Bolsa reverte quadro de queda e fecha em alta de 0,56%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira interrompeu uma sequência de quatro pregões em queda e encerrou em alta, puxada pelas ações da Petrobras. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações do dia em alta de 0,56%, chegando a 51.304 pontos e com um volume negociado de R$ 5,387 bilhões.

O desempenho foi diretamente afetado pelo desempenho das ações da Petrobras: os papéis ordinários da petroleira (PETR3) subiram 2,48%, a R$ 9,51, enquanto os papéis preferenciais (PETR4) avançaram 2,13%, a R$ 9,60. Na última segunda-feira (02), a empresa aprovou um plano para a venda de US$ 13,7 bilhões em bens entre 2015 e 2016, o que representa uma alteração considerável ante o plano de negócios de 2014 a 2018, que previa a venda de até US$ 11 bilhões ao longo de cinco anos. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o desinvestimento pode envolver a venda de parcelas de ativos térmicos e de distribuição de gás no Brasil, além de participação em campos petrolíferos e ativos no exterior.

Eventos políticos também norteavam as expectativas dos agentes, como a lista de políticos a serem investigados pela operação Lava-Jato, que deve ser entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No câmbio, a cotação do dólar comercial voltou a subir e ultrapassou o patamar de R$ 2,92, fechando em R$ 2,928. A moeda norte-americana apresentou uma subida constante ao longo da tarde e fechou com alta de 1,14% em relação a ontem (R$ 2,895). O valor é o maior desde 2 de setembro de 2004, quando a cotação foi a R$ 2,94. Em 2015, a moeda norte-americana acumula alta de 8,7% em relação ao real.

Segundo informações da Agência Brasil, o dólar vem subindo desde a divulgação de dados que mostram a recuperação da economia dos Estados Unidos. Em janeiro, as encomendas de bens duráveis (como automóveis e eletrodomésticos) subiram naquele país, interrompendo uma sequência de quatro meses de queda. O aumento do consumo nos Estados Unidos reforça as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) em breve pode aumentar os juros da maior economia do planeta. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes como o Brasil, pressionando o dólar para cima.

Os investidores também se mostram preocupados com a economia brasileira, por conta da perspectiva de que a inflação feche 2015 acima de 7% e a economia encolha, além do menor interesse dos investidores devido ao escândalo de corrupção na Petrobras.

Em meio a isso, o Banco Central manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, com a venda de 2 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares), sendo 1,4 mil com vencimento em 1º de dezembro deste ano, e 600 para 1º de fevereiro do ano que vem.

O Bc também realizou mais um leilão para rolar parte dos contratos que vencem em 1º de abril. Foram vendidos 7,4 mil contratos: 3.450 com vencimento em 1º de abril de 2016, e 3.950 para 1º de junho do ano que vem, em operação que movimentou o equivalente a US$ 358,9 milhões.

Além da reunião do Copom, o mercado brasileiro aguarda para quarta-feira a publicação da produção industrial, do PMI (índice dos gerentes de compras) composto e de serviços, utilização da capacidade instalada pela indústria a ser divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o índice de preços de commodities. No setor externo, destaque para o Livro Bege, variação do setor de empregos e o PMI composto e de serviços nos Estados Unidos. 

 

(com Reuters, Valor Econômico e Agência Brasil).

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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