Brasil 2015: o fantasma do ajuste de início de governo

 

Os tais ajustes prometidos para 2015 são fantasmas que assombram o sono dos empresários sem que se materializem em discussões objetivas sobre seu alcance.

No início de sua gestão, Lula promoveu um duro ajuste monetário e fiscal. Depois disso, o país cresceu. No início de sua gestão, Dilma promoveu um duro ajuste monetário e fiscal. E a economia desabou.

Essa diferença mostra que o mantra de que, fazendo a lição de casa no início de governo, se terá o céu depois, depende das circunstâncias de cada momento.

***

Reunidos no Rio de Janeiro, economistas de linha heterodoxa participaram de dois dias de  debates no Seminário Brasil em Perspectiva e discutiram o tema.

Na avaliação geral, seja quem for o eleito, não haverá espaço para políticas radicais.

No caso de Lula, o ajuste se fazia necessário porque o quadro econômico, em 2002, era imensamente mais deteriorado do que o quadro atual. No início do governo Dilma, o quadro era outro. E, agora, é muito diverso, sem nenhum dos riscos criados em 2002.

***

No ajuste radical  os efeitos negativos são evidentes – recessão, desemprego – mas os benefícios para frente, não.

Essa ideia de que basta ter previsibilidade para despertar o espírito animal do empresário é balela. O que desperta é previsibilidade e garantia de mercado. Se se retirar a perna do consumo interno, o que resta?

***

Como apontou a ex-presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Vanessa Petrelli, estão esgotados os fatores que garantiram a dinâmica da economia nos últimos anos.

  1. Depois de 2008 houve a desaceleração do comércio mundial, deixando de ser alavanca de crescimento.

  2. O aumento de preços de commodities arrefeceu.

  3. A carga tributária não irá mais crescer no mesmo ritmo.

  4. Com o mundo crescendo menos, todos crescendo relativamente menos.

  5. Problemas de monta nas contas correntes, tanto na balança comercial como um crescimento expressivo na conta de serviços, com aumento na remessa de lucros, aluguéis de equipamentos e turismo.

  6. O elemento de controle inflacionário pela apreciação do câmbio está esgotado.

Se derrubar o emprego e renda, a economia afunda.

***

Nesse dilema, não haverá como fugir de uma discussão ampla sobre o tal tripé econômico.

Vanessa considera essencial preservar espaço fiscal para garantir a política ativa de estímulos à economia e de garantia de emprego e renda.

Até hoje o governo não se valeu do espaço aberto por lei para retirar os investimentos do PAC do cálculo do superávit primário, diz ela. E o nível atual da dívida pública e do quadro fiscal é muito melhor do que na maioria absoluta de países.

***

Vanessa não considera plausível nem racional tratar a inflação brasileira como choque de demanda. No início do governo Dilma, um choque de custos externo foi tratado com restrições de crédito e aperto fiscal e afundou o crescimento.

Em 2011, o BC conduzia uma competente rota de redução de juros quando outro choque de custos – motivado pela especulação com preços internacionais de commodities – promoveu um recuo, nova elevação dos juros que significou um tiro no peito do processo incipiente de transição da poupança para o médio e longo prazo.

Sem uma revisão das políticas de tratamento da inflação, o país continuará patinando.

Luis Nassif

36 Comentários

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  1. Um bom debate entre Ciro

    Um bom debate entre Ciro Gomes e Roberto Requião sobre:

    “O governo deve se preocupar mais com a inflação ou com o crescimento?”

    Câmbio, juros, inflação, superavit, e muito mais.

    “O problema todo é o Banco Central dominando o Brasil (…) o monetarismo mandando no Brasil”  Roberto Requião

    Imperdível.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=mApef0iJcJ0%5D

     

     

  2. PRECISAMOS “BRASILEIRIZAR” A CLASSE MÉDIA

    A ECONOMIA REAL / CONVICÇÃO POLÍTICA

    Não concordo com que a realidade brasileira possa ser alterada em forma teórica, com receitas de economista, mudando uma taxa aqui ou desindexando esta outra situação por lá. A maior alteração que tem havido, nos últimos anos, nestas equações econômicas provêm da realidade, direcionada por convicção política, não por trabalhos acadêmicos ou ações do Banco Central, nem do cruzamento teórico de curvas de oferta e procura. Esta realidade consiste no aumento e distribuição da massa salarial neste país que, inclusive, nos libertou do FMI e das “marolinhas” econômicas mundiais que chegaram até as nossas encostas.

