Bolsa interrompe sequência e fecha em alta de 0,40%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – Após sete quedas consecutivas, a bolsa brasileira mostrou reação e fechou as operações do dia em alta, influenciada pelo avanço das ações da Petrobras. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em queda de 0,40%, aos 44.131 pontos e com um volume negociado de R$ 5,128 bilhões.

Em linhas gerais, a bolsa acompanhou a melhora registrada no mercado internacional, principalmente devido à recuperação dos preços do petróleo, além da melhora discreta apresentada pelos dados fiscais brasileiros, o que ajudou a reduzir um pouco da percepção de risco – de acordo com os dados divulgados pelo Tesouro Nacional, os gastos do governo federal superaram as receitas em R$ 5,08 bilhões em agosto. Embora os números tenham sido negativos, eles ficaram acima do esperado por analistas, o que ajudou a melhorar o humor ao longo do dia.

As ações da Petrobras, que têm grande peso sobre o Ibovespa, puxaram a alta do índice: os papéis preferenciais da estatal (PETR4) subiram 2,33%, a R$ 6,59. Os papéis ordinários da estatal (PETR3) ganharam 2,35%, a R$ 7,85. Na véspera, as ações da petroleira tinham caído mais de 5%.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 1,23%, a R$ 4,059 na venda. O dia foi marcado pela instabilidade: a moeda chegou a operar em alta de 1,11% e a cair até 2,37% ao longo da sessão. No cenário doméstico, o Banco Central ampliou sua intervenção no mercado durante os últimos dias com leilões de novos swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) e de venda de dólares com compromisso de recompra, mas não atuou até agora no mercado à vista. Para operadores, a autoridade monetária não quer mexer nas reservas externas para evitar que o país perca o grau de investimento por outras agências de crédito, depois do ajuste anunciado pela Standard & Poor’s.

O BC vendeu a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais e fez um leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra, além de ter negociado parcialmente a oferta de swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro, mas anunciou outro leilão para o dia seguinte com os contratos que sobraram. Caso a oferta de até 3.550 swaps no leilão desta quarta-feira seja efetuada, rolará quase integralmente o lote do mês que vem, equivalente a US$ 9,458 bilhões.

Por ser o último pregão do trimestre, a expectativa é que as operações da bolsa voltem a apresentar alguma instabilidade. Para quarta-feira, os agentes aguardam a publicação do resultado primário do setor público a ser divulgado no Brasil; índice dos gerentes de compras de Chicago e a variação de empregos no setor privado dos Estados Unidos; vendas do varejo e taxa de desemprego na Alemanha; PIB (Produto Interno Bruto) da Grã-Bretanha; taxa de desemprego na zona do euro; produção de veículos no Japão; e o PMI (índice dos gerentes de compras) da manufatura, não manufatura, serviços e composto na China.

 

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador