Bolsa sobe 0,95% e retoma patamar de 50 mil pontos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As operações na bolsa apresentaram um quadro mais favorável nesta segunda-feira, muito por conta da recuperação das ações da Petrobras. Em um dia bastante volátil e de pouca negociação, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações do dia em alta de 0,95%, aos 50.120 pontos e com um volume negociado de R$ 4,516 bilhões.

As operações da estatal começaram o dia em queda depois que a presidente Dilma Rousseff defendeu Graça Foster, presidente da Petrobras, por conta das investigações da operação Lava-Jato. “Tem que ter prova apresentada sobre qualquer conduta da presidente. Eu conheço a Graça Foster, sei da sua seriedade e lisura. É importante saber qual é a prova. Não vejo nenhum indício de irregularidade na diretoria da Petrobras”, acrescentou Dilma. Ainda em relação às denúncias envolvendo a estatal, ela informou que vai anunciar, depois dos ministros empossados, o segundo escalão do governo que envolve diretorias de bancos e instâncias consultivas, como o Conselho de Administração da Petrobras. Para analistas, as ações da Petrobras foram alvo de ajustes depois de uma série de quedas, e a pouca movimentação vista ao longo do dia faz com que seu impacto sobre o índice seja maior.

Em evento com jornalistas, a presidente também admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas disse que esse é um processo “demorado”. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.

Um dos destaques negativos do dia ficou com as ações da JBS, depois que reportagem publicada pelo jornal “Valor Econômico” indicou que o frigorífico creditou R$ 800 mil em duas contas correntes de uma empresa fantasma que se encontra sob investigação da Operação Lava Jato. Em nota, a empresa negou estar envolvida com tais operações financeiras.

No câmbio, a cotação do dólar fechou o dia em alta de 0,13%, a R$ 2,661 na venda. O dia foi marcado pela calmaria no mercado internacional, em meio a poucos negócios no Brasil, o que é comum nas últimas semanas do ano. O mercado de câmbio não abrirá nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro e funcionará de forma limitada nas vésperas do Natal e do Ano Novo.

Ao mesmo tempo, os agentes do mercado doméstico continuam na expectativa por mais informações sobre as medidas a serem adotadas pela nova equipe econômica, além de como será a atuação do Banco Central no mercado de câmbio em 2015.

A autoridade monetária manteve seu programa de intervenções, com a venda de 4 mil novos contratos de swap, sendo 1.050 com vencimento em 1º de setembro de 2015, e os outros 2.950 para 1º de dezembro do próximo ano.

O BC também fez mais um leilão para rolagem dos swaps que vencem em 2 de janeiro. Foram vendidos 10 mil contratos, além de outros dois leilões de venda de até US$ 2 bilhões ao todo com compromisso de recompra.

Para terça-feira, o mercado aguarda a publicação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e dos dados de confiança do consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), além dos dados da dívida federal e o relatório trimestral de inflação do Banco Central. No exterior, os agentes aguardam o PIB (Produto Interno Bruto), pedidos de bens duráveis e o índice de vendas de casas novas nos Estados Unidos, além do PIB da França e da Grã-Bretanha.

 

(Com Reuters e Valor Econômico)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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