    Graças à política social iniciada no governo Lula, com o salário mínimo quase três vezes (em dólar) superior ao de FHC, com o programa Bolsa Família, com o pleno emprego, Brasil conseguiu equilibrar o jogo econômico em favor do povo, ou seja, dos consumidores locais de coisas simples (arroz, feijão, moradia popular, carro popular e etc.), e esse dinheiro, circulando pelo Brasil tem sido o artífice da estabilidade econômica que hoje vivemos, a pesar de todas as barbaridades que a classe empresarial utiliza contra a nação. Esse foi o maior impulso na economia.

    O pessoal mais pobre tem defendido a economia brasileira, com o seu consumo local, enquanto os abastados levam o seu dinheiro para paraísos fiscais (520 bilhões de dólares depositados fora do Brasil) e os seus filhos para Disneyworld. Todos os estrangeiros que vieram para a copa do mundo não conseguiram gastar mais do que os brasileiros alienados, que levam meninos a ver um pato e um rato de desenho aos EUA. É só ver as contas da balança comercial em Junho e Julho, os meses da copa. É essa juventude, que aprendeu, desde criança, a valorizar um pato e um rato de desenho, que hoje parece disposta a votar num candidato de papelão.

    Na continuidade com Dilma é o governo o verdadeiro indutor da economia, com obras públicas (PAC) cujo investimento irriga de dinheiro as cadeias econômicas e, o sucesso dessas mediadas, é maior quanto maior seja a fatia desse dinheiro que fica circulando no território nacional. Isso, naturalmente não tem sido suficiente, pois o empresário não colabora e as cadeias produtivas são interrompidas, sem suficiente sinergia e/ou verticalização.

    Qual o problema real?

    Em minha opinião, falta canalizar parte do consumo das famílias mais abastadas para o mercado interno e reduzir o peso no orçamento que significa o veículo pessoal ou familiar: o tal do carro próprio. Ou seja, a “brasileirização” da nossa classe média, de ganho local e consumo global.

    UMA PROPOSTA PARA 2015

    Examine-se que, junto com o assunto da moradia, é o carro o ingrediente que mais afeta o bolso das famílias e dos brasileiros em geral, as vendas nas concessionárias, os impostos gerados com isso, o pleno emprego dos metalúrgicos e da manutenção dos sindicatos, que dão base a partidos políticos. Este é o ciclo que deve terminar.

    A massa salarial do povo deve ser direcionada preferencialmente ao consumo nacional, que gere maior verticalização e não parar no caixa dos fabricantes de veículos. Para isso, deve ser aprofundada a mobilidade urbana e o transporte público em geral: metrô; transvia; trem, trem bala, etc. O brasileiro deve optar urgentemente pelo transporte público, liberando parte do seu orçamento (hoje comprometido com o carro) para outros despessas de conteúdo nacional, como turismo e lazer, por exemplo. Até nos costumes, o povo deve aprender a andar de bicicleta. Os trens urbanos conectam pequenas localidades à cidade central, evitando o inchaço destas últimas.

    Ainda, as cidades já não agüentam mais carros.

    Deve ser revigorada e multiplicada (pelo Brasil afora, em pólos de desenvolvimento) a antiga Santa Matilde, fabricando locomotivas e vagões, metros, etc. Imaginemos a dinheirama gasta fora pelos tucanos no metro de São Paulo. Até simples vagões de trem de carga a mineradora VALE compra da China. Temos aí uma opção de verticalização, geração de empregos e de redistribuição de parte da massa salarial, hoje tirada fora do Brasil.

    Os metalúrgicos devem sair das fábricas de carros e começar a fazer locomotivas e vagões. Vamos encher América Latina de trem, fazer mais aço localmente e abrir poder comprador de minério de ferro a pequenos produtores.

    Pelo lado do consumo, devemos valorizar o Brasil e tornar ele mais atraente que o pato Donald. Não acredito que isso seja tarefa tão difícil, pelo amor de Deus.

