Bolsa sobe 0,09%, em dia marcado pela volatilidade

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Cotação do dólar fecha em queda de 1%, a R$ 3,503

Jornal GGN – A bolsa brasileira encerrou as operações em patamar praticamente estável, após um dia marcado pela volatilidade diante do comportamento das commodities e do mercado internacional, além dos impactos do cenário político e corporativo domésticos.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em alta de 0,09%, aos 51.717 pontos e com um volume negociado de R$ 5,689 bilhões. Com isso, o índice fecha a semana com queda de 4,07%, e passa a ter um ganho anual de 19,30%.

Na agenda doméstica, se sobressaiu a divulgação pelo IBGE do IPCA (indicador oficial brasileiro para a meta de inflação) do mês de abril, em 0,61%, acumulando agora 9,28% durante os últimos 12 meses, ante 9,20 até março. “O número menos otimista, juntamente com a ata da reunião do Copom divulgada ontem – sinalizando ainda pouco espaço para afrouxamento da política monetária, reduziu as apostas para um eventual corte na taxa Selic na próxima reunião do Copom no próximo mês de junho, adicionando um ingrediente extra de incerteza, evidenciado pela elevação das taxas de juros futuras em toda a extensão da curva na sessão de negociação desta sexta-feira”, explicam os analistas do BB Investimentos, em comunicado.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 1,04%, a R$ 3,503 na venda. Apesar da queda no dia, o dólar encerra a semana com alta de 1,83%. No ano, a moeda acumula desvalorização de 11,27%.

Os dados mistos do mercado de emprego estadunidense – o Payroll (criação de vagas na economia), divulgados hoje, também elevaram as incertezas quanto a um possível aumento da taxa de juros pelo Fed no curto prazo. “Assim, com essa maior probabilidade de manutenção de uma política monetária mais branda, o dólar perdeu força no mercado global, não sendo diferente perante o real”, pontuam os analistas.

O preço do petróleo no exterior também afetou as negociações. A cotação do barril do petróleo Brent fechou em alta de 0,8%, enquanto o petróleo nos Estados Unidos (WTI) subiu 0,77%.

No Brasil, o Banco Central não efetuou leilões de swap cambial (equivalente à compra futura de dólares) pelo terceiro dia consecutivo, ao mesmo tempo em que os desdobramentos do cenário político e o andamento do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff também afetaram os negócios.

Na quinta-feira, a agência de classificação de risco Fitch Ratings voltou a rebaixar a nota do Brasil, citando a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas. O país fica duas notas abaixo do chamado grau de investimento, ou seja, abaixo do “selo de bom pagador”.

Para segunda-feira, os agentes aguardam a publicação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), balança comercial e o relatório Focus no Brasil, além dos dados de confiança do investidor na Europa, e os índices de inflação na China.

 

(Com Reuters)

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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