e teve crescimento de 1,1% na comparação anual. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis, como alimentos e energia, teve alta de 0,2% no mês em abril e subiu 1,6% na comparação anual (variação igual ao de março- 16/março-15) – sendo este último dado acompanhado pelo Fed como um dos balizadores para tomada de decisão de sua política monetária. Ambos vieram estritamente em linha com as expectativas dos analistas e não ajudaram a solidificar nenhum viés sobre a probabilidade de aumento da taxa de juro norte-americana, atualmente mais cotada para elevar-se apenas no segundo semestre e não na próxima reunião do comitê norte-americano, em 15 de junho

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,96%, cotado a R$ 3,612 na venda. A divisa atingiu o maior valor desde 7 de abril (R$ 3,694). Desta forma, a moeda fecha o mês com valorização de 5,01%, após três meses seguidos de baixa. No ano, porém, a moeda ainda acumula desvalorização de 8,50%. Assim como ocorreu na bolsa, o noticiário brasileiro gerou muita tensão nos mercados, que já eram pressionados após a saída de mais um ministro do governo interino de Michel Temer gerar temores de que não existe clima político para aprovação de medidas econômicas no Congresso.

Na agenda de quarta-feira, o destaque é a publicação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro referente ao primeiro trimestre de 2016, além dos números mensais de balança comercial, utilização da capacidade industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal). No exterior, espera-se pela divulgação do Livro Bege, vendas de veículos e o PMI (índice dos gerentes de compras, na sigla em inglês) nos Estados Unidos; PMI de manufatura na França, na Alemanha e na zona do euro.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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