    1. Alexis

      “Os metalúrgicos devem sair das fábricas de carros e começar a fazer locomotivas e vagões. Vamos encher América Latina de trem, fazer mais aço localmente e abrir poder comprador de minério de ferro a pequenos produtores.”

      A cultura do modal de transportes tem mudado e muito se há que fazer em todo o continente.

      O Brasil rico em  matéria prima para atender essa demanda.

      Fico me perguntando qual o motivo do empresariado não abraçar o que você aborda no parágrafo acima.

      1. Empresariado

        Oi Assis, obrigado pelo comentário.

        O empresariado brasileiro não gosta de investir dinheiro no Brasil, a não ser que este seja do BNDES.

        Por algum tempo, O Estado brasileiro terá que ser o iniciador ou inductor de grandes polos de desenvolvimento, propiciando a criação de uma nova classe empresarial brasileira, comprometida com o Brasil e com prazer de viver e crescer por aqui. A classe empresarial tradicional ficou em Miami e acho que já não volta.

        1. Cigarro Paraguayo

          Penso que já passamos da fase do não gostar de investir no Brasil. Veja o caso dos cigarros paraguayos produzidos com fumo brasileiro e contrabandeados para cá.

          Tá tudo errado na política industrial brasileira.

          As fábricas eram aqui, agora foram exportadas para fora.

          Nós temos a matéria prima e o mercado consumidor, mas o produto não consegue ser produzido aqui. 

          Se contar para estrangeiro eles não acreditam. 

          E a Dilma e o PT ficaram subindo o salário mínimo sem vinculação com a produtividade da empresa, deu nisto, tragédia de grandes proporções anunciadas. 

          Só serve para a turma do dividir para conquistar, que irão nadar de braçada nas águas turvas das convulsões sociais e guerras intestinas no Brasil.

          O Planeta está conflagrado, só onze nações não tem conflitos, é o preço que os donos do Dólar estão cobrando para entregar o privilégio.

          1. Virou Marineiro, Weber?

            Virou Marineiro, Weber? Porque o tom profetizante do seu comentário parece “providência divina”.

          2. Luto por idéias

            E a Marina está lutando o bom combate, o que irá garantir um futuro melhor para nossos filhos e decendentes. A discussão sobre a superpopulação num planeta interligado, onde as diferenças não são mais toleradas leva a um planeta com sua capacidade de carregação ultrapassada. 

            A discussão da ecologia profunda, levada a cabo será cada vez mais a pauta séria do Mundo.

            A Marina é a mais preparada para levar a bom termo o realinhamento do Brasil com os novos paradigmas mundiais de sustentabilidade. Fico contente que o meu partido, o PSB possa ser o vetor deste encaminhamento.

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=x_S_1LPhefs%5D

          3. Que sustentabilidade ?

            Meu caro Alexandre, você acredita mesmo, que num hipotético governo Marina, o seu partido, o PSB, tenha alguma importancia, se a Marina, por mais de uma vez, já admitiu, que filiou-se à a legenda, simplesmente, porque a sua Rede, não foi registrada, e nenhum outro partido, com condições de fazer a sucessora da Dilma,  aceitou-a, devido seu xiitismo exacerbado, porem na 1ª oportunidade, ela irá requerer de novo ao TSE, a inscrição da Rede, e dará uma “banana” verde, como tudo que ela gosta, ao seu PSB.

          4. Raciocínio simplório

            Você acredita mesmo que a Marina quando estiver na cadeira da Presidência irá governar sozinha?

            Hoje você está se superando Rai, deve ser o medo de perder para o Palmeiras que está turvando sua mente brilhante hehe

          5. Marina não governaria

            Marina não governaria sozinha. Governaria com Armínio Fraga, que transportaria o Banco Central para a Rua do Muro, em Nova Iorque.

        2. “O empresariado brasileiro

          “O empresariado brasileiro não gosta de investir dinheiro no Brasil, a não ser que este seja do BNDES”:

          Por decadas a fio o empresariado brasileiro viveu sob guerra aberta do governo brasileiro.  Essa eh a razao que eles exportam dinheiro.  Toda a (literalmente) concentracao de exportacao de dinheiro se da nas areas mais ricas da economia porque os governos passados foram tao imprevisiveis e irresponsaveis.  Quem nao tivesse dinheiro fora do Brasil corria risco de nao ter dinheiro nenhum da noite pro dia -alias, ate os anos 90 voce ainda podia pagar em dolar ate mesmo almoco pra 3 pessoas de 4 dolares(!) em Goiania(!).

