Bolsa sobe 0,11%, em dia de giro enfraquecido

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa de valores brasileira começou a semana com leve queda, em um dia sem andamento definido. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações do dia em queda de 0,11%, aos 51.908 pontos e com um volume negociado de R$ 5,355 bilhões. Com isso, o índice passa a acumular ganhos de 0,63% no mês, 3,80% no ano e 9,56% em 12 meses.

Em linhas gerais, o índice foi marcado por movimentos de realização de lucro pelos investidores, um giro discreto e a falta de uma trajetória mais definida no mercado internacional. “O Ibovespa, em dia de agenda econômica fraca, iniciou oscilante e pareceu que teria um pregão de realizações, decaindo após às 11h30min”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório. “Todavia, foi reagindo e na parte da tarde passou a oscilar ao redor da estabilidade, com curtas variações, até seufechamento. O giro financeiro esteve aquém do desejável”.  Segundo informações da agência de notícias Reuters, a trégua global do dólar, que respingou no mercado de câmbio local, também influenciou a Bovespa.

Depois de se aproximar de R$ 3,30 na semana passada, a cotação do dólar iniciou a semana com recuo expressivo. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,145, com queda de R$ 0,085 (-2,63%). A cotação teve a maior queda em um único dia desde setembro de 2013. Com o desempenho desta segunda-feira (23), a divisa registra queda de 4,89% nas duas últimas sessões. A moeda norte-americana, no entanto, acumula alta de 10,1% em março e de 18,3% em 2015.

A cotação operou todo o dia em queda. O dólar foi vendido pela primeira vez abaixo de R$ 3,15 por volta das 15h. Logo depois, foi vendido a R$ 3,16, mas voltou a cair na última hora da sessão, até fechar no valor mínimo do dia.

O dólar caiu em todo o planeta após a última reunião do Federal Reserve, Banco Central norte-americano, na semana passada. Indicadores contraditórios relativos à produção, ao emprego e ao consumo apontam que a recuperação econômica dos Estados Unidos pode atrasar, o que adiaria o aumento dos juros da maior economia do planeta. Caso os juros nos países desenvolvidos permaneçam baixos por mais tempo que o previsto, o fluxo de capital para os países emergentes, como o Brasil, continuará ativo, segurando a cotação do dólar.

Ao mesmo tempo, o Banco Central manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, com a venda de 2 mil contratos de swap cambial (contratos equivalentes à venda de dólares no futuro): 1 mil contratos para 1º de dezembro de 2015, e outros 1 mil com vencimento em 1º de março de 2016.

A autoridade monetária também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 1º de abril. Foram vendidos 7.400 swaps, todos com vencimento em 1º de junho de 2016. A operação movimentou o equivalente a US$ 356,1 milhões. O BC chegou a oferecer contratos para 3 de outubro de 2016, mas não vendeu nenhum.

A agenda de indicadores será movimentada na terça-feira, com a publicação dos dados de crédito e a dívida federal total no Brasil; o índice de preços ao consumidor, vendas de casas e o PMI (índice dos gerentes de compras) do setor de manufatura nos Estados Unidos; PMI composto, de serviços e de manufatura na Alemanha e na França; PMI composto, de serviços e de manufatura na zona do euro; índice de preços ao consumidor na Grã-Bretanha; e dados de sentimento do consumidor na China.

 

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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