Brasil deve explorar software e parcerias de hardware, diz especialista em TI

Foto: Mário Bentes

Especialistas debatem tecnologia e inovação no Pavilhão Amanhã.

Jornal GGN – Um dos caminhos para o Brasil alavancar no campo na inovação é investir no desenvolvimento de software e, paralelamente, abrir mão de produzir hardware, que deve ser adquirido por meio de parcerias internacionais para criar produtos inovadores. A avaliação é Anderson Baldin Figueiredo, ex-gerente de Pesquisa & Consultoria da área de Enterprise da IDC Brasil e agora consultor independente de Tecnologia da Informação (TI).

O especialista conversou com o Jornal GGN  após sua apresentação no painel “Tomorrow Technology”, no evento internacional Pavilhão Amanhã, que acontece em São Paulo até a noite desta quarta-feira (30). Para ele, o Brasil vai se consolidar em inovação tecnológica se agregar sua vocação, que segundo ele é o software, com o setor em que o país não tem muita tradição, que é o mercado de hardware e dispositivos.

“A gente é bom de software, somos bons de aplicações no Brasil. Estamos muito perto dessa inovação. Precisamos valorizar cada vez mais essa parte, já que nós não somos um país de hardware. Então para aumentar nossa inovação, temos que fazer parcerias com empresas de fora, empresas de hardware. Hardware não é a nossa vocação, nunca foi e acredito que nunca vai ser, ao menos em TI”, diz o especialista.

Especialista defende mais investimento em software e parcerias de hardware.Anderson Figueiredo, que já atuou como líder de equipes de analistas e consultores na elaboração de trackers de hardware, software e serviços e no desenvolvimento de projetos customizados de consultoria para grandes corporações de TI, afirma ainda que as parcerias, que acontecem em todo o mundo, devem ser prioritárias em um país como o Brasil – onde até o conceito de inovação, na avaliação do especialista, é confuso.

“O conceito de inovação é meio perdido aqui. É um conceito muito grande, muito amplo e muito nada. Inovação é invenção com usabilidade. O nosso grande problema é que as pessoas estão querendo inventar demais. Então precisamos das parcerias, o que está acontecendo no mundo do hardware, se unindo com a nossa capacidade extremamente grande de criação, de fazer coisas novas, pra mim é o caminho mais lógico da coisa, é o caminho mais interessante”.

O Pavilhão Amanhã acontece até a noite desta quarta-feira (30) em uma tenda inflável de 900 metros quadrados, armada no pátio do Transamérica Expo Center, em Santo Amaro. O último dia de atividades é aberto ao público, que poderá ver as inovações criadas por empresas europeias da Associação Nacional de Empresas de Tecnologia da Informação e Eletrônica de Portugal (ANETIE). No Brasil, o evento também passou pelo Rio de Janeiro, e depois segue para Berlim, Luanda, Maputo e Nassau.

Redação

1 Comentário

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  1. Com os impostos cobrados no

    Com os impostos cobrados no Brasil é inviável fazer crescer uma empresa de software.

    Muito mais fácil abrir nos EUA ou qualquer outro lugar e vender pela Internet.

     

    Sobre o funcionário inovador… quem vai convencer empresas brasileiras que o funcionário ‘criativo” tem que ter uma jornada de no máximo 3 horas com afazeres funcionais… burocracia e etc.. O resto, deve ir malhar, ao cinema e etc..

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