Bolsa interrompe sequência de quedas e fecha em alta de 1,78%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A melhora no mercado internacional levou a bolsa brasileira a encerrar uma sequência de sete quedas consecutivas e fechou as operações no azul. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou em alta de 1,78%, aos 49.601 pontos e com um volume negociado de R$ 7,243 bilhões.

Em linhas gerais, a melhora do quadro externo ajudou o mercado doméstico em sua correção técnica, apesar do corte na perspectiva do rating brasileiro pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. A alta foi puxada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, da Vale, do Itaú Unibanco e do Bradesco, que têm grande peso no Ibovespa.

Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) ganharam 5,37%, a R$ 10,98. Os preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendos (PETR4), avançaram 4,84%, a R$ 9,97. Já os papéis ordinários da Vale (VALE3) subiram 7,94%, a R$ 18,09, e os preferenciais (VALE5) tiveram alta de 6,14%, a R$ 14,86. O Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,84%, a R$ 29,34, e o Bradesco (BBDC4) fechou com ganhos de 1,26%, a R$ 27,30.

No câmbio, a cotação do dólar teve alta de 0,15% e atingiu R$ 3,369. Desta forma, a divisa norte-americana se mantém no maior valor em mais de 12 anos, desde 27 de março de 2003, quando fechou a R$ 3,386.

A moeda norte-americana perdeu força após atingir R$ 3,427 no início da tarde, mas a maior cotação foi alcançada pouco após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s anunciar a manutenção da nota de crédito do país em BBB-, considerado grau de investimento, mas revisou a perspectiva da nota para negativa.

A moeda norte-americana retomou a trajetória de alta desde que o governo anunciou, na semana passada, a redução da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Ontem (27), o dólar encerrou o dia com alta de 0,51% vendido a R$ 3,364.

De acordo com informações da Agência Brasil, a revisão de perspectiva pela Standard & Poor’s significa que o Brasil continua sendo considerado bom pagador e seguro para os investidores, mas pode sofrer um rebaixamento. No comunicado em que informa a revisão, a agência destaca as investigações de corrupção, a dificuldade para implementação de medidas econômicas e as tensões no Congresso Nacional.

Além disso, investidores aguardavam novas pistas sobre como o Banco Central deve agir no mercado de câmbio. A valorização do dólar tende a aumentar a inflação, que já está alta. A autoridade monetária vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, já rolou o equivalente a US$ 5,684 bilhões, ou aproximadamente e 53% do lote que vence no início de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.

Junto com a expectativa pela decisão da taxa básica de juros após o fechamento dos mercados, os agentes no Brasil aguardam a publicação do índice de preços ao produtor e os números de confiança do consumidor elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). No setor externo, destaque para a decisão dos juros e os dados de vendas de casas pendentes nos Estados Unidos, confiança do consumidor na Alemanha e na França, e a produção industrial do Japão.

 

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. O Brasil não é apenas “bom pagador”…

    É “ótimo pagador”, o melhor entre melhores, daqueles que até aumentam os juros sem o credor exigir!

    Pra que mais? Tínhamos que ser é triplo “A” com viés de alta.

     

  2. Dólar

    “No câmbio, a cotação do dólar teve alta de 0,15% e atingiu R$ 3,369. Desta forma, a divisa norte-americana se mantém no maior valor em mais de 12 anos, desde 27 de março de 2003, quando fechou a R$ 3,386”

    Naturalmente isso e valor de face. Em 2003 eu tomava uma Brahma e meia com um dolar, ou R$ 3,386; hoje, nao da para uma garrafa. Trocando em miudos, so seria o maior valor real se o dolar estivesse la pelos R$ 6,50.

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