          Bom, e porque isso acontecia mesmo?  Porque os responsaveis pela concentracao de dinheiro vivem em guerra com os empresarios menos abastados.  Eh um catch 22:  atacam o empresariado para que nao haja circulacao de dinheiro enquanto tiram o proprio dinheiro do Brasil.

          O pensamento colonial eh uma influencia nefasta na economia.

    2. Gostei muito do seu

      Gostei muito do seu comentário. Precisamos entender certos vícios de pensamento e certas armadilhas ideológicas dos economistas.

  3. Carro nacional equivalente custa 3X mais caro no Brasil

    A distorção de preços é o indicador mais confiável sobre a qualidade das políticas públicas nacionais com relação às áreas financeiras e fiscais.

    Enquanto o preço dos bens no Brasil não se harmonizar com os dos países estrangeiros estaremos competindo em desigualde para fornecer bem estar e um futuro melhor para nossa geração e as futuras.

    É a maior moleza estabelecer um indicador, por exemplo o preço do Gol ou do Bigmac e agir em TODAS as variáveis para que estas se equalizem com as internacionais e coloque o Brasil junto com seus pares em iguais condições.

    Como sugestão, fica a proposta da retomada de todos os pagamentos eletrônicos para o governo federal, que irá implantar o dinheiro eletrônico e a carteira eletrônica em benefício do povo e não das operadoras de cartões, só isto já daria uma redução de uns cinco pontos na inflação permanentemente. 

    Vontade política, só querer fazer o bem para o povo e o Brasil,

    1. De novo, a taxa de redesconto dos cartões ?

      Prezado, tambem concordo que o custo Brasil, é muito maior que o custo dos produtos e serviços, de outras nações, porem o culpado(ou um dos)não é a taxa que as adms. de cartões cobram dos seus parceiros. Tambem não existe a hipótese, do governo assumir o papel de administrador do “dinheiro de plástico” pois isso aumentaria mais ainda, o cabide de empregos estatais, que é um dos componentes do citado custo Brasil.

      Quanto à diminuição do preço de nossos produtos, deixando-os competitivos aos dos tigres asiáticos, por exemplo, basta que a nossa indústria, troque o conceito do ganho por unidade, pelo ganho por escala. Como conseguir isto ? Investindo em tecnologia de ponta; Instruindo seus profissionais, para o conceito de alta produtividade, em tyroca de participação nos resultados; Diminuindo o desperdício de materiais; Intensificando pesquisas sobre a melhoria dos seus produtos, e aumentando a produção, para puder vender mais barato, e vender mais, e não comprar produtos prontos e revendê-los, como agem hoje.

      O governo, tem diminuído os tributos, em alguns setores mais atacados pelos extrangeiros, porem nenhum empresário brasileiro, deu a contrapartida, de diminuir seus preços e seus lucros.

      1. Imposto de captação sem contrapartidas dado ao cartel dos bancos

        Se um produto custa X e com isto toda a cadeia produtiva lucra Y na sua venda ao consumidor final, é impossível que o mesmo lucro Y seja auferido com a cobrança de taxas e aluguéis por parte das operadoras nas vendas ao consumidor final.

        Como consequência, para que se mantenha o equilíbrio na cadeia produtiva e ele continue a lucrar Y será necessário que se some ao preço final o custo do pagamento por cartões eletronicos, ou seja, o preço final fica MAIS CARO e com isto o salário compra menos e a população vê neste aumento o que costumamos chamar de inflação.

        Na verdade existe uma transferência de dinheiro sem contrapartidas para os operadores dos cartões de pagamentos, negócio opaco, onde concessões são outorgadas contra NADA .

        Se custa mais caro o mesmo produto ou serviço por causa da forma de pagamento então ele influência na inflação, se se retira este custo, desinflacionamos os bens e serviços oferecidos e com isto incentivamos o comércio e a indústria que vê o dinheiro fluir para os seus caixas e não ser esterelizado nos cofres das multinacionais que são as operadoras de cartões de pagamento por aqui. Com isto um impulso, onde realmente faz a diferença, que é no consumo, será dado a economia brasileira.

        Rai, você defende as operadoras de cartões de crédito com argumentos falaciosos, sua credibilidade aqui vai a zero, pois a lógica do que explanei acima é perfeita.

        Quanto a competividade hoje, não se pode copiar modelos, pois a discussão ecológica profunda, onde um mundo complexo e interligado, com seus recursos naturais sendo explorados acima da velocidade de reposição, implica em um novo acordo a nível mundial para que as desigualdades que tanto incomodam os habitantes da terra hoje, sejam equacionadas e dirimidas.

         

  4. Concordo, Nassif, mas …

    Sua análise econômica é clara e bem estruturada. O que não entendo até agora é seu silêncio sepulcral a respeito dos desdobramentos sucessórios desde a morte de Campos. Por que ???

    1. Ordens superiores.

      Eu também estranhei a omissão do assunto na maioria dos blogs e espaços governistas. Pensam que se não se fala da coisa, a coisa não aconteceu. Orientação lá de cima.

  5. Teimam em falar da economia

    Teimam em falar da economia brasileira como se ela vivesse no éter, sem qualquer ligação com o universo existente. Cresceu e agora não cresce, etc. Fora o problema de tentar tecer e desenvolver canais de vida para a indústria, seja por exploração de demanda interna de aperfeiçoamentos que jamais foram feitos, seja por exame frio e aprofundado de possíveis condições de competição em vários nichos, nos quais há desistências de competição por simples medo preconcebido, sem exame da possibilidade de alguma possível reação, resta o desenvolvimento obsessivo e em ampla escala das infraestruturas. Tudo isto a ser feito com o vasto senso de republicanismo e democracia, como tem sido feito, e não com propostas de salvadores que, posando de grandes e modernos administradores, acenam com  fórmulas secretas e com jeitinhos pessoais de se movimentar inteiramente à vontade dentro de setores da elite, setores inteiramente vulneráveis às tentações do retrocesso, com conversinhas de pé de ouvido exclusivas e afastadas da proposta republicana e transparente que tem elevado o país a uma altura que ele nunca antes se tinha colocado. Jeitosos e talentosos salvadores de uma tragédia que não existe mas que dizem que existe para que eles possam existir, propondo um salto enorme para trás, para os caminhos lamacentos do passado, dado em nome de resultados inconvenientes e perversos, como era o que estava por trás das proposições do brilhante senhor Eduardo Campos.    

  6. a questão é fundamentlalmente

    a questão é fundamentlalmente política – pelos interesses em jogo e os modelos propostos o que vejo é a clara opção ente a inclusão social existente desde 2003 e a volta ao passado estagnante, de exclusão socil e baixa de salários e consumo, o caos.

     

    1. As alternativas são bem claras e opostas.

      A questão é fundamentalmente política. O modêlo ora em andamento, se o PT fizer a sucessão, é continua-lo e avançar, e qualquer outro modêlo, que contrarie esta coordenada, fracassará.

      Se como disse o comentarista, a inclusão social, deva continuar, e nisso todos concordamos, por que apostar numa mudança que pode ser um retrocesso ?

      Quem tem saudades, da exclusão social, do desemprêgo de mais de 14% da PEA, do salário mínimo de menos de US$ 100 dólares, da falta de consumo, da falta de perspectivas ?

    2. As alternativas são bem claras e opostas.

      A questão é fundamentalmente política. O modêlo ora em andamento, se o PT fizer a sucessão, é continua-lo e avançar, e qualquer outro modêlo, que contrarie esta coordenada, fracassará.

      Se como disse o comentarista, a inclusão social, deva continuar, e nisso todos concordamos, por que apostar numa mudança que pode ser um retrocesso ?

      Quem tem saudades, da exclusão social, do desemprêgo de mais de 14% da PEA, do salário mínimo de menos de US$ 100 dólares, da falta de consumo, da falta de perspectivas ?

  7. Vanessa “falou e disse”

    Não sei o que a Vanessa Petrelli, citada pelo Nassif, como especialista(será ?) na Presidencia do IPEA, foi de uma insignificancia a toda prova, porem ela só repetiu, o que a nossa maior economista, a Maria da Coceição Tavares, tá dizendo, desde o início da gestão Dilma: Temos que manter a geração de empregos em alta, incentivando os setores que mais empregam; Temos que manter o consumo interno, pois as exportações caem dia a dia, e não acompanham as importações; Temos que manter a renda com real poder de compra, pois isso aumenta a confiança do consumidor, sem a qual, nenhuma política economica se sustenta; Temos que evtar que restrições de crédito e apêrtos fiscais, e saber a hora de incentivar a demanda, e a hora de aumentar a taxa de juros, equilibradamente, para manter a inflação dentro das metas, sem causar recessão.

    Não acredito que o PT, perca a sucessão, porem mesmo que isto acontecesse, seria de uma irresponsabilidade  inimaginável, “trocar os pés pelas mãos, e mudar este estágio de estabilidade economica que o Brasil vive há 12 anos, por uma política economica restritiva e neo-liberal.

  8. Alavanca de crescimento sem o homem?

    Antigo Testamento, das Formas da Economia, versículo “1. Depois de 2008 houve a desaceleração do comércio mundial, deixando de ser alavanca de crescimento.” 

    Nova Era entre Estado e Sociedade.

    Democracia e solução do enigma da alavanca de crescimento:

    A ideia de conteúdo não está no valor do comércio mundial, em si, mas no sentido de surgir a essência da unidade do “valor do trabalho” para existência e realidade do homem; como  base real será a forma das gerações no dinheiro, remetidas com as suas próprias determinações, medida para a obra e crescimento do PIB.

    A determinação do valor do trabalho, que se disse atrás, é valida, em certos aspectos,  por ser um produto livre; poder-se-ia dizer que a estrutura social está no fato de um elemento exterior apropriado entre o povo – na moeda – transformar-se em classes específicas de existência legal do Estado.   

    O povo cria a sua constituição comum socializada.

  9. variaveis economicas

    como sempre  esse pensamento  ‘ progressista ‘  leva o pais para o buraco.

    Demanda existe. O Brasil é um pais carente de tudo. Há muita coisa por fazer.

    Nenhum empresário vai botar seu rico dinheirinho em um ambiente economico sem certeza juridica.

    Alem disso , há uma vertente  no atual governo federal de tabelar o retorno do investimento.

    Alem disso  há os escolhidos : setores e empresas que  recebem recursos do BNDES a juros subsidiados.

     

    Ou seja , se voce não em loby politico ( contratar  algum  figurão do PT ( Ze Dirceu ) )  voce  morre  na praia.

     

    Não há variavel economica que suporte essa situação.

    Portanto todo esse arrazoado de boas intenções  não sobrevive e tambem morre no inferno .

    ACORDA BRASIL.

     

  10. variaveis economicas

    como sempre  esse pensamento  ‘ progressista ‘  leva o pais para o buraco.

    Demanda existe. O Brasil é um pais carente de tudo. Há muita coisa por fazer.

    Nenhum empresário vai botar seu rico dinheirinho em um ambiente economico sem certeza juridica.

    Alem disso , há uma vertente  no atual governo federal de tabelar o retorno do investimento.

    Alem disso  há os escolhidos : setores e empresas que  recebem recursos do BNDES a juros subsidiados.

     

    Ou seja , se voce não em loby politico ( contratar  algum  figurão do PT ( Ze Dirceu ) )  voce  morre  na praia.

     

    Não há variavel economica que suporte essa situação.

    Portanto todo esse arrazoado de boas intenções  não sobrevive e tambem morre no inferno .

    ACORDA BRASIL.

     

  11. Dúvida Cruel

    Pelo texto inicial do Nassif e os comentarios dos debatedores fico em uma dúvida cruel:

    Estará o Nassif tratando o problema  das providencias a serem tomadas no inicio do próximo governo (que eu espero seja Dilma) como um carater provocativo, buscando obetr um debate de qualidade  ou estrará ele “endireitando” (virando para a direita)? 

    Os debatedores são muito mais lúcidos com relação ao assunto, ou seja diante de uma conjuntura externa preocupantemente em declínio, o que o proximo governo deverá fazer?

    Na opinião da maioria deverá fazer o mesmo que faz atualmente, ou seja aumentando o salário mínimo e com isto distribuindo a renda, investindo em infraestrutura através do PAC, melhorando decisivamente o modelo educacional (no que toca ao Governo Federal), melhorando o SUS,  controlando a inflação dentro de valores aceitáveis, controlando o câmbio, etc.. 

    Falta atacar com mais coragem o problema da Selic, diminuindo os juros a valores internacionais. Com esta diminuição dos juros,  sobrará dinheiro para investir em infra estrutura, educação, saúde, defesa, etc.

    Portanto caro Nassif, as dúvidas são poucas quanto as medidas acima. Quanto as remessas de royalties, lucros, viagens de compras de turistas para o exterior e outros mais, o governo brasileiro como um todo, deve tomar medidas de taxar melhor estes ganhos/gastos ou colocar regras vizando diminuir estas remessas.

    Buscar quebrar os cartéis, tais como  das emprea  automobilisticas, cimento, aço, materiais de construção, empreiteiros de obras públicas, remédios, e outros tambem deverá fazer parte de uma análise de como solucionar estes problemas. 

    Os debatedores estão, quase que sem excessão, corretos quantos as suas propostas!

  12. Não há comparação do início do governo de Lula com o de Dilma

     

    Luis Nassif,

    Tenho criticado seus posts considerando-os um tanto exagerados. Em um dos últimos posts da série “Brasil 2015”, eu imaginei o que você diz sendo dito por um Zé Ninguém. Trata-se de comentário que eu enviei terça-feira, 12/08/2014 às 13:43, para você junto ao post “Brasil 2015: reduzir ou não o número de ministérios” de terça-feira, 12/08/2014 às 06:00, podendo o post e o meu comentário serem vistos no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/brasil-2015-reduzir-ou-nao-o-numero-de-ministerios

    Quando o que você diz é dito por um Zé Ninguém, é preciso catar com parcimônia o que é joio e o que é trigo. Sem a sua autoridade, muito do que você diz não tem valor nenhum. E o problema não é propriamente o exagero, mas afirmações e comparações estapafúrdias.

    Aqui neste post “Brasil 2015: o fantasma do ajuste de início de governo” de domingo, 17/08/2014 às 06:00, você faz, por exemplo, a comparação do início do governo de Lula em 2003 com o início do governo da presidenta Dilma Rousseff em 2011. A comparação só seria razoável para mostrar as diferenças. Não é, entretanto, o que se vê na frase sua que transcrevo a seguir:

    “No início de sua gestão, Lula promoveu um duro ajuste monetário e fiscal. Depois disso, o país cresceu. No início de sua gestão, Dilma promoveu um duro ajuste monetário e fiscal. E a economia desabou”.

    Até hoje não se sabe se Fernando Henrique Cardoso quis entregar um país a beira do caos para ele voltar como primeiro ministro ou se ele deixou plantado, via desvalorização cambial, as sementes para a recuperação da economia no governo de Lula e assim criar para o Brasil a possibilidade de um antagonismo de primeira classe entre o PT e o PSDB.

    No final do governo de Fernando Henrique Cardoso, a taxa de juros estava a 25%, enquanto a inflação, se medida pelo IGP-DI, anualizando os índices dos três últimos meses do ano de 2002 (Outubro 4,21%; Novembro 5,84% e Dezembro 2,7%), atingiria cerca de 64,6%. E o câmbio médio de dezembro de 2002 foi de 3,55.

    Já no final do governo de Lula, a taxa de juros estava em 10,75%, enquanto a inflação, se medida pelo IGP-DI, anualizando os índices dos três últimos meses do ano de 2010 (Outubro 1,03%; Novembro 1,58% e Dezembro 0,38%), atingiria cerca de 12,6%.

    Então as condições que Lula teve que enfrentar em 2003, quando assumiu o governo diferiam completamente das condições que o governo da presidenta Dilma Rousseff teve que enfrentar quando assumiu em 2011.

    O futuro que sempre será desconhecido mostrou-se também diferente no plano externo tanto para o governo de Lula como para o governo da presidenta Dilma Rousseff.

    E a grande distinção que existia, quando se olha para o passado, foi o crescimento exagerado que Lula impôs ao Brasil para que a candidata Dilma Rousseff pudesse ser eleita. Crescimento exagerado de per si e também quando comparado com o crescimento pífio que caracterizou os dois últimos anos de governo de Fernando Henrique Cardoso – 2001 e 2002, assolado pelo problema do racionamento de energia e a quebra da Argentina.

    Para corrigir os desvios que o crescimento exagerado que tivemos nos três últimos semestres de 2009 e nos dois primeiros semestres de 2010 trouxeram para a economia brasileira, o governo da presidenta Dilma Rousseff teve que tomar algumas medidas de contenção (Aliás já no final do governo de Lula algumas medidas macro prudenciais foram tomadas).

    Enfim a sua comparação do ajuste fiscal e monetário do início do governo de Lula que foi realmente duro e precisava ser com o que você chama de ajuste fiscal e monetário duro do início do governo da presidenta Dilma Rousseff é totalmente disparatado.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 18/08/2014

  13. O ajuste já começou

    O BACEN já iniciou o processo de alívio monetário, com o ajuste no compulsório no final de julho.

    O correto seria ter  iniciado o processo de redução dos juros da Selic, mas o copom está repetindo os mesmos erros do final de 2008 quando reduziu o compulsório antes de iniciar o processo de redução dos juros da Selic.

    Tanto o copom com a maioria do mercado financeiro se precipitaram diante do ajuste da política monetária nos EUA, iniciado em 2013,

    O mercado ao se posicionar em dólar, o que proporcionou grandes lucros ao BACEN nas operações de swaps cambiais, mais de R$ 20 bilhões em 2014.

    O copom ao elevar os juros da Selic, agora será preciso dar meia volta, mas pelo visto o copom fará lentamente, para não reconhecer os erros na condução da política monetária ao longo de 2013.

    Lembrando que no início de 2003 a dívida pública interna e  externa atrelada ao dólar e os contatos de swaps cambias do BACEN,  representavam  mais de 30% do PIB, e  ainda havia um grande temor de renegociação da dívida pública.

    Em 2011 o Brasil vinha de crescimento do PIB acima dos 7%.

     

     

     

  14. Como?

     

    A praga da República do Piti é uma fantasia

    Alguém lembrou que é impossível combinar qualquer estratégia menos piorada com o bando de honoráveis picaretas e come quietos de Brasília para “despertar o espírito animal do empresário” ?

    O garrote está cada vez mais arrochado sobre os consumidores através da extorsão vampiresca, imposta pelo desgraçado impostômetro nacional.

    Acabei de retornar, agora, da loja de comércio de tintas para paredes, e, lá, na vidraça que protege o caixa, em letras garrafais, é exibida a seguinte informação:

     

          A ALÍQUOTA DE IMPOSTOS DE 32,09% ESTÁ INCLUIDA NO PREÇO DA MERCADORIA

     

    “O que desperta é previsibilidade e garantia de mercado. Se se retirar a perna do consumo interno, o que resta?”

    E daí?

    A bandidagem que controla as rédeas da economia é formada por um bando de incompetentes.

    Fala sério!

     

    ==> https://jornalggn.com.br/noticia/a-praga-da-republica-do-piti

  15. Nunca antes na história do

    Nunca antes na história do ocidente – não só deftepaiz, não –  um país com com emprego recorde e inflação “dentro do combinado” foi taxado de viver em um “caos”.

    A oposição demorou mas aprendeu que emprego e salário baixo favorecem a mudança; enquanto emprego e salário em alta favorecem a continuidade.

    Parece simples, né? Mas na terra do Chacrinha o simples facilmente fica complicado. Daí que a propaganda negativa da economia virou um lema. Do tipo: o emprego bateu recorde, mas, isso e aquilo outro…

    E as vítimas, sobretudo os bem (des)informados,  fazem coro…

  16. O erro contínuo de tributar quem já paga impostos…

    O Brasil precisa de aumentar a arrecadação de impostos…

    Como fazer isto num ambiente estéreo de fiscais?

    O Brasil tem que acabar com a mania de aumentar o valor do imposto de quem já paga.

    Tem que diminuir com a sonegação e a informalidade. Criar impostos positivos…

     

  17. Pfui….

    “…o quadro econômico, em 2002, era imensamente mais deteriorado do que o quadro atual…”

    Hein? Não preciso mais ler o resto. Heterodoxia parece significar incapacidade de ver a realidade ao redor